UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ATUALIZA DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO SALVADOR – BAHIA 2011 ATUALIZA PÓS-GRADUAÇÃO DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO SALVADOR – BAHIA 2011 DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO Monografia apresentada à Atualiza e Universidade Castelo Branco, como pré-requisito para obtenção do Certificado de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em MBA Executivo em Saúde,sob orientação do Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório. SALVADOR – BAHIA 2011 S586c Silva, Dardyanne Castro Viana Co-gestão na unidade de saúde da família: um modelo humanizado de gestão / Dardyanne Castro Viana Silva e Elza Carla Zacarias Pereira dos Santos. – Salvador, 2011. 40f.; 30 cm. Orientador: Prof. Dr. Robinson Tenório Monografia (pós-graduação) – MBA Executivo em Saúde, Universidade Castelo Branco, Atualiza Associação Cultural, 2011. 1. Gestão hospitalar 2. Co-gestão 3. Humanização 4. Coresponsabilidade I. Santos, Elza Carla Zacarias Pereira dos II. Tenório, Robinson III. Universidade Castelo Branco IV. Atualiza Associação Cultural V. Título. CDU 614.2 Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/ 1568 DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO Monografia para obtenção do grau de Pós-Graduado em MBA Executivo em Saúde. Salvador, 24 de Fevereiro de 2011. EXAMINADOR: Nome: Robinson Moreira Tenório Titulação: Professor-Doutor PARECER FINAL: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ AGRADECIMENTO Agradeço ao Coordenador, Sr. Jossinei de Castro, ao Subcoordenador Administrativo, Sr. Pedro Figueiroa, a minha antiga gerente e hoje colega de trabalho, Sra. Rita Varjão pelo apoio em apostar no meu crescimento profissional, aos colegas de profissão e colaboradores da Unidade que contribuíram com a pesquisa. À minha família e noivo pelo incentivo. “ A tarefa de um gerente não é modificar os seres humanos.Bem ao contrário, como nos mostra a Bíblia na Parábola dos Talentos, a missão é multiplicar a capacidade de desempenho do todo, pondo em uso toda a força, toda saúde, toda a aspiração que existe nos indivíduos.” Peter Drucker RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar como o gestor percebe a implantação da Co-gestão na Unidade de Saúde. Para entender como acontece esse novo modelo de gestão, foi necessário definir no capítulo I, o conceito de gestão, apresentar o modelo tradicional hegemônico e o perfil do gerente. No capítulo II discute-se o conceito de Co-gestão, como se dá esse novo modelo de gestão, o perfil desse gestor e a importância do trabalhador no processo decisório junto com o gestor.No capítulo enfatiza-se que esse novo modelo propõe que o trabalhador seja co-responsável das ações empreendidas na Instituição.Ele junto com o gerente são protagonistas do processo. Uma Unidade de saúde que adota de modelo tem resultados eficazes e presta serviço de qualidade à comunidade. A Cogestão é um dos eixos da Política nacional de Humanização proposto pelo Ministério da saúde que vem valorizar o trabalhador.Após a fundamentação teórica foi aplicado questionário com gestores e trabalhadores para perceber o grau de aceitação da implantação da Co-gestão na Unidade de Saúde da Família. Palavras-chaves: Co-gestão, Humanização e Co- responsabilidade. ABSTRACT The present study aims to analyze how the Manager realizes deployment of comanagement in the health unit. To understand how happens this new management model, it was necessary to set in chapter I, the management concept, to present the hegemonic traditional model and Profile Manager. In chapter II discusses the concept of codetermination, how is this new management model, the Profile Manager and the importance of workers in decision-making with the Manager. In chapter emphasizes that this new model proposes that the worker is co-responsible of the actions undertaken in the institution he along with the process manager are protagonists. A health unit that adopts model has effective results and provides quality service to the community. Co-management is one of priorities of national policy of Humanization proposed by Ministry of Health's next enhance worker. After the theoretical reasoning was applied questionnaire with managers and employees to realize the degree of acceptance of the deployment of co-management in family health unit. Keywords: co-management, Humanization and co-responsibility. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 07 2 GESTÃO ............................................................................................... 10 3 GESTÃO PARTICIPATIVA: CO-GESTÃO .......................................... 14 4 METODOLOGIA ................................................................................... 21 5 DISCUSSÃO ......................................................................................... 23 6 CONCLUSÃO ....................................................................................... 37 7 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39 APÊNDICE ............................................................................................... 41 1 Introdução As mudanças e transformações da sociedade frente a globalização e avanços tecnológicos têm direcionado as organizações para o foco na gestão, devido à necessidade de aperfeiçoar continuamente os processos de trabalho para atingir os objetivos comuns. No âmbito da Saúde no Brasil, o gestor é aquele que coordena, articula, negocia, planeja, controla e avalia os serviços de saúde visando “a produção da saúde, a realização profissional e pessoal dos trabalhadores e a reprodução de uma política democrática e solidária do SUS”.(BRASIL,2006, p.8). Conforme preconizado na Lei Orgânica do SUS, os serviços de saúde devem estar organizados de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis crescentes de complexidade. A atenção primária configura-se como primeiro nível de atenção e coordenadora do cuidado integral, enquanto “conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.01), tendo a saúde da família como estratégia de reorganização. No espaço desses serviços de saúde, a gestão se concretiza num nível micro, representada pelo Gerente/Diretor da Unidade de Saúde, que tem como função orientar e supervisionar as ações desenvolvidas, participando da elaboração da análise da situação de saúde e do planejamento das ações a serem desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família, coordenando os processos de trabalho e articulando-se com a supervisão técnica da estratégia, com vista à integração das atividades. Preconiza-se também que, tais serviços devem ser integrais, resolutivos, acessíveis e qualificados. Sob este aspecto, em 2003, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Humanização - PNH, visando consolidar e qualificar o SUS no país deu-se o enfoque de que tais serviços devem ser também, humanizados. Segundo a PNH, “a humanização é a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores” (BRASIL, 2006, p.8). Apresenta sete eixos de ações, “para institucionalizar e ver a apropriação dos resultados pela sociedade”. (BRASIL, 2006, p.25 ). Dentre estes eixos, o [...] da gestão do trabalho propõe a promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de discussão e decisão, fortalecendo e valorizando os trabalhadores, sua motivação, o autodesenvolvimento e o crescimento profissional. (BRASIL, 2006, p. 25) No município de Salvador, as Unidades de Saúde da Família apresentam a situação peculiar, de ser referência para uma média de 04 equipes de saúde da família por Unidade. Isto representa um grau de complexidade significante, desde a administração logística até as relações interpessoais entre os trabalhadores e destes com os usuários. Assim, o conjunto de trabalhadores que compõem tais Unidades de Saúde é formado por: gerente, equipes de saúde da família (médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde), pessoal de apoio (assistentes administrativos, agentes de higienização e vigilantes). Esta singularidade justifica a necessidade de um sujeito, que articule os processos e relações neste espaço de gestão. Desse modo, o gerente vem a ser o protagonista destas ações e, em Salvador, o desempenho de tais funções é atribuído a um cargo de confiança, na estrutura organizacional da Prefeitura. Por outro lado, a Política de Humanização do SUS tem sido implementada no município, nas Unidades de Atenção Primária à Saúde tanto com modelo de atenção tradicional como na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este trabalho, entretanto, trará o enfoque no eixo da co-gestão preconizada pela PNH, porém apenas, nas Unidades de Saúde da Família. Este tema foi escolhido porque, por se tratar da Estratégia de Saúde da Família, se caracteriza em processos de trabalho realizados em equipe, tornando-se importante a elaboração do planejamento das ações e decisões realizadas por todos os profissionais da Unidade, juntamente com o gerente. Desse modo, é fundamental o seguinte questionamento: Qual a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família de um Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a implantação da co-gestão em seu espaço de atuação? Objetivos Geral: Conhecer a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família de um Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a implantação da co-gestão em seu espaço de atuação. Específicos 01. Conhecer como o gerente entende o seu processo de trabalho 02. Analisar como se dão os processos de discussão e decisão no âmbito gerencial das Unidades de Saúde da Família 03. Analisar como a percepção do gerente pode influenciar na implantação da co-gestão. 2 Gestão Gestão ou Administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos das organizações, bem como de seus membros. (MONTANA; CHARNOV, 2010, p.01) O gestor é aquela pessoa que no ambiente dinâmico tem uma visão holística, capaz de planejar, de gerir recursos financeiros, de recursos materiais, de recursos pessoais e de recursos informacionais a fim de alcançar os objetivos da organização e dos seus colaboradores. Além disso, ele controla e avalia as ações desenvolvidas na organização. Para Chiavenato (2006) o gestor deve criar condições para gerar valor e riquezas. Para Maximiano (2009, p.05) “gerir é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos”. Com a globalização, atualmente o mundo é dos negócios, seja ele público ou privado. Todas as atividades dos negócios estão focadas na produção e oferta do produto ou serviço. Porém, para que o negócio dê certo é preciso que seja gerido com eficiência e eficácia. Chiavenato (2006, p.02) define gestão como “a condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-lucrativa”. As Unidades de Saúde são instituições públicas não-lucrativas, que são geridas por pessoas que exercem chefias de confiança. Para entender como funciona o gerenciamento de uma Unidade de Saúde, antes de tudo é necessário conhecer o que é gestão de saúde. Gestão de saúde é a forma como planeja, coordena, dirige e controla os recursos disponíveis para a promoção da saúde. Dentre os avanços que podem ser creditados ao Sistema Único de Saúde (SUS) nos seus vinte e um anos, está o crescente reconhecimento da importância do planejamento e seus instrumentos para a gestão de saúde pública. Um movimento contínuo, articulado, integrado e solidário do processo de planejamento em saúde reúne condições singulares para que se exercitem, em plenitude, os princípios da universalidade, integralidade e equidade, contribuindo para o que constitui o seu propósito mais sublime que é possibilitar melhores condições de vida e saúde para as pessoas . (SESAB, 2009, p.07). O gestor público de saúde é aquele capaz de estimular a melhoria da prestação de serviço à sociedade, através da valorização do profissional. É que proporciona à comunidade um serviço humanizado, é quem organiza e planeja as políticas de saúde a serem implementadas nas Unidades. Uma Unidade de Saúde é o local de assistência à saúde à sociedade de forma programada, ou não, composta por profissionais de nível superior, técnico e médio. A Unidade de Saúde da Família é gerida por gerente. O gerente é a pessoa preparada para enfrentar o ambiente dinâmico, capaz de superar os novos desafios advindos das mudanças tecnológicas, estruturais e atualmente informacionais. O gerente de uma unidade tem que ter o perfil empreendedor, com uma gestão de “flexibilidade, inovação, horizontalidade, criatividade, agilidade, compartilhamento de informações, aprendizagem, gestão do conhecimento, planejamento participativo e estratégia competitiva”. (CLAUS, 2007, p.16) Na unidade de saúde o planejamento participativo é importante, pois é a partir daí que se pode medir o grau de envolvimento dos profissionais no processo decisório e também os tornam corresponsáveis pelo desenvolvimento do trabalho onde atua. Segundo Claus (2007, p.24): A atuação gerencial deve ser entendida como uma prática, baseada na decorrência do quanto é possível explicar e compreender a dinâmica das necessidades da saúde e do tipo de explicação formulada a cerca da maneira como estão disponíveis e são utilizados os recursos, as bases tecnológicas, os interesses e a forma de combiná-los de modo eficaz, eficiente e efetivo. Antigamente o gerenciamento era apenas para cumprir os quatro princípios da Administração: planejar, coordenar, dirigir e controlar. Já hoje, com a nova proposta do SUS de um atendimento universal, integral e equânime, o gerente deve gerir de forma a adequar os poucos recursos disponíveis na Unidade às necessidades da população. Claus (2007, p.27) apud Cecílio (1994) que diz: O tipo de gestão mais adequado dos serviços públicos é consensual e colegiado, em contraposição ao tipo autoritário. Esse tipo de gestão exige do dirigente um comportamento gerencial que reconheça o papel central dos profissionais (como sujeitos sociais); enfatize a definição e adoção de mecanismo de tomada de decisão que envolva os profissionais; pressuponha que os profissionais trabalhem não para obedecer às ordens, mas por responsabilidade. Toda organização para ser gerida é preciso de planejamento, e Montana (2010, p.116) o define como “processo de determinar os objetivos organizacionais e de como atingi-los”. O gerente antes de programar suas estratégias faz o planejamento para analisar como vai executá-la. O planejamento é divido em estratégico, tático e operacional. ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL Fonte: Chiavenato (2010) A formulação de estratégias não se resume na simples previsão das decisões a serem tomadas no futuro, mas sim, fundamenta-se na tomada de decisões no presente com capacidade de produzir efeitos no futuro, sendo decisões a serem executadas em longo prazo. A estratégia está relacionada com a capacidade de utilizar bem os recursos, a fim de minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades existentes na organização. A estratégica é fundamental para o desenvolvimento da organização e cumprimento da missão sendo representadas por um conjunto de objetivos, finalidades, metas, diretrizes e planos utilizados para atingir os objetivos, de forma que a organização consiga definir como é e como pretende ser. O planejamento tático refere-se aos objetivos setoriais e à maneira de condução da função na organização. Constituem-se na continuidade do planejamento estratégico e serve como suporte ao plano operacional. O esforço e os meios para atingir os objetivos estratégicos da empresa são planejados e descritos no planejamento tático, no qual as possíveis alterações de serviços assistenciais podem ser alteradas. No planejamento tático está incluso o aspecto referente à capacidade operacional da organização potencial de desenvolvimento, possibilidades e capacidade programática de ampliações e outros referentes aos recursos físicos, equipamentos, instrumental, prédios, recursos financeiros e capacidade de investimentos. O planejamento tático complementa o estratégico e constitui-se no planejamento logístico para que a fase operacional de processamento de serviços possa transcorrer dentro do planejamento. Sem o planejamento tático, as operações se desagregam da estratégia e comprometem o alcance de metas e objetivos. O planejamento operacional resume-se no estabelecimento de metas e no processamento funcional das atividades operativas dentro da organização. Esse planejamento tem como objetivo garantir a realização e o alcance de metas integradas aos objetivos da Instituição. O planejamento operacional em serviços de saúde constitui-se planejamento e controle da produção da assistência e refere-se direta e exclusivamente ao processo de atendimento e leva aos resultados representados pela prestação dos serviços. Infelizmente, as Unidades de Saúde ainda não têm planejamento elaborado, mas com as mudanças do modelo de gestão é algo que com um tempo será realizado. O novo modelo de gestão que está sendo implementado nas Unidades de Saúde é a Co-gestão. O trabalho por co-gestão é imprescindível, pois tanto o gerente valoriza a atuação do profissional e é ajudado no processo de decisão, quanto o profissional se sente motivado e protagonista do processo de trabalho. 3 Gestão Participativa: Co-Gestão Atualmente têm-se pensado em uma forma de administrar mais moderno, sem autoritarismo e hierarquia, mas sim de forma participativa, em que todos os integrantes no processo de trabalho possam tomar decisões em conjunto. Este novo modelo chama-se gestão participativa. Maximiano (2009, p.260) define como “uma filosofia ou doutrina que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões sobre a administração das organizações”. E para Maranaldo (1989, p. 60), a Administração Participativa é “o conjunto harmônico de sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e incentivam a participação de todos no processo de administrar”. Neste tipo de gestão o potencial do profissional é valorizado, cada idéia, sugestão e atos são aproveitados na tomada de decisão e na forma de conduzir a empresa, motivando dessa forma o profissional e melhorando a qualidade do serviço prestado ao público. Maximiano (2009, p.261) caracteriza o modelo participativo a partir da “predominância da liderança, disciplina e autonomia”, ou seja, o profissional é responsável pelos próprios atos e desempenho dentro da organização. Quanto mais corresponsável é o profissional, mais autonomia na tomada de decisão lhe for dada, mais a empresa caracteriza-se como gestão participativa. Algumas empresas trabalham no modelo de gestão considerado como diretivo, em que há níveis hierárquicos que devem ser obedecidos. Os pioneiros deste modelo de gestão foram Taylor, Ford e Fayol, no período da Escola Clássica em que o processo de trabalho era por produção, onde cada funcionário era treinado a desempenhar apenas determinada função, sem poder emitir sugestões e/ou ampliar seus conhecimentos em outras áreas. Neste período os funcionários trabalhavam desmotivados, com fadiga, insatisfeitos e muitas vezes com intolerância ao seu local de trabalho. No século XX, o americano Likert, propôs estudar os dois modelos de gestão o diretivo e o participativo e ao comparar os dois, percebeu que nível de satisfação dos funcionários, o desempenho estavam melhor na gestão participativa. Isso se deu porque na gestão participativa há a confiança entre superior e subordinado, há motivação dos colaboradores, pois ele se torna protagonista do processo de trabalho. Um fator muito importante e até mesmo preponderante na gestão participativa é a comunicação entre gestor e colaborador, pois todos ficam sabendo o que está acontecendo na empresa que trabalha e até mesmo pode fazer uma avaliação do que está bom e o que precisa melhorar. Maximiano (2009, p.269) cita que na gestão participativa há formação das equipes autogeridas que são caracterizadas pela: [...] autonomia para decidir, responsabilidade pelos próprios resultados, os integrantes são multifuncionais e polivalentes, o papel de liderança pode ser desempenhado por diferentes pessoas,as funções de apoio à operação estão embutida no próprio grupo... e a equipe tem autonomia para tomar decisões que afetam a realização da tarefa[...]. Em uma Unidade de Saúde da Família, as equipes são autogeridas, pois todos têm um papel muito importante dentro da equipe, na ausência de um integrante, o outro continua conduzindo as atividades. Porém para que isso aconteça são realizadas semanalmente reuniões de equipe para que todos saibam de que forma conduzir. Em 1994, o Governo Federal implantou o Programa de Saúde da Família como “estratégia prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil”. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.01) “A Atenção Básica é um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde”. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 23) Antigamente, nem todas as pessoas tinham acesso ao atendimento de saúde. A Saúde era apenas para as pessoas que tinham o poder aquisitivo elevado, e os pobres não tinham vez. Com a Lei 8080/90, Lei Orgânica do SUS, que tem dentre seus princípios a universalidade, a integralidade e a equidade na qual o art.196 da Constituição Federal diz que: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”, fez com que todas as pessoas tivessem acesso aos serviços de saúde de forma integral e de qualidade. A Estratégia de Saúde da Família, enquanto atenção primária veio para firmar os princípios do SUS e ampliar o acesso da população à Saúde. Além disso, mudou o cenário da Saúde que anteriormente, seguia o modelo hegemônico tecnicista, em que o foco estava na valorização da técnica do atendimento e não no usuário; hospitalocêntrico, ou seja, curativista; e medicalocêntrico, havia a supervalorização do profissional médico e ele era considerado o detentor do conhecimento. Com o surgimento da Estratégia de Saúde da Família, como modelo técnicoassistencial, a preocupação passou a ser na prevenção e promoção da saúde, as ações e decisões não ficaram mais centradas na figura do médico, mas sim, todos os profissionais são protagonistas do seu processo de trabalho. A Estratégia de Saúde da Família é composta por equipes multiprofissionais tendo como integrantes: o médico, o enfermeiro, cirurgião – dentista, técnico de enfermagem, auxiliar de saúde bucal e agente comunitário de saúde. Cada equipe é responsável por uma área adstrita, com comunidades de perfis diferentes, cada uma com sua realidade, “prioridades de ação, potencialidades e limitações”. (CAMPOS et al., 2006,p.811) Dentre os quatorzes componentes que caracterizam a organização da Estratégia de Saúde da Família que Campos (2006, p.811) apresenta é importante dar enfoque na: [...] adscrição da clientela, para identificar quem são seus usuários, quais as prioridades de ação para este, acolhimento e organização da demanda; trabalho em equipe multiprofissional; estímulo à participação e controle social; organização de ações de promoção à saúde e organização de um espaço e co-gestão coletiva na equipe. Pois com essas ações trazem os profissionais a participarem do planejamento, decisão e execução do processo de trabalho. Campos (et.al.2006, p.822) define o sistema de co-gestão como “um instrumento poderoso para construir a eficácia e eficiência, e uma diretriz ético- política fundamental para a humanização e o bom funcionamento do sistema municipal de saúde”. Na co-gestão o poder de decisão está centralizado na equipe multiprofissional e gerente. Pois estes definem nas reuniões de equipe e geral como serão as agendas de marcação, as oficinas, visitas e atividades que serão desenvolvidas na comunidade. Apesar das equipes serem autogeridas, existe também o papel do gerente, que é quem coordena e administra os recursos humanos e materiais da Unidade. A organização dos serviços, segundo Mishima (1995, p.03), [...] compreende um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de permitir a estruturação física e dos agentes do trabalho das unidades de saúde, através de uma alocação adequada dos recursos necessários para a prestação da assistência à saúde da comunidade. Claus (2007,p.19) apud Motta (2001) que diz ” a capacidade gerencial envolve quatro dimensões básicas:a cognitiva, a analítica,a comportamental e a habilidade de ação.” Essas quatro dimensões não descreve o gerente só como o administrador, mas sim aquele que traça os objetivos e define o comportamento organizacional, é aquele que identifica o problema e vê alternativas para saná-las, é quem desenvolve o papel de líder e estimula os seus profissionais a transformar conhecimento em ação e é quem articula as necessidades da população com os interesses institucionais. Matos (1979, p.48) diz que: “o nível de participação do grupo depende do modo como o líder utiliza seu poder e autoridade[...] quando utiliza menos autoridade, estimula o envolvimento da equipe na solução dos problemas”. Gerenciar é um trabalho de muita responsabilidade e que exige do gestor habilidades para saber conduzir as ações e adversidades que são postas no cotidiano é saber tomar decisões certas e trazer resolutividade para os problemas tanto de administrativa quanto de saúde. Lembrando que gerente capacitado traz resultado e melhoria na qualidade de vida da população. Na co-gestão, o gerente tem o apoio das equipes de saúde para tomada de decisão, porém é necessário que o mesmo saiba conduzir as equipes para que todos sigam uma linha de trabalho em prol de um único objetivo, prestar serviço de qualidade à comunidade. A co-gestão ou gestão participativa é um dos sete eixos propostos pela Política Nacional de Humanização. A Política Nacional de Humanização foi implantada no ano de 2003 pelo Ministério da Saúde com base na experiência do chamado “SUS que dá certo”. O SUS que dá certo é o SUS em que há principalmente a universalidade, a integralidade e equidade dos serviços de saúde oferecidos à comunidade. “A política do Ministério da Saúde denominada de Humaniza SUS, em larga medida, busca trazer para o Brasil esse novo modo de pensar a gestão e o trabalho em saúde”. (ABRASCO, 2010, p. 2342) O objetivo do Humaniza SUS (Brasil, 2006, p. 01) é efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde no cotidiano das práticas de atenção e de gestão, assim como estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários para a produção de saúde e produção dos sujeitos. O Humaniza SUS (2006) é uma política que propõe mudanças no atual sistema de saúde. Esta preconiza a valorização dos envolvidos na saúde (gestor, trabalhador e usuário) para a produção e promoção da saúde mais humanitária e igualitária. Na política de humanização do SUS há a preocupação em valorizar o profissional, o usuário e o gestor, pois todos desenvolvem um papel importante na produção da saúde. O humaniza propõe um atendimento de qualidade, acolhedor e personalizado para que todos se conheçam. A Política Nacional de Humanização é regida por três princípios: a inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde; a transversalidade e a autonomia e protagonismo dos sujeitos. A PNH propõe sete eixos de ação para serem implementadas nas Unidades de Saúde e avaliar os resultados para ver qual o impacto desta política na sociedade. Dentre estes eixos, vale ressaltar o da gestão do trabalho que “propõe a promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de discussão, fortalecendo e valorizando os trabalhadores, sua motivação, o autodesenvolvimento e o crescimento profissional”. (Brasil, 2006, p.25) Neste eixo o foco é no trabalhador, ele é um sujeito que pode participar, junto com o gestor do processo de decisão das ações implementadas na Unidade. O seu trabalho é tão importante quanto ao do gerente, e há a preocupação com crescimento profissional destes. Como uma das propostas do Humaniza SUS é o envolvimento de todos os sujeitos no processo de produção de saúde, é importante falar da co-gestão. Segundo Ferreira (1999, p.497), co-gestão significa gestão em comum, administração ou gerência em sociedade. A co-gestão reúne todos os envolvidos no processo de trabalho para ajudar na discussão, planejamento e tomada de decisão junto com o gerente. Na Cartilha de Humanização do SUS (Brasil, 2006, p.7) diz que “os trabalhadores ainda participam pouco das decisões sobre o rumo das unidades que trabalham”. Apesar de falar-se em co-gestão, a questão acima relata que atualmente não se vê com freqüência os trabalhadores de saúde envolvidos no processo de decisão, pois muitas vezes o gerente centraliza tudo para si, ou existe muita burocracia no trabalho. Porém, por o campo de estudo ser dentro de uma Unidade de Saúde da Família e que a estratégia propõe que o trabalho seja desenvolvido em equipe, é importante verificar a importância da co-gestão nos serviços de saúde. O Ministério da Saúde (Brasil, 2006, p.8) define co-gestão como “um modo de administrar que inclui o pensar e o fazer coletivo”. E, além disso, ele ainda diz que “é uma diretriz que visa motivar e educar os trabalhadores”. Um profissional motivado desenvolve suas atividades com eficiência, confia na proposta do programa de trabalho, além de sentir-se corresponsável pelas ações do seu local de atuação buscando soluções para os problemas que possam ocorrer. Porém, antes da PNH, nas Unidades de Saúde, as equipes não tinham autonomia para desenvolver suas tarefas, elas apenas cumpriam. O poder estava centralizado na figura do gerente, qualquer tipo de decisão quem tomava era ele. Para que chegasse esse novo modelo de gestão, foi necessário mudar as estruturas e pensamentos organizacionais. No modelo tradicional, o gerente ocuparia o nível estratégico e os as equipes o nível operacional. Mas com este novo modelo de gestão, a co-gestão, os paradigmas começaram a ser quebrados e o trabalhador passa a exercer um papel preponderante dentro das organizações, pois o gestor passa a lhe dar autonomia no desenvolvimento das atividades, o trabalhador, agora é visto como colaborador e ambos ocupam o mesmo nível hierárquico. A comunicação no modelo de co-gestão é muito importante, pois todos podem expressar suas opiniões e até mesmo implementá-las. O Humaniza SUS com sua proposta de co-gestão veio para integrar cada vez mais as equipes multiprofissionais da Estratégia de Saúde da Família e tornar cada profissional responsável pelas ações e decisões da Unidade. O modelo de gestão que estamos propondo é centrado no trabalho em equipe, na construção coletiva (planeja quem executa) e em colegiados que garantem que o poder seja de fato compartilhado, por meio de análise, decisões, avaliações construídas coletivamente. (Brasil, 2006, p.9) Na Estratégia de Saúde da Família existem reuniões de equipe semanais para os profissionais programarem as atividades que serão desenvolvidas no decorrer da semana, como os atendimentos ambulatoriais, as atividades educativas, as vistas domiciliares e as vacinações. Neste cenário o papel do gerente também é muito importante, pois é ele quem junto com as equipes, que vai montar as estratégias de como as tarefas serão executadas. „ 4 Metodologia Foi realizado um Estudo de Caso nas Unidades de Saúde da Família em um Distrito Sanitário do município, no qual foi estudada a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família sobre a implantação da co-gestão em seu espaço de atuação. A escolha por Estudo de Caso deu-se por este ser: “[...]uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]”. (GIL, 2006, p.54) Para confirmar se era possível ou não a implantação da Co-gestão nas Unidades de Saúde, foi feita uma abordagem comparativa entre gestor e trabalhador que desenvolvem suas atividades laborais em uma Unidade de Saúde da Família, que são regidos por uma mesma lei e normas, que é a Portaria 648/2006. Ressalto que a Unidade de saúde da Família foi escolhida devido à facilidade de acesso às informações, por desempenhar minhas atividades laborais neste âmbito. As Unidades de Saúde sejam elas de demanda aberta ou de Saúde da Família, hierarquicamente são administradas por Distritos Sanitários. A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador descreve o conceito de Distrito Sanitário: [...] deve ser compreendido sobre duas dimensões: a primeira, enquanto estratégia de construção do SUS num município e/ou conjunto de municípios, envolvendo alguns elementos conceitual e operacionalmente importantes; e a outra dimensão se refere à menor unidade de território ou de população, a ser apropriada para o processo de planejamento e gestão. (SALVADOR, 2007, p. 01) As Unidades em estudo fazem parte da área adscrita ao Distrito Sanitário São Caetano/Valéria que conta atualmente com a colaboração de 07 gestores que gerenciam as Unidades de Saúde da Família. A Unidade em estudo é composta por 05 médicos, 05 enfermeiros, 03 cirurgiões-dentista, 03 Auxiliares de Saúde Bucal (ASB),10 técnicos em enfermagem, 02 assistentes administrativos, 03 Agentes de higienização, 08 agentes de portaria e 07 agentes comunitários de saúde Como instrumento de levantamento de dados, foi aplicado um questionário com os 06 gestores e 20 profissionais das diversas categorias, porém apenas 04 gestores responderam e 15 profissionais. Para a realização do estudo na Unidade de Saúde foi importante conhecer um pouco da história da comunidade. Já que a sua aquisição foi conquista da comunidade. Em 2001 a comunidade de São Bartolomeu começou a se mobilizar reivindicando por uma Unidade de Saúde, pois só existia apenas 01 Unidade, no qual era de difícil acesso e uma estrutura que não acomodava de forma confortável e satisfatória os profissionais e a comunidade. Integrantes da comunidade foram até a CONDER solicitar a construção de um novo posto de fácil acesso e que comportasse todos os profissionais, fizeram abaixo-assinado, fecharam a pista, até que a CONDER cedeu um terreno e começou a construir um novo Posto de Saúde. Este Posto foi inaugurado no dia 21 de Janeiro de 2008 seguindo a Estratégia de Saúde da Família. Foi utilizado como fonte o livro ata da Associação Local e entrevista com moradores da comunidade. 5 Discussão A pesquisa foi realizada com 19 pessoas, sendo 04 gestores e 15 trabalhadores. Ao analisar as respostas dos gestores e trabalhadores, pôde-se observar que houve convergência (na maioria das questões), porém cada um respondendo sob a sua ótica. Ao perguntar o que se entende por humanização na Saúde obtivemos diversas respostas. Dentre estas, 75% dos gestores responderam que é a forma humana de tratar o usuário e 25% respondeu que é a forma de se colocar no lugar do outro.Já 20% dos trabalhadores responderam que é a igualdade para todos. 6,66% disseram que é a avaliação de políticas públicas e promoção à integralidade do cidadão, 66,6% responderam que é acolher o usuário e orientá-lo, 13,3% citou o respeito entre os colegas e 6,66% responderam que é prestar um serviço de qualidade. Analisando as idéias expostas pelo gestor e trabalhador, pôde-se averiguar que cada um deles respondeu o que a Política Nacional de Humanização preconiza dentro dos seus eixos: atender o usuário de forma acolhedora, avaliar as políticas públicas para que prestemos um serviço de qualidade à comunidade. Depois foi perguntado se conhecia a Política Nacional de Humanização e 100% dos gestores responderam que sim, no âmbito dos trabalhadores, 73,33% disseram que conhece e 26,66% disseram que não. Gráfico 01 Fonte: Própria Gráfico 02 Fonte: Própria É importante que todos conheçam o Humaniza SUS, pois é a base para a boa relação entre trabalhador, gestor e usuário. O documento-base da Política Nacional de Humanização define humanização como a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde.Os valores são autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, os vínculos solidários e a participação coletiva no processo de gestão.( BRASIL, 2006,p.2-3). Quando perguntamos aos gestores para ele o que era gerenciar, 25% que era organizar normas e rotinas, 50% respondeu que era um processo difícil devido a falta de entendimento dos profissionais e a estrutura desorganizada da estratégia e 25% falou que é gerir ações administrativas e recursos humanos, integrando atividades dos colaboradores e usuários. Para Chiavenato (2006,p.4) administração significa planejar o que será feito, botar ordem nas coisas, alinhar recursos e convergir tudo isso em direção a um só objetivo. E para Montana et.al.(2010,p.2) é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como de seus membros. Quando foi perguntado aos trabalhadores, 53,33% respondeu que é saber ouvir, decidir, delegar tarefas e resolver situações. 13,33% informou que é administrar de forma participativa e 6,66% responderam que era acolher o público de forma humanizada.6,66% disseram que é ter autonomia e respeito por todos os profissionais, 6,66% que é acompanhar e atuar na provisão e previsão de recursos e participar do desenvolvimento das atividades e por fim, 6,66% definiram como organização do setor administrativo e da gestão de pessoas. É interessante como na mente das pessoas quando se pergunta o que é gerenciar/ administrar, na maioria das vezes respondem que é coordenar, planejar, delegar tarefas e decidir. Certo essas são algumas atribuições do administrador,porém vai muito alem disso, é ter liderança, ser proativo, flexível e principalmente comunicativo. Ao perguntarmos o papel de atuação na Unidade, 100% dos gestores responderam que eram co-responsáveis no processo de gestão, já os trabalhadores apenas 46,66% e 60% responderam que era funcional. Gráfico 03 Fonte: Própria Gráfico 04 Fonte: Própria Por se tratar de uma Unidade de Saúde da Família no qual existem pessoas das diversas categorias, desde o gerente ao técnico de enfermagem e consultório dentário, era esperado que a maioria dos trabalhadores informasse que era apenas funcional, pois existem muitos trabalhos técnicos dentro da Unidade. Porém existem trabalhadores que além de desenvolver sua função técnica, também ajuda no processo de gestão. Quando perguntamos se havia interação dos profissionais no processo de decisão, todos disseram que sim, ou seja, 100% dos entrevistados. Gráfico 05 Fonte: Própria Gráfico 06 Fonte: Própria Logo em seguida, perguntamos como se dá essa interação, 50% dos gestores falaram que era com responsabilidade, compromisso e respeito e 50% respondeu que era através de reuniões e discussões das ações desenvolvidas. Os trabalhadores, na maioria, respondeu que a interação se dava através de reunião e mural, chegando a um percentual de 86,66% e 6,66% respondeu que a interação se dá através do que ele pode oferecer de melhor. Pôde-se perceber que a interação gestor/trabalhador se dá através de reuniões e discussões. É importante ressaltar que no novo modelo de gestão uma ferramenta prioritária é a comunicação. Maximiano (2009, p.267)... a administração deve procurar comunicar-se, transmitindo informações para baixo e para os lados.. Ao perguntar qual método é utilizado para manter informado das ações de gestão, 25% dos gestores informaram que era através de mural, 50% responderam que além do mural também é através de reunião de equipe e capacitação e 25% disseram que era apenas através da reunião de equipe e capacitação. Gráfico 07 Fonte: Própria Já os trabalhadores em 53,33% informaram que era através de mural, 93,33% através de reunião de equipe, 6,66% capacitação e 6,66% disseram que era através de outras ferramentas. Gráfico 08 Fonte: Própria Na gestão participativa é importante saber que os profissionais mantêm-se informados das ações desenvolvidas no ambiente de trabalho. Pois dessa forma todos vão estar em sintonia com a mesma informação. Foi perguntado como se dava o trabalho em equipe, 26,66% dos trabalhadores responderam que era de forma organizada em que cada profissional expõe a sua idéia e esta é discutida, 40% acham que cada um tem sua responsabilidade e função e 13,33% disseram que o trabalho se dá a partir da participação de todas as categorias no desenvolvimento das atividades. Já 75% dos gestores falaram que é a partir de ações integradas de forma coletiva e 25% é com ética, responsabilidade e equidade. Em uma Unidade de Saúde da Família o trabalho é desenvolvido em equipe, mesmo cada um desempenhando sua função, as decisões são tomadas em conjunto, as atividades são integradas. Foi perguntado ao gestor se ele aceita opiniões dos profissionais na tomada de decisão e ao trabalhador se as opiniões são aceitas. E 100% dos trabalhadores e gestores disseram que são aceitas. Gráfico 09 Fonte: Própria Gráfico 10 Fonte: Própria Uma gestão participativa eficaz é aquela em que o gestor escuta a opinião dos trabalhadores na tomada de decisão. Significa que o trabalhador é coresponsável pelas ações da Unidade. Ao perguntar quem decide na necessidade de mudança, 33,33% dos gestores responderam que é o gestor quem decide e 66,67% disseram que é o gestor e trabalhador. Gráfico 11 Fonte: Própria Já 20% dos trabalhadores responderam que é o gestor quem decide e 80% responderam que é o gestor e trabalhador. Gráfico 12 Fonte: Própria O gráfico nos mostrou que a participação do trabalhador no processo de decisão é bem ativa. Isso confirma que o trabalhador é co-participante nas ações. Quando foi perguntado se o trabalhador estava apto a desenvolver o papel de liderança, 100% dos gestores responderam que sim, mas apenas 40% dos trabalhadores responderam que sim, 53,33% responderam que não e 6,66% não respondeu. Gráfico 13 Fonte: Própria Gráfico 14 Fonte: Própria Isso significa que o gestor confia no profissional que tem e os acha capaz de desenvolver um papel de liderança. Porém os profissionais acham o contrário devido as função técnica que os mesmos desenvolvem na Unidade, não se preocupando ou até mesmo não tendo despertado seu perfil de liderança. Foi perguntado aos gestores e trabalhadores o que eles entendiam por Cogestão, 25% dos gestores responderam que não entendiam, 25% responderam que o gestor é o responsável pela decisão das ações desenvolvidas na Unidade e 50% respondeu que o trabalhador é co-responsável pelas decisões. Gráfico 15 Fonte: Própria Já s trabalhadores (6,66%) disseram que o trabalhador é o responsável pela decisão das ações e 93,33% disseram que o trabalhador é co-responsável. Gráfico 16 Fonte: Própria É importante perceber que a maioria dos entrevistados entendem por Cogestão, pois uma Unidade que é composta por equipes, é necessário que o processo de tomada de decisão seja compartilhada e que cada profissional seja e sinta-se co-responsável das ações desempenhadas na Unidade.Na ausência do gestor qualquer profissional está apto a decidir, pois os trabalhadores também são protagonistas do processo. Após analisarmos se os entrevistados conheciam o que era co-gestão, perguntamos se era possível implantar a Co-gestão na Unidade e 100% dos gestores disseram que sim. Enquanto 80% dos trabalhadores que sim e 20% disseram que não. Gráfico 17 Fonte: Própria Gráfico 18 Fonte: Própria Na implantação da co-gestão na Unidade é importante a aceitação de todos os integrantes ou quase todos para que o trabalho ocorra com dinamismo, qualidade e eficácia. Foi perguntado como se implantaria na Unidade a co-gestão e 75% dos gestores respondeu que estabeleceria uma negociação constante com os níveis superiores para conquistar independência na tomada de decisão, capacitação para integração no processo de gestão e 25% não entende do processo de co-gestão. Já 20% dos trabalhadores informaram que não é necessário implantar porque já existe;13,33% disseram que a implantação pode ser feita através do diálogo com os profissionais, fazendo com que os mesmos sintam-se participantes;6,66% dando autonomia a todos os funcionários para exercer suas ações, 6,66% falaram que distribuiriam tarefas, 6,66% disseram que promoveriam reunião com os líderes comunitários e participantes da comunidade, 20% falaram que organizariam colocando cada profissional em sua função e 6,66% não se aplica. É importante saber de que forma implantaria, para rever o modelo atual de gestão e verificar o que excluiria, o que poderia ser melhorado e o que precisaria para implantar. Segue abaixo a planilha com as possibilidades e dificuldades encontradas pelo gestor e trabalhador para a implantação da Co-gestão. GESTOR POSSIBILIDADES % Integração equipe e gestão, conhecimento 66,66% das realidades situacionais Está tentando a implantação 33,33% Tabela 01 Fonte: própria DIFICULDADES Falta de autonomia gerencial % e atuais 33,33% dos 33,33% conjecturas do município Falta de entendimento e estímulo profissionais Aceitação e participação 33,33% Não respondeu 33,33% Tabela 02 Fonte: Própria Para o gestor a maior possibilidade é a integração entre equipe e gestor, pois os dois estando em harmonia irão desempenhar um trabalho de qualidade. TRABALHADOR POSSIBILIDADES % Todas 6,66% Ganhando confiança e apoio da equipe 13,33% Bom relacionamento entre gestor e trabalhador 6,66% Boa vontade dos profissionais 6,66% Não há possibilidade de implantação 33,33% Ganhando apoio do gestor para implantar ações 6,66% Boa vontade e compromisso gestor e trabalhador 13,33 Não respondeu 6,66% Tabela 03 Fonte: Própria DIFICULDADES % Os profissionais não gostam de desempenhar suas 6,66% funções Falta de consenso na equipe 13,33% Falta de compromisso de alguns trabalhadores 13,33% Capacitação, decisões e punições iguais para todos 6,66% Não ocorre dificuldade 20% Tabela 04 Fonte: Própria Já o trabalhador acha que não há possibilidade de implantação.Isto se torna contraditório, pois quando perguntamos se havia possibilidade de implantação da Co-gestão na Unidade, 80% disseram que sim. Foi perguntado qual resultado esperaria alcançar e 50% dos gestores responderam que era a satisfação do usuário e profissional, 25% não respondeu e 25% responderam que o resultado esperado é a responsabilidade, aceitação e compromisso. Já os trabalhadores, na maioria com 26,66% responderam que era melhorar o andamento da Unidade, 20% respondeu que era a melhoria na qualidade do atendimento, 13,33% responderam que teria resultado trabalhador mais satisfeito e gerente menos sobrecarregado, 6,66% bom desempenho dos funcionários, 6,66% parceria entre trabalhador e gestor, 6,66% usuário satisfeito e 6,66%não respondeu. Analisando as respostas da pesquisa pôde-se observar que a Política Nacional de Humanização, o Humaniza SUS, resume tudo o que foi abordado pelos entrevistados. 6 Conclusão Propor um novo modelo de gestão é um processo lento e que precisa contar com a participação de todos. Representa uma mudança de comportamento e cultura organizacional com os partícipes do processo de trabalho. O tema proposto é uma tentativa de implementação da Co-gestão nas Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário São Caetano/Valéria. Ao fazer a consolidação dos dados da pesquisa, foi observado que é possível implementar a Co-gestão nas Unidades, pois através das respostas tanto gestores quanto trabalhadores foi verificado que eles já adotam este modelo.Talvez inconscientemente eles não soubessem que a co-gestão já existe nas suas Unidades, mas as ações empreendidas, informadas por eles, é uma comprovação. A Co-gestão por ser um dos eixos propostos pela Política Nacional de Humanização nos remete a uma prestação de serviço de qualidade e humanizado. A relação de trabalho fica mais harmoniosa e conseqüentemente trabalhadores e gestores desenvolvem suas atividades mais motivadas. Foi importante observar que os participantes da pesquisa têm conhecimento sobre co-gestão, pois o processo de discussão das atividades que são desenvolvidas dentro da Unidade tem a opinião de todos e inclusive o processo decisório. É de grande valia saber que o modelo de gestão está mudando, mesmo que gradativamente. Pois antigamente as relações de trabalho eram hierarquizadas, em que só o gestor poderia tomar decisões, fazer planejamento e o trabalhador só executava. Mas hoje, as relações hierárquicas estão ficando horizontais, há a valorização do trabalhador, este é considerado protagonista do processo de trabalho, tanto quanto o gestor. É possível observar neste modelo o respeito mútuo gestor/trabalhador tornando assim, a produção de trabalho mais eficaz trazendo benefício não só para trabalhadores e gestores, como também e principalmente para a comunidade. Diante deste estudo podemos afirmar que o objetivo proposto por este trabalho, que era conhecer a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família de um Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a implantação da co-gestão em seu espaço de atuação, foi alcançado. Pois os gerentes informaram que são co-responsáveis pelo processo, resposta no qual os trabalhadores também afirmaram, ambos disseram que existe interação gestor/trabalhador no processo decisório e que o gestor aceita as opiniões vindas dos trabalhadores, respostas nas quais são características do modelo de Co-gestão. Além disso, este estudo também confirma os objetivos específicos que foram: conhecer como o gerente entende o seu processo de trabalho, analisar como se dão os processos de discussão e decisão no âmbito gerencial das Unidades de Saúde da Família e analisar como a percepção do gerente pode influenciar na implantação da co-gestão. Respostas essas que foram mostradas anteriormente nos gráficos do capítulo Discussão. Deixa-se como sugestão que continuemos trabalhar em busca de novos modelos de gestão que venham ser pactuadas com a proposta do Humaniza SUS para que tenhamos sempre, trabalhadores motivados e comunidade satisfeita. 7 Referências BAHIA.Secretaria Estadual de Saúde da.Manual prático de apoio a elaboração de planos Municipais de Saúde.Salvador: SESAB,2009. BORBA, Valdir Ribeiro, et. al. Gestão administrativa e financeira de organizações de saúde. São Paulo:Atlas,2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS:documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 1. ed. 1ª reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: gestão participativa: co-gestão. 2. ed. rev. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa, et.al. Tratado de saúde Coletiva.São Paulo Hucitec;Rio de Janeiro: Fiocruz,2006. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Cogestão e neoartesanato: elementos conceituais para repensar o trabalho em saúde combinando responsabilidade e autonomia. Revista Ciência & Saúde Coletiva. v.15. nº 5. Rio de Janeiro, Agosto 2010, p. 2342 CHIAVENATO,Idalberto.Princípios de administração:o essencial em teoria geral da administração.Rio de Janeiro:Elsevier,2006. CLAUS, Suzete Marchetto.Gestão de sistema locais de saúde: desafios cotidianos para o desenvolvimento de competências profissionais. Caxias do Sul,RS: Educs, 2007. DANTAS, Tereza Cristina Costa. Gerência em unidade básica de saúde: a prática da enfermeira. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, 2001. FERREIRA,A.B.H. Novo Aurélio século XXI:dicionário da língua portuguesa.3.ed.Rio de Janeiro:Nova Fronteira,p.497,1999. JUNIOR,Gilson Gehring,et.al. 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Acesso em: 23/02/2011 APÊNDICE 1- QUESTIONÁRIO - GESTOR Nº __________ Tempo de nomeação __________________ Formação___________________________ Tempo de conclusão da graduação________________ Tempo de experiência na função gerencial____________ 1- O que você entende por humanização na Saúde? 2- Você conhece a Política Nacional de Humanização? ( )SIM ( )NÃO 3- Para você, o que é gerenciar uma Unidade de Saúde da Família? 4- Qual o papel dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde? ( ) NENHUM ( ) CO-RESPONSÁVEL NO PROCESSO DE GESTÃO ( ) FUNCIONAL 5- Existe interação dos profissionais no processo de decisão? ( ) SIM ( ) NÃO 6- Como se dá essa interação? 7- Qual o método que você utiliza para manter os profissionais informados das ações de gestão? ( ) NENHUM ( ) MURAL INFORMATIVO ( ) REUNIÃO DE EQUIPE ( ) CAPACITAÇÃO 8- Como se dá o trabalho em equipe? 9- Você, enquanto gerente, aceita opiniões dos seus profissionais na tomada de decisão? ( ) SIM ( ) NÃO 10-Quando há necessidade de mudança, quem decide? ( ) GESTOR ( ) TRABALHADOR ( ) GESTOR/ TRABALHADOR 11-Você acha que seus profissionais estão aptos a desenvolverem papéis de liderança dentro da Unidade? ( ) SIM ( ) NÃO 12- O que você entende por Co-gestão? ( ) NÃO ENTENDE; ( )PROCESSO NO QUAL O GESTOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE; ( ) PROCESSO NO QUAL O TRABALHADOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE; ( ) PROCESSO PELO QUAL O TRABALHADOR É CO-RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE. 13-É possível implantar a Co-gestão na sua Unidade? ( ) SIM ( ) NÃO 14-Como você implantaria na sua Unidade? 15- Quais as possibilidades e dificuldades para a implantação da Co-gestão na sua Unidade? 16-Que resultados você espera alcançar com a implantação da Co-gestão? Obrigado pela colaboração! APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO - TRABALHADOR Nº __________ Tempo de serviço __________________ Formação___________________________ Tempo de conclusão do curso________________ Tempo de experiência na função ____________ 1- O que você entende por humanização na Saúde? 2- Você conhece a Política Nacional de Humanização? ( )SIM ( )NÃO 3- Para você, o que é gerenciar uma Unidade de Saúde da Família? 4- Qual o seu papel de atuação na Unidade de Saúde? ( ) NENHUM ( ) CO-RESPONSÁVEL NO PROCESSO DE GESTÃO ( ) FUNCIONAL 5- Existe interação dos profissionais no processo de decisão? ( ) SIM ( ) NÃO 6- Como se dá essa interação? 7- Qual o método que você se mantêm informado das ações de gestão? ( ) NENHUM ( ) MURAL INFORMATIVO ( ) REUNIÃO DE EQUIPE ( ) CAPACITAÇÃO 8- Como se dá o trabalho em equipe? 9- Sua opinião é aceita pelo gerente na tomada de decisão? ( ) SIM ( ) NÃO 10-Quando há necessidade de mudança, quem decide? ( ) GESTOR ( ) TRABALHADOR ( ) GESTOR/ TRABALHADOR 11-Você se acha aptos a desenvolver papel de liderança dentro da Unidade? ( ) SIM ( ) NÃO 12- O que você entende por Co-gestão? ( ) NADA; ( )PROCESSO NO QUAL O GESTOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE; ( ) PROCESSO NO QUAL O TRABALHADOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE; ( ) PROCESSO PELO QUAL O TRABALHADOR É CO-RESPONSÁVEL PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE. 13-É possível implantar a Co-gestão na sua Unidade? ( ) SIM ( ) NÃO 14-Como você implantaria na sua Unidade? 15- Quais as possibilidades e dificuldades para a implantação da Co-gestão na sua Unidade? 16-Que resultados você espera alcançar com a implantação da Co-gestão? Obrigado pela colaboração!