Renal problems in black South African children Peter D. Thomson Division of Pediatric Nephrology, University of the Witwatersrand, South Africa Pediatric Nephrology-1997, 508-512 Objetivo Descrever características clínicas das doenças renais das crianças negras da África do Sul. Introdução Aparthaid: Baragwanath(B) X Johannesburg Hospital(JH) 1982-1988: B: 1208 pacientes nefropatas admitidos. 80% casos novos. JH: 1137 pacientes nefropatas admitidos. 41% casos novos. Material e métodos Estudo de corte transversal. Utiliza dados de registros de saúde de crianças hospitalizadas de três cidades da África do Sul: Johannesburg, Pretoria e Durban. Idade até 21 anos. Resultados Glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica: 10,7 : 1.000 internamentos pediátricos do B. 2,5 : 1.000 internamentos pediátricos do JH. 1/3 dos internamentos nefrológicos do B. 1/30 dos internamentos nefrológicos do JH. Na última década cresceu o número de crianças negras que desenvolveram glomerulonefrite rapidamente progressiva. Resultados Síndrome nefrótica: Menor prevalência de lesão mínima em crianças negras Æ Biopsia renal. Glomeruloesclerose focal – BK Lesão mínima Nefropatia membranosa – HBV Proliferação mesangial N. Membranoproliferativa Congênita Lupus Outras J. e Pretoria % 31.3 24.4 13.5 13.2 4.2 6.5 5 1.9 Durban % 28.6 13.7 40.2 7.3 5.1 5.1 Total % 30.6 20.7 20 11.7 4.4 6 4.6 2.1 M:F 1.44 1.8 1.46 1.33 1 1.28 0.18 Anormalidades Congênitas Uropatias Obstrutivas: Prevalência Válvula de uretra posterior Nefropatia de refluxo Rins policísticos Insuficiência Renal Alto índice de arterite de Takayasu Æ Hipertensão Æ IRC Aumento de incidência da síndrome hemolítico-urêmica após advento da disenteria por Shigella dysenteriae. Causas de transplante renal: Glomeruloesclerose focal =37%, Glomerulonefrite rapidamente progressiva =24%, Síndrome nefrótica congênita =11%, Displasia renal = 9%, Arterite de Takayasu =9%, Uropatia obstrutiva =8%, Outras =3%. Glomerular deposits and hypoalbuminemia in acute poststreptococcal glomerulonephritis Clark D. West e A. James McAdams Children’s Hospital Research Foundation and departament of Pediatrics, University of Cincinnati College of Medicine, Cincinnati, Ohio, USA. Pediatric Nephrology 1998, 12:471-474. Introdução Muitos autores descreveram casos de glomerulonefrite aguda pósestreptocócica com edema importante e hipoalbuminemia. Em um ensaio condusido por Judging, 5% dos pacientes hospitalizados tinham esta forma clínica. Justificativa Ausência de estudos correlacionando a forma hipoalbuminêmica da glomerulonefrite pós-estreptócica com dados ultra-estruturais dos glomérulos. Objetivo Correlacionar anormalidades ultraestruturais dos glomérulos com as manifestações clínicas da glomerulonefrite pós-estreptocócica. Material e Métodos População: 40 pacientes de 65 que tiveram GNAPS, que foram submetidos a biopsia renal até 50 dias após o início da nefrite, que tiveram sua albumina sérica medida até 16 dias do início da nefrite e que os dados clínicos e patológicos estavam completos, entre os anos de 1967 e 1991. Material e Métodos Além da biopsia e da dosagem da albumina, foram realizados: sumário de urina, dosagem de C3 e ASLO. As biopsias foram avaliadas por microscopia eletrônica. Resultados 58% dos pacientes eram do sexo masculino 17% dos pacientes eram negros. 11 das 40 biopsias não tinham depósitos nas porções paramesangiais da membrana basal glomerular. Os pacientes portadores desta anormalidade tinham hipoalbuminemia mais severa. Níveis de albumina X Presença de depósito subepitelial n Albumina Tempo da Albumina Escore de depósito Tempo da Biopsia Pacientes com os depósitos 29 2.83 7.2 1.95 16.8 Pacientes sem os depósitos 11 1.9 8.5 2.27 21.7 NS NS p <0.001 NS Níveis de albumina X Escore de depósito paramensangial e tubular n Escore de depósito paramensangial Tempo da colheita da albumina Escore de depósito nos túbulos Albumina >2.5g/dl 21 2.34 7.68 1.89 Albumina <= 2,5g/dl 19 1.02 7.62 2.17 <0.01 NS NS p Características clínicas e evolução dos pacientes sem depósito paramesangial Os pacientes tiveram edema mais importante e menos hematúria intensa. Hematúria intensa é presente em 45% dos pacientes sem depósito mesangial, enquanto é presente em 82% dos que têm depósito (p<0,01). Baixos níveis de C3 são menos frequentes nos pacientes sem depósitos (27% X 63%) e seus níveis de hematócrito são maiores(32 X 29,3). p<0,05 Características clínicas e evolução dos pacientes com depósito paramesangial Não houve diferença entre os níveis hipertensão, título de ASLO, de IgG glomerular, níveis de creatinina, localização e gravidade de foco infeccioso. Um paciente apresentou síndrome nefrótica prolongada e manteve os depósitos por 2 anos. O prognóstico final das crianças com hipoalbuminemia severa é tão bom quanto ao das crianças que não a apresenta. Apoptosis in poststreptococcal glomerulonephritis Nephrology forum John Savill Royal Infirmary of Edinburgh and University of Edinbugh, Scotland, United Kingdon Kidney International, vol 60, 1203-1214 Discussão Durante a glomerulonefrite pósestreptocócica há infiltração de leucócitos, proliferação de células endoteliais glomerulares e células mesangiais. Durante a resolução da glomerulonefrite é necessário que haja a remoção deste excesso celular. Hooke demonstrou cerca de 17 neutrófilos e 18 monócitos por glomérulo. Ludwigsen e Sorensen demonstraram aumento de 97% das células endoteliais e 67% das células mesangiais. Discussão A interrupção das mitoses não é suficiente para a diminuição da população celular. Os macrófagos são os grandes responsáveis pela remoção dos neutrófilos. Entretanto a apoptose auxilia esta remoção. A apoptose é responsável pela morte das células endoteliais e mesangiais na fase de recuperação da glomerulonefrite.