METODOLOGIA DE PESQUISA – IC043 Profa Dra Lucila Chebel Labaki “PESQUISA-AÇÃO” Baseado no livro: Metodologia da Pesquisa-ação de Michel Thiollent Alunos: Daniel T. Turczyn Isabela E. Panobianco Maria Rita Amoroso Vanessa Garcia Favrin 1 A Apresentação: 2 Livro: Metodologia da Pesquisa-ação – Michel Thiollent Autor Livro Introdução Capítulo I Capítulo II Capítulo III Conclusão Definição de outro autor O Autor: 3 Michel Thiollent é... Francês (há 36 anos no Brasil) Sociólogo Metodólogo (escreveu vários livros de metodologia) Dr. Em sociologia e economia Prof. Da COOPE e da UFRJ Áreas de estudo: desenvolvimento local, extensão universitária, sistemas agroindustriais, inovação tecnológica e organizacional, pesquisa científica... O Livro: 4 Estrutura do livro: INTRODUÇÃO CAPÍTULO I: Estratégia de Conhecimento CAPÍTULO II: Concepção e Organização da Pesquisa CAPÍTULO III: Áreas de Aplicação CONCLUSÃO Introdução: 5 Pesquisa-ação não é a única linha de pesquisa e não substitui as demais. Aplicavél: em diversos campos (educação, comunicação, organização, serviço social, etc). É associada a diversas formas de ação coletiva em busca de resolução de problemas, ou para gerar transformação. Pesquisa-participante ≠ Pesquisa-ação (segundo olhar do autor) e ≠ Pesquisa convencional. Alcance: nível intermediário, ou seja, entre o microssocial e o macrossocial. Correspondendo a uma grande diversidade de grupos e indivíduos. Objetivo: fornecer aos pesquisadores e participantes, os meios de se tornarem capazes de buscar as soluções para seus problemas reais, através de diretrizes de ação transformadora. Base: empírica (descrição, observação, ação) Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 6 Definição: Tipo de pesquisa social com base empírica, realizada para a resolução ou esclarecimento de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes desempenham um papel ativo, executando de fato uma ação, de modo cooperativo e participativo perante a situação em que estão envolvidos. Objetivos: Objetivo Prático Objetivo de Conhecimento AÇÃO Interação entre pesquisadores e comunidade; Ação concreta resultante da interação entre os pesquisadores e a comunidade; Investigação de situações e problemas sociais. PESQUISA Ampliação do nível de consciência da comunidade; Produção de conhecimento; 1. Definições e Objetivos Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 7 Na pesquisa-ação (bem como na pesquisa-participativa), é comum a suspeita para com teorias, métodos e outros elementos valorizados no campo científico. Deve-se manter algumas condições de pesquisa e algumas exigências de conhecimento científico, para se dar maior fundamentação a pesquisa. Lembrando os objetivos da pesquisa-ação que além de serem práticos voltados a “ação” são também de “conhecimento” fazendo parte da expectativa científica, sendo que parte da informação gerada é divulgada para os próprios participantes e a outra para os canais específicos das ciências sociais (revistas, congressos, etc) A Ciência retratada na pesquisa-ação não é sinônimo de “positivismo”, “funcionalismo”. As características qualitativas e o diálogo não são anticientíficos. 2. Exigências Científicas Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 8 É Metodologia a filosofia da ciência, estuda os métodos e apresenta o modo de condizir e organizar a pesquisa (é a “bússola” dos pesquisadores). Objetivo: *analisar e controlar os métodos e técnicas disponíveis, avaliando e criticando suas capacidades e limitações. *orientar o pesquisador na estrutura da pesquisa. A metodologia trata a pesquisa-ação como um método, ou estratégia de pesquisa. É Pesquisa-ação um modo de conceber e organizar uma pesquisa social prática. Seus métodos e técnicas:*questionários *entrevistas *documentação *mapeamento *diagnóstico *resolução. 3. O Papel da Metodologia Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 9 NÃO HÁ PESQUISA SEM RACIOCÍNIO. Linha Convencional Raciocínio estruturado, regras lógico-formais. Demonstração: lógica mais formal, ciências exatas. A pesquisa não perde sua legitimidade científica por incorporar raciocínios imprecisos, argumentações. O pesquisador deve ter um mínimo de conhecimento para que ele não caia em ingenuidades. 4. Formas de Raciocínio e Argumentação Linha Alternativa Raciocínio mais flexível. (Pesquisa-ação: Não possui estrutura lógica simples. Ela é moldada por argumentações entre interlocutores) Argumentação: lógica não formal, conhecimento aproximativo. Ocorre no processo investigativo entre pesquisadores e participantes, na forma de diáogos, discussões. Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 10 Na pesquisa-ação: Instruções Diretrizes (menos rígidos) Hipóteses Coleta de dados Comprovação (ou refutação) das hipóteses Impossível formular hipóteses!Variáveis imprecisas!Contexto sempre em movimento! Fases de uma possível solução: Suposição(quase hipótese) objeto de verificação No padrão convencional: Hipótese comprovação estatística discriminação experimentalismo(teste Na pesquisa social é difícil ocorrer repetição dos fenômenos e o pesquisador nunca é neutro dentro do campo observado. Provas são necessárias, não precisam ser rigorosas, basta argumentação, crítica, observação concreta. 5. Hipóteses e Comprovações comprovação de cada hipótese) O experimento só é válido quando sua repetição produz sempre os mesmos resultados, independente do experimentador. Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 11 Inferência: é um passo do raciocínio com qualidades lógicas Particularizante Generalizante Indução Problema quantitativo: tratada como um problema estatístico e requer quantificação das variáveis observadas –> Teste de hipóteses Problema qualitativo: dois níveis: pesquisador e participantes. Inferência sem rigor lógico: generalização popular, senso comum, sabedoria popular: pode ser verdade X exagero, mitos e crenças particulares. Cabe ao pesquisador, comparar as generalizações populares (participantes) com as generalizações teóricas (pesquisadores) e extrair daí muitas informações para tentar saber até que ponto existe uma real intercompreensão. 6. Inferências e Generalização Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 12 Conhecimento Descrição dos fatos Ação Transformação grande problema na metodologia de pesquisa social. Deve haver uma relação entre elas. Não é a descrição dos fatos que determina o tipo de ação que será efetuada. Os pesquisadores, discutem e avaliam o envolvimento normativo da investigação e suas propostas de ação. Na relação entre descrição e normas de ação, o estudo geralmente começa a partir das normas, o que NÃO é bom, pois o pesquisador fica tendênciado a descrever os fatos de maneira que favoreçam as normas exigidas para tais ações sugeridas. (pesquisador é “contaminado”) * * * * A pesquisa-ação nem sempre produz conhecimentos novos, mas pode agregar: A coleta de informação original A produção de regras para resolver os problemas e planejar as ações Ensinamentos + ou – quanto a conduta da ação outros... 7. Conhecimento e Ação Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 13 A pesquisa-ação pretende alcançar: REALIZAÇÕES, TRANSFORMAÇÕES, MUDANÇAS SOCIAIS, AÇÕES EFETIVAS. Confusão no nível de alcance: Nível macrossocial: sociedade, movimentos, entidades nacionais/internacionais Nível microssocial: indivíduo, pequenos grupos Nível intermediário: grande diversidade de pequenos grupos, instituições, indivíduos Não se conhecem exemplos de pesquisa-ação ao nível da sociedade como um todo. O sistema social nunca é alterado por pequenas modificações ocorridas por algumas dezenas de pessoas. Pesquisador não deve ter a ilusão de que irá transformar a sociedade global em um trabalho localizado ao nível de um grupo de pequena dimensão. 8. O Alcance das Transformações Capítulo I: Estratégia de Conhecimento 14 Funções Políticas na pesquisa-ação: estreitar as relações que existem entre a organização sua base, por meio de atividades participativas, agregando o maior número de membros possíveis para apontar os problemas e propor as ações. elucidar estratégicamente a relação do ator com seus adversários, concorrentes ou aliados, incluindo a questão da fixação de metas e das prioridades dos planos de ação. Conscientizar os que participam da pesquisa e os que recebem a divulgação dos resultados. Numa concepção democrática da pesquisa social é necessário que haja negociação de ambas as partes. Não pode haver polarização entre dirigentes e dirigidos. 9. Função Política e Valores Critérios de Valores: Todas as partes do grupo devem ser consultadas. A pesquisa não é feita quando há a revelia de umas das partes. As partes têm direito de parar a experiência quando achar que os objetivos não estão mais de acordo. Capítulo II: Concepção e Organização da Pesquisa 15 O planejamento de uma pesquisa-ação é muito flexível. Contrariamente a outros tipos de pesquisa, não se segue uma série de fases rigidamente ordenadas. Em primeiro lugar “ a fase exploratória” (ponto de partida) e por último a “divulgação de resultados” (ponto de chegada). Os temas intermediários não precisam ser ordenados nessa ordem, pois imprevistos podem surgir e haverá uma multiplicidade de caminhos a serem escolhidos. 1. A Fase Exploratória 2. O Tema da Pesquisa 3. A Colocação dos Problemas 4. O Lugar da Teoria 5. Hipóteses 6. Seminário 7. Campo de Observação, Amostragem e Representatividade Qualitativa 8. Coleta de Dados 9. Aprendizagem 10. Saber Formal / Saber Informal 11. Plano de Ação 12. Divulgação Externa Capítulo II: Concepção e Organização da Pesquisa 16 1. A Fase Exploratória Consiste em descobrir o campo de pesquisa, os interessados e suas expectativas e estabelecer um primeiro levantamento ou diagnóstico da situação, dos problemas prioritários e de eventuais ações. 2. O Tema da Pesquisa É a designação do problema prático e da área de conhecimento a serem abordados. Uma vez definido, o tema é utilizado como “chave” de identificação e de seleção de áreas de estudo disponíveis em ciências sociais e outras disciplinas relevantes. 3. A Colocação dos Problemas Em pesquisa social aplicada, e em particular no caso da pesquisa-ação, os problemas colocados são inicialmente de ordem prática. Trata-se de procurar soluções para se chegar a alcançar um objetivo ou realizar uma possível transformação dentro da situação observada. Capítulo II: Concepção e Organização da Pesquisa 17 4. O Lugar da Teoria O papel da teoria consiste em gerar idéias, hipóteses ou diretrizes para orientar a pesquisa e as interpretações. 5. Hipóteses A hipótese é definida como suposição formulada pelo pesquisador a respeito de possíveis soluções a um problema colocado na pesquisa. A partir da sua formulação, o pesquisador identifica as informações necessárias, evita a dispersão, focaliza determinados segmentos do campo de observação, seleciona dados, etc. 6. Seminário Constitui grupos de estudo e equipes de pesquisa, coordena suas atividades, centraliza informações, elabora interpretações, busca soluções, define diretrizes de ações, acompanha, avalia e divulga resultados. Capítulo II: Concepção e Organização da Pesquisa 18 7. Campo de Observação, Amostragem e Representatividade Qualitativa Uma pesquisa-ação pode abranger uma comunidade geograficamente concentrada (favela) ou espalhada (camponeses). Em alguns casos, a delimitação empírica é relacionada com um quadro de atuação, como no caso de uma instituição, universidade, etc. Quando o tamanho do campo é muito grande coloca-se a questão da amostragem e da representatividade. 8. Coleta de Dados As principais técnicas utilizadas são a entrevista coletiva nos locais de moradia ou de trabalho e a entrevista individual aplicada de modo aprofundado. Deve estar sobre controle do seminário central. 9. Aprendizagem Na pesquisa-ação, a capacidade de aprendizagem é aproveitada e enriquecida em função das exigências da ação em torno da qual se desenrola a investigação. Tanto pesquisadores como participantes aprendem durante o processo de investigação, discussão e resultados. Capítulo II: Concepção e Organização da Pesquisa 19 10. Saber Formal / Saber Informal Dentro da concepção da pesquisa-ação, o estudo da relação entre saber formal e saber informal visa estabelecer (ou melhorar) a estrutura de comunicação entre dois universos culturais: o dos especialistas e o dos interessados. 11. Plano de Ação Para corresponder ao conjunto de seus objetivos, a pesquisa-ação deve se concretizar em alguma forma de ação planejada, objeto de análise, deliberação e avaliação. 12. Divulgação Externa É desejável que haja um retorno da informação entre os participantes que conversaram, investigaram, agiram, etc. Este retorno visa promover uma visão de conjunto, que por sua vez possibilita a tomada de consciência sobre o problema analisado. Capítulo III: Áreas de Aplicação 20 Em função de sua orientação prática, a pesquisa-ação é voltada para diversificadas aplicações em diferentes áreas de atuação como: educação, comunicação social, serviço social, organizações, tecnologia (em particular no meio rural) e práticas políticas e sindicais. Urbanismo e saúde (ainda faltam informações sobre experiências ou tendências). Não se pretende mostrar exemplos de boa ou de má pesquisa-ação, para evitar dar lições aos especialistas de cada área, que por definição são os mais qualificados para discutir e resolver problemas metodológicos; A intenção prosposta é sugerir para discussão algumas informações e idéias sintéticas que estão relacionadas com a orientação da pesquisa-ação. Áreas de Atuação Capítulo III: Áreas de Aplicação 21 A metodologia convencional, apesar de sua aparente precisão, os resultados estão muito afastados dos problemas urgentes da situação atual da educação; A orientação metodológica da pesquisa-ação, os pesquisadores em educação estariam em condições de produzir informações e conhecimentos de uso mais efetivo, inclusive ao nível pedagógico; Para construção ou reconstrução dos sistemas de ensino não basta descrever e avaliar é, necessário produzir idéias que antecipem o real ou que delineiem um ideal. Visa minimizar os usos meramentes burocráticos ou simbólicos e maximizar os usos realmente transformadores; Objetivos: Conhecimento: Reciclagem de idéias e normas; Prático: Produção de material didático aceito pelos grupos interessados; Produção de técnicas educacionais direcionadas. Educação Capítulo III: Áreas de Aplicação 22 Orientação minoritária cogitada especialmente no contexto da comunicação alternativa, comunicação popular e de modo acoplado a diferentes práticas culturais ou militantes. É também discutida como possível meio de crítica à comunicação de massa, em especial da televisão. É discutida como possível meio de crítica à comunicação em massa: os críticos apontam principalmente fatos de dependência, dominação, manipulação ou alienação -> precisam ser relativizados: diversas categorias de público não são tão dependentes e se mostram capazes de dar uma reinterpretação do conteúdo das mensagens: recepção crítica, conscientização, participação social e contra-informação Aspectos: Comunicação em massa Audiência Grupos de influência Imprensa e jornalismo Opnião pública Práticas militantes Práticas religiosas Comunicação Enfoque: Econômico Jurídico Sociológico Psicológico Semiológico Tecnológico Político Capítulo III: Áreas de Aplicação 23 Intervir em diversas situações nas quais certas categorias da população (operários, favelados, menores abandonados, idosos, etc.) enfrentam problemas sociais e existenciais que resultam dos efeitos dos funcionamento da sociedade global (desigualdade, desemprego, probreza, etc.) Pretende-se superar os problemas relacionados com a individualização das observações do quadro de pesquisa convencional -> os pesquisadores desempenham um papel ativo que consiste na dinamização do meio social observado -> maior aproximação à realidade social Serviço Social Capítulo III: Áreas de Aplicação 24 Contém atividades cujos objetivos consistem em coordenar diferentes grupos de trabalho e, decidir a respeito das metas e meios necessários para produzir um determinado produto ou serviço; Consiste em: facilitar a aprendizagem, fazendo um relacionamento entre analista e usuário numa aprendizagem conjunta; identificar os problemas e, desenvolver um programa de ação a ser acompanhado e avaliado Pretende-se superar os problemas relacionados com a individualização das observações do quadro de pesquisa convencional -> os pesquisadores desempenham um papel ativo que consiste na dinamização do meio social observado -> maior aproximação à realidade social Organização e Sistemas Capítulo III: Áreas de Aplicação 25 A pesquisa na agricultura abrange problemas diversos, é pluridisciplinar e possui a finalidade de conhecimento da situação dos produtores e, elaborar propostas de planejamento de planos locais; Nos últimos anos está sendo experimentada entre pequenos e médios produtores a aplicação da pesquisa participante; É preciso rever a metodologia de diagnostico para superar o nível da simples constatação de carências dos pequenos produtores e darmos atenção à suas potencialidades e capacidade de aprendizagem e de organização coletiva. Aspectos: Agronomia Biologia Pecuária Tecnologia Economia Sociologia Difusão de tecnologia Difusão de conhecimento Desenvolvimento Rural e Difusão de Tecnologia Capítulo III: Áreas de Aplicação 26 Fica evidente que as propostas de pesquisa-ação sempre apresentam algum aspecto político quanto ao tipo de comprometimento dos pesquisadores com a ação de grupos sociais, dentro de uma situação em transformação -> permanece vinculado a uma atividade substantiva (educar, informar, organizar, etc.) Não se limitam ao aspecto profissional, sempre possuem um aspecto militante e exigem maior comprometimento por parte dos organizadores da pesquisa. Aspectos: Constituição de um grupo político Campanhas de adesão Redefinição de estratégias e táticas Campanha eleitoral Denúncia popular da política governamental Formular reinvindicações populares Conquistar determinados objetivos Movimento de trabalhadores Movimentos estudantis Movimento feministas Movimentos ecológicos Movimento de afirmação de identidade cultural Política Capítulo III: Áreas de Aplicação 27 Toda pesquisa é permeada pela perspectiva intelectual, pelos objetivos práticos, pelo quadro institucional, pelas expectativas dos interessados nos seus resultados, etc; Os pesquisadores não são neutros nem passivos -> sem desconhecerem a presença dos interesses, devem conquistar suficiente autonomia, com inevitáveis “negociações”, para terem condição de aplicar regras de uma metodologia de pesquisa que não se limite a uma satisfação circunstancial das expectativas dos atores; Trata-se de conhecer para agir, agir para transformar, mas a transformação não são sempre radicais ou como esperamos; Os pesquisadores não podem aplicar uma norma de ação preestabelecida e devem ficar atentos à negociação do que é realmente transformável em função das formas de poder, do grau de particípação dos interessados e da especificidade das formas de ação: ação pedagógica, ação educacional, ação comunicativa, organizativa, tecnológica e política, etc. Conclusão do Cap. 03 Conclusão: 28 Na concepção da pesquisa-ação, as condições de captação da informação empírica são marcadas pelo caráter coletivo do processo de investigação,não excluindo técnicas individuais; Embora, muitas vezes, recorra a técnicas estatísticas tradicionais de amostragem, utiliza-se na maioria dos casos pesquisar e agir em conjunto da população implicada na situação-problema quando é factível, ou com uma amostra intencional qualitativa (resultante da discussão pesq/part); Há um reconhecimento do papel ativo dos observadores membros representativos da situação investigada; Na pesquisa ação a objetividade deve ser colocada em termos diferentes do padrão observacional clássico, mas não desaparecendo, para que a proposta corresponda as exigências da situação; A noção de objetividade estática é substituída pela noção de relatividade observacional, na qual a realidade não é fixa e o observador e seus instrumentos desempenham um papel ativo na captação de informação e nas decorrentes representações; Conclusão: 29 A observação social adquire um aspecto de questionamento que não é monopolizado pelos pesquisadores como os tradicionais: fazer perguntas e obter respostas; Os membros representativos da situação-problema investigados desempenham função interrogativa, fazendo as perguntas e procurando elucidar os assuntos coletivamente investigados; O maior desafio da pesquisa, no plano da pesquisa ação, talvez seja o de juntar as exigência da tomada de decisão no plano do saber, agir com as exigências cientifico–técnica (modos de fazer e de saber fazer); Na definição de uma política de conhecimento mais abrangente, a metodologia da pesquisa ação é um ítem entre outros, pois sempre serão necessários pesquisas experimentais em laboratórios, metodologias com ênfase na formalização, modelagem, quantificação e simulação; Definição de Outro Autor: 30 LIVRO: “A Pesquisa-ação Para o Desenvolvimento Local” AUTOR: Hugues Dionne Sociólogo Professor da Université de Québec (onde ensinou durante 25 anos na área do desenvolvimento local e regional) Também estudou praticas coletivas de resistência popular para a preservação de lugares habitados. Definição de Outro Autor: 31 Comparação entre Pesquisa-ação e Pesquisa Clássica Definição de Outro Autor: 32 Gráfico Evolutivo Definição de Outro Autor: 33 SÍNTESE DA FASE I DA PESQUISA –AÇÃO A- Descrição das situações e contrato. B- Formulação do problema ou dos problemas principais. C- Elaboração da problemática da situação com vistas a pesquisa ação Ciclo de uma intervenção planejada e Síntese da Fase I Definição de Outro Autor: 34 Ciclo de uma intervenção planejada e Síntese da Fase II Definição de Outro Autor: 35 Ciclo de uma intervenção planejada e Síntese da Fase III Definição de Outro Autor: 36 Ciclo de uma intervenção planejada e Síntese da Fase IV Referências: 37 THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 4 ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1988. http://www.datavenia.net/entrevistas/Nov2001.htm DIONNE, Hugues. A Pesquisa-ação Para o Desenvolvimento Local.