UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO: SATISFAÇÃO PARA PRODUÇÃO Por: Dionerson Almeida da Fonseca Orientador Prof. Nelsom de Magalhães, Ph.D. Niterói 2005 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> MOTIVAÇÃO: SATISFAÇÃO PARA PRODUÇÃO <> <> <> <> <> Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão de Recursos Humanos. São os objetivos da monografia perante o curso e não os objetivos do aluno. Por: . Dionerson Almeida da Fonseca 3 AGRADECIMENTOS À todos os que realização deste incentivo, pela companheirismo acadêmica, apoiaram trabalho, pelo amizade em aos a toda mestres e vida e professores que nos indicaram muito bem o caminho a seguir e principalmente à Deus, por permitir que eu usufruísse da possibilidade que poucos em nosso país tem oportunidade, a conclusão da Pósgraduação. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu pai Nilton Balbino Ribeiro da Fonseca, minha mãe Maria Fonseca, Madalena meus de irmãos Almeida Diomaro Almeida da Fonseca e Mauro Almeida da Fonseca e a minha namorada Fernanda Soares da Silva. 5 RESUMO O trabalho aborda conceitos de motivação, teorias motivacionais e a motivação nas organizações. As teorias motivacionais abordadas são as das necessidades de Maslow, Herzberg, Alderfer, McClelland, da expectativa e do reforço. A motivação nas organizações abordam alguns assuntos, como os sistemas organizacional. motivacionais, programas de incentivos e o clima 6 METODOLOGIA Em termos metodológicos optou-se por trabalhar com a motivação. Para a realização deste trabalho, foi feita uma coleta de materiais sobre a motivação, tendo como base as teorias de alguns autores que já estudaram o assunto motivação, para que pudesse me aprofundar no tema deste trabalho. Logo em seguida, foi dado andamento a uma análise sobre o material reunido, apontando opiniões sobre as teorias de motivação e o ambiente organizacional, logo em seguida o trabalho foi sendo elaborado. Foram abordado os aspectos teóricos gerais do tema, buscando o entendimento do processo que possibilita a interpretação das relações entre os tipos de motivação. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................... 08 CAPÍTULO I – MOTIVAÇÃO ................................................................. 10 CAPÍTULO II – TEORIAS MOTIVACIONAIS .......................................... 11 CAPÍTULO III – MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES .......................... 24 CONCLUSÃO ....................................................................................... 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................. 36 ÍNDICE ................................................................................................... 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO ........................................................................ 39 8 INTRODUÇÃO Como manter a motivação? O tema foi escolhido pela relevância que este assunto tem nos dias atuais em função da competitividade entre as empresas e a busca incessante do ser humano em encontrar meios para satisfazer-se e obter a auto-realização no ambiente de trabalho. Observa-se que os trabalhadores estão cada vez mais exigentes em relação à empresa em que vão trabalhar, sendo que em um processo de seleção de pessoal, tanto a empresa quanto o candidato ao emprego, analisam-se mutuamente. Fazer uma análise da motivação no ambiente de trabalho, dá os elementos para conceituar os estilos motivacionais que definem equipes e organizações e Visar fortalecer os valores humanos no ambiente de trabalho. Manter funcionários motivados é proporcionar ações, projetos e reconhecimento. Significa fazer a conexão empresa/funcionários, através de trabalhos desafiadores, Fornecer recompensas, oferecer suporte, condições de trabalho animadoras e encorajar colegas. No capítulo I são citados conceitos de motivação abordados por alguns autores. No capítulo II são abordadas algumas teorias motivacionais como: Teoria das Necessidades de Herzberg, Alderfer, McClelland, Teoria do Reforço da Expectativa. No capítulo III é abordada a motivação nas organizações através dos sistemas motivacionais, programas de incentivos e do clima organizacional. 9 Os assuntos abordados são expressados no dia à dia das organizações. As organizações procuram satisfazer seus funcionários para que os resultados possam ser positivos para ambos. 10 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO 1.1 – Conceitos Existem diversas definições para motivação, por isso serão citadas apenas algumas. “A palavra motivação vem do latim (motivus, movere, mover). Indica o conjunto de razões ou motivos que explicam, induzem, incentivam, estimulam ou provocam algum tipo de ação ou comportamento”. (MAXIMIANO, 1995, p. 318) “Processo que leva alguém se comportar para atingir os objetivos organizacionais, ao mesmo tempo que procuram alcançar também os seus próprios objetivos individuais”. (CHIAVENATO, 1999, p. 593) “A motivação humana é constante, infinita, flutuante e complexa. O indivíduo é um todo organizado e integrado. O indivíduo como um todo se motiva, não apenas parte dele, e a satisfação consequentemente atinge o indivíduo todo”. (MOSCOVICI, 1985, p. 58) 11 A motivação de pessoas para que elas se sintam seguras, confiantes para alcançar objetivos propostos, consistem numa das maiores dificuldades para o gestor. É muito importante a aplicação da motivação nas organizações para que ela proporcione um maior bem estar entre os funcionários e consequentemente, aumentando a produtividade e a qualidade. CAPITULO II TEORIAS MOTIVACIONAIS 2.1 – Hierarquia das Necessidades de Maslow Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 124 à 127, a teoria das necessidades de Maslow são baseados nos pressupostos, que as necessidades insatisfeitas motivam as pessoas ou influenciam o seu comportamento. Enquanto uma necessidade básica não for satisfeita, as outras, não exercem influência no comportamento do indivíduo e é chamado de princípio da dominância; as necessidades agrupam-se segundo uma hierarquia; as necessidades de qualquer nível da hierarquia emergem como motivadores significativos apenas quando as necessidades dos níveis inferiores àquele na hierarquia já estiverem razoavelmente satisfeitas, chamado princípio da emergência. TEIXEIRA, 2001, p. 125, diz que a hierarquia das necessidades proposta por Maslow costuma representar-se segundo a pirâmide, chamada de pirâmide das necessidades de Maslow, onde as necessidades se dividem em cinco níveis, da base para o topo, onde as necessidades fisiológicas se referem a alimentação, abrigo, repouso, ar; as necessidades de segurança dizem respeito à proteção contra o perigo ou privação, ou seja, contra a 12 violência, a doença, a guerra, a pobreza; as necessidades sociais têm que ver com a afeição, a inclusão nos grupos, a aceitação e aprovação pelos outros; as necessidades de estima englobam a reputação, o reconhecimento, auto-respeito, admiração e as necessidades de autorealização se referem à realização do potencial de cada indivíduo, à utilização plena dos seus talentos. NECESSIDAD ES Á Necessidades de auto-realização Necessidades de estima Necessidades sociais Necessidades de segurança NECESSIDAD ES Á Necessidades fisiológicas Auto-realização Estima Sociais Segurança Fisiológicas Alimento Repouso Abrigo Sexo Segurança e proteção Contra: Perigo Doença Incerteza Desemprego Roubo Relacionamento Aceitação Amizade Compreenção Consideração Orgulho Amor-próprio Progresso Confiança Reconhecimento Apreciação Admiração pelos outros Auto-realização Autodesenvolvimento Auto-satisfação Hierarquia das necessidades de Maslow (TEIXEIRA, 2001, p. 126) 13 Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 125, os dois primeiros níveis de necessidades, ou seja, as fisiológicas e as de segurança, constituem as necessidades primárias, pois são as primeiras, as básicas na sua manifestação e no potencial de motivação, e os outros três níveis, os sociais, de estima e de auto-realização, constituem as necessidades secundárias, onde emergem como motivadores apenas em segundo lugar, isto é, depois de razoavelmente satisfeitas as primárias. Uma pessoa nunca está completamente satisfeita quanto às necessidades de qualquer nível. Mas uma determinada necessidade só sobressai como prepotente, isto é, com poder excepcional para influenciar o comportamento, quando as de nível inferior na hierarquia se encontra satisfeitas em elevado grau. Assim, o gestor que pretenda motivar os seus colaboradores deve ter em atenção o grau de satisfação das suas necessidades, nomeadamente quais são as que, dadas as circunstâncias, se revelam prepotentes. Maslow parece indicar que a média das pessoas presta atenção às necessidades sociais e de estima, uma vez que as primárias se encontram, em regra, satisfeitas. Alguns autores criticam a teoria de Maslow, embora seja largamente reconhecida e tida em conta por muitos gestores, nomeadamente quanto ao número de categorias, sugerindo dois ou três níveis mas não cinco, quanto a ordem na hierarquia, considerando que pode não ser a mesma para toda e qualquer pessoa. 2.2 – Teoria das Necessidades de Herzberg Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 127 e 128, Frederick Herzberg, realizou, na década de 50, uma pesquisa sobre os fatores de motivação no trabalho interrogando 200 engenheiros e contabilistas. 14 Este método de investigação foi o chamado de incidente crítico, caracterizando pelo fato de os entrevistados serem solicitados a descrever um acontecimento ou fato que lhes parecesse importante. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 127, Herzberg identificou duas classes distintas de fatores considerados importantes para o comportamento das pessoas no trabalho, a que chamou fatores higiênicos e fatores motivacionais. Englobam os fatores higiênicos, o salário, a segurança, as condições de trabalho, as políticas e práticas de gestão da empresa, as relações interpessoais. Os fatores motivacionais incluem a realização pessoal, o reconhecimento, o desenvolvimento, o crescimento da responsabilidade, o próprio trabalho. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 127, os fatores higiênicos de Herzberg podem ser equiparados às necessidades fisiológicas, de segurança e sociais de Maslow, e os fatores motivacionais, às necessidades de estima e de auto-realização. HIERARQUIA DAS NECESSIDADES Necessidades sociais Necessidades de segurança Necessidades fisiológicas Motivacionais Necessidades de estima Higiênicos Necessidades de auto-realização FATORES DE HIGIENEÃ O trabalho em si Responsabilidade Progresso Crescimento Realização Reconhecimento Status Relação interpessoais Supervisão Colegas e Subordinados Supervisão técnica e empresariais Segurança no cargo Condições físicas de trabalho Salário Vida pessoal 15 Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 128, as conclusões de Herzberg foram diferentes das de Maslow. Herzberg considera que os fatores higiênicos são capazes de reduzir ou anular a insatisfação mas não conseguem conduzir à motivação das pessoas. Apenas contribuem para a prevenção de problemas e por isso se chamam higiênicos, isto é, profiláticos. Herzberg conclui que, pelo contrário, os fatores motivacionais Comparação dos modelos de motivação de Maslow e Herzberg (TEIXEIRA 2001 127) podem contribuir para elevados níveis de satisfação e assim resultar em motivação das pessoas. Não satisfação – FATORES + Satisfação (neutros) Insatisfação – FATORES HIGIÊNICOS + Não insatisfação Fatores satisfacientes e fatores insatifacientes (TEIXEIRA, 2001, p. 128) Os fatores motivacionais de Herzberg estão relacionados com o conteúdo do trabalho, enquanto os fatores higiênicos estão acima de tudo relacionados com o contexto do trabalho. Herzberg critica o fato de muitos gestores prestarem relativamente menos atenção aos fatores motivacionais 16 e preocuparem-se fundamentalmente com os fatores higiênicos – que não conduzem à motivação das pessoas – como os salários, os bónus e as condições de trabalho. E apesar da contribuição altamente positivo da teoria de Herzberg, alguns dos seus críticos referem nomeadamente a subjetividade do processo de investigação, análise do “incidente crítico”, e a pouca aplicabilidade aos chamados colarinhos-azuis, ou seja, pessoal fabril indiferenciado, de um estudo feito com base em declarações Criticam de ainda engenheiros o fato de e o contabilistas. estudo focar essencialmente o nível de satisfação e não o desempenho, argumentando que satisfação e desempenho não são sinônimos. 2.3 – Teoria das Necessidades de Alderfer (ERG) Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 128 e 129, a teoria de Alderfer para explicar a motivação é semelhante à teoria de Maslow. Clayton Alderfer concorda com Maslow em que a motivação dos trabalhadores pode ser explicada em função da satisfação das hierarquicamente suas agrupadas necessidades em formas de pirâmide. Existem três aspectos em que Alderfer discorda de Maslow. Em primeiro lugar, Alderfer considera que existem apenas três níveis hierárquicos no agrupamento das necessidades, contrariamente a Maslow, que considera cinco. Os três níveis de necessidades defendidos por 17 Alderfer são, da base para o topo, existência, que compreendem o 1º e 2º nível de Maslow, ou seja, as necessidades fisiológicas e de segurança); relacionamento, corresponde às necessidades sociais de Maslow e crescimento, compõe as necessidades de estima e auto-realização de Maslow. Por considerar apenas três níveis, cujas iniciais são, em inglês, ERG (Existence, Relatedness e Growth), esta teoria é também conhecida pela teoria ERG. Em segundo lugar, Alderfer refere que, embora de modo geral a emergência duma necessidade com possibilidade de motivar só se verifique depois de satisfeitas as necessidades de nível inferior, há casos em que os trabalhadores necessidades de podem nível ativar elevado as suas sem terem satisfeitos completamente as necessidades do nível inferior. Crescimento Relacionamento Existência Níveis de necessidades de Alderfer (TEIXEIRA, 2001, 18 Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 129, Alderfer defende, que quando as necessidades de um nível elevado são frustradas, as necessidades de nível inferior retornam, mesmo já tendo sido satisfeitas. Por exemplo, um empregado frustrado nos seus esforços para satisfazer as suas necessidades de crescimento pode ser motivado a satisfazer as necessidades de relacionamento, de nível inferior àquelas. Trabalhadores que procuravam maior autonomia e responsabilidade no seu trabalho, o que geralmente anda associado ao conceito de crescimento e que foram sistematicamente frustrados nas suas intenções, quando interrogados, responderam que ter amigos no trabalho e encontrar-se com eles fora da empresa era das coisas mais importantes na vida deles. 2.4 – Teoria das Necessidades de McClelland Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 129, esta teoria foi desenvolvida, nos anos 60, por David McClelland, que pôs em destaque as necessidades adquiridas, isto é, as necessidades que as pessoas desenvolvem através da sua experiência, ao longo de sua vida, ou seja, as necessidades adquiridas socialmente à medida que interagem com o seu ambiente. TEIXEIRA, 2001, p. 129, cita que McClelland defende que entre as necessidades que as pessoas desenvolvem ao longo das suas 19 vidas, há três que assumem particular importância, como as necessidades de realização, que traduz o desejo de atingir objetivos que signifiquem um desafio, de fazer algo melhor ou com mais eficiência do que já foi feito antes; necessidade de poder, ou seja, o desafio de controlar, influenciar ou ser responsável pelo desempenho de outros e as necessidade de afiliação, isto é, o desejo de manter relações pessoais estreitas e amigáveis. Embora em graus diferentes, todas as pessoas possuem estes três tipos de necessidades. Contudo, uma delas prevalecerá em cada indivíduo, será mais característica numa pessoa do que as outras duas. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 129, McClelland diz que alguns homens de negócios têm uma necessidade de realização tão intensa, que é mais motivadora do que uma questão de proveitos, salários, por exemplo. Para maximizar a sua satisfação, tendem a definir para si próprios objetivos que impliquem um elevado grau de dificuldade na sua concretização. As pessoas com elevada necessidade de poder são fortemente motivadas para tentar influenciar outras pessoas e responsabilizar-se pelo comportamento dos subordinados. Quando desempenham funções de gestão, sentem-se à vontade em situações complexas e no seu papel de tomar decisões de risco. Os gestores com elevado necessidade de afiliação tendem, por outro lado, a 20 adaptar um estilo de gestão colaborativa em que o trabalho de equipe tem um papel importante. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 129, McClelland fez um estudo com base na atuação de mais de quinhentos gestores, conclui que os gestores mais eficazes têm uma grande necessidade de poder, uma necessidade mais moderada de realização e uma menor necessidade de relacionamento amigável 2.5 – Teoria da Equidade Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 130, a teoria da equidade, geralmente associada ao nome de J. Stacy Adams, é uma das teorias sobre a motivação que destaca a percepção pessoal de cada um sobre a ou justiça relativa numa situação laboral, comparando o seu desempenho e os correspondentes benefícios com o desempenho e benefício dos outros em situações análogas. Nesta teoria, os indivíduos são motivados para reduzir toda e qualquer desigualdade de tratamento percebida por eles. Para isso lutam por igualar as relações entre outputs e imputs de cada um, umas vezes atuando nos imputs, outras vezes, nos outputs. Por exemplo, alguns trabalhadores que tenham a percepção de iniquidade podem passar a fazer um esforço menor ou gastar mais tempo para fazer o mesmo trabalho. Outros reclamam maiores salários ou outros benefícios. Outros ainda poderão ajustar a sua percepção sobre a equidade depois de uma reavaliação dos seus esforços, experiência ou formação ou do esforço, experiência e formação dos outros. 21 A percepção de iniquidade pode se verificar uma grande variedade de situações numa organização, como definição de funções, promoções, transferências, mas é geralmente em termos de dinheiro, salário, por exemplo, que assume contornos mais graves. Os gestores não podem esquecer-se de que muitas vezes uma pequena inequidade aos olhos do gestor pode ser muito importante no espírito dos que por ela são diretamente afetados. TEIXEIRA, 2001, p. 130, diz ainda que a teoria da equidade não renega as teorias das necessidades na explicação da motivação. Antes acrescenta uma outra percepção da análise dos problemas e da previsão dos comportamentos e das atitudes das pessoas. 2.6 – Teoria do Reforço Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 130, a teoria do reforço foi primeiramente desenvolvida pelo psicólogo de Harvard B. F. Skinner, considerado por muitos o pai da psicologia comportamental. Esta teoria se baseia na idéia de que o comportamento humano pode ser explicado em termos da previsão, positiva ou negativa, das consequências desse mesmo comportamento. De acordo com esta teoria, o comportamento que é recompensado tende a ser repetido, enquanto o comportamento que é punido tende a ser Eliminado. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 130, Skinner defende que o comportamento das pessoas pode ser controlado, reforçando os comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas, que não merecem ser recompensadas. O castigo do comportamento não desejado deve ser evitado uma vez que isso 22 contribui para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento e ações de revolta. O comportamento das pessoas pode ser controlado ao longo de vários anos sem que as pessoas percebam, e ainda, as pessoas podem ser controladas, e o seu comportamento, enformado, e ao mesmo tempo sentirem-se livres. TEIXEIRA, 2001, p. 130, diz ainda que a técnica usada por Skinner é a modificação do comportamento organizacional, que, basicamente, consiste na aplicação da teoria do reforço aos esforços para a mudança nas organizações. Baseia-se essencialmente em dois conceitos: primeiro, as pessoas atuam da forma que pessoalmente acham mais gratificante ou recompensadora; segundo, o comportamento pode ser enformado e determinado pelo controle das recompensas a ele associadas. Os programas de modificação do comportamento organizacional têm sido levados a cabo em várias empresas, em alguns casos, com sucesso, noutros casos, menos bem sucedidos. Para a implantação de um programa desse tipo os gestores devem tomar um conjunto de medidas como: identificar o desempenho desejado em termos bem específicos; identificar as recompensas que constituem o reforço do comportamento desejado; fazer com que a recompensa seja uma consequência direta do comportamento e escolher o programa de reforço ótimo. Alguns críticos, apesar do sucesso alcançado, acusam a teoria do reforço de ser uma abordagem manipuladora e autocrática da gestão do pessoal. Argumentam que as pessoas são condicionadas a modificar o seu comportamento no sentido referido pela gestão e pela organização, mas que aquelas modificações não são consistentes com as teorias de outros 23 cientistas do comportamento como Maslow, Argyris e McGregor, cujos pressupostos assentam na motivação das pessoas pela satisfação das suas necessidades internas, o que lhes permite desenvolver um certo grau de autocontrole. Por outro lado, a modificação do comportamento assume que as causas do comportamento humano estão no ambiente e, portanto, são externas aos indivíduos. 2.7 – Teoria da Expectativa 2.7.1 – Teoria de Vroom Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 131, a teoria das expectativas foi proposta inicialmente pelo psicólogo Victor Vroom. Diferentemente das teorias mais conhecidas, nomeadamente as teorias das necessidades de Maslow e Herzberg, que não têm em conta as diferenças individuais, Vroom afirma que o processo de motivação deve ser explicado em função dos objetivos e das escolhas de cada pessoa e das expectativas de atingir esse mesmos objetivos. De acordo com TEIXEIRA, 2001, p. 131, Vroom defende que a motivação é produto do valor previsto atribuído a um objetivo pela probabilidade de alcançar esse mesmo objetivo. Força da motivação = Valência x Expectativa onde valência é a intensidade da preferência individual de um resultado, sendo a expectativa a probabilidade de uma determinada ação conduzir a um resultado desejado. Assim, se para uma pessoa indiferente atingir um determinado objetivo, a valência é zero; a valência será negativa se a pessoa prefere não atingir o objetivo. Em qualquer dos casos, normalmente, não há motivação. Do mesmo modo a motivação será nula se a expectativa for nula ou negativa, 24 isto é, se a pessoa admitir que a probabilidade de conseguir determinado resultado que lhe interesse, uma recompensa por exemplo, é nula ou negativa mesmo que o objetivo seja atingido. Aparentemente uma abordagem mais realista, evitando as demasiadas simplificações contidas nas teorias de Maslow e Herzberg, e, não obstante algumas dificuldades de aplicação prática, tem tido bastante aceitação pelos gestores. Em certa medida, se ajusta ao conceito de harmonia de objetivos, entre os das pessoas e os da organização, e é compatível com o sistema de gestão por objetivos. 2.7.2 – Modelo de Porter e Lawler Segundo TEIXEIRA, 2001, p. 131, a partir da teoria das expectativas de Vroom, Lyman W. Porter e Edward E. Lawler III foi desenvolvido um modelo mais completo sobre a motivação, que está exposta na figura abaixo: Valor da recompensa Recompensas justas percebidas Capacidade para executar tarefa Esforço Recompensas intrínsecas Desempenho Percepção da tarefa exigida Satisfação Recompensas extrínsecas Possibilidade da recompensa Motivação: Modelo de Porter e Lawler (TEIXEIRA, 25 Este modelo funciona basicamente através do esforço que o indivíduo está disposto a fazer, isto é, a intensidade da motivação, depende do valor que atribui à recompensa e da probabilidade, que ele julga existir, de a recompensa se concretizar; do valor que atribui à recompensa é determinado pelas recompensas extrínsecas, condições de trabalho e status e intrínsecas, como por exemplo o sentimento de realização ou autorealização, que resultam da satisfação de uma necessidade quando a tarefa é realizada e o objetivo é atingido; do nível de desempenho do indivíduo no cumprimento de uma tarefa é função de duas variáveis: a sua percepção do que é requerido para desempenhar bem a tarefa e a sua capacidade para a executar. Naturalmente, a eficácia na execução de uma tarefa melhora à medida que aumenta a percepção do que é requerido para bem a executar e à medida que melhora a sua capacidade para esse efeito e da percepção individual da justeza das recompensas influencia a intensidade da satisfação que resulta dessas recompensas. Geralmente, quanto mais equitativas forem, os olhos do indivíduo, as recompensas atribuídas pelos gestores, maior é a satisfação que daí resulta. TEIXEIRA, 2001, p. 132, diz que o modelo de Porter e Lawler, embora mais complexo do que os anteriores apresentados, tem sido considerado como mais apropriado para a explicação do sistema de motivação das pessoas. Para um gestor, significa que a motivação não é uma simples questão de causa e efeito, e que ele deve analisar com cuidado os esquemas de retribuição dos seus empregados e integrar o sistema esforço, desempenho, recompensa e satisfação num sistema global de gestão, nomeadamente através de um 26 planejamento criteriosos, gestão por objetivos e definição clara das tarefas e responsabilidades diante de uma adequada estrutura organizacional. CAPÍTULO III MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 3.1 – Sistemas Motivacionais Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 369, os sistemas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivos e recompensas que as organizações oferecem a seus empregados na tentativa de conseguir o desempenho que possibilite a realização de seus objetivos. Os sistemas motivacionais abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos gerentes, até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreiras. 3.1.1 – Enriquecimento de trabalho 27 Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 169 e 370, quanto mais dividido o trabalho, mais especializado se torna o trabalhador. Quanto mais especializado, menos qualificado e mais alienado. Numa situação de extrema especialização, a pessoa desempenha uma ou poucas tarefas, que restringem sua capacidade de tornar decisões e limitam o uso de intelecto. Consequentemente, essas tarefas minimalistas desqualificam-na para o uso de outras aptidões. A divisão extremo do trabalho pode ser encontrado em grande número de ocupações operacionais, exigindo dos ocupantes de cargos não mais que umas poucas habilidades motoras e quase nenhuma aptidão intelectual. As ocupações que envolvem uma dose considerável de exercício do poder de decisão, ou que requerem a aplicação de aptidões intelectuais, têm uma carga maior de fatores motivacionais. Os fatores motivacionais aparecem, com maior frequência, no trabalho de gerentes, técnicos, cientistas, artistas e artesãos. Um apertador de parafusos numa linha de montagem, ou o caixa de supermercado, são tão especializados quanto o músico numa orquestra, mas as aptidões envolvidas no trabalho dos dois primeiros são muito diferentes das que o músico deve exercitar. Para administração é possível equiparar entre profissões aparentemente tão diferentes, o uso de aptidões e o exercício do poder de decisões? MAXIMIANO, 2000, p. 370, diz que de acordo com a teoria dos dois fatores, a resposta é sim. A técnica que possibilita essa equiparação chama-se enriquecimento do trabalho ou enriquecimento de cargos. A técnica do enriquecimento do trabalho consiste em produzir fatores motivacionais em cargos que não os têm, devido à decisão extrema do trabalho. 28 Para aplicação dessa técnica, existem dois procedimentos principais: um é aumentar a qualidade de tarefas de um cargo, aplicando seu conteúdo, o outro, incorporar fatores como desafio, responsabilidade, decisão e possibilidade de progresso no cargo. Aqui estão algumas técnicas de enriquecimento do trabalho: rodízio de cargos, onde os funcionários são transferidos periodicamente de um cargo para outro, em certos períodos, como forma de ampliar sua experiência e treinamento e desenvolvimento, para aprimorar aptidões, adquirir inclusive diretamente novas aquelas relacionadas que com habilidades; não estão o cargo; participação em comissões, equipes de projetos e outros grupos semelhantes; participação em grupos de aprimoramento de processos, implantação de programas da qualidade e solução de problemas; autocontrole, onde o funcionário é responsável pelo controle da qualidade de seu próprio trabalho; auto-avaliação, onde o funcionário é responsável pela avaliação de seu próprio desempenho e a participação em programas de seleção e orientação de estagiários e recém admitidos. 3.2 – Programa de Incentivos Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 373 e 374, os programas de incentivos têm o objetivo de estimular ou premiar o desempenho. Os programas de incentivos são um ramo de negócios que se desenvolveu bastante no século XX, mas a idéia de incentivo é muito antiga. Na Grécia helênica, os vencedores dos jogos olímpicos recebiam coroas de louros e 29 subiam no pódio; às vezes eram homenageados com bustos e poemas. Essas homenagens do passado tinham um valor simbólico, assim como ainda são simbólicos alguns incentivos da atualidade. A grande maioria dos incentivos, no entanto, tem natureza de recompensa ou estímulo material. De acordo com MAXIMIANO, 2000, p. 374, os incentivos representam o reconhecimento da administração e dos colegas pelo desempenho do trabalhador. É estimulante para muitos perseguir um incentivo em competição com outros ou consigo mesmo, em busca de reconhecimento ou auto-realização. “Não estou tentando vencer os outros; estou tentando vencer a mim mesmo”, disse uma vez um campeão, quando lhe perguntaram qual sua razão para concorrer. Há muitas evidências de que correr atrás da coroa de louros faz parte da natureza humana. Muitas pessoas estão dispostas a fazê-lo pela satisfação intrínseca de ganhar o prêmio e mostrá-lo à multidão, ou pela simples satisfação de concorrer; e muitas outras estão dispostas a aplaudir, admirar e recompensar o vencedor. Reconhecimento e auto-estima são necessidades importantes para qualquer pessoa. Os programas de incentivos reconhecem e procuram atender a essas necessidades. Normalmente os programas de incentivos estão associados a algum tipo de campanha, competição interna ou projeto de aprimoramento do desempenho das pessoas e da empresa. Há quatro categorias de incentivos: Programas de reconhecimento, incentivos monetários, mercadorias e viagens. 3.2.1 – Programa de reconhecimento Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 374, os programas de reconhecimento são semelhantes às honrarias militares e artísticas, como a ordem do Cruzeiro do Sul ou o Oscar do melhor Ator. Associações profissionais e 30 entidades de classe costumam fazer programas desses programas, premiando o Executivo Financeiro do Ano ou o Operário-padrão, ou então oferecendo prêmios como Top de Marketing ou o Leão de Prata para filmes publicitários. Os programas de reconhecimento estabelecem premiações de natureza psicológica ou social, recompensando de alguma forma os vencedores. Os funcionários do Mês têm suas fotos colocadas nas paredes, para que os colegas e clientes possam vê-los, em muitas empresas. MAXIMIANO, 2000, p. 374, diz que as vantagens dos programas de reconhecimentos é a possibilidade de serem combinados com outras modalidades de incentivos. Por exemplo, pode-se oferecer uma viagem de incentivo ao campeão e um prêmio mais modesto ao segundo colocado. A grande desvantagem é a possibilidade de colocar apenas uma medalha no peito do vencedor, quando ele poderia estar desejando uma recompensa material. 3.2.2 – Incentivos monetários Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 375, a premiação em dinheiro é a mais simples que uma empresa pode usar. É também muito tradicional e largamente usada: comissões de vendas, bonificações por peças produzidas, participações nos lucros e prêmios por sugestões são apenas alguns dos inúmeros exemplos que essa modalidade de premiação oferece. O dinheiro é fácil de manejar; é algo de que todos 31 precisam e tem vantagem de que o ganhador pode escolher o que fazer com ele. Os incentivos monetários podem ser oferecidos em ocasiões especiais, como um salário extra pela realização de uma meta de desempenho. 3.2.3 – Mercadorias Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 375, a utilização de mercadorias como premiação também é muito comum e representa o dinheiro transformado em algo material, como uma caneta, relógio ou até mesmo com automóvel. A mercadoria tem apelo diferente do dinheiro. Os concorrentes sabem que o ganhador irá levar para casa um prêmio que pode ser visto e admirado. Dessa forma, se não dá a sensação de glória dos programas de reconhecimento, o presente material pode ser exibido. De acordo com MAXIMIANO, 2000, p. 375, também é possível distribuir mercadorias de valores variados, para recompensar as diferenças de realização: um carro para o primeiro colocado, uma moto para o segundo, um videocassete para o terceiro e assim por diante. A premiação por meio de mercadorias tem a vantagem de oferecer apelo até mesmo para os últimos colocados. Podendo também ser usado cupons de valores diversificados, em vez de entregar mercadorias diretamente, onde o funcionário pode acumular para gastar de acordo com sua conveniência. Os funcionários vencedores recebem os cupons que permitem o livre acesso a produtos e serviços, oferecidos em redes de estabelecimentos conveniados, pelas empresas 32 especializadas em gerenciamento de programas de incentivos. 3.2.4 – Viagens Segundo MAXIMIANO, 2000, p. 375 e 376, as viagens de incentivo representam a maneira mais dispendiosa de premiar o desempenho. No entanto, as viagens certamente são o que há de mais atraente para muitas pessoas. Não há prêmio que se compare ao clima de fantasia e romance que cerca uma viagem de lazer. As viagens de incentivos são extremamente comuns nos Estados Unidos e na Europa. As viagem também podem ser combinadas com outros prêmios. Ao primeiro colocado de um concurso de vendas, pode-se oferecer uma viagem a título de Grande Prêmio. As viagens envolvem uma lógica complicada, entre, companhia aérea, hotéis, deslocamentos, entanto, sua passeios, vantagens passaportes. suplantam No esses inconvenientes e, além disso, há companhias especializadas que resolvem facilmente todos esses problemas. 3.3 – Clima Organizacional Segundo CAMPOS, 2001, o clima organizacional é resultado da cultura das organizações e dos acontecimentos externos. Os fatos que acontecem no ambiente externo podem não impacto duradouro sobre o clima, como por exemplo: desemprego, crises econômicas e sociais, ações 33 do governo, fatos ou situações que chocam a opinião pública. Estes acontecimentos, provocados por fatores externos, pode ser levado para dentro das empresas. Outros acontecimentos podem provocar no comportamento dos funcionários, um acontecimento negativo duradouro ou permanente. No entanto são os acontecimentos internos que refletem de forma mais intensa no clima organizacional. As escolas clássicas de administração não consideravam o ambiente externo, pois a maioria das organizações da primeira metade do século XX operavam em um ambiente estável e previsível. Com o desenvolvimento das organizações, passaram a prestar mais atenção no ambiente em que estão inseridas. De acordo com CAMPOS, 2001, FIOL e LYSIE, afirmam a importância da organização se alinhar ao ambiente. Como o maior objetivo do desempenho organizacional é sobreviver por um longo tempo e crescer, para atingi-lo é exigido da organização um alinhamento com o seu ambiente para permanecer competitiva e inovadora. Segundo CAMPOS, 2001, o ambiente da organização se refere a fatores, tendências e condições gerais que afetam todas as organizações, como: condições tecnológicas, econômicas, culturais, fatores sociais, demográficos e de mercado. O ambiente específico engloba os fatores e as condições externas que tenham relevância imediata para a organização, como: clientes, fornecedores, sindicatos, autoridades regulamentadoras, associações de classe e outros setores públicos ou entidades relevantes à organização. 3.3.1 – Competitividade no Ambiente Organizacional 34 Segundo CAMPOS, 2001, uma série de eventos começou a alterar as fronteiras, a estrutura e a dinâmica no ambiente empresarial em 1950. De acordo com CAMPOS, 2001, DRUCKER, 1969, diz que surgiram novos desafios e imprevistos que levaram o mundo a entrar na chamada “Era da Descontinuidade”, onde tem como características novas tecnologias resultando num grande número de novas empresa; mudança das economias para economias globais; novo movimento político-social e nova ênfase no conhecimento como capital, ou seja, revolução da informação. A Era da Descontinuidade, com setores novos, em crescimento e com a globalização da economia, as empresas enfrentam um número maior de concorrentes, cada um deles capaz de introduzir novos produtos ou serviços no mercado. A atividade econômica é voltada para o lucro, ou seja, para a criação de vantagens competitivas que possam ser transformadas em lucro. O espaço de tempo que acontecem as inovações e transformações na empresa é cada vez mais curto. Segundo CAMPOS, 2001, p. 25, Agilidade e flexibilidade são características determinantes para a sobrevivência e sucesso das empresas no mercado em que operam. As mudanças ambientais e tecnologias tem exigido das organizações, e consequentemente de seus colaboradores, alta capacidade de adaptação. De acordo com CAMPOS, 2001, DRUCKER, 1980, declara que no momento atual os trabalhadores constituem o recurso potencialmente mais produtivo da organização, denominado “trabalhador intelectual”, onde se conclui que o aprendizado na organização é o maior recurso a ser explorado como fator de competitividade. A informação passa a ser ativo da organização para possibilitar um alinhamento eficaz com o ambiente competitivo. 35 CAMPOS, 2001, p. 27, diz que como o mundo se transforma numa velocidade muito grande, é fantástico o volume de informações circulando entre as pessoas, os governos, organizações e até mesmo indivíduos que não estiverem aptos a gerenciar o processo de mudança, podem estar sendo irremediavelmente sendo excluídos do ambiente competitivo. 3.3.2 – Avaliação do Clima Organizacional Segundo CAMPOS, 2001, motivar ou tornar satisfeitos os colaboradores é parte da missão do RH, ele deve avaliar periodicamente o clima organizacional. Uma forte razão para se avaliar o clima, é que ele afeta o comportamento organizacional, afetando o próprio desempenho dos negócios. O desempenho é resultado da combinação dos recursos disponíveis, seja ele, humano, financeiro e materiais. Para uma organização alcançar os resultados desejados, não basta apenas dispor de recursos necessários, é preciso que as pessoas que nela trabalham saibam, queiram e possam administra-los, tendo conhecimento, competência, estando satisfeitas e motivadas e possuindo meios necessários para realiza-los. Quando o funcionário pode, sabe e quer fazer, o resultado é satisfatório, mais quando um desses fatores são inexistentes o funcionário se sente desmotivado, fazendo com que os resultados individuais e da organização se tornem negativamente satisfatórios. Na organização existem fatores que afetam o clima organizacional. O salário e as estratégias motivacionais podem ou não agregar aos funcionários. 36 De acordo CAMPOS, 2001, existem várias formas de se avaliar o clima organizacional, algumas delas através de entrevistas de desligamentos, reuniões com funcionários, atendimento à reclamações e sugestões, avaliações informais. A forma mais abrangente é através da Pesquisa de Clima Organizacional, que o levantamento de clima ou cultura da organização, buscando identificar e avaliar atitudes e padrões de comportamento, visando orientar política de ação e correção de problemas. A avaliação do clima organizacional é realizada para que possam haver melhorias, implantação de novas filosofias para o alcance da qualidade de produtos e serviços, através da qualidade de vida pessoal e profissional. A Pesquisa de Clima revela a situação da empresa, a percepção e a atitude dos empregados, ou seja, revela se os empregados então desempenhando suas atividades com satisfação e se a empresa está caminhando para o resultado desejado. 37 CONCLUSÃO Nos dias de hoje, o índice de desemprego cresce constantemente e para observarmos isso, basta abrir um jornal, assistir uma televisão ou um rádio que os dados são alarmantes. Desta forma, muitas vezes os trabalhadores têm que se submeter a um emprego que esteja abaixo das suas qualificações profissionais, o que diminui a possibilidade de motivação do indivíduo no trabalho. As empresas em exigem formação superior para cargos como auxiliar administrativo, recepcionista, telefonista, entre outros. A partir daí passa a existir uma frustração do funcionário ao se submeter a um trabalho rotineiro e que pouco exige das habilidades adquiridas na universidade. Algumas teorias abordam fatos semelhante e opostos a esse, como por exemplo, a Teoria de Herzberg que enfatiza a satisfação presente na realização do trabalho; a Teoria da Expectativa, que salienta que todo profissional entra na empresa com uma expectativa e caso esta seja frustrada, o indivíduo se desmotiva e a Teoria da Equidade, que preconiza que o trabalhador compara o esforço e o resultado alcançado, com o esforço e o resultado dos demais. Ou seja, o trabalhador com curso universitário esperaria obter um cargo à altura de outras pessoas que conhece com curso superior e que trabalham na área em que se formaram, pois acreditamos 38 que as pessoas, em sua maioria, fazem um curso superior para melhorar o seu emprego. As empresas contratam pessoas com qualificação acima das atividades que irão executar visando melhor qualidade dos serviços e também uma maior produtividade. Porém, diante dessas teorias de motivação e do ambiente organizacional, diante deste fato nos perguntamos. Será que um trabalhador com nível de qualificação compatível às exigências das suas atividades não se sentiria mais desafiado e reconhecido pelo trabalho do que outro, cujo potencial está muito além do que a atividade exige? Se percebe que algumas empresas investem pouco em seus funcionários e elaboram programas de incentivos sem uma avaliação funcional. Por isso é importante para os funcionário e para a empresa que se faça uma avaliação adequada e um melhor direcionamento dos recursos financeiros para que os resultados possam ser satisfatórios. A Teoria das Necessidades de Maslow, Teoria da Expectativa e a Teoria da Eqüidade pressupõem a importância de se conhecer bem os subordinados para melhor obtenção de resultados. Levando em conta as teorias de motivação e o ambiente organizacional, o mais importante é tratar o ser humano com dignidade e respeito para tanto, é necessário estar o mais próximo possível dos seus funcionários e ter tempo para ouvi-los. Esta talvez seja a atitude básica que todos os empresários buscam ao longo dos anos, e que é facilmente identificada em qualquer manual de administração de pessoal. 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CAMPOS, Celso. A Organização inconformista. Como identificar e transformar mentes revolucionárias em um diferencial competitivo. 10ª ed., Rio de Janeiro: FGV, 2001. CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. MAXIMILIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 4ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 1995. MAXIMILIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000. MOSCOVICI, Felá. Desenvolvimento interpessoal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora LCT, 1985. TEIXEIRA, Sebastião. Gestão das Organizações. Rio de Janeiro: Editora McGraw-Hill, 2001. 40 ÍNDICE FOLHA ROSTO ...................................................................................... 02 AGRADECIMENTO ................................................................................ 03 DEDICATÓRIA ....................................................................................... 04 RESUMO ................................................................................................ 05 METODOLOGIA ..................................................................................... 06 SUMÁRIO ............................................................................................... 07 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 08 CAPÍTULO I – MOTIVAÇÃO .................................................................. 10 1.1 – Conceitos ...................................................................................... 10 CAPÍTULO II – TEORIAS MOTIVACIONAIS .......................................... 11 2.1 – Hierarquia das Necessidades de Maslow .................................... 11 2.2 – Teoria das Necessidades de Herzberg ......................................... 13 2.3 – Teoria das Necessidades de Alderfer (ERG) ............................... 15 2.4 – Teoria das Necessidades de McClelland ...................................... 17 2.5 – Teoria da Eqüidade ...................................................................... 18 2.6 – Teoria do Reforço .......................................................................... 19 41 2.7 – Teoria da Expectativa ................................................................... 21 2.7.1 – Teoria de Vroom ................................................................ 21 2.7.2 – Modelo de Porter e Lawler ................................................. 22 CAPÍTULO III – MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES .......................... 24 3.1 – Sistemas Motivacionais 24 ................................................................. 3.1.1 – Enriquecimento de Trabalho 24 .............................................. 3.2 – Programas de Incentivos ............................................................... 26 3.2.1 – Programa de Reconhecimento .......................................... 27 3.2.2 – Incentivos Monetários ........................................................ 27 3.2.3 – Mercadorias ....................................................................... 28 3.2.4 – Viagens .............................................................................. 29 3.3 – Clima Organizacional .................................................................... 29 3.3.1 – Competitividade no Ambiente Organizacional ................... 3.3.2 – Avaliação do Clima Organizacional ................................... 30 CONCLUSÃO ......................................................................................... 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................. 36 ÍNDICE ................................................................................................... 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO ........................................................................ 39 32 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: