Orientações para Coleta, Transporte, Processamento, Análise e Meios de Cultura. • ARTIGOS PARA OS SEMINÁRIOS; • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO; • CASOS CLÍNICOS; blog do professor: http://chitoteixeira.wordpress.com Colheita de Amostras Quando se suspeita de doença infecciosa Técnicas dirigidas à detecção sorológica de antígenos e anticorpos Sondas de DNA - PCR Anticorpos monoclonais Outros procedimentos sem cultivo Cultivos apropriados Colheita de Amostras É possível que a colheita apropriada de uma amostra para cultivo seja a etapa mis importante na confirmação final de que um microrganismo é responsável pelo processo de enfermidade infecciosa. Uma amostra mal colhida: Fracasso no de isolamento deincorreta e ainda Na instituição uma terapia microrganismos importantes.seja dirigido para danosa, caso o tratamento um comensal. Exemplo: (caso clínico) Klebsiella pneumoniae foi isolada do escarro de um paciente com pneumonia clínica; Klebsiella pneumoniae Escarro colhido de forma inadequada sendo constituído principalmente de saliva; pneumonia Nasofaringe O pior: O tratamento seria inadequado e só resultaria efetivo, por casualidade, se a espécie causadora da pneumonia tivesse um padrão de susceptibilidade a antibióticos Pseudomonas aeruginosa similar à de K. pneumoniae. A terapia eleita poderia ter sido errônea. Colheita de Amostras Considerações fundamentais na colheita de amostras. • A amostra deve ser material do sítio real de infecção, devendo ser colhida com o mínimo de contaminação dos tecidos, órgãos e secreções adjacentes; • Deve-se estabelecer o momento ótimo para a colheita de amostras, com o objetivo de contar com melhor possibilidade de isolar microrganismos causadores de enfermidades; Colheita de Amostras Considerações fundamentais na colheita de amostras. • Enviar Deve-se obter uma swab quantidade ao laboratório seco ousuficiente secreçõesde Calcularam que Swabs o retais para isolar amostra para realização dase de técnicas escassas é uma prática inútil custo de rendimento do isolamento espécies de Shigella, o material cultivo solicitadas; considerável para o paciente; de microrganismoscolhido a partir deve ser inoculado de culturas de sangue diretamente na superfície de • Com Devem demasiada ser em utilizados freqüência, dispositivos são enviados de ao aumentava cerca ágarde Mac Conkey ou colheita, caldo recipientes laboratório de 0,5 amostras mLenriquecido ou menos e meios de material de cultura 3% por mL de sangue para gramapropriados identificado para como assegurar “escarro” isolamento ou “lavado ótimo colhido; (Mermel e Maki). negativos bactérias anaeróbicas de microrganismos.; brônquico”; Colheita de Amostras Considerações fundamentais na colheita de amostras. • Sempre que possível, deve-se obter amostras Etiqueta com nome, antes dalegível administração de antibióticos; número de idenficacção, Neisseria meningitidis origem, médico e a data/hora Garganta Líquido da colheita; • O recipiente da amostra deve ser rotulado de forma correta; cefalorraquidiano (LCR) Haemophilus influenzae Amostras geniturinárias Neisseria gonorrhoea Colheita de Amostras Outros exemplos importantes. Transporte de Amostras O objetivo primário no transporte de amostras para diagnóstico consiste em manter a amostra o mais próximo possível de seu estado original, com deterioração mínima, e minimizar os riscos para os transportadores das amostras, utilizando-se dispositivos protetores do recipiente da amostra inseridos no interior de um recipiente adequado. Transporte de Amostras Deve-se evitar: Calor extremo Frio Mudanças na pressão Condições ambientais adversas Transporte de Amostras Se for previsto: Um atraso prolongado (acima de 4 dias por exemplo) antes da amostra ser processada; É preferível congelar a amostra a -70ºC, podendo ser utilizado um congelador a -20ºC, se o período de estocagem for breve. Transporte de Amostras As amostras de escarro colhidas principalmente para o isolamento: Podem ser remetidas sem qualquer tratamento desde que colhidas em recipientes de propileno fungos ou polietileno esterilizados. micobactérias Transporte de Amostras A maioria das amostras líquidas, em particular amostra de urina, deve ser transportada ao laboratório o quanto antes possível: Recomenda-se um limite máximo de 2 horas entre a colheita e a chegada da amostra ao laboratório. Contexto hospitalar Transporte de Amostras O limite de tempo representa um problema quando as amostras são colhidas em consultórios particulares. Amostras de urina Podem ser utilizados recipientes contendo uma pequena quantidade de ácido bórico, se o transporte rápido não for possível. Transporte de Amostras Para a maioria das amostras pode ser utilizado um meio de manutenção ou transporte, seguindo-se as instruções do fabricante. Meio de transporte Stuart Solução tampão, isenta de nutrientes e fatores de crescimento, conserva a viabilidade sem permitir a multiplicação das bactérias durante o transporte. Transporte de Amostras • Tioglicolato de sódio – tem função de agente redutor para melhorar o isolamento de bactérias anaeróbias; • Ágar (pequena quantidade) – proporciona uma consistência semi-sólida que impede a oxigenação e o derrame durante o transporte; Transporte de Amostras Solução de borato de sódio Tampão com sacarose, fosfato e glutamato Transporte de Amostras As amostras devem ser embaladas de modo a suportar golpes ou mudanças de pressão que podem ocorrer durante a manipulação e causar vazamento do conteúdo; Um recipiente que vaza não apenas predispõe a amostra a uma potencial contaminação, mas também expõe os microrganismos ao pessoal que transporta ou recebe a amostra; Transporte de Amostras Técnica apropriada para embalar e rotular agentes etiológicos: Recipiente primário com tampa à prova d’água Recipiente secundário de preferência de metal Embalagem para envio fabricada em cartão ondulado, cartão grosso ou gomaespuma Recepção de Amostras luvas máscaras jalecos Processamento de Amostras • Ingresso de dados essenciais em um livro de registros ou em um terminal de computador; • Exame visual e determinação do cumprimento de todos os critérios para aceitação da amostra; • Para certas amostras, o exame microscópico de montagens úmidas ou de esfregaços corados, para estabelecer um diagnóstico presuntivo; Processamento de Amostras USO DE CORANTES EM MICROBIOLOGIA: É recomendável que os microbiologistas efetuem exames microscópicos diretos das amostras enviadas para cultivo; Rápido diagnóstico presuntivo Guia para selecionar os meios de cultura apropriados Processamento de Amostras Coloração de Gram • Cristal violeta – serve como coloração primária, unindo-se à parede celular bacteriana após tratamento com uma solução de iodo fraca (mordente para a ligação do corante); • Descorante (mistura etanol 95% e acetona) – as bactérias que retêm o corante aparecem azuladas se observadas ao microscópio e são denominadas gram-positivas; Processamento de Amostras Coloração de Gram • Contracorante Safranina – certas bactérias perdem a coloração primária com cristal violeta quando são tratadas com o descorante e captam a contracoloração com safranina e aparecem em vermelho quando observadas ao microscópio, denominandose gram-negativas; A coloração de Gram pode ser utilizada para efetuar identificações presuntivas. Processamento de Amostras Colorações de àlcool-ácido-resistência micobactérias Recobertas por um espesso material ceroso que resiste à coloração, entretanto, uma vez coradas, resistem à descoloração mesmo por solventes orgânicos fortes, como o álcool-ácido. Fenômeno descoberto por Ziehl e Neelsen (1881). Processamento de Amostras OUTROS CORANTES: Laranja de acridina Azul de toluidina e Azul de Metileno Coloração com Prata Coloração com Wright-Giemsa Ácido periódico de Schiff Processamento dos Cultivos Após recebimento de amostras para cultivo no laboratório de microbiologia, devem ser tomadas as seguintes decisões: • Selecionar os meios de cultura primários apropriados para o tipo de amostra particular; • Determinar a temperatura e a atmosfera de incubação para isolar todos os microrganismos potencialmente significativos; Processamento dos Cultivos • Determinar qual dos microrganismos isolados em meios primários requer uma maior caracterização; • Determinar se são necessárias provas de suscetibilidade a antibióticos, uma vez conhecida a identidade do organismo; Comum a todos é o reconhecimento das dificuldades envolvidas na manutenção da qualidade dos serviços, em vista das políticas de redução de custos, cada vez mais rigorosas; Seleção de Meios de Cultura Primários Meios não-seletivos – são isentos de inibidores e permitem o crescimento de microrganismos encontrados freqüentemente em laboratórios clínicos; Gardnerella vaginalis Haemophilus influenzae Ágar com 5% de Ágar com sangue Ágar com sangue de cavalo ou de ovelha sangue de carneiro humano Seleção de Meios de Cultura Primários Pode-se tornar o ágar sangue seletivo mediante a adição de um ou mais antibióticos ou de certas substâncias químicas; Inibem gram-positivos Colistina e o ácido Canamicina e vancomicina nalidíxico Bacilos gram-negativos Inibe gram-negativos e anaeróbios (bacteroides) favorece o crescimento de gram-positivos Ágar-KV sangue ÁgarÁgar McConkey Ágar EMB Seleção de Meios de Cultura Primários O caldo de enriquecimento é empregado para isolar microrganismos patogênicos de amostras, como fezes, nas quais existe uma elevada concentração de microrganismos comensais; Fase logaritmica Escherichia coli e outros comensais entéricos Salmonella e Shigella Fase de latência Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas Uma vez que a amostra tenha ultrapassado os vários critérios para rejeição e tenha sido aceita para cultivo, porções apropriadas da mesma devem ser transferidas aos vários meios de cultura descritos no item anterior. Essa atividade também é usualmente realizada luvas em uma parte separada de outras áreas do laboratório, conhecida como área de máscaras “semeadura”; jalecos Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas O equipamento necessário para a inoculação primária de amostras é relativamente simples: Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas UFC Espalhamento nos quatro quadrantes Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas O meio nos tubos pode ser líquido, semi-sólido (0,3 a 0,5% de ágar) ou sólido. O ágar semisólido é adequado para as provas de motilidade; Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas Os microrganismos diferem quanto à temperatura ótima de incubação. Porém, a maioria dos microrganismos cresce a 35ºC; assim, se o laboratório dispõe apenas de uma estufa, esta deve estar ajustada para 35ºC; O crescimento da maior parte dos microrganismos é potencializado por uma atmosfera de 5% a 10% de CO2; Transferência e Cultivo de Amostras Biológicas Mais importante que o modo de incubação é a prevenção de amplas flutuações na temperatura. Deve-se cuidar para que os tubos e placas fiquem protegidos de correntes de arcondicionado ou de fluxos de calor; O controle da umidade no interior da estufa também é importante. A maioria dos microrganismos tem crescimento máximo quando a umidade é de 70% ou superior; Interpretação dos Cultivos A identificação dos cultivos primários após 24 a 48 horas de incubação requer uma considerável habilidade; O microbiologista deve avaliar o crescimento das colônias e decidir se são necessários procedimentos adicionais; Essa avaliação se faz: Interpretação dos Cultivos • Anotando as características e o número relativo de cada tipo de colônia isolada em meios de ágar; • Determinando a pureza, reação à coloração de Gram e morfologia das bactérias em cada tipo de colônia;; • Verificando mudanças no meio que circunda as colônias, o que reflete atividades metabólicas específicas de bactérias isoladas; Interpretação dos Cultivos Características macroscópicas das colônias OBRIGADO