Propedêutica Fetal
Prof. Rafael Celestino
Ultrassonografia
 Através
da emissão e captação dinâmica
de ondas sonoras em freqüências
específicas, consegue formar imagens em
escala de cinza;
 Trata-se de método complementar de
diagnóstico, que deve ser motivado a
partir de dúvidas na anamnese e exame
físico da gestante.
Ultrassonografia
 Indicações:
da vitalidade do embrião – por
via vaginal permite visualizar o concepto e
seus anexos. O saco gestacional deve
estar implantado no fundo do útero, com
paredes regulares. Pode ser determinada
pelos bcfs a partir da 6ª semana;
 Caracterização de gemelaridade – no
primeiro trimestre, entre 9 e 10 semanas.
 Diagnóstico
Ultrassonografia
É
possível visualizar o número de sacos
gestacionais e de embriões e as características
de cada um deles, assim como posições que
ocupam dentro do útero;
 Estimativa da Idade Gestacional – no primeiro
trimestre deve ser realizado por via endovaginal.
O melhor parâmetro para a IG é o comprimento
cabeça-nádega. No 2º e 3º trimestre por via
abdominal, sendo a IG determinada pelo
comprimento do fêmur ou distância entre os ossos
parietais da cabeça fetal.
Ultrassonografia
da estática fetal – no caso
de grávidas obesas e gestações múltiplas;
 Determinação
 Estudo
da placenta - deve ser feito a
definição da topografia placentária quando
ocorre sangramento sugestivo de placenta
baixa ou quando se pretende realizar
amniocentese sem auxílio ecográfico;
Ultrassonografia
 Estimativa
do peso e acompanhamento do
crescimento fetal – é indicado na vigência
de doenças que alteram o crescimento
fetal, tais como DM, hipotireoidismo, HAS,
LES. Permite classificar o feto em AIG,
PIG E GIG;
 Perfil biofísico fetal – método em que o
ultrassom avalia a vitalidade fel pelos
movimentos corpóreos e respiratórios, FC,
tônus muscular e volume amniótico;
Ultrassonografia
do volume amniótico – o volume
diminuído do líquido (oligodramnia) sugere
hipóxia e redução da perfusão dos rins
fetais. Outra casa é a amniorrexe que faz
sair todo o volume da cavidade amniótica.
O volume aumentado, polidramnia, sugere
anomalias fetais ou poliúria fetal em mães
diabéticas;
 Avaliação
Ultrassonografia
morfológico do feto – visualização
direta das estruturas fetais e indiretamente
pelas alterações nas funções que
sugerem doenças genéticas.
 Exame
Dopperfluxometria
 Utilizado
para estudar a circulação
uteroplacentária, fetoplacentária e de
diversos orgãos e territórios do concepto;
 Permite
a predição da eclâmpsia através
da
perfusão
placentária;
e
o
acmpanhamento fetal em situações de
risco pelo estudo hemodinâmico do
concepto
Dopperfluxometria
É
uma análise qualitativa do fluxo,
permitindo
expressar
a
resistência
vascular ao fluxo sanguíneo no território
estudado.
Indicações:
• Gestação inicial – em combinação com a
USG endovaginal permite o estudo da
circulação uterina, placentária e fetal
durante o 1º trimestre
Dopperfluxometria
Doppler fetal – qualquer território vascular do
concepto pode ser examinado pelo doppler, o
qual é capaz de informar o grau de resistência
dos vasos e como conseqüência as condições
hemodinâmicas do território pesquisado. São
eles:
*Artéria umbilical: mais estudado vaso da
circulação fetal, possuindo um componente
sistólico, diastólico, espelhando o grau de
resistência placentária ao fluxo sanguíneo.

Dopperfluxometria
*Circulação cerebral: permitem avaliação da
circulação cerebral do concepto através da
carótida interna e cerebral média, ambos de
baixa resistência ao fluxo sanguíneo em
gestação normal;
*Doppler venoso: o sistema venoso fetal tem
grande importância na fisiologia fetal. Quando
ocorre aumento da resistência
na artéria
umbilical, há um aumento de sobrecarga no
lado direito do coração, com comprometimento
da velocidade do fluxo venoso.
Dopperfluxometria
Na gestação de rotina:
 Doppler da artéria uterina entre 26 e 28
semanas de gestação;
 Doppler da artéria umbilical e cerebral
média entre 36 e 38 semanas para estudo
da hemodinâmica fetal;
Dopperfluxometria
No caso de risco gestacional:
 Doppler da artéria uterina entre 26 e 28
semanas de gestação;
 Doppler das artérias umbilical e cerebral
média a partir de 26 semanas de gravidez
a intervalos individualizados de acordo
com a gravidade.
Cardiotocografia (CTG)
 Método
não invasivo que utiliza princípios
biofísicos para obter registro gráfico da FC
fetal, e, simultaneamente da movimentação
do concepto e/ou contrações uterinas;
 Pode ser anteparto e intraparto;
 É chamada de basal quando o exame ocorre
sem interferência do examinador, e
estimulada quando se utilizam recursos
mecânicos ou vibro-acústicos para testar a
reação do concepto;
Cardiotocografia (CTG)

Basal: em condições normais ao realizar
movimentos ativos intra-útero, o feto sofre
vasodilatação muscular, e como conseqüência
aumenta a freqüência cardíaca;
 Quando hipoxemiado isso não ocorre;
 FC: normal- 120 a 160 bpm; taquicardia- maior
que 160 bpm (hipertermia, ansiedade, uso de
drogas, doenças cardíacas do concepto);
bradicardia- menor que 120 bpm (por hipóxia
fetal, drogas usadas, doenças cardíacas do
concepto);
Cardiotocografia (CTG)
 Oscilações
dos bcf: traduzem as
disfunções entre as FC calculadas
batimento a batimento, podendo ocorrer
microscilações ou macroscilações;
 Acelerações dos bcf: aumento periódicos
da fcf induzidos por atividade motora do
concepto ou por contrações uterinas;
 Desacelerações: a fcf pode apresentar
quedas periódicas que dependendo de
suas características pode ter significado
patológico;
Cardiotocografia (CTG)
 Estimulada:
consiste no estudo da
resposta motora e cardiovascular fetal
após o estímulo vibro acústico
 Pressão sonora de 110 a 120 db por 3
segundos, podendo ser repetido até 3
vezes;
 A aceleração da fcf em resposta ao
estímulo acústico indica feto bem
oxigenado;
Cardiotocografia (CTG)
É
indicado quando a CTG basal não
mostra resposta após 5 minutos;
 Será considerado monoxêmico o concepto
que acelerar sua FC no mínimo 20 bpm
por tempo não inferior a 3 minutos;
Indicações:
Nos casos em que o doppler mostra fluxo
feto placentário alterado; quando o
doppler não estiver disponível;
Cardiotocografia
 Na
gestação de baixo risco entre 36 e 38
semanas gestacionais;
 Na gestação de alto risco a partir de 26
semanas com intervalos não superiores a
1 semana.
Ressonância Magnética

Método propedêutico não invasivo capaz de
oferecer imagens bem definidas do corpo
humano;
 Tem
potencial de avaliação morfológica
naqueles fetos difíceis de serem estudados pela
USG ;
 Complementa a USG oferecendo imagens
adicionais da estrutura fetal;
 O exame é feito com o paciente em DD OU
DLE, não havendo necessidade de preparo;
Ressonância Magnética

O período ideal é entre 24 e 40 semanas;
*Indicações:
 Oligodramnia com suspeita de anomalia fetal;
 Confirmação de anomalia identificada na USG;
 Estudo do crescimento fetal;
 Diagnóstico de incompetência istmo cervical;
 Gravidez ectópica;
 Avaliação de placenta prévia.
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Propedêutica Fetal - Universidade Castelo Branco