VII Seminário Hospitais Saudáveis São Paulo, 17 e 18 de setembro de 2014 Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês RESUMO DO PÔSTER SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS EM GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS NO CENTRO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL ESCOLA Danielly Negrão Guasssú Nogueira, Valéria Castilho, Dulce Regina Batista Carmo, Andrea Tamancoldi Couto, Patricia Sayuri Katayose Takahashi, Lina Hamano e Viviane Negrão de Oliveira Guassú. INTRODUÇÃO No novo cenário politico legislativo na área de resíduos no Brasil, os serviços de saúde buscam se adequar as inúmeras legislações e os resíduos químicos são os mais desafiadores por envolverem diretamente serviço, saúde, trabalhador e meio ambiente. OBJETIVO Descrever o processo de planejamento, treinamento e implantação de gerenciamento de resíduos químicos no centro cirúrgico. METODOLOGIA Pesquisa exploratória descritiva, de abordagem quantitativa na modalidade de estudo de caso no centro cirúrgico do Hospital Universitário da Universidade São Paulo-HU-USP no período de setembro, outubro e novembro de 2013. RESULTADOS Através da comissão de gerenciamento de resíduos do HU-USP o Centro Cirúrgico foi escolhido como unidade piloto. Iniciamos o projeto com o mapeamento dos produtos químicos pelo setor de farmácia. Listaram-se os medicamentos que se enquadravam no grupo B da RDC 306/04 e os de controle especial da portaria do Ministério da Saúde 344/98. A equipe do centro cirúrgico mapeou em grupos os produtos químicos, considerando princípio ativo, concentração, e uso no setor, sendo o primeiro os reveladores e fixadores de RX, o segundo os saneantes utilizados na limpeza e desinfecção do setor, e o terceiro grupo foram dez outros produtos químicos. Na fase de planejamento tivemos duas reuniões com a equipe médica de anestesia e do serviço de higiene. Os treinamentos foram individualizados por equipes com fotos e demonstração prática. Na fase de implantação para o grupo dos reveladores e fixadores de RX ficou estabelecida a logística reversa; para o grupo dos medicamentos, ações baseadas na rotina já existente das enfermeiras de conferência dos psicotrópicos e entorpecentes que compõem o kit de anestesia, pois estes medicamentos se enquadram na portaria 344/98 e, independente do volume no frasco, são considerados resíduos químicos. Optamos por centralizar o coletor laranja de resíduos químicos na sala onde fica armazenado o kit de anestesia para redução de custos. Assim, durante a cirurgia, o anestesista não descarta nenhum frasco utilizado, e ao término o enfermeiro confere os medicamentos utilizados. Os resíduos classificados como perfurocortante são descartados no Descarpax® localizados em cada sala de operação, e os do grupo B são encaminhados onde está o coletor químico, inclusive a sobra de medicação na seringa. Compreendemos que os grupos dos produtos hormonais (levonorgestrel), citostáticos e antineoplásico (mitomicina) são de uso 1 VII Seminário Hospitais Saudáveis São Paulo, 17 e 18 de setembro de 2014 Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês RESUMO DO PÔSTER eventual no setor e, quando utilizados, a farmácia gera um alerta no sistema de informação que necessita de fazer descarte em coletor químico individual. Para os imunossupressores, digitálicos, antirretrovirais e antimicrobianos são considerados resíduos químicos quando tem volume residual no frasco. Para o grupo dos saneantes, sendo eles o álcool etílico a 70%, o hipoclorito de sódio 1% e o detergente neutro, implantamos a coleta seletiva para encaminhar para reciclagem dos plásticos os frascos vazios, após fazer a tríplice lavagem com água corrente. Os produtos químicos mapeados foram: formol, ácido peracético, fixador de canoy, líquido de Boian, benzina, benjoim, acetona, digliconato de clorexidina e iodopolividona-PVPI, que são gerenciados como resíduos químicos. CONCLUSÃO A estratégia adotada mostrou-se adequada e passível de ser replicada no hospital considerando as particularidades e interação multidisciplinar. A equipe de enfermagem tem um papel determinante no processo. O treinamento com fotos e simulação prática contribuiu muito para a implantação bem sucedida no centro cirúrgico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Crema D, Carmo DRB, Turin I, Silveira IR, Zotelli MFM, Paschoal MLH, et al. Gerenciamento de resíduos: a experiência de um hospital universitário. In: Kalinowski CR, organizadora. PROENF – Programa de Atualização em Enfermagem. Saúde do adulto: ciclo 2, módulo 3. Porto Alegre: Artemed; 2006. p.127-55. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de resíduos de Serviços de Saúde [Internet]. Brasília; 2004. Palavras-chave: resíduos de serviços de saúde, centro cirúrgico, resíduos químicos. Tipo: A – Trabalhos acadêmicos. Tema: 3 – Resíduos 2