Hospital Regional da Asa Sul – HRAS
Unidade de Neonatologia
Efusão pleural requerendo drenagem na hérnia diafragmática congênita:
Incidência, etiologia e tratamento
G. Casaccia, F. Crescenzi, S. Palamides, O. A. Catalano, P. Bagolan
Pediatric Surgery Int 2006 ;22: 585-588
Apresentação: Isabel Cristina Leal
(R3 da Neonatologia)
Coordenação: Paulo R. Margotto
Brasília, 7 de maio de 2011
www.paulomargotto.com.br
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A inserção de dreno torácico em pacientes no
pós operatório de correção de hérnia
diafragmática (HD) pode causar distensão do
pulmão contralateral a hérnia
A rápida expansão de um pulmão hipoplásico
pode causar pneumotórax, principal causa de
mortalidade desses pacientes até 1997
quando a drenagem era feita rotineiramente
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Alguns autores observaram que pacientes
críticos necessitaram de drenagem torácica
por “distress” cardiopulmonar associado a
derrame pleural no pós operatório.
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Estabelecer a incidência de derrame pleural
(DP) em pacientes no pós operatório de
correção de HD e que necessitaram de
drenagem torácica
Avaliar a maior incidência de DP nas cirurgias
em que houve reparo por tela (patch)
Discutir a etiologia e o tratamento do DP
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Analisados registros de pacientes com HD operados
entre janeiro de 1998 e dezembro de 2004
Quando um grande defeito diafragmático era
encontrado, o reparo foi feito com patch de Dacron
fixado nas costelas
Drenagem torácica não era realizada de rotina
Toracocentese era realizada naqueles pacientes com
DP e distress cardiorrespiratório não explicado por
outra doença de base como sepse ou insuficiência
cardíaca
Recorrência dos sintomas após toracocentese era
seguida de drenagem torácica
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Distress cardiopulmonar
 Deslocamento do mediastino associado a acidose
respiratória, aumento dos parâmetros
ventilatórios, dificuldade na extubação ou
necessidade de nova intubação
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Quilotórax
 Definido por presença de mais de 70% de
linfócitos no líquido drenado
 Tratamento: dieta com TCM , se não houvesse
redução a 10 ml/Kg/dia, iniciado nutrição
parenteral total (NPT)
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Pacientes divididos em
 Grupo I: pacientes com patch
 Grupo II: pacientes sem patch
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Avaliado gênero, idade gestacional, peso de
nascimento, lado da hérnia, DP, acesso
venoso e trombose venosa
Utilizado testes estatísticos: x2 (quiquadrado)
e teste-t. Um valor de p<0,05 foi considerado
significante.
Analisados 76 registros
Média de duração
da drenagem 12
dias (4 a 34)
5 dos 15 casos
necessitaram de NPT
Hipertensão pulmonar refratária (3), displasia
broncopulmonar (1) e insuficiência cardíaca (1)
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Chama atenção a
maior incidência de DP
por quilotórax no
pacientes com reparo
por patch. Possíveis
causas:
 Dano aos vasos
linfáticos intercostais no
momento da fixação do
patch
Mais provável
 Microperfurações secundárias a obstrução do ducto
torácico por aumento da pressão na veia cava
superior (trombose)
▪ Não houve relato de trombose no estudo
▪ O quilotórax seria bilateral e não apenas do lado da hérnia
 Linfagectasia pulmonar
▪ Raro
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O tratamento do quilotórax foi feito com dieta
contendo triglicerídeos de cadeia média (TCM)
e em 6 casos a dieta foi substituída por NPT por
cerca de 13 dias (5 a 21 dias). Octreotíde é uma
opção viável de tratamento.
 A mortalidade foi de 16% e maior nos no grupos da efusão
pleural (23%) e quilotórax (68%)
 “Distress” cardiopulmonar é uma complicação
potencialmente fatal
 Baseado na experiência do Serviço para prevenir a
instabilidade, recomenda-se, portanto, a drenagem
torácica ANTES do início do distress cardiopulmonar em
pacientes com DP que evoluem com distress
cardiopulmonar e naqueles com reparo por patch pela
maior incidência de quilotórax (vejam que a efusão pleural
ocorreu em 70% nos RN com reparo pro tela x 11% sem
reparo por tela)
Portanto, um rigoroso cuidado pós-operatório é
mandatório
OBRIGADO!
Drs. Paulo R. Margotto e Isabel C. Leal
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Efusão pleural requerendo drenagem na hérnia diafragmática