Independência do Brasil e a
construção da nação
Embates políticos e culturais
O processo de emancipação
brasileiro
• 1815: Brasil elevado á
condição de Reino Unido
a Portugal e Algarves.
↓
Medida visa integrar
Portugal e Brasil
Cerimônia consagrou a resolução real
transferindo para o Brasil a sede da Coroa
Portuguesa
Bandeira do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves
Coroação de D. João VI
• Em 1816, D. João tornou-se rei de Portugal, Brasil e Algarves, com
o título de D. João VI
• A cerimônia de aclamação realizada em 1818.
• Atritos entre colonos e reinos : críticas ao luxo da Corte, à
arrogância dos portugueses e aos privilégios concedidos aos
"amigos do rei" .
D. João aparece na sacada para mostrar-se ao povo 06.02.1818
A revolução liberal do Porto - 1820
• Portugueses enfrentavam
crises: econômica, militar,
política.
• Natureza contraditória do
movimento.
• Retorno do Rei à Portugal e
convocação das Cortes em
todo o Reino para redigir e
aprovar uma Constituição.
• Facção Portuguesa X ”Partido
Brasileiro(Conservadores e
radicais)
• Setembro de 1821: Embarque
da Corte para Portugal.
• D. Pedro, príncipe regente
permanece no Brasil
Sessão das Cortes de Lisboa – maio de 1822 –
Óleo Oscar Pereira da Silva
A ruptura
Dia do Fico - Debret
• Medidas tomadas pelas
Cortes reforçam a opção pela
ruptura
_Retorno de repartições à
Portugal
_Tropas enviadas para o Brasil
_Exigência do retorno do
príncipe regente.
Dia do fico- Janeiro de 1822
- Atos de ruptura
A independência Brasileira
• Junho de 1822 – Eleição de
uma Assembléia Constituinte
no Brasil.
• Instruções: Não havia no
Brasil uma “população
homogênea em que estão
difundidas as luzes e as
virtudes sociais”
• Reação das Cortes.
• 7 de setembro “ o grito do
Ipiranga” formaliza a
independência.
• Rompimento com
manutenção da unidade e da
ordem social.
•
Independência - François-R. Moreaux 1844
•
O grito do Ipiranga – Pedro Américo 1888
O reconhecimento da
Independência
• Questões internas:Entre
1822 e 1824 conflitos
entre os partidários do
rompimento com Portugal
e o partidários da
recolonizarão.
• Questões externas;
Reconhecimento externo
Interferência inglesa e
acordos comerciais
Representações do Poder
imperial
Símbolos, emblemas e práticas
simbólicas: A teatralidade e os
alicerces do poder.
Pavilhão do Império Brasileiro
• Esboço contendo os pavilhões do Império do Brasil, por JeanBaptiste Debret (1768-1848).
• o verde é a cor heráldica da casa real portuguesa de Bragança, ao
passo que o amarelo é a cor da casa imperial austríaca de
Habsburgo.
• Sugere-se que o losango central, conservado até hoje, foi inspirado
pelas bandeiras dos regimentos de Napoleão Bonaparte.
Bandeira imperial
• Pavilhão pessoal de D. Pedro
de Alcântara.
• A bandeira Imperial entrou em
vigor em 1º de dezembro de
1822 junto com a coroação de
D. Pedro I, aclamado
Imperador Constitucional e
Defensor Perpétuo do Brasil.
Manteve-se praticamente toda
a antiga bandeira criada no
dec. de 18 de setembro, mas a
coroa sobre o escudo foi
substituída por uma coroa
imperial
•
Pavilhão pessoal do Príncipe real do
Reino de Portugal e Algarves
•
Bandeira do Brasil Império( Dezembro
de 1822)
As referências simbólicas
Manto, coroa e cetro
Portugal - Brasil
• Didaticamente, Debret
procurou colocar lado a
lado os símbolos da
realeza do Reino Unido
de Portugal, Brasil e
Algarves e do Império do
Brasil.
• Diferenças nas vestes
reais: as cores vermelha
cedem a verde, ao
mesmo tempo que o
manto transforma-se em
poncho.
Vestes reais dos soberanos D. João VI ( Reino
Unido) e D. Pedro I ( Império do Brasil)
D. Pedro mantém rituais praticados por seu pai –
Cerimônia do beija mão – Debret
Os gestos compõem a economia simbólica, o “fetiche do
prestigio”
Imagens de D. Pedro I em calendário, caneca e capa de livros.
O simbolismo em torno do Imperador poderia ser levado às mais
rematas regiões do país, dispensando a sua presença física ( corpo
físico e corpo místico)
Referências simbólicas- Esboço do quadro alusivo a coroação, por
Debret (detalhe). Há nessa imagem aspectos do ritual napoleônico (
coroação de Napoleão – David)
Ordem de D. Pedro I - Fundador
do Brasil • Comemorativa do
Reconhecimento da
Independência -1826
A construção da Nação
“Havia um pais chamado Brasil, mas
absolutamente não havia brasileiros”
Declaração de Saint Hilare ao retornar à
França e publicar seus relatos de viagem ao
Brasil
Pano de boca executado para
representação extraordinário no Teatro da
Corte por ocasião da coroação de D. Pedro
– Debret.
As três raças e a formação da bandeira do Brasil.
(Idealização do pintor brasileiro Eduardo de Sá.)
• “(...) Jamais nos será
permitido duvidar que a
vontade da providência
predestinou ao Brasil
esta mescla. O sangue
português, em um
poderoso rio deverá
absorver os pequenos
confluentes das raças
índia e etiópica.“
Carl Friedrich Philipp von
Martius (1794 – 1868)
Ideal civilizatório
• A redenção de Câ:
Modesto Brocos:
1895
• Ideal civilizatório –
Cultura europeia –
branca e cristã
Estigma de natureza religiosa
• "...E (Noé) bebeu do vinho e embebedou-se; e
descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cã, o
pai de Canaã, a nudez de seu pai, e fê-lo saber
a ambos os seus irmãos fora. (...) E despertou
Noé do seu vinho, e soube o que o seu filho
menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã,
servo dos servos seja dos seus irmãos. E disse:
Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe
Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite
nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo
(Gên. 9:21 – 27)."
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Independencia do Brasil