CO09 Tratamento cirúrgico dos aneurismas da artéria sublávia. Experiência baseada em 17 casos Autores: (1) Dinis da Gama, A.; (1) Damião, Angélica; (1) Silva Nunes, J.; (1) Martins, Carlos; (1) Mendes Pedro, Luis; (1) Cunha e Sá, Diogo Local de Trabalho: 1. Clínica Universitária de Cirurgia Vascular, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal Os aneurismas da artéria subclávia são muito raros e existem muito poucas séries publicadas na literatura, a seu respeito. Os aspectos mais salientes da sua patologia são a sua diversidade, em termos de epidemiologia, etiologia, apresentação clínica e tratamento cirúrgico. De 1977 a 2011, 17 doentes, 10 homens e 7 mulheres, com idades compreendidos entre 14 e 66 anos (media 41 a.) foram submetidos a tratamento cirúrgico de um aneurisma da artéria subclávia. A síndrome neurovascular do membro superior, nomeadamente a costela cervical, foi a etiologia dominante (8 casos), seguido do trauma (3 casos), iatrogenia (2 casos) e circunstâncias diversas que incluem a displasia arterial, a doença de Takayasu, a necrose médio-cística e a aterosclerose, foram igualmente observados em casos individuais. Oito doentes manifestavam isquémia da mão e/ou dedos, dois casos tinham sintomas compatíveis com compressão do plexo braquial, dois doentes tinham um síndrome de Claude-Bernard-Horner, dois tinham compressão da traqueia e dois eram assintomáticos. O tratamento cirúrgico consistiu na ressecção do aneurisma seguida da substituição por um enxerto venoso ou protésico em 11 casos; dois doentes foram objecto de reconstrução termino-terminal (aneurismas saculares) e 4 casos foram tratados por laqueação/exclusão do aneurisma e bypass carótida-axilar. Não houve mortalidade operatória e a morbilidade foi negligível. A selecção da abordagem cirúrgica e a versatilidade dos métodos empregues no tratamento cirúrgico desta rara entidade constituem os aspectos mais salientes desta experiência.