XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE APLICAÇÃO DE SURFACTANTE NA BIORREMEDIAÇÃO DE SOLO ARGILOSO CONTAMINADO POR ÓLEO LUBRIFICANTE USADO Maria F.B.Almeida1,3; Graciane Silva2; Roberta C Ciannella3; Denise C. G. A. Rodrigues3; Márcia Marques2 1,3 ([email protected]) Cenpes/Petrobras (Depto.Eng.Sanitária e do Meio Amb./Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ) 3 (Instituto de Química/Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ) 2 A biodegradação de óleo lubrificante em ambientes naturais é um processo relativamente lento devido à complexa interação entre seus constituintes e a matriz do solo e também pela baixa disponibilidade do contaminante aos microrganismos com habilidade em degradá-lo, dificultando os processos de biorremediacão. O presente estudo teve por objetivo avaliar, em biorreatores de fase semi-sólida, o efeito da aplicação do surfactante Tween-80 (10 mg g-1 de solo) sobre a biorremediação de solo argiloso contaminado com óleo lubrificante usado a 3%. O experimento foi conduzido em frascos tipo Erlenmeyer, em triplicatas, sob aeração constante e temperatura ambiente (aproximadamente 27,0˚C). A biorremediação foi monitorada por evolução de CO2 via respiração microbiana, redução de carbono orgânico total (COT) e decaimento de hidrocarbonetos totais de petróleo (HTP). Ao final de 68 dias, o experimento com adição de surfactante resultou na geração de 53,9 mg g-1 (CO2 por grama de solo), redução de 28,1±2,1 % de COT e remoção de 37,4±6,3 % de HTP. O experimento controle (sem surfactante) resultou em taxas consideravelmente mais baixas, ou seja, geração de 6,3 mg g-1(CO2 por grama de solo), redução de 2,3±0,2 % de COT e 11,1±4,2 % de HTP. Com base na análise estatística dos dados, concluiu-se que a adição do surfactante aumentou significativamente a eficiência dos processos de biorremediação. Palavras-chave: biorremediação, óleo lubrificante, surfactante Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 457