TÍTULO: EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COM CARGAS HORÁRIAS DISTINTAS DE INTERVENÇÃO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS AUTOR(ES): JOSÉ VÍTOR LAMOSA PRADO MESSIAS ORIENTADOR(ES): FABRÍCIO MADUREIRA COLABORADOR(ES): UNIMES 1. RESUMO O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos de magnitudes distintas de cargas de tempos de aula na disciplina educação física nos níveis de coordenação motora geral; capacidades físicas e composição corporal em crianças. Para a análise dos efeitos do programa serão formados dois grupos de crianças, na mesma faixa etária entre 9 a 11 anos. Serão avaliadas: coordenação motora geral, composição corporal, potência de membros superiores e inferiores e resistência de membros inferiores. Um grupo praticará o volume tradicional de 50 minutos semanais de aula durante 6 meses, já o outro grupo estará envolvido em três sessões semanais durante o mesmo período, totalizando 2 horas e 30 minutos de intervenção. 2. INTRODUÇÃO Grupos de autores têm focado a atenção no potencial da Educação Física escolar (EFE), nos níveis de proficiência motora (PM), esta pode resultar em maior envolvimento em atividades físicas¹, correlação dos mesmos com a aptidão física futura de adolescentes ² e, para Morgan et al, (2013)³, a PM deveria ser uma questão de saúde pública, tamanho o potencial desta na infância. Nesta fase, a negligência à PM pode acarretar em prejuízos que são levados à vida adulta4. Farias et al, 20095 investigou a modificação das variáveis antropométricas e da composição corporal em dois grupos com idade entre 10 e 15 anos sob a mesma carga horária de 2 aulas de 50 minutos, sendo o grupo controle com aulas convencionais da escola estudada e o grupo caso com aulas na proposição apresentada pelos autores. Após o período de 1 ano, verificou-se diversas mudanças significativamente maiores no grupo caso em relação ao controle, como perímetro do braço e panturrilha, diminuição do perímetro do abdome, o percentual de gordura foi significativamente maior no pré teste quando comparado com o pós teste e a massa magra dos meninos foi significantemente maior no pós teste. A evidência acadêmica da magnitude dos efeitos da intervenção na EFE pode elevar seu status, entretanto, a literatura acadêmica parece limitada quando o foco de investigação está relacionado ao efeito de programas de ensino de Educação Física quanto a diferentes cargas temporais de intervenção. 3. OBJETIVO Investigar a magnitude de alteração de variáveis motoras, físicas e antropométricas em crianças, sob diferentes cargas horárias de intervenção 4. MATERIAIS E MÉTODOS Este trabalho se desenvolverá ao longo do primeiro semestre do ano de 2015, com início no primeiro dia letivo, e com o encerramento ao início do período de férias escolares, baseando-se no calendário que a escola seguir. Participarão desta pesquisa dois grupos de crianças da mesma escola, e o critério de seleção será estar matriculada cursando o 5° ano do Ensino Fundamental, com idade entre 9 e 11 anos. Um dos grupos será de controle e, portanto, será composto por crianças com intervenções semanais de 50 minutos do componente curricular Educação Física com intervenção de um profissional específico da área, como sugere o MEC, e o segundo grupo estará sob intervenção em três momentos diferentes, também de 50 minutos cada, ao longo da semana, totalizando 2 horas e 30 minutos. Os grupos estarão sob os cuidados do mesmo profissional durante todos os dias. O programa de intervenção constituir-se-á de conteúdos propostos pelos PCNs para o 2º ciclo. Serão realizados testes de coordenação motora e de capacidades físicas entre a segunda e a quarta semana após o início das aulas em todos os participantes, e estes mesmos testes serão realizados novamente nas 3 últimas semanas que sucedam o período de férias. Para efeito de comparação da magnitude de intervenções, serão utilizados os testes: Coordenação Motora geral: TGMD-26, KTK7; Dobras Cutâneas8 e IMC; Capacidades físicas: Arremesso de Medicineball, Corrida de 6 minutos e Corrida de 20 metros9. Análise estatística: a distribuição dos resultados será avaliada através do teste de normalidade de Shapiro-Wilk e pela inspeção dos gráficos de quantis, objetivando observar se as variáveis estudadas se distribuem de modo semelhante à curva de normalidade (ou curva de Gaus). Para as variáveis que não apresentarem distribuição normal, em pelo menos um momento, pré ou pós, serão adotadas análises estatísticas não-paramétricas, nesse caso, o teste Wilcoxon irá comparar os momentos do presente estudo. 5. DESENVOLVIMENTO O trabalho teórico se encontra em construção aumentando a quantidade específica sobre o tema envolvendo crianças, enriquecendo o que será executado no trabalho, como planilhas e planos de aulas. 6. RESULTADOS PRELIMINARES Espera-se que o grupo com três sessões semanais apresente melhoras expressivas no desempenho motor, influenciando, consequentemente, as capacidades físicas quando comparado ao grupo controle. A premissa é pautada em um problema recorrente que é a pouca quantidade de intervenções semanais na EFE. 7. FONTES CONSULTADAS 1. Kambas A, Michalopoulou M, Fatouros IG, Christoforidis C, Manthou E, Giannakidou D, et al. The relationship between motor proficiency and pedometerdetermined physical activity in young children. Pediatric exercise science. 2012;24(1):34. 2. Lubans DR, Morgan PJ, Cliff DP, Barnett LM, Okely AD. Fundamental movement skills in children and adolescents. Sports medicine. 2010;40(12):1019-35. 3. Morgan PJ, Barnett LM, Cliff DP, Okely AD, Scott HA, Cohen KE, et al. Fundamental movement skill interventions in youth: A systematic review and metaanalysis. Pediatrics. 2013:peds. 2013-1167. 4. Willrich A, Azevedo CCFd, Fernandes JO. Desenvolvimento motor na infância: influência dos fatores de risco e programas de intervenção. Revista Neurociências. 2009;17(1):51-6. 5. Farias ES, Paula F, Carvalho WR, Gonçalves EM, Baldin AD, Guerra-Júnior G. Influence of programmed physical activity on body composition among adolescent students. Jornal de pediatria. 2009;85(1):28-34. 6. Ulrich DA. Test of gross motor development-2. Austin: Prod-Ed. 2000. 7. Ribeiro A, David A, Barbacena MM, Rodrigues ML, França N. Teste de Coordenação Corporal para Crianças (KTK): aplicações e estudos normativos. Motricidade. 2012;8(3):40-51. 8. Lohman T, Roache A, Martorell R. Anthropometric standardization reference manual. Medicine & Science in Sports & Exercise. 1992;24(8):952. 9. Gaya A, Silva G. Manual de aplicação de medidas e testes, normas e critérios de avaliação. Projecto Esporte Brasil. 2007.