UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
NORTE DO PARANÁ
Centro de Ciências da Saúde
Curso de fisioterapia
CAPACIDADES FÍSICAS NAS
CRIANÇAS
Prof. Juliano Vallim
JACAREZINHO
2009
CONCEITOS IMPORTANTES
 Capacidades físicas;
 Aptidão física;
 Atividade física;
 Exercício físico.
CAPACIDADES
FÍSICAS
Pode ser definida como todo atributo
"treinável" de um organismo, ou seja,
passível de adaptações.
APTIDÃO FÍSICA
Condição positiva de bem-estar
influenciada por atividade física
regular, características genéticas e
adequação nutricional.
ATIVIDADE FÍSICA
Qualquer tipo de manifestação de
movimento corporal no espaço com
aumento do gasto energético.
EXERCÍCIO FÍSICO
Execução de movimentos corporais
com objetivo específico e definido, e
prescrição coordenada e organizada.
As Capacidades Físicas
Condicionantes podem ser:






RESISTÊNCIA;
FLEXIBILIDADE;
FORÇA;
VELOCIDADE;
POTÊNCIA;
AGILIDADE.
As Capacidades Físicas Coordenativas
(Perceptivo-motoras) podem ser:











ESQUEMA CORPORAL;
ESTRUTURA ESPACIAL;
ORIENTAÇÃO DIRECIONAL;
LATERALIDADE;
LATERALIZAÇÃO;
ORIENTAÇÃO TEMPORAL;
RITMO;
COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL;
COORDENAÇÃO MOTORA FINA;
COORDENAÇÃO ÓCULO-MANUAL E PODAL;
EQUILIBRIO;
RESISTÊNCIA
É a capacidade física que permite um
esforço proveniente de exercícios
prolongados, durante um determinado
tempo
FLEXIBILIDADE
É a capacidade física que condiciona a capacidade
funcional das articulações a movimentarem-se
dentro dos limites ideais de determinadas ações. É
a amplitude de movimento.
FORÇA
É a capacidade física que permite um
músculo ou grupo de músculos produzir
tensão e vencer uma resistência de uma
ação
VELOCIDADE
É a capacidade motora que permite a máxima
rapidez de execução de um movimento (ação
motora) ou de uma série de movimentos.
AGILIDADE
É a qualidade física que permite mudar a
direção do corpo no menor tempo
possível.
POTÊNCIA
Capacidade associada de velocidade com
força, ou seja, vencer uma resistência no
menor tempo possível.
RESISTÊNCIA AERÓBICA EM
CRIANÇAS
 Pouco foi se desenvolvido na quantificação
desta capacidade física em crinças;
Principais indicadores:
 VO2 max;
 Frequência cardíaca;
 Frequência respiratória;
 Análise subjetiva do esforço percebido.
RESISTÊNCIA AERÓBICA EM
CRIANÇAS
 O consumo máximo de oxigênio tende a
melhorar progressivamente, em função da
idade;
 Meninos de 10 anos podem apresentar até
12% à mais do que as meninas;
 Porém estes valores tornam-se mais
expressivos após à puberdade.
RESISTÊNCIA AERÓBICA EM
CRIANÇAS
 Pate e Blair (1978), em estudos com
crianças, encontraram valores expressivos
entre 45 e 55 ml/kg;
 O VO2 max. relativo aumenta nos meninos,
enquanto para as meninas diminui.
RESISTÊNCIA AERÓBICA EM
CRIANÇAS
 Frequencias cardíacas normais em crianças
variam de 60 à 80 bpm em repouso;
 Relatou-se que FC máximas em crianças
podem ser de 180 à 230 batimentos;
FORÇA MUSCULAR EM
CRIANÇAS
 É uma capacidade física que apresenta
aumento progressivo ao longo dos anos;
 Esse aumento está intimamente relacionado
ao aumento de tamanho corporal e melhora
nas habilidades motoras fundamentais;
 Há um aumento gradual até o período
pubertário;
FORÇA MUSCULAR EM
CRIANÇAS
 Há evidências que mostram um aumento de
força mais rápido que o aumento de tamanho
corporal;
 Inter-relação entre força, coordenação e
desempenho motor;
 Capacidade física não previsível à partir da
infância.
RESISTÊNCIA MUSCULAR
LOCALIZADA EM CRIANÇAS
 Relação íntima com a força;
 Aproximam-se dos níveis dos adultos (e
frequentemente os excedem), quando
ajustados ao peso corporal..
FLEXIBILIDADE EM
CRIANÇAS
 Os níveis de atividade oferecem melhores
parâmetros de desenvolvimento do que a
própria idade cronológica;
 As crianças apresentam alta flexibilidade,
havendo um declínio, por volta dos anos
precedentes ao período pubertário;
 Meninas apresentam maiores desempenhos.
COMPOSIÇÃO CORPORAL EM
CRIANÇAS
 Composição corporal: relação entre as
massas dos tecidos corporais;
 Têm-se aumentado em valores percentuais,
a massa gorda em crianças;
 Relação direta com o estilo de vida.
VELOCIDADE E AGILIDADE
EM CRIANÇAS
 Apresentam relação direta com o
desenvolvimento motor;
 Aumento progressivo, que apresenta relação
direta com o ambiente e a tarefa;
 Não há diferenças evidentes entre meninos e
meninas.
As Capacidades Físicas Coordenativas
(Perceptivo-motoras) podem ser:










ESQUEMA CORPORAL;
ESTRUTURA ESPACIAL;
LATERALIDADE;
LATERALIZAÇÃO;
ORIENTAÇÃO TEMPORAL;
RITMO;
COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL;
COORDENAÇÃO MOTORA FINA;
COORDENAÇÃO ÓCULO-MANUAL E PODAL;
EQUILIBRIO;
ESQUEMA CORPORAL
É a capacidade de percepção das possibibilidades
estruturais e de funcionamento que o ser humano
estabelece com o seu próprio corpo, seja de forma
individual ou estabelecendo relações com outros seres
humanos.
ESTRUTURA ESPACIAL
É a capacidade do ser humano de estabelecer relações
com o meio ambiente ao qual o norteia, assim como,
tamanho, formato, densidade, temperatura das estruturas
envolvidas em um espaço.
LATERALIDADE
É a capacidade de distinguir as relações simétricas e
assimétricas do seu próprio corpo e do ambiente ao qual
pertence, evidenciando-se através disto, a importância em
se estabelecer a dominância corporal.
LATERALIZAÇÃO
É a capacidade de se utilizar o corpo de forma bilateral,
possibilitando a identificação da importância dos dois
lados do corpo na realização de tarefas.
ORIENTAÇÃO TEMPORAL
É a capacidade de se estabelecer relações de tempo com o
ambiente ao qual se interage, tendo consciência de valores
e medidas curtas, médias e longas sobre a duração de se
realizar determinadas tarefas.
RITMO
É a qualidade física explicada por um
encadeamento de tempo, dinâmico-energético,
uma mudança de tensão e repouso, enfim, uma
variação regular de repetições periódicas.
COORDENAÇÃO
MOTORA GLOBAL
É a qualidade física que permite ao homem assumir a
consciência e a execução, levando-o a integração
progressiva de aquisições, favorecendo-o a uma ação
ótima dos diversos grupos musculares na seqüência de
movimentos com um máximo de eficiência e economia.
COORDENAÇÃO
MOTORA FINA
É a capacidade de se executar funções com maiores níveis
de precisão e acurácia técnica, baseado em movimentos
específicos e direcionados à um objetivo determinado.
COORDENAÇÃO
MOTORA ÓCULOMANUAL E PODAL
É a capacidade de se executar determinados movimentos
estabelecendo uma relação direta entre aquilo que está
sendo observado e visualizado e a função executada com
as mãos e os pés.
EQUILÍBRIO
É a qualidade física conseguida por uma
combinação de ações musculares com o propósito
de assumir e sustentar o corpo sobre uma base,
contra a lei da gravidade.
REFERÊNCIAS
 JEAN LE BOUCH. Educação psicomotora: a psicocinética na






idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
RICHARD ª MAGILL, Aprendizagem Motora: Conceitos e
Aplicações, São Paulo, 1984.
AIRTON NEGRINE, Educação Psicomotora, a lateralidade e
a orientação espacial, Porto Alegre, 1986.
A. DE MEUR E L. STAES, Psicomotricidade Educação e
Reeducação, São Paulo, 1984.
RICHARD ª SCHIMIDT E CRAIG A.\ WRISBERG,
Aprendizagem e Performance Motora, Porto Alegre 2001.
ROBERT M. MALINA & CLAUDE BOUCHARD. Atividade
física do atleta jovem: do crescimento à maturação. São
Paulo: Roca, 2002.
DAVID L GALLAHUE & JOHN C. OZMUN. Compreendendo
o desenvolvimento motor: Bebês, Crianças, Adolescentes e
Adultos. 3.edição. São Paulo: Editora Phorte, 2005.
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