Tratamento da hipotensão em recémnascidos pré-termos: quando e com o que: uma revisão crítica e sistemática (Treating hypotension in the preterm infant: when and with what: a critical and systematic review) EM Dempsey1,2 and KJ Barrington1,2 1Departments of Pediatrics and OB/GYN, McGill University, Montre´al, QC, Canada and 2NICU, Royal Victoria Hospital, Montre´al, QC, Canada J Perinatol 2007;27:469-478 Apresentação:Carina Lassance, Hans Stauber e Vanessa Cândido Coordenação: Paulo Roberto Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde www.paulomargotto.com.br Introdução O diagnóstico de hipotensão e seu manejo em recém-nascido (RN) de muito baixo peso são áreas controversas. A freqüência de hipotensão varia entre unidades de cuidado intensivo neonatal quando os mesmos critérios diagnósticos são aplicados. A freqüência de intervenção também varia dramaticamente de 29% e 98% entre RN menores que 28 semanas de gestação. Vários estudos tentaram determinar valores normais para pressão arterial em RN. Porém, em função de variações nos estudos, esse valor ainda não é consenso. Estudos com significância estatística são necessários para obter parâmetros do que é normal e do que é anormal. Os princípios que definem hipotensão são baseados na perfusão dos órgãos e extremidades e as conseqüências dessa hipoperfusão a longo prazo. Objetivos Determinar se existem evidências suficientes para estabelecer os benefícios de intervenções com a finalidade de elevar a pressão arterial (PA) e o quanto essas intervenções são clinicamente importantes. A partir daí, foram criados três objetivos: Definir hipotensão e suas características clínicas em RN pré-termos, identificando aqueles com riscos. 2. Determinar evidências de crianças com hipotensão (definidas pelo objetivo 1) que tenham melhorado com as intervenções recebidas. 3. Determinar evidências de qual intervenção teve melhores resultados. 1. Métodos Foi feita uma revisão sistemática da literatura de forma a atender os três objetivos Para o objetivo 1, procurou-se um coorte envolvendo RN pré-termo com muito baixo peso e avaliaram-se achados ao ultra-som compatíveis com hipotensão. Os RN não receberam tratamento. Foram avaliados dados como hemorragia intraventricular, dilatação ventricular ou hemorragia intraparenquimatosa ou outras injúrias cerebrais como leucomalácia. Também foram avaliados estudos de parâmetros a longo prazo como escore de Bayley de desenvolvimento infantil, teste de QI e outros achados a longo prazo. Este processo produziu 16 artigos que forneceram informações sobre a relação entre pressão arterial e anormalidades do cérebro ao ultra-som no período neonatal. Parâmetros de pressão arterial Intervenção terapêutica Para o objetivo 2, foram pesquisados, na literatura, artigos com estudos randomizados controlados e estudos quase randomizados que compararam uma intervenção ativa vs placebo em RN hipotensos. Para tal pesquisa, foram avaliados artigos escritos no Pub Med (www.pubmed.com ) limitados a RN usando os termos “blood pressure or hypotension”, “premature or preterm” e “volume or bolus or fluid or dopamine or dobutamine or epinephrine or glucocorticoid or cardiotonic agents-therapeutic use” Intervenção terapêutica Para o objetivo 3, foram comparadas duas intervenções de cada vez usando grupos paralelos Foram considerados os resultados mais importantes. Expansão volumétrica Comparações com a não intervenção: não há evidências que indiquem a reposição volêmica no tratamento da hipotensão em RN prematuros hipotensos. Comparação entre dois fluidos: um estudo comparou plasma fresco com albumina em pacientes com PA sistólica menor que 40mmHg. Não houve diferença após uma hora e após quatro horas de infusão. Três estudos compararam colóides e cristalóides sem mostrar diferença entre os fluidos Uso de catecolaminas Entre 18 estudos e 5 revisões sistemáticas que foram identificados, todos usaram catecolaminas Comparação com não-tratados : quatro estudos compararam uso de dopamina em pré-termos com grupos-controles sem intervenção. Cuevas et al investigaram o uso de dopamina nos pré-termos em ventilação e não foi demonstrado um efeito significativo na função renal Três estudos e a Revisão Sistemática da Cochrane não mostraram melhora da perfusão renal com dopamina em baixas doses e nem proteção renal durante uso de indometacina. Comparação entre dois inotrópicos Cinco estudos compararam dopamina vs dobutamina. Quatro estudos compararam dopamina e outros inotrópicos. Philipos et al compararam uso de epinefrina vs dopamina. Em resumo, há um número pequeno de estudos mostrando os efeitos a curto prazo e variações fisiológicas entre os vários tipos de catecolaminas. Glicocorticóides Foram encontrados seis estudos prospectivos randomizados mostrando o uso de glicocorticóides na prevenção e tratamento da hipotensão. Em um estudo randomizado mais recente, de Ng et al, RN pré-termo com pressão arterial abaixo da idade gestacional receberam 30ml/Kg de solução salina, 10mcg/Kg/dia de dopamina e 3mg/Kg/dia (1 mg/kg/dose de 8/8 hs)de hidrocortisona por 5 dias. Foi observado um ligeiro aumento de sua pressão arterial, mas não houve diferenças clínicas Em suma, os corticosteróides parecem aumentar a pressão arterial em RNPT, mas não há dados do desenvolvimento neuropsicomotor a longo prazo destes recém-nascidos Discussão Não há nenhum valor de hipotensão que prediga um pior prognóstico na literatura Definir critérios que estabeleçam qual criança tem mais risco pela hipotensão é algo que precisa ser melhor estudado Estudos precisariam mostrar se crianças com hipotensão tratadas teriam menores lesões cerebrais e a partir de qual nível pressórico essas lesões seriam maiores 96% dos neonatologistas do Canadá recomendam uso de fluidos para hipotensão. Há um grande número de complicações inerentes à ressuscitação volêmica A resposta a inotrópicos varia em função da diferença entre receptores e da complexa resposta cardiovascular Coticoesteróides estão sendo prescritos para controle da PA (faltam estudos que comprovam melhora do prognóstico clínico) Conclusão Esta revisão crítica e sistemática revela que não há evidências para suportar um consenso na intervenção da hipotensão em RN. Tratar o bebê somente com base na baixa PA deveria ser revisto A combinação de baixa PA com sinais clínicos de baixa perfusão parece esteve mais fortemente relacionado com o prognóstico A ocorrência de baixa PA está fortemente associado com a ocorrência tardia (entre 12-48 hs) de hemorragia peri/intraventricular e deficiente desenvolvimento a longo prazo Abstract Referências do artigo: Seri I, Evans J. Controversies in the diagnosis and management of hypotension in the newborn infant. Curr Opin Pediatr 2001; 13(2): 116–123. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Al-Aweel I, Pursley DM, Rubin LP, Shah B, Weisberger S, Richardson DK. Variations in prevalence of hypotension, hypertension, and vasopressor use in NICUs. J Perinatol 2001; 21(5): 272– 278. | Article | PubMed | ChemPort | Moise AA, Wearden ME, Kozinetz CA, Gest AL, Welty SE, Hansen TN. Antenatal steroids are associated with less need for blood pressure support in extremely premature infants. Pediatrics 1995; 95(6): 845– 850. | PubMed | ISI | ChemPort | Dempsey EM, Alhazzani F, Barrington K. Permissive hypotension in the ELBW Pediatric Academic Societies Annual Meeting, 2005; Abstract 560. Laughon M, Bose C, Allred E, O'Shea TM, Marter LJV, Bednarek F et al. Factors associated with treatment for hypotension in extremely low gestational age newborns during the first postnatal week. Pediatrics 2007; 119(2): 273–280. | Article | PubMed | ISI | Versmold HT, Kitterman JA, Phibbs RH, Gregory GA, Tooley WH. Aortic blood pressure during the first 12 h of life in infants with birth weight 610–4220 grams. Pediatrics 1981; 67(5): 607– 613. | PubMed | ISI | ChemPort | Low JA, Froese AB, Smith JT, Galbraith RS, Sauerbrei EE, Karchmar EJ. Blood pressure and heart rate of the preterm newborn following delivery. Clin Invest Med 1991; 14(3): 183–187. | PubMed | ISI | Watkins AMC, West CR, Cooke RWI. Blood pressure and cerebral haemorrhage and ischaemia in very low birthweight infants. Early Hum Dev 1989; 19: 103. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Spinazzola RM, Harper RG. Blood pressure values in 500- to 750-gram birthweight infants in the first week of life. J Perinatol 1991; 11: 147. | PubMed | ChemPort | Hegyi T, Anwar M, Carbone MT, Ostfeld B, Hiatt M, Koons A et al. Blood pressure ranges in premature infants: II. The first week of life. Pediatrics 1996; 97(3): 336–342. | PubMed | ISI | ChemPort Hegyi T, Carbone MT, Anwar M, Ostfeld B, Hiatt M, Koons A et al. Blood pressure ranges in premature infants. I. The first hours of life. J Pediatr 1994; 124(4): 627– 633. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Lee J, Rajadurai VS, Tan KW. Blood pressure standards for very low birthweight infants during the first day of life. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1999; 81(3): F168– F170. | PubMed | ChemPort | Bada HS, Korones SB, Perry EH, Arheart KL, Ray JD, Pourcyrous M et al. Mean arterial blood pressure changes in premature infants and those at risk for intraventricular hemorrhage. J Pediatr 1990; 117(4): 607–614. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Miall-Allen VM, De Vries LS, Whitelaw AL. Mean arterial blood pressure and neonatal cerebral lesions. Arch Dis Child 1987; 62: 1068–1069. | PubMed | ChemPort | Levene M, Chiswick M, Field D, Forsyth S, Gamsu H, Grant A et al. Development of audit measures and guidelines for good practice in the management of neonatal respiratory distress syndrome. Arch Dis Child 1992; 67: 1221–1227. | PubMed | ISI | Kluckow M, Evans N. Relationship between blood pressure and cardiac output in preterm infants requiring mechanical ventilation. J Pediatr 1996; 129(4): 506–512. | PubMed | ISI | Weindling AM, Wilkinson AR, Cook J, Calvert SA, Fok TF, Rochefort MJ. Perinatal events which precede periventricular haemorrhage and leukomalacia in the newborn. Br J Obstet Gynaecol 1985; 92(12): 1218–1223. | PubMed | ISI | de Vries LS, Regev R, Dubowitz LM, Whitelaw A, Aber VR. Perinatal risk factors for the development of extensive cystic leukomalacia. Am J Dis Child 1988; 142(7): 732– 735. | PubMed | Trounce JQ, Shaw DE, Levene MI, Rutter N. Clinical risk factors and periventricular leucomalacia. Arch Dis Child 1988; 63: 17–22. | PubMed | ISI | Low JA, Froese AB, Smith JT, Galbraith RS, Sauerbrei EE, Karchmar EJ. Hypotension and hypoxemia in the preterm newborn during the four days following delivery identify infants at risk of echosonographically demonstrable cerebral lesions. Clin Invest Med 1992; 15(1): 60–65. | PubMed | ISI | Bejar RF, Vaucher YE, Benirschke K, Berry CC. Postnatal white matter necrosis in preterm infants. J Perinatol 1992; 12(1): 3–8. | PubMed | Gronlund JU, Korvenranta H, Kero P, Jalonen J, Valimaki IA. Elevated arterial blood pressure is associated with peri-intraventricular haemorrhage. Eur J Pediatr 1994; 153(11): 836– 841. | Article | PubMed | ISI | Goldstein RF, Thompson Jr RJ, Oehler JM, Brazy JE. Influence of acidosis, hypoxemia, and hypotension on neurodevelopmental outcome in very low birth weight infants. Pediatrics 1995; 95(2): 238–243. | PubMed | ISI | ChemPort | D'Souza SW, Janakova H, Minors D, Suri R, Waterhouse J, Appleton G et al. Blood pressure, heart rate, and skin temperature in preterm infants: associations with periventricular haemorrhage. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1995; 72(3): F162–F167. | PubMed | Perlman JM, Risser R, Broyles RS. Bilateral cystic periventricular leukomalacia in the premature infant: associated risk factors. Pediatrics 1996; 97(6 Part 1): 822–827. | PubMed | ISI | Murphy DJ, Hope PL, Johnson A. Neonatal risk factors for cerebral palsy in very preterm babies: case-control study. BMJ 1997; 314(7078): 404–408. | PubMed | Cunningham S, Symon AG, Elton RA, Zhu C, McIntosh N. Intra-arterial blood pressure reference ranges, death and morbidity in very low birthweight infants during the first seven days of life. Early Hum Dev 1999; 56(2–3): 151–165. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Meek JH, Tyszczuk L, Elwell CE, Wyatt JS. Low cerebral blood flow is a risk factor for severe intraventricular haemorrhage. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1999; 81(1): F15– F18. | PubMed | ChemPort | Dammann O, Allred EN, Kuban KC, Van Marter LJ, Pagano M, Sanocka U et al. Systemic hypotension and white-matter damage in preterm infants. Dev Med Child Neurol 2002; 44(2): 82– 90. | Article | PubMed | ISI | Martens SE, Rijken M, Stoelhorst GM, van Zwieten PH, Zwinderman AH, Wit JM et al. Is hypotension a major risk factor for neurological morbidity at term age in very preterm infants? Early Hum Dev 2003; 75(1–2): 79–89. | Article | PubMed | ISI | Perry EH, Bada HS, Ray JD, Korones SB, Arheart K, Magill HL. Blood pressure increases, birth weight-dependent stability boundary, and intraventricular hemorrhage. Pediatrics 1990; 85(5): 727– 732. | PubMed | ISI | Barrington K, Lee SK, Stewart S. Differing blood pressure thresholds in preterm infants, effects on frequency of diagnosis of hypotension and intraventricular hemorrhage. PAS Meeting Abstracts 2002; 2648 Osborn DA, Evans N. Early volume expansion for prevention of morbidity and mortality in very preterm infants. Cochrane Database Syst Rev 2004; (2): CD002055. Emery EF, Greenough A, Gamsu HR. Randomised controlled trial of colloid infusions in hypotensive preterm infants. Arch Dis Child 1992; 67(10 Spec No.): 1185–1188. | PubMed | ISI | So KW, Fok TF, Ng PC, Wong WW, Cheung KL. Randomised controlled trial of colloid or crystalloid in hypotensive preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1997; 76(1): F43– F46. | PubMed | Lynch SK, Stone CS, Graeber J, Mullett M, Polak M. Colloid vs crystalloid fluid therapy for hypotension in neonates. Pediatr Res 2002; 51: 348A. Oca MJ, Nelson M, Donn SM. Randomized trial of normal saline versus 5% albumin for the treatment of neonatal hypotension. J Perinatol 2003; 23(6): 473–476. | Article | PubMed | Cuevas L, Yeh TF, John EG, Cuevas D, Pildes RS. The effect of low-dose dopamine infusion on cardiopulmonary and renal status in premature newborns with respiratory distress syndrome. Am J Dis Child 1991; 145(7): 799–803. | PubMed | ISI | Prins I, Plotz FB, Uiterwaal CS, van Vught HJ. Low-dose dopamine in neonatal and pediatric intensive care: a systematic review. Intensive Care Med 2001; 27(1): 206– 210. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Barrington K, Brion LP. Dopamine versus no treatment to prevent renal dysfunction in indomethacintreated preterm newborn infants. Cochrane Database Syst Rev 2002; (3): CD003213. Subhedar NV, Shaw NJ. Dopamine versus dobutamine for hypotensive preterm infants. Cochrane Database Syst Rev 2003; (4). Osborn D, Evans N, Kluckow M. Randomized trial of dobutamine versus dopamine in preterm infants with low systemic blood flow. J Pediatr 2002; 140(2): 183– 191. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Rozé JC, Tohier C, Maingueneau C, Lefèvre M, Mouzard A. Response to dobutamine and dopamine in the hypotensive very preterm infant. Arch Dis Child 1993; 69: 59– 63. | PubMed | ISI | ChemPort | Chatterjee A, Bussey ME, Leuschen MP, Latson LA, Hole EB, Christian KK et al. The pharmacodynamics of inotropic drugs in premature neonates. Pediatr Res 1993; 33: 206A. Phillipos EZ, Barrington KJ, Robertson MA. Dopamine versus epinephrine for inotropic support in the neonate: a randomized blinded trial. Pediatr Res 1996; 39: 238A. Gaissmaier RE, Pohlandt F. Single-dose dexamethasone treatment of hypotension in preterm infants. J Pediatr 1999; 134(6): 701–705. | PubMed | ISI | ChemPort | Heckmann M, Trotter A, Pohlandt F, Lindner W. Epinephrine treatment of hypotension in very low birthweight infants. Acta Paediatr 2002; 91(5): 566–570. | Article | PubMed | ISI | Pellicer A, Valverde E, Elorza MD, Madero R, Gaya F, Quero J et al. Cardiovascular support for low birth weight infants and cerebral hemodynamics: a randomized, blinded, clinical trial. Pediatrics 2005; 115(6): 1501–1512. | Article | PubMed | ISI | Valverde E, Pellicer A, Madero R, Elorza D, Quero J, Cabanas F. Dopamine versus epinephrine for cardiovascular support in low birth weight infants: analysis of systemic effects and neonatal clinical outcomes. Pediatrics 2006; 2005–2108. Lundstrom K, Pryds O, Greisen G. The haemodynamic effects of dopamine and volume expansion in sick preterm infants. Early Hum Dev 2000; 57(2): 157–163. | Article | PubMed | ISI | Zhang J, Penny DJ, Kim NS, Yu VY, Smolich JJ. Mechanisms of blood pressure increase induced by dopamine in hypotensive preterm neonates. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1999; 81(2): F99– F104. | PubMed | ChemPort | Kopelman AE, Moise AA, Holbert D, Hegemier SE. A single very early dexamethasone dose improves respiratory and cardiovascular adaptation in preterm infants. J Pediatr 1999; 135(3): 345– 350. | Article | PubMed | ISI | Efird MM, Heerens AT, Gordon PV, Bose CL, Young DA. A randomized-controlled trial of prophylactic hydrocortisone supplementation for the prevention of hypotension in extremely low birth weight infants J Perinatol 2005; 25(2): 119–124. | Article | PubMed | Krediet T, van den Ent K, Rademaker K. Rapid increase of blood pressure after low dose hydrocortisone in low birth weight neonates with hypotension refractory to high doses of cardiac inotropes. Pediatr Res 1998; 38: 210A. Osiovich H, Phillipos E, Lemke R. A short course of hydrocortisone in hypotensive neonates: a randomized double blind control trial. Pediatr Res 2000; 422A. Ng PC, Lee CH, Bnur FL, Chan IHS, Lee AWY, Wong E et al. A double-blind, randomized, controlled study of a 'stress dose' of hydrocortisone for rescue treatment of refractory hypotension in preterm infants. Pediatrics 2006; 117(2): 367–375. | Article | PubMed | ISI | Osborn DA, Evans N. Early volume expansion versus inotrope for prevention of morbidity and mortality in very preterm infants. Cochrane Database Syst Rev 2001; (2): CD002056. Gill AB, Weindling AM. Randomised controlled trial of plasma protein fraction versus dopamine in hypotensive very low birthweight infants. Arch Dis Child 1993; 69(3 Spec No.): 284–287. | PubMed | ISI | ChemPort | Bourchier D, Weston PJ. Randomised trial of dopamine compared with hydrocortisone for the treatment of hypotensive very low birthweight infants. Arch Dis Child 1997; 76(3 Sp. Iss.): F174–F178. | ISI | ChemPort | Kluckow M, Evans N. Low superior vena cava flow and intraventricular haemorrhage in preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal 2000; 82: F188–F194. Dempsey EM, Barrington KJ. Diagnostic criteria and therapeutic interventions for the hypotensive very low birth weight infant. J Perinatol 2006; 26(11): 677– 681. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Barr PA, Bailey PE, Sumners J, Cassady G. Relation between arterial blood pressure and blood volume and effect of infused albumin in sick preterm infants. Pediatrics 1977; 60: 282–289. | PubMed | ISI | ChemPort | Wright IM, Goodall SR. Blood pressure and blood volume in preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1994; 70(3): F230–F231. | PubMed | Bauer K, Linderkamp O, Versmold HT. Systolic blood pressure and blood volume in preterm infants. Arch Dis Child 1993; 69(5 Sp. Iss.): 521–522. | PubMed | ISI | ChemPort | Aladangady N, Aitchison TC, Beckett C, Holland BM, Kyle BM, Wardrop CAJ. Is it possible to predict the blood volume of a sick preterm infant? Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2004; 89(4): F344–F347. | Article | PubMed | Aziz K, Phillipos E, Robertson M. Is volume expansion beneficial in hypotensive very low birth weight neonates? Clin Res 1993; 41: 50A. Pladys P, Betremieux P, Lefrancois C, Schleich JM, Gourmelon N, Le Marec B. Doppler echocardiography in the evaluation of volume expansion effects in newborn infants. Arch Pediatr 1994; 1(5): 470–476. | PubMed | ISI | Van Marter LJ, Leviton A, Allred EN, Pagano M, Kuban KC. Hydration during the first days of life and the risk of bronchopulmonary dysplasia in low birth weight infants. J Pediatr 1990; 116(6): 942–949. | Article | PubMed | ChemPort | Tammela OK, Koivisto ME. Fluid restriction for preventing bronchopulmonary dysplasia? Reduced fluid intake during the first weeks of life improves the outcome of low-birth-weight infants. Acta Paediatr 1992; 81(3): 207–212. | PubMed | ISI | Goldberg RN, Chung D, Goldman SL, Bancalari E. The association of rapid volume expansion and intraventricular hemorrhage in the preterm infant. J Pediatr 1980; 96(6): 1060–1063. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Greenough A, Cheesemen P, Kavvadia VDG, Morton M. Colloid infusion in the perinatal period and abnormal neurodevelopmental outcome in very low birth weight infants. Eur J Pediatr 2002; 161: 319–323. | Article | PubMed | ISI | Ewer AK, Tyler W, Francis A, Drinkall D, Gardosi JO. Excessive volume expansion and neonatal death in preterm infants born at 27–28 weeks gestation. Paediatr Perinat Epidemiol 2003; 17(2): 180–186. | Article | PubMed | ISI | Costarino AT, Gruskay JA, Corcoran L, Polin R, Baumgart S. Sodium restriction versus daily maintenance replacement in very low birth weight premature neonates: A randomized, blind therapeutic trial. J Pediatr 1992; 120: 99–106. | PubMed | ISI | Hartnoll G, Betremieux P, Modi N. Randomised controlled trial of postnatal sodium supplementation on oxygen dependency and body weight in 25–30 week gestational age infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2000; 82(1): F19. | Article | PubMed | ChemPort | Evans N. Volume expansion during neonatal intensive care: do we know what we are doing? Semin Neonatol 2003; 8(4): 315–323. | Article | PubMed | Paradisis M, Evans N, Kluckow M, Osborn D, McLachlan AJ. Pilot study of milrinone for low systemic blood flow in very preterm infants. J Pediatr 2006; 148(3): 306– 313. | PubMed | ISI | Finer NN, Powers RJ, Ou CS, Durand D, Wirtschafter D, Gould JB et al. Prospective evaluation of postnatal steroid administration: a 1-year experience from the California perinatal quality care collaborative. Pediatrics 2006; 117(3): 704– 713. | Article | PubMed | ISI | Fauser A, Pohlandt F, Bartmann P, Gortner L. Rapid increase of blood pressure in extremely low birth weight infants after a single dose of dexamethasone. Eur J Pediatr 1993; 152(4): 354–356. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Seri I, Tan R, Evans J. Cardiovascular effects of hydrocortisone in preterm infants with pressor-resistant hypotension. Pediatrics 2001; 107(5): 1070– 1074. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | Heuchan AM, Evans N, Henderson Smart DJ, Simpson JM. Perinatal risk factors for major intraventricular haemorrhage in the Australian and New Zealand Neonatal Network, 1995– 97. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2002; 86(2): F86– F90. | Article | PubMed | ChemPort | Synnes AR, Chien LY, Peliowski A, Baboolal R, Lee SK. Variations in intraventricular hemorrhage incidence rates among Canadian neonatal intensive care units. J Pediatr 2001; 138(4): 525–531. | Article | PubMed | ISI | ChemPort | de Zegher F, Van den Berghe G, Devlieger H et al. Dopamine inhibits growth hormone and prolactin secretion in the human newborn. Pediatr Res 1993; 34(5): 642–645. | PubMed | Van den Berghe G, de Zegher F. Anterior pituitary function during critical illness and dopamine treatment. Crit Care Med 1996; 24: 1580–1590. | Article | PubMed | Evans JR, Lou Short B, Van Meurs K, Cheryl Sachs H. Cardiovascular support in preterm infants. Clin Ther 2006; 28(9): 1366–1384. | Article | PubMed | ISI | Evans N. Assessment and support of the preterm circulation: neonatal update 2006 – the science of newborn care. Early Hum Dev 2006; 82(12): 803–810. | Article | PubMed | ISI | NOTA: Dr. Paulo R. Margotto Apesar da ausência de evidências sólidas no manuseio do RN pré-termo com hipotensão arterial e enquanto aguardamos estudos especificamente desenhados com o objetivo de avaliar melhor, a curto e a longo prazo, o prognóstico clínico, é importante que se tenha na UTI Neonatal um norte (“a ausência da evidência não é a evidência da ausência”) Na Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF, elaboramos um Protocolo de Intervenção frente aos RN que apresentam hipotensão arterial de difícil controle, principalmente naqueles casos de choque séptico. Como foi citado no presente artigo, não se basear somente no valor da PA, mas combiná-la com sinais clínicos de má perfusão. Assim é importante que o RN seja continuamente monitorado. O aumento da dose ou a introdução de nova droga deve ser sempre seguido após criteriosa avaliação Apesar de não haver consenso na definição de hipotensão arterial, consideramos hipotensão quando a pressão arterial média está abaixo de 30 mmHg (ou abaixo da idade gestacional, pelo menos nos 3 primeiros dias de vida). A seguir o Protocolo de Manuseio dos RN com Choque Séptico Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul PROTOCOLO DE MANUSEIO DO RECEM-NASCIDO COM CHOQUE SÉPTICO Equipe necessária: 1 médico, 1 enfermeira e 2 auxiliares de enfermagem Atuação da equipe: pelo tempo necessário para promover estabilidade hemodinâmica do paciente Avaliações diagnósticas necessárias: medida da pressão arterial não-invasiva, controle da diurese, medida da pressão venosa central (PVC) Primeira Etapa (60 min) n Medir a PA (pressão arterial) a cada 10 min; valorizar a PAM (pressão arterial média) (prioridade para instalação de monitor de pressão arterial não-invasiva disponível no setor) n Aplicar fase rápida (FR) com soro fisiológico, 10 ml/kg, em 20 min para o recém-nascido pré-termo (RNPT) e em 10 min para o recém-nascido a termo(RNT), repetindo as etapas até normalização da PAM (> 30mmHg) n Iniciar Dopamina, na dose de 7,5 mcg/kg/min, e somente reduzir a dose se houver hipertensão arterial (consultar tabelas) n Avalie o paciente a cada 10 min para decidir o passo seguinte, que nessa fase são as infusões: Obs. 1: Corrija hipoglicemia, hipocalcemia, acidose metabólica pura e anemia documentadas Obs. 2: Avaliar e garantir suporte ventilatório Segunda Etapa (30 min) – se PAM < 30 mmHg n Aumentar a Dopamina para 10 mcg/kg/min n Iniciar Dobutamina, na dose de 10 mcg/kg/min n Medir PVC para avaliar novas necessidades de expansões, que devem ser continuadas se PVC < 8 cmH2O ou, na ausência de PVC, avaliando perfusão periférica e diurese (que tem que ser > 1,2 ml/kg/hora) n Aumentar a Dobutamina, de 5 em 5 mcg/kg/min, a cada 10 min, até 20 mcg/kg/min, se PAM< 30 mmHg, se PVC< 8 cmH2O e/ou saturação venosa central < 70 mmHg Terceira Etapa – se PAM < 30 mmHg n Iniciar Adrenalina, 0,1 mcg/kg/min e, a cada 20 min, aumentar 0,1 mcg/kg/min até 0,5 mcg/kg/min Obs. 1: Ao iniciar Adrenalina, avaliar redução das doses da Dopamina Obs. 2: Se houver necessidade de aumentar a Adrenalina acima de 0,2 mcg/kg/min, iniciar Hidrocortisona na dose de 1 mg/kg/dose de 8/8h Obs. 3: Considerar uso de corticóide em fases anteriores se hipoglicemia resistente Quarta Etapa n Ampliar a discussão com outros colegas da Unidade para tomar condutas adicionais n Considerar avaliação ecocardiográfica da função miocárdica n Considerar uso de outras drogas (Milrinona) conforme situação apresentada Equipe de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF/2006 Consultem também: A hipotensão arterial refratária no recém-nascido pré-termo é uma manifestação do shunt ductal precoce? Autor(es): Sarkar S et al.Apresentação:Juliana Tepedino, Janice Bauab, Paulo R. Margotto Critérios diagnósticos e intervenções terapêuticas para hipotensão em recém-nascido de muito baixo peso Autor(es): Dempsey EM, Barrington KJ. Apresentação: Bruno Almeida Oliveira, Kellen Fanstone Ferraresi, Paulo R. Margotto Manuseio da hipotensão e do baixo fluxo sanguíneo no neonato de muito baixo peso durante a primeira semana de vida Autor(es): Seri I. Apresentação:Lenira Silva Valadão, Luciana Marques Carneiro, Paulo R. Margotto, Sueli F. Falcao Dopamina versos epinefrina no suporte cardiovascular do recém-nascido de muito baixo peso Autor(es): Valverde E et al. Resumido por Paulo R. Margotto Estudo duplo-cego, randomizado, controlado sobre a dose de estresse de hidrocortisona para tratamento de resgate na hipotensão refratária em recémnascidos prematuros Autor(es): Ng PC, et al. Apresentação: Érica Nascimento Coelho, Saulo Ribeiro Cunha, Paulo R. Margotto Insuficiência adrenal relativa no choque séptico: um problema identificável que requer tratamento Autor(es): Márcia Pimentel, Paulo R. Margotto Hipotensão neonatal Autor(es): Shahab Noori, Istvan Seri. Apresentação: Ana Carla H.V. de Andrade, Milena de Andrade Melo, Luiz Fernando Meireles, Paulo Roberto Vilela Mendes, Vinícius Mil Homens Riella, Paulo R. Margotto Drogas para a hipotensão arterial no recém-nascido Autor(es): Anthony Chang (USA) Efeitos cardiovasculares do uso da hidrocortisona em RN com hipotensão persistente. Autor(es): Seri I et al. Apresentação; Luciane Braga, Paulo R. Margotto CHOQUE NO RECÉM NASCIDO Autor(es): Renato S. Procianoy (RS) Realizado por Paulo R. Margotto e Márcia Pimentel : Uso de inotrópicos Autor(es): Robert M. Ward, Ralph A. Lugo. Apresentação: Karinne Cardoso Muniz Quando valorizar a hipotensão arterial no recémnascido pré-termo extremo Autor(es): Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto Suporte cardiovascular no recém-nascido pré-termo extremo Autor(es): Martin Kluckow (Austrália). Realizado por Paulo R. Margotto Ensaio randomizado de solução salina versus solução de albumina 5% para o tratamento da hipotensão neonatal Autor(es): Oca MJ, Nelson M, Donn SM. Resumido por Paulo R. Margotto Farmacologia cardiovascular na uti neonatal Autor(es): Drs. Jacques Belik (CANADÁ), Karina Nascimento Costa (DF) e Paulo R. Margotto (DF) Uso de milrinona no recém-nascido pré-termo com baixo fluxo sanguíneo sistêmico Mary Paradisis, Nick Evans, Martin Kluckow, David Osborn, Andrew J. McLachlan.Resumido por Paulo R. Margotto Obrigada Ddo Hans, Dda Vanessa e Dda Carine (8/8/2007)