MÉTODOS DE ASSEPSIA DE VIDEIRA VISANDO A MICROPROPAGAÇÃO DE VIDEIRAS Thayse Cardoso Calescura1 Marlova Benedetti2 RESUMO A micropropagação é um método de propagação vegetativa, capaz de produzir plantas saudáveis em menor espaço de tempo. Porém, um dos maiores problemas encontrado no cultivo in vitro, se deve à suscetibilidade de contaminação do material vegetativo. Por isso a importância do estudo e da aplicação de métodos efetivos para assepsia dos explantes a serem inoculados. Para isso, o projeto, constituido por dois experimentos, tem como objetivo utilizar explantes de brotações de estacas de videiras do tipo Cabernet Sauvignon utilizando diferentes produtos e métodos para assepsia. No experimento 1, já em andamento, utilizaram-se estacas lenhosas de videira submetidas a nove tratamentos: controle (T1); água a 50°C por 30 minutos antes do armazenamento (T2); 2g L-1 de Tiofanato Metílico (TM) antes do armazenamento e 2g L-1 de TM antes da brotação (T3); 2g L-1 de TM antes do armazenamento e 2g L-1 de TM após crescimento de parte aérea (T4); 2g L-1 de TM antes do armazenamento e 2g L-1 de TM antes da brotação + 2g L-1 de TM após crescimento de parte aérea (T5); 2g L-1 de TM antes do armazenamento (T6); 2g L-1 de TM antes da brotação (T7); 2g L-1 de TM após crescimento de parte aérea (T8); 2g L-1 de TM antes da brotação + 2g L-1 de TM após crescimento de parte aérea (T9). Após a aplicação dos tratamentos, realizados durante o armazenamento, as 1 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Horticultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves. E-mail: [email protected] 2 Engenheira Agrônoma, Msc., do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Bento Gonçalves. E-mail: [email protected] 1 estacas foram envoltas em papel umedecido e acondicionadas em sacos plásticos e levadas ao armazenamento em câmara fria a uma temperatura de X°C. Posteriormente, as estacas serão colocadas em tubetes plásticos com substrato comercial e mantidas em casa de vegetação, quando receberão os tratamentos correspondentes ao inicio da brotação e do crescimento de parte aérea. Na avaliação realizada 40 dias após o plantio, será mensurado o nº de folhas, comprimento de brotações, massa seca de brotações e incidência de doenças de tronco. A partir das brotações do experimento 1 será conduzido o experimento 2 utilizando os entrenós, advindos do crescimento de parte aérea das estacas utilizadas no Experimento 1, como explantes. Serão aplicados aos tratamentos mais eficientes do experimento 1, os tratamentos: controle (T1); (álcool 70% + 2 ml L-1 de Tween 20 por um período de 20 segundos + hipoclorito de sódio 2,5% + Tween 20 a 0,1% por um período de 20 minutos (T2); 2g L-1 de Cercobin® em aspersão + álcool 70% + 2 ml L-1 de Tween 20 por um período de 20 segundos (T3); hipoclorito de sódio 2,5% + Tween 20 a 0,1% por um período de 20 minutos (T4); 2g L-1 de Cercobin® em aspersão (T5); 10 ml de solução comercial antibiótica e antimicótica (T6). Todos, os tratamentos, com exceção ao 6, serão submetidos a tríplice lavagem no fluxo laminar com água destilada autoclavada. Em seguida, os explantes serão inoculados em meio MS. As avaliações serão realizadas semanalmente, consistindo de contagem das contaminações fúngicas e bacterianas e desenvolvimento do explante determinadas por avaliação visual. Os dados serão analisados pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Como o trabalho ainda está em andamento, não temos resultados parciais ou finais. Palavras-chaves: micropropagação, videira, fungo, assepsia. 2