SISTEMA DE PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA: A EXPERIÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL Monografia inscrita no VI Prêmio Tesouro Nacional, concorrendo ao tema 3.4. Elaboração e Execução Orçamentária e Financeira Outubro de 2001 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS 4 2.1. VISÃO GERAL 4 2.2. PROPOSTAS DA UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS 4 2.3. ETAPAS DE APROVAÇÃO DAS PROPOSTAS DAS UOs 5 3. MOTIVAÇÃO 7 4. OBJETIVOS 8 5. DESCRIÇÃO DO SISTEMA 9 5.1. METODOLOGIA DE TRABALHO ANTERIOR 9 5.2. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA 9 5.3. BREVE HISTÓRICO 11 5.4. AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO 18 5.5. PLATAFORMA PARA IMPLANTAÇÃO 18 5.6. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA 19 5.6.1. METODOLOGIAS DE TRABALHO 19 5.6.2. FUNÇÃO DOS SETORES 22 5.6.3. TIPOS DE USUÁRIO E SUA HIERARQUIA 23 5.6.4. OPERACIONALIDADE DO SISTEMA 24 5.7. TELAS DO SISTEMA 25 5.7.1. CONFIGURAÇÃO DA UO 25 5.7.2. TELA PRINCIPAL 26 5.7.3. CADASTRO DE SETORES 27 5.7.4. DISTRIBUIÇÃO DE CONTAS 28 5.7.5. DETALHAMENTO DE CONTAS 29 5.7.6. ELABORAÇÃO DE JUSTIFICATIVAS 31 5.7.7. GERAÇÃO DA PROPOSTA DO SETOR 32 5.7.8. GERAÇÃO DA PROPOSTA DA UO 33 5.8. PRINCIPAIS CONSULTAS E RELATÓRIOS DO SISTEMA 35 5.8.1. CONSULTAS 35 5.8.2. RELATÓRIOS 37 6. RESULTADOS ALCANÇADOS 39 7. CONCLUSÃO 40 3 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho apresentará o Sistema de Proposta Orçamentária, desenvolvido pelos servidores da Secretaria de Informática do Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Seu objetivo fundamental é automatizar o processo de elaboração de Propostas Orçamentárias pelas Unidades Orçamentárias da Justiça Eleitoral. Sendo o processo de elaboração de Propostas Orçamentárias altamente dependente de políticas de contenção e reorganização de gastos, os requisitos de um sistema que automatize tal processo são freqüentemente alterados. Em virtude disso, o sistema aqui apresentado já se encontra em sua quarta edição. Este trabalho analisará cada uma das versões liberadas do sistema, dando ênfase às melhorias implementadas e aos resultados obtidos com cada uma, assim como às necessidade que justificaram o desenvolvimento da versão posterior. O Sistema de Proposta Orçamentária é atualmente utilizado em toda a Justiça Eleitoral, que compreende os Tribunais Regionais Eleitorais de todos os Estados, assim como o Tribunal Superior Eleitoral. 4 2. PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS 2.1. VISÃO GERAL A Justiça Eleitoral, ramo da Poder Judiciário Federal responsável por zelar pela Justiça nos assuntos relacionados às Eleições, é composta pelos Tribunais Regionais Eleitorais e pelo Tribunal Superior Eleitoral. Estes órgãos são, como o restante dos órgãos ligados ao Poder Judiciário, essencialmente órgãos geradores de despesas. Não possuem, por sua própria natureza, receita própria – à exceção do pagamento de eventuais taxas e multas que, no balanço final, pouco representam sobre o montante movimentado. Tais gastos devem ser anualmente descritos e justificados, através da elaboração de um documento chamado de Proposta Orçamentária, onde cada Tribunal expõe em detalhes seu planejamento para o ano seguinte, incluindo a natureza de cada gasto, sua forma de cálculo e sua justificativa. Cada Tribunal Regional Eleitoral, assim como o próprio Tribunal Superior Eleitoral, possui independência para elaborar seu planejamento para o exercício (ano) seguinte. 2.2. PROPOSTAS DAS UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS A elaboração da Proposta Orçamentária de um dos órgãos da Justiça Eleitoral, genericamente chamados de Unidades Orçamentárias – UOs, consiste na seleção de contas e atribuição de seus valores respectivos, em moeda corrente. Tais contas nada mais são do que um bem ou serviço, para aquisição ou manutenção, como papel ou computadores. Estas contas estão organizadas hierarquicamente em Programas, Elementos, Itens e Subitens, sendo este último nível o conjunto de serviços e bens que podem ser descritos na Proposta Orçamentária da UO. Os Subitens são classificados em 5 Programas, Elementos e Itens específicos, visando a organização e definição da natureza de cada gasto. Assim sendo, o termo ‘conta’, utilizado daqui por diante neste trabalho, se refere ao polinômio Programa-Elemento-ItemSubitem. A Unidade Orçamentária, Orçamentária deve descrever, em sua Proposta as quantidades das contas desejadas (por exemplo, 500 resmas de papel A4) e definir valores unitários para as mesmas, ou seja, quanto tais bens ou serviços custam no âmbito da UO. Em adição à especificação de quantidades e valores unitários, as Unidades Orçamentárias também devem redigir textos para justificar os gastos em questão. Ao conjunto de todos os pedidos de contas, encaminhados com suas justificativas, chamamos de Proposta Orçamentária. Sua elaboração e posterior envio ao Tribunal Superior Eleitoral, para análise, obedece um calendário predefinido. 2.3. ETAPAS DE APROVAÇÃO DAS PROPOSTAS DAS UOs Uma vez feita a recepção das Propostas Orçamentárias das UOs, estas são, então, consolidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, que apresenta a proposta final da Justiça Eleitoral ao Ministério do Planejamento, para considerações posteriores, visando sua aprovação e subsequente envio dos recursos descritos aos Tribunais que os orçaram. O processo de elaboração das Propostas Orçamentárias, contudo, não é feito em apenas um passo. Na verdade, as UOs devem refazer suas propostas de acordo com sugestões de adaptação feitas ora pelo próprio TSE , ora pelo Ministério do Planejamento. Em geral, esse processo de envio e reenvio de Propostas ajustadas pode chegar a quatro etapas, a saber: 6 • A primeira Proposta Orçamentária (chamada de IDEAL) é enviada pela UO ao TSE; • Feitas as primeiras recomendações pelo TSE, usualmente cortes a serem feitos em determinadas contas, as UOs devem refazer suas Propostas, gerando um segundo documento (a Proposta REAL); • A proposta REAL é novamente analisada pelo TSE, que envia então percentuais específicos de cortes nas contas detalhadas pelas UOs. Feitos os cortes indicados, as UOs geram um terceiro documento (a proposta SOF/TSE); • A proposta SOF/TSE é analisada no Ministério do Planejamento, onde os últimos cortes são sugeridos, de acordo com as diretrizes adotadas para o novo exercício, gerando uma nova Proposta Orçamentária (chamada de SOF/MP), que é a Proposta a ser colocada em votação no Congresso Nacional. É importante frisar que nem sempre todas as etapas supracitadas são efetivamente executadas. Algumas vezes, uma das etapas intermediárias é omitida, por ser considerada desnecessária, ou por limitação de tempo, dado que cada volta da Proposta Orçamentária a sua UO de origem demanda um tempo razoável para novo cálculo de contas. 7 3. MOTIVAÇÃO Até o ano de 1997, as UOs contavam apenas com um sistema desenvolvido pelo TSE para a elaboração de suas Propostas Orçamentárias. Este sistema possuía o inconveniente de exigir que o setor orçamentário de uma UO o alimentasse com os dados já consolidados de todos os outros setores. Em outras palavras, se X setores da UO pedissem uma determinada conta (como computadores, por exemplo), estes setores deveriam enviar tal pedido ao setor orçamentário, que seria encarregado de consolidar todos os pedidos e lançar tais dados no sistema. Esta consolidação, que incluía a consolidação de quantidades, valores e justificativas, era feita manualmente, sendo uma árdua tarefa para o setor orçamentário. Cada UO obtinha os dados necessários dos setores, da forma que achasse mais apropriada. Todas, contudo, viam-se sobrecarregadas no momento da consolidação desses dados. Em geral, independentemente da forma utilizada para a coleta dos dados dos setores solicitantes, o procedimento de elaboração das propostas orçamentárias seguia basicamente os seguintes passos: • Os setores de cada UO elaboravam suas propostas utilizando-se de diversos expedientes, em papel ou meio magnético, tais como formulários pré-impressos, memorandos e documentos elaborados em editores de texto ou planilhas eletrônicas, entre outros; • Em seguida, o setor orçamentário consolidava manualmente essas informações e as digitava no sistema disponibilizado pelo TSE; • Após a digitação dos dados no sistema, o arquivo com o banco de dados era enviado à Secretaria de Orçamento e Finanças do TSE, 8 que então consolidava os dados de todas as Unidades Orçamentárias para obter os valores da Justiça Eleitoral como um todo. Neste cenário surgiu a proposta para o desenvolvimento de um sistema que permitisse a coleta dos dados a partir dos setores solicitantes e que fizesse a consolidação desses dados automaticamente, diminuindo sobremaneira o trabalho do setor orçamentário. Este foi o ponto de partida para o sistema objeto deste trabalho. 4. OBJETIVOS Os principais objetivos do Sistema são: • Automatizar a captação dos dados dos setores relativos à previsão de despesas para um determinado ano de exercício, provendo a padronização dos procedimentos e do formato da informação; • Permitir ao setor orçamentário acompanhar a elaboração das propostas setoriais, a fim de que possa detectar distorções e outras incorreções e apontá-las ao setor em questão para que este proceda com os devidos ajustes em tempo hábil; • Consolidar as informações oriundas dos setores, dando origem à proposta da Unidade Orçamentária; • Disponibilizar com celeridade as propostas das Unidades Orçamentárias para o TSE, a fim de que este possa proceder com a análise destas e, posteriormente, sua consolidação, dando origem à proposta orçamentária da Justiça Eleitoral. 9 5. DESCRIÇÃO DO SISTEMA 5.1. METODOLOGIA DE TRABALHO ANTERIOR Como já foi dito anteriormente, até 1997 as UOs elaboravam suas Propostas Orçamentárias com o sistema desenvolvido pelo TSE, o qual era utilizado apenas pelo setor orçamentário de cada UO. O sistema exigia um nível de detalhamento macro dos dados, consolidados em nível de elemento de despesa. Tal detalhamento era fundamental para subsidiar a análise de cada proposta pelo TSE. O sistema, entretanto, implicava em alguns graves problemas , a saber: • Propostas com quantidades e valores elevados; • Justificativas com teor insuficiente; • Atraso na entrega da proposta da UO ao TSE devido a dificuldade para consolidar os dados obtidos; • Dificuldade para realizar o realinhamento da proposta, quando solicitado pelo TSE, devido a falta de indicação de quais despesas eram prioritárias a um determinado setor, podendo ocasionar prejuízos ao mesmo. Neste cenário surgiu a solicitação do setor orçamentário do TRE-PA à Secretaria de Informática para o desenvolvimento de um sistema, com o intuito de suplantar as dificuldades identificadas. 5.2. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA O desenvolvimento de qualquer sistema informatizado requer a imersão dos analistas de sistemas na área de interesse do sistema, envolvendo tanto a leitura de publicações específicas como a análise dos documentos, relatórios e 10 gráficos, dentre outras publicações geradas e/ou manuseados pelo solicitante no seu ambiente de trabalho. A realização de entrevistas também é outro importante recurso, sendo muito utilizado tanto para obter informações iniciais do sistema como para esclarecer dúvidas remanescentes de ambas as partes no decorrer do processo. Todos os recursos supracitados foram utilizados pela equipe de desenvolvimento junto ao setor orçamentário do TRE-PA, Coordenadoria de Orçamento e Finanças, a fim de delinear claramente os objetivos e a abrangência do sistema. De posse dessas informações preliminares, antes de partir para o desenvolvimento do sistema de proposta orçamentária, algumas precauções foram tomadas a fim de evitar esforços repetitivos e, portanto, desnecessários, quais sejam: • O TSE foi consultado para saber se havia a possibilidade de seu sistema contemplar as novas funcionalidades requeridas pelo setor orçamentário; • Foi verificado junto aos demais TREs se algum sistema com o mesmo fim já havia sido desenvolvido; • Foi verificado junto a outros órgãos da administração pública federal, os quais utilizam o sistema SIDOR, responsável pela compilação de dados relativos a propostas orçamentárias, se algum sistema com o mesmo fim já havia sido desenvolvido. Tendo obtido todas as respostas negativas, decidiu-se pelo desenvolvimento do sistema, o que exigiu a dedicação exclusiva da equipe por um período de 5 (cinco) meses, aproximadamente. 11 5.3. BREVE HISTÓRICO O sistema encontra-se, atualmente, em sua quarta edição. Ao longo destes anos, desde sua primeira edição lançada em 1998, o sistema vem sofrendo aprimoramentos técnicos e operacionais de modo a torná-lo cada vez mais abrangente quanto ao atendimento das necessidades dos usuários. A seguir, é exposto um breve histórico. • 1998 - 1ª edição: ano de exercício de 1999 Em 1998 foi desenvolvida a primeira edição, a qual era composta por 3 (três) subsistemas: Sistema de Preparação de Necessidades – SPN, Sistema de Levantamento de Necessidades – SLN e Sistema de Consolidação de Necessidades – SCN, sendo que seu uso ficou restrito ao TRE-PA. Abaixo são apresentados os principais objetivos de cada sistema. - SPN: permitir ao setor orçamentário a distribuição das contas, constantes no plano de contas disponibilizado pelo TSE, as quais poderiam ser solicitadas pelos demais setores em sua proposta orçamentária; - SLN: permitir a cada setor da unidade orçamentária o lançamento das despesas previstas em nível de subitem, com dados de quantidade, valor unitário e justificativa em sua proposta orçamentária, bem como a prioridade de tal despesa com o intuito de facilitar o realinhamento da proposta pelo setor orçamentário, quando da necessidade de corte indicado pelo TSE; 12 - SCN: permitir ao setor orçamentário a consolidação das propostas orçamentárias setoriais, resultando na proposta da UO, bem como a exportação dos dados consolidados em nível de elemento de despesa para o sistema do TSE utilizado naquela época. No intuito de facilitar a utilização dos subsistemas pelos usuários, proporcionando-lhe uma interface mais familiar, bem como viabilizar a troca de dados com o sistema do TSE, foram utilizadas as mesmas ferramentas para seu desenvolvimento, quais sejam: linguagem de programação Visual Basic 4.0 e Banco de Dados Access 2.0. Abaixo, podem ser visualizadas as principais dificuldades encontradas pelos usuários dos subsistemas e os resultados alcançados. Principais dificuldades encontradas Pelo setor orçamentário: 1. Utilização de 2 (dois) subsistemas, SPN e SCN, que por um certo tempo gerou dúvida acerca de quando deveria ser utilizado um ou outro subsistema, visto que contemplavam etapas distintas; Pelos demais setores da UO: 2. Resistência à utilização de um novo sistema informatizado; 3. Pouca ou nenhuma familiaridade com a matéria orçamentária; 4. Dificuldade para lançar as despesas na proposta de acordo com o plano de contas. Principais resultados alcançados 1. Celeridade no processo como um todo; 2. Padronização da forma de lançamento dos dados; 3. Correção dos valores calculados; 4. Justificativas abrangentes contemplando todas as despesas previstas. 13 • 1999 - 2ª edição: ano de exercício de 2000 Em 1999, devido ao êxito de sua utilização, o sistema de Proposta Orçamentária foi apresentado à Secretaria de Orçamento e Finanças do TSE, que deliberou pela sua utilização nos demais Tribunais, após a implementação de determinadas características e funcionalidades que o tornaria apropriado para o uso em âmbito nacional. A segunda edição foi, então, desenvolvida, tendo sido contempladas as sugestões apresentadas. Esta edição era composta por 3 (três) subsistemas: Sistema de Levantamento de Necessidades – SLN, Sistema de Consolidação de Necessidades – SCN e Sistema de Coleta de Preços – SCP. O Sistema de Preparação de Necessidades – SPN foi descontinuado, tendo sido incorporadas todas as suas funcionalidades ao Sistema de Consolidação de Necessidades – SCN. Abaixo são apresentados os principais objetivos do sistema SCP, único ainda não visto até agora: - SCP: permitir a um determinado setor designado pelo setor orçamentário realizar a coleta de preços das despesas previstas pelos demais setores em sua proposta a fim minimizar as possíveis distorções dos valores orçados. Devido à familiaridade da equipe de desenvolvimento com as ferramentas utilizadas na versão anterior do sistema – Visual Basic e Access –, optou-se por desenvolver esta nova edição utilizando as mesmas ferramentas. Abaixo, podem ser visualizadas as principais dificuldades encontradas pelos usuários do sistema e os resultados alcançados. 14 Principais dificuldades encontradas Pelo setor orçamentário: 1. Na maioria das propostas os setores identificaram quase todas as despesas previstas em sua proposta como prioritárias, o que dificultou o realinhamento da proposta quando da notificação da aplicação de percentuais de corte; Pelo setor responsável pela coleta de preços: 2. No plano de contas – listagem de contas que cada setor pode solicitar – muitos dos subitens não tem uma descrição precisa. Um setor, ao prever despesas com descrição pouco precisa, por exemplo, microcomputador, tinha que complementar sua descrição na justificativa. Esta informação, no entanto, não ficava disponível ao setor responsável pela coleta de preços; Principais resultados alcançados 1. Flexibilidade na utilização do sistema, adaptando-se a metodologia de trabalho dos diversos Tribunais; 2. Dados relativos a pagamento de pessoal e benefícios, ambos relacionados ao RH, eram detalhados em planilhas específicas, cujos resultados eram transportados automaticamente para a proposta; 3. O TSE passou a visualizar a proposta das UOs com um maior nível de detalhamento, o que facilitou a análise das mesmas. Posteriormente, algumas adaptações tiveram que ser implementadas a fim de que o mesmo pudesse ser utilizado para a elaboração da proposta orçamentária eleitoral referente ao ano de exercício de 2000. • 2000 - 3ª edição: ano de exercício de 2001 Embora o sistema tenha facilitado sobremaneira a realização das atividades pertinentes ao processo de elaboração da proposta orçamentária, os usuários se ressentiam de algumas limitações, as quais 15 eram decorrentes das ferramentas de desenvolvimento ora utilizadas, tais como o uso de um banco de dados centralizado e o acesso simultâneo de vários usuários de um mesmo setor. Uma vez que o TRE-PA já dispunha naquela época de ferramentas mais modernas e apropriadas para o porte que o sistema já atingira, bem como de técnicos capacitados nas mesmas, em 2000 migrou-se o sistema para a linguagem de programação Delphi e Banco de Dados Oracle. Conseqüentemente, significativa satisfação dos usuários pôde ser percebida devido à superação das limitações anteriormente impostas. Abaixo, podem ser visualizadas as principais dificuldades encontradas pelos usuários do sistema e os resultados alcançados. Principais dificuldades encontradas 1. Supressão de algumas funcionalidades, tais como: a importação dos dados das planilhas específicas do RH e o ajuste da proposta setorial por conta (subitem); 2. Os demais setores tiveram que elaborar sua proposta com um nível maior de detalhamento, identificando gastos para manutenção da UO e para a sua expansão; 3. Limitação do tamanho da justificativa para despesas relativas à expansão da UO; Principais resultados alcançados 1. Sistema único, entretanto com opções disponíveis específicas ao perfil do setor e dos usuários; 2. Banco de dados centralizado 3. Acesso a vários usuários de um mesmo setor simultaneamente 4. Acompanhamento das propostas setoriais em qualquer estágio de sua elaboração por parte do setor orçamentário. 16 5. Geração de até 4 (quatro) tipos de proposta da UO, conforme a fase de aprovação em que se encontrava; 6. Envio da proposta da UO ao TSE com transmissão de dados automática entre os bancos de dados local e remoto via rede de comunicação de dados da Justiça Eleitoral. Foi implementado também um subsistema específico para a Secretaria de Orçamento e Finanças do TSE, a fim de que esta pudesse acompanhar a transmissão das propostas das UOs e extrair consultas e relatórios diversos tanto de forma individual (por UO), como conjunta (da Justiça Eleitoral como um todo). • 2001 - 4ª edição: ano de exercício de 2002 Em 2001, devido ao êxito da utilização da edição anterior, foi desenvolvida a quarta edição, tendo sido implementados pequenos ajustes e disponibilizados novos produtos. O fato do sistema ter sofrido alterações nesta edição não significa que o mesmo não esteja estável, visto que as funcionalidades principais vêm sendo mantidas. Tais alterações derivam de uma relação de reciprocidade com os usuários: estes são estimulados a apontar caminhos que conduzam à melhor forma de realizar seu trabalho, tanto na forma de procedimentos quanto de novos produtos. Em contrapartida, a equipe de desenvolvimento procura atender as sugestões sempre que possível. Abaixo, podem ser visualizadas as principais dificuldades encontradas pelos usuários do sistema e os resultados alcançados. 17 Principais dificuldades encontradas 1. Ainda não havia sido disponibilizada a importação dos dados das planilhas específicas do RH; 2. O tamanho da justificativa para expansão ainda era limitado; Principais resultados alcançados 1. Foi disponibilizada a opção de ajuste da proposta setorial por conta (subitem); 2. Os usuários do setor orçamentário passaram a realizar a atualização do plano de contas diretamente no sistema, liberando-os, desta forma, da dependência da Secretaria de Informática para a realização de procedimentos específicos ; 3. Foram providas facilidades ao setor orçamentário para o refinamento do texto das justificativas de elemento a partir das justificativas elaboradas pelos demais setores nas correspondentes propostas, agrupando-as num texto só. O subsistema específico da Secretaria de Orçamento e Finanças do TSE também passou por adaptações, tendo sido implementados novos produtos, bem como novas consultas. Em 2002 haverá eleições gerais, portanto fez-se necessário adaptar os sistemas – módulo das UOs e módulo do TSE – a fim de contemplar as características de uma proposta orçamentária eleitoral. As alterações referem-se basicamente ao detalhamento da despesa em 1º e 2º turnos (correspondentes aos turnos de uma eleição), sem identificação de manutenção e/ou expansão. Com isso, o trabalho foi facilitado. O problema da limitação do texto das justificativas foi resolvido. Agora, as justificativas, independentemente de seu tipo, podem ser redigidas livremente. 18 5.4. AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO A última edição do sistema foi desenvolvida utilizando-se as seguintes ferramentas: • Linguagem de programação Delphi 5.0 ; • Banco de dados Oracle versão 7.3.4; • Sistema operacional Windows 95 ou superior/ NT. Tais ferramentas foram utilizadas por serem um padrão na Justiça Eleitoral, além de serem padrão de mercado, apresentando como características fundamentais a facilidade e rapidez no desenvolvimento de aplicações com interface gráfica, no caso do Delphi, e confiabilidade no armazenamento e integridade dos dados, no caso do Oracle. 5.5. PLATAFORMA PARA IMPLANTAÇÃO O sistema foi desenvolvido com arquitetura cliente/servidor, sendo exigidos os seguintes requisitos mínimos para sua implantação: • Cliente - Pentium 100Mhz, com 32MB de RAM e winchester com 10 MB de espaço livre; • - Sistema operacional Windows 95 ou superior/ NT; - Banco de dados Oracle Client versão 7.3.4; - BDE Administrator versão 5.xx. Servidor - Banco de dados Oracle Server versão 7.3.4 A referida plataforma para implantação implica na leveza das estações clientes, conseqüentemente num baixo custo para implantação. Apenas um computador com maior capacidade de processamento e armazenamento é exigido – o servidor de banco de dados. 19 O sistema é instalado nas estações clientes, de onde são originadas todas as solicitações de dados, cujo processamento é realizado no servidor de banco de dados. Às estações cliente são retornados apenas os resultados das operações, sempre de forma transparente ao usuário. 5.6. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA O Sistema de Proposta Orçamentária na sua edição atual consiste num único módulo, cujas funcionalidades são acessíveis aos usuários de acordo com a função que o seu setor desempenha, bem como com seu nível hierárquico. Também é fundamental para o êxito dos trabalhos que seja adotada uma das metodologias previstas pelo sistema, que implica na definição da forma como os setores participarão do processo. 5.6.1. METODOLOGIAS DE TRABALHO Para que o sistema pudesse ser adotado nacionalmente, foi feito um estudo para identificar a metodologia de trabalho dos setores orçamentários de cada uma das UOs. Procurou-se detectar as características e procedimentos comuns e essenciais a todos os Tribunais, que resultaram em duas metodologias possíveis de trabalho com o sistema, quais sejam: • Centralizada Esta forma de trabalhar com o sistema pressupõe que a Unidade Orçamentária trabalhará com poucos setores, os quais serão concentradores de contas de um tipo específico. Isto significa que estes setores serão responsáveis por captar e consolidar as necessidades de despesas de todos os demais setores do Tribunal correspondentes a um determinado tipo e, por fim, elaborar as respectivas propostas setoriais 20 especializadas. Por exemplo, a Seção de Controle Patrimonial ficará responsável por elaborar uma proposta setorial com a previsão de material permanente de todo o Tribunal. Os concentradores devem informar tanto as quantidades totais como os valores unitários de todas as contas solicitadas pelos outros setores da UO. Abaixo são listadas as vantagens e desvantagens desta metodologia: Principais vantagens 1. Pequena quantidade de setores envolvidos. Conseqüentemente haverá menos servidores a serem treinados, bem como menos computadores onde o sistema deverá ser instalado; 2. Torna desnecessária a existência de um setor com a responsabilidade específica de coletar os preços dos subitens solicitados nas propostas setoriais; Principais desvantagens 4. Os setores concentradores de contas terão uma carga de trabalho adicional, ao ter que levantar as despesas de sua responsabilidade junto aos demais setores, devendo consolidá-las para poder lançar no sistema; 5. Os concentradores poderão gerar suas propostas apenas quando tiverem informado sua previsão de despesas e justificativas respectivas, assim como valores unitários; 6. Os setores que não são concentradores de contas ficam sem a informação dos totais de sua proposta no sistema, visto que suas despesas previstas foram diluídas na proposta dos setores concentradores. Têm adotado esta metodologia os Tribunais de menor porte. 21 • Descentralizada Esta metodologia de trabalho pressupõe que a Unidade Orçamentária trabalhará com um número maior de setores, os quais poderão prever despesas de diversos tipos. Isto significa que estes setores serão responsáveis pela previsão apenas de suas próprias despesas. Por outro lado, os setores poderão prever diferentes tipos de despesas, aumentando significativamente a quantidade de contas a detalhar. Por exemplo, a Secretaria de Informática deverá prever suas próprias despesas com material permanente, bem como com material de consumo. A adoção desta forma de trabalho implica na não obrigatoriedade na informação dos valores unitários das contas. Neste caso, portanto, haverá a necessidade de se trabalhar com setores que ficarão responsáveis pela pesquisa de preços das contas que foram solicitadas nas diversas propostas pelo lançamento de tais preços posteriormente. Abaixo são listadas as vantagens e desvantagens desta metodologia: Principais vantagens 1. Obriga que cada setor envolvido passe a planejar exclusivamente suas próprias despesas; 2. Por haver um setor específico para pesquisar os preços dos subitens solicitados, o lançamento desses valores é opcional; 3. Torna mais fácil ao setor executar sua proposta. Principais desvantagens 1. Por haver uma quantidade maior de setores envolvidos, haverá mais servidores a serem treinados, bem como mais computadores onde o sistema deverá ser instalado; 22 2. Torna necessária a designação de um setor com a responsabilidade específica de coletar os preços dos subitens solicitados nas propostas setoriais; Têm adotado esta metodologia os Tribunais de maior porte. 5.6.2. FUNÇÃO DOS SETORES Definida a metodologia a ser utilizada, devem ser selecionados quais setores participarão da elaboração da proposta orçamentária e quais atividades eles deverão realizar. Estão previstas três funções que poderão ser exercidas pelos setores, quais sejam: • Levantar necessidades O Setor Orçamentário distribuirá contas a este Setor, o qual deverá levantar suas necessidades de despesa, informando quantidade, valor unitário (opcional) e justificativas. Ao final do levantamento, o setor deverá gerar sua proposta; • Informar preços A principal característica desse Setor é que ele não terá contas distribuídas, portanto não fará levantamento de necessidades e, conseqüentemente, não poderá gerar proposta. Apenas informará os valores unitários de contas solicitadas por outro setor ou então preencherá uma espécie de catálogo geral de contas, com os respectivos preços; • Ambas Reúne as características das funções anteriores. 23 5.6.3. TIPOS DE USUÁRIO E SUA HIERARQUIA Definida a função que cada setor poderá exercer, antes de cadastrar os usuários dos setores envolvidos, faz-se necessário esclarecer que existem ainda níveis hierárquicos do sistema que limitam as opções acessíveis aos usuários. Estão previstos os seguintes tipos de usuário: • Gerente do Sistema Este usuário tem como principais responsabilidades: - Cadastrar os usuários do setor orçamentário, que efetivamente farão o gerenciamento das propostas setoriais; • Gerar a proposta da UO; Usuário Orçamento Este usuário tem como principais responsabilidades: - Cadastrar os setores com suas funções específicas; - Distribuir as contas para os setores cadastrados – apenas para os com função “Levantar necessidades” e “Ambas”; - Gerenciar as propostas setoriais realizando, se necessário, ajustes de quantidades e valores unitários nas mesmas; - Refinar o texto das justificativas elaboradas pelos setores agrupando-as em nível de elemento de despesa; • Gerente Setor Este usuário tem como principais responsabilidades: • - Cadastrar os usuários de seu setor; - Gerar a proposta setorial. Usuário Setor Este usuário tem como principais responsabilidades: 24 - Levantar as necessidades de despesas de seu setor, informando quantidade, valor unitário e justificativas– apenas para os setores que possuem a função “Levantar necessidades” e “Ambas”; - Informar os preços pesquisados, caso o setor tenha a função “Informar preços”. É importante salientar que o setor orçamentário não requer um usuário dos tipos “Gerente Setor” e “Usuário Setor”, pois o tipo “Usuário Orçamento” concentra as responsabilidades de ambos. Assim, este usuário tanto poderá elaborar, como gerar sua própria proposta setorial. 5.6.4. OPERACIONALIDADE DO SISTEMA Abaixo encontram-se as principais operações a serem realizadas pelos usuários, de acordo com a função de seu setor e seu nível hierárquico: Configuração da UO Cadastro de Usuários Orçamento Cadastro de Setores Distribuição de Contas a Setores Cadastro de Usuários Setor Preenchimento do Catálogo de Preços Detalhamento de Subitens Elaboração de Justificativas de Itens Geração da Proposta do Setor Informação de Valores Unitários Elaboração de Justificativas de Elementos Ajustes das Propostas Setoriais Geração da Proposta da UO Consolidação das Propostas pelo TSE Gerente do Sistema Gerente do Setor Usuário do Setor LN Usuário Orçamento Usuário do Setor IP TSE Figura 1. Fluxo de operações 25 5.7. TELAS DO SISTEMA 5.7.1. CONFIGURAÇÃO DA UO A primeira atividade a ser realizada no sistema é a configuração da UO. Esta é feita apenas uma vez no momento da identificação do usuário ao sistema. Nas próximas vezes que o usuário acessar o sistema, a configuração anteriormente realizada será exposta, não sendo necessário, portanto, identificar a UO a cada acesso. Para iniciar os trabalhos, o usuário com perfil Gerente do Sistema deverá identificar-se. Esse usuário possui identificação – Login – e senha padronizadas, quais sejam: usuário MASTER e senha SPO9999SNH, onde 9999 é o ano de exercício. Vale ressaltar que este usuário já estará previamente cadastrado, bem como o setor orçamentário da UO à qual pertence. Abaixo pode ser visualizada a tela de acesso ao sistema: Figura 2. Tela de acesso ao sistema O usuário poderá trocar a qualquer momento sua senha, sendo este procedimento recomendável por medida de segurança. 26 5.7.2. TELA PRINCIPAL Como foi dito anteriormente, dependendo do usuário que estiver acessando o sistema, serão mostradas apenas as opções aplicáveis à função que seu setor exerce e seu nível hierárquico. Para melhor ilustrar o funcionamento do sistema, abaixo é exposta a tela principal apresentada ao usuário com perfil Usuário Orçamento, o qual possui acesso à maior parte das funcionalidades disponíveis. Figura 3. Tela principal exposta ao usuário com perfil Usuário Orçamento Neste momento, o usuário do setor orçamentário com perfil Gerente do Sistema já terá cadastrado os demais usuários de seu setor com perfil Usuário Orçamento, que darão início ao processo de elaboração da proposta orçamentária. A seguir serão mostradas as telas relativas às principais funcionalidades em sua ordem natural de utilização. 27 5.7.3. CADASTRO DE SETORES Esta opção permite que o setor orçamentário cadastre os setores que participarão da elaboração da proposta orçamentária com a indicação da função que exercerão. Figura 4. Tela de cadastramento de setores Quando um setor é cadastrado, um usuário para este setor com o perfil Gerente Setor é automaticamente criado. Sua identificação e senha são padronizadas: o login será a própria sigla do setor e a senha será formada pela sigla do setor mais o complemento SNH, por exemplo, ALMSNH. Este usuário poderá trocar a qualquer momento sua senha, sendo este procedimento recomendável por medida de segurança. Também é exposta a situação – status – da proposta do setor, que no momento do cadastramento é “Não Finalizada”. Esta situação poderá ser 28 revertida para “Suspensa” excepcionalmente, o que significa que os dados da proposta do setor não serão considerados na consolidação da proposta da UO. Uma proposta “Suspensa” poderá ser revertida novamente para “Não Finalizada”. Apenas o próprio setor poderá alterar sua proposta para a situação “Finalizada”. Isso é feito no final dos trabalhos do setor, ou seja, no momento da geração da proposta setorial. 5.7.4. DISTRIBUIÇÃO DE CONTAS Esta opção permite que o setor orçamentário distribua contas aos diversos setores cadastrados com função “Levantar Necessidades” e “Ambas” para que estes possam elaborar sua proposta. Figura 5. Tela de distribuição de contas aos setores 29 Para facilitar o trabalho do setor orçamentário grupos de contas poderão ser distribuídos, em vez de contas individuais (subitens). Poderão ser distribuídas contas a partir do nível de elemento, o que significa que todos os subitens associados ao programa e elemento de despesa selecionados serão distribuídos a um setor específico. Por exemplo, em vez de se distribuir os subitens borracha, caneta, etc., pode-se distribuir o elemento material de expediente. Esta característica é bastante interessante devido ao grande número de subitens disponíveis no plano de contas de uma UO. Esta tela também possui a facilidade de distribuir grupos de contas específicas da Secretaria de Recursos Humanos, cujo detalhamento é feito, atualmente, em planilhas de benefícios dos servidores e pagamentos de pessoal, conforme determinação do TSE. 5.7.5. DETALHAMENTO DE CONTAS Esta opção permite que cada setor elabore sua proposta. Deverão ser detalhadas apenas as contas que lhe foram distribuídas, com quantidade e/ou valor unitário. Figura 5. Tela de distribuição de contas aos setores 30 O setor poderá detalhar livremente as contas que achar necessário, desde que tenham sido distribuídas a ele. Pode ocorrer, no entanto, de o setor necessitar de uma conta específica que não tenha sido distribuída anteriormente. Neste caso, nova distribuição poderá ser realizada sem provocar qualquer prejuízo à proposta em curso. Nesta tela, o usuário tem a oportunidade de complementar a descrição do subitem constante no plano de contas. Por exemplo, o setor, ao solicitar o subitem computador, poderá complementar sua descrição inserindo informações específicas, como a configuração técnica do equipamento. Tais informações complementares servirão de subsídio à pesquisa de seu preço pelo setor designado para esta função e para evitar valores exorbitantes calculados de forma imprecisa. A partir do momento em que o setor gera sua proposta, esta ficará disponível apenas para consulta para o mesmo e para ajustes para o setor orçamentário. Todos os ajustes realizados nessa proposta ficarão visíveis em forma de histórico para que o setor tenha conhecimento do fato de que sua proposta foi alterada pelo setor orçamentário. Além do detalhamento de contas (subitens), os setores também deverão elaborar as justificativas dos pedidos, as quais poderão ser realizadas imediatamente após cada conta detalhada ou ao término de todo o processo de detalhamento de contas. Em ambos os casos as justificativas deverão ser elaboradas no nível de item de despesa. 31 5.7.6. ELABORAÇÃO DE JUSTIFICATIVAS A elaboração de justificativas deve receber especial atenção por parte dos setores quando da elaboração de sua proposta. Não basta prever as despesas para que o setor receba a dotação necessária para executá-las, é necessário justificar o gasto com bastante clareza a fim de que o mesmo não seja preterido por outro. Figura 6. Tela de elaboração de justificativas de item As justificativas devem ser elaboradas em nível de item numa proposta setorial, sendo que todos os subitens ele relacionados deverão ser diluídos em seu corpo. Essas justificativas serão agrupadas posteriormente pelo setor orçamentário, para que sejam compostas as justificativas de elemento de despesa. 32 5.7.7. GERAÇÃO DA PROPOSTA DO SETOR Após o detalhamento das contas e da elaboração das justificativas dos itens, o setor poderá ter sua proposta finalizada pelo usuário com perfil Gerente do Setor. Figura 7. Tela de geração da proposta setorial A finalização será possível desde que algumas verificações sejam realizadas com sucesso, a saber: • Usuários modificando a proposta A proposta só será finalizada se não houver qualquer outro usuário modificando seus dados; • Subitens solicitados A proposta só será finalizada se houver ao menos um subitem solicitado, ou seja, com quantidade maior que zero; • Valores unitários dos subitens 33 Embora os setores que podem elaborar proposta setorial não sejam obrigados a informar o valor unitário dos subitens solicitados, a proposta só será finalizada quando todos os referidos valores forem informados. Isto requer o empenho do setor designado para a função de coletar preços e o constante acompanhamento do setor orçamentário para a resolução de pendências, a fim de que geração da proposta setorial não seja prejudicada; • Justificativas dos Itens A proposta só será finalizada se todas as justificativas dos itens tiverem sido elaboradas. A partir deste momento esta proposta ficará disponível ao setor orçamentário, para que este faça os ajustes necessários no intuito de corrigir eventuais distorções. 5.7.8. GERAÇÃO DA PROPOSTA DA UO Após todas as propostas setoriais estarem finalizadas e ajustadas, o setor orçamentário deverá elaborar as justificativas por elemento de despesa. Estas serão compostas pelas justificativas por item, que foram informadas pelos setores. Em seguida, a proposta orçamentária da UO deverá ser gerada e, automaticamente, transmitida ao TSE. 34 Figura 8. Tela de geração da proposta da UO A geração será possível desde que algumas verificações sejam realizadas com sucesso, a saber: • Propostas setoriais finalizadas A proposta da UO só será gerada se todas as propostas setoriais estiverem finalizadas. Aquelas que estiverem suspensas serão desconsideradas; • Subitens solicitados com valor unitário A proposta da UO só será gerada se todos os subitens solicitados nas diversas propostas setoriais estiverem com valor unitário informado; • Justificativas dos Elementos A proposta da UO só será gerada se todas as justificativas dos elementos tiverem sido elaboradas; 35 • “Coleta de Lixo” Este é um procedimento interno para eliminar possíveis justificativas desnecessárias. Ao ser detectado algum problema durante sua realização a geração da proposta será interrompida. • Histórico das propostas O sistema armazena um histórico das propostas geradas, considerando a fase de aprovação em que se encontra. A geração terá êxito se for possível gravar os dados tanto no banco de dados do TRE como do TSE. 5.8. PRINCIPAIS CONSULTAS E RELATÓRIOS DO SISTEMA O sistema disponibiliza diversas consultas e relatórios que auxiliam os usuários no decorrer de todo o processo de elaboração da proposta. Dentre as principais consultas e relatórios podem ser destacados: 5.8.1. CONSULTAS • Situação das propostas setoriais Esta consulta permite ao setor orçamentário o acompanhamento da geração das propostas setoriais. Pode auxiliar no controle dos prazos estipulados para a geração: 36 Figura 9. Consulta de situação das propostas • Totais por conta Esta consulta permite ao setor orçamentário o acompanhamento dos totais da proposta, podendo extrair resultados de acordo com os critérios especificados: por situação da proposta (finalizadas ou não finalizadas ou ambas), por abrangência (por setor ou a UO) e por diversos níveis de detalhamento das contas. 37 Figura 10. Consulta de totais por conta 5.8.2. RELATÓRIOS O sistema disponibiliza diversos relatórios, que permitem o armazenamento de documentos em formato impresso, além de permitir um controle bastante detalhado sobre as propostas orçamentárias. Dentre os muitos relatórios disponibilizados, podemos enfatizar a importância dos seguintes: Relatório Plano de Contas Distribuição de Contas por Setor Catálogo de Preços Conteúdo Listagem de todas as contas que podem ser detalhadas pela UO. Após a distribuição de contas, este relatório mostra quais contas foram distribuídas a um determinado setor da UO. Este relatório mostra os preços pesquisados pelo setor Informador de Preços, responsável por pesquisar e 38 informar no sistema os preços de bens e serviços. Preços Divergentes Este relatório mostra uma lista de contas cujos preços informados pelos setores solicitantes divergem dos preços pesquisados pelo setor Informador de Preços. Subitens sem Valor Unitário Lista as contas cujos valores unitários ainda não foram inseridos no sistema. Contas sem Justificativa Lista as contas que foram solicitadas por um setor, mas cuja justificativa do pedido ainda não foi elaborada. Proposta Orçamentária Lista a Proposta Orçamentária (de um setor específico ou da UO), com as contas detalhadas, quantidades, valores e jutificativas. Histórico do Ajuste Lista os ajustes (alterações) feitos na proposta orçamentária de um setor. Consolidação por Este relatório mostra os totais de contas Programa/Elemento pedidas, consolidados por Programa / Elemento. Consolidação por Este relatório mostra os totais de contas Programa/Elemento/Item pedidas, consolidados por Programa / Elemento / Item. Consolidação por Elemento/Subitem Este relatório mostra os totais de contas pedidas, consolidados por Elemento/ Subitem. Quadro Por Grupo de Despesa Este relatório mostra os totais de contas pedidas, organizados por grupos de despesa. 39 6. RESULTADOS ALCANÇADOS O Sistema contribuiu significativamente para a simplificação, padronização, correção e celeridade de todo o processo de elaboração da Proposta Orçamentária, desde a captação dos dados junto aos setores até a consolidação de todas as propostas na Unidade Orçamentária e posterior consolidação destas na Proposta Orçamentária da Justiça Eleitoral. Os setores orçamentários puderam ter um maior controle durante a elaboração das propostas setoriais de sua respectiva Unidade Orçamentária, visto que, com a utilização de um banco de dados centralizado, a proposta geral da Unidade Orçamentária já vai sendo construída à medida que os setores vão elaborando suas propostas, propiciando a crítica dos dados, a realização de adequações e, conseqüentemente, o cumprimento dos prazos estipulados. Um dos maiores benefícios alcançados pelo sistema é a transmissão automática das propostas das Unidades Orçamentárias ao TSE, garantindo-se a rápida disponibilidade da informação e conseqüente elaboração da proposta da Justiça Eleitoral como um todo. 40 7. CONCLUSÃO O Sistema de Proposta Orçamentária atende a primeira fase do fluxo de trabalho num setor de orçamento e finanças, que é a elaboração da Proposta Orçamentária. Logo se percebeu a necessidade do desenvolvimento de sistemas que contemplassem as demais fases como, por exemplo, a programação e a execução financeira da proposta elaborada, uma vez que o sistema atual – SIAFI – não permite o acompanhamento da execução da proposta no mesmo nível de detalhamento do sistema visto neste trabalho. Para alcançar esse objetivo, foi formado o grupo de Desenvolvimento de Sistemas Orçamentários, constituído por técnicos da Secretaria de Informática do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais do Paraná, Alagoas, Minas Gerais e Pará. Os referidos Tribunais integrantes do grupo foram convidados a participar do projeto por terem desenvolvido ou estarem desenvolvendo sistemas voltados para o assunto em tela. A intenção é integrar o Sistema de Proposta Orçamentária, objeto de estudo deste trabalho, com os sistemas desenvolvidos pelos demais Tribunais citados anteriormente, de forma gradativa. O projeto prevê, num momento inicial, a utilização de uma base de dados única para todos os sistemas voltados para a área de orçamento e finanças, e, num momento posterior, a troca de dados com os demais sistemas administrativos já em uso na Justiça Eleitoral. Sem dúvida é um projeto ambicioso e desafiador, mas plenamente possível de ser concretizado.