ACURÁCIA DA SEXAGEM EM EQUINOS ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DA GÔNADA FETAL Autores: Roberta G. Gomes1*; Renato Zanin2; Marcelo Marcondes Seneda1 *[email protected] 1- Professor(a) do Departamento de Clínicas Veterinárias - CCA/UEL, Londrina/PR 2- Médico veterinário Agropecuária Laffranchi (UNOPAR) INTRODUÇÃO RESULTADOS A identificação do sexo fetal na espécie equina apresenta A porcentagem de acerto foi analisada após o nascimento dos sete produtos. Apenas um diagnóstico foi equivocado, sendo o diversos desafios, como a dificuldade em se localizar o tubérculo genital, a grande quantidade de líquido alantoidiano, a ampla movimentação fetal e o cordão nascimento de sexo oposto (macho) o detectado no diagnóstico de sexagem feito anteriormente (fêmea). O índice de acerto nestas fêmeas de grandes proporções foi de 86%. umbilical bastante longo. A reunião desses fatores torna a DISCUSSÃO identificação do sexo fetal extremamente difícil aos 60 dias de gestação, particularmente naquelas éguas de porte A porcentagem de acerto obtida no presente trabalho, quando avantajado. Recentemente, resultados promissores têm sido comparada à descrita por outros autores (85 - 99% de acurácia), conseguidos com a avaliação ultrassonográfica da gônada e apresentou-se no limite inferior, porém dentro dos valores de da genitália externa do feto, entre 110 a 150 dias de acertos previamente relatados. Este fato pode ser explicado devido gestação. Nesta idade, torna-se possível a visualização da diferença entre o macho (testículo, pênis e prepúcio), e a às éguas que foram submetidas ao exame serem de raças de tamanho exageradamente grande. Esta variação também foi observado por Carmo et al., (2007), o qual ao comparar as fêmea (ovário, tetos e clítoris). No entanto, apesar da elevada acurácia obtida em trabalhos já descritos, relata-se porcentagens de acertos de animais de raças de porte médio (por exemplo, quarto de milha) e animais de raças maiores (Brasileiro uma elevada dificuldade ao exame de gestações de éguas de Hipismo, Puro Sangue Inglês), houve uma diferença de 100% a de grande porte. O objetivo deste resumo é relatar a 84% de acurácia respectivamente. Nestes animais maiores há utilização da técnica em questão em fêmeas de elevada considerável dificuldade em se alcançar o útero gravídico, fazendo estatura e grande constituição física. com que se tenha maior dificuldade na realização da técnica. CONCLUSÃO RELATO DE CASO Os procedimentos foram realizados no período de Junho a A técnica de avaliação da gônada fetal e suas estruturas adjacentes pela ultrassonografia aos 110 - 140 dias de gestação têm trazido resultados promissores e uma enorme contribuição à Julho de 2009, em sete éguas, sendo quatro da raça Brasileiro de Hipismo, duas mestiças Lusitanas (receptoras) equinocultura. É importante ressaltar que quando se trata de animais de porte avantajado, a porcentagem de acerto poderá se e uma Puro Sangue Inglês. As éguas possuíam em média apresentar em seu limite inferior, mas ainda assim dentro de 550 kg de peso e 1,65 cm de altura de cernelha. As limites aceitáveis. avaliações ultrassonográficas foram realizadas ao redor dos 119 dias de gestação com um transdutor linear de 5 MHz. A caracterização de feto fêmea deu-se com a identificação de ovário, tetos e clitóris e os fetos machos com observação de testículos, pênis e prepúcio. REFERÊNCIAS CARMO, M. T. ; OLIVEIRA, J. V.; ALMEIDA, M. T. ; ALVARENGA, M. A. Sexagem em eqüinos através da avaliação ultra-sonografica da gônada fetal. Acta Scientiae Veterinariae, v. 35, p. 891-898, 2007. CARMO, M. T. ; OLIVEIRA, J. V.; ALMEIDA, M. T. ; ALVARENGA, M. A. Avaliação ultra-sonográfica da gônada fetal em equinos: uma nova alternativa para sexagem. In: IX Conferência Anual da ABRAVEQ, 2008, SÃO PAULO. IX Conferência Anual da ABRAVEQ e IV Congresso Internacional de Medicina Veterinária, 2008. Universidade Estadual de Londrina – Centro de Ciências Agrárias - Departamento de Clínicas Veterinárias