4 política
Correio do estado
quarta-feira, 29 de Outubro de 2014
Cláudio humberto
Por: ana paula leitão e teresa barros
claudiohumberto.com.br
@colunach
“Estende uma mão e, na outra, tem um
punhal”
Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) sobre a proposta
de ‘diálogo’ de Dilma Roussef
Contrabando na MP 651 livra aéreas de
impostos
Um dos “contrabandos” do governo na Medida Provisória 651
isenta as companhias aéreas de Imposto de Renda Pessoa Jurídica,
CSLL, PIS, Pasep e Cofins sobre passagens compradas com cartões
corporativos até 2017. Pior: para driblar a Lei de Responsabilidade
Fiscal, que veda essa renúncia fiscal de R$19 milhões, a conta será
paga pelo aumento de 0,38% para 6,38% no IOF de quem compra
dólares para viajar.
Escândalos
É um duplo absurdo: a MP isenta as áreas de impostos e o
governo federal fica autorizado a comprar passagens com cartões
corporativos.
Balcão de negócios
Agora é habitual inserir “contrabandos” em medidas provisórias, no
balcão de negócios do Congresso, desvirtuando os temas originais.
Enxertos
A medida provisória 651 recebeu 334 emendas, quase todas
produto de lobbies inescrupulosos, fazendo-as saltar de 51 para 114
artigos.
Outras providências
A MP 651 trataria do Refis da Crise e outras medidas para
dinamizar o mercado de capitais, mas no caput há a frase “outras
providências”.
Lobão já se prepara para deixar Minas e
Energia
Com a reforma ministerial para compor o segundo governo Dilma,
o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), se prepara
para deixar o cargo no governo e reassumir sua cadeira no Senado.
Ele já mandou avisar seu gabinete no Senado que vai deixar o
cargo ainda na primeira semana de novembro, e que pretende
levar sua equipe do ministério para ocupar seus (muitos) cargos
comissionados.
Desgaste
Edison Lobão entrou para a lista negra de Dilma após os rumores de
seu envolvimento no esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
Quando 2015 vier
Marina Silva, que vai sair do PSB, entregará somente em 2015
ao TSE as 31 mil assinaturas que faltam à criação da Rede
Sustentabilidade.
Lula forma o governo
Derrotado para o Senado em Minas, Josué Alencar é cotadíssimo
para o Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.
Missão impossível
Dilma pediu à cúpula do PMDB para apelar aos governadores eleitos
do partido a fim de que suas bancadas atuem contra a candidatura
de Eduardo Cunha (RJ) à presidência da Câmara. Missão impossível.
Vexame
Dirigido no Brasil pelo petista Pedro Abramovay, ex-auxiliar de
Dilma, o site de abaixo-assinados Avaaz congelou por todo o dia
de ontem em 1,3 milhão o contador de adesões à petição pelo seu
impeachment.
futuro político
Marquinhos deixará o PMDB
para concorrer à prefeitura
Deputado estadual alega ter restrições de André e da cúpula partidária
Eleito pela terceira vez como
deputado estadual melhor
votado, Marquinhos Trad sairá do PMDB para lançar candidatura a prefeito de Campo
Grande em 2016. O parlamentar, que deve deixar a sigla entre o final deste ano e o início
de 2015, ainda não sabe a qual
partido irá se filiar, mas garantiu que o critério será afinidade com a ideologia partidária,
já que atualmente não tem
esta sintonia com o grupo ao
qual pertence.
Ele avalia que a saída é necessária porque o governador
André Puccinelli, o deputado
federal eleito Carlos Marun e
o vice-presidente regional do
PMDB, Esacheu Nascimento, já disseram que o plano de
lançá-lo à prefeitura não lhes
interessa. Além disso, PucciDESTINO. Marquinhos não teme processo por infidelidade porque teria sido vítima de perseguição
Não vou mudar
para um partido
sem conhecer
o conteúdo
programático do
mesmo e será uma
decisão minha,
sairei sozinho
porque o Nelsinho
(Trad) e o Fábio
(Trad) já disseram
que vão ficar”
Marquinhos Trad (PMDB),
deputado estadual
Disso ele entende
O megalonanico Celso Amorim cola em Lula para voltar a ser
ministro das Relações Exteriores pela quarta vez, ou para indicar
ao cargo alguém que possa manipular – como ele próprio foi
manipulado pelo saudoso José Aparecido de Oliveira, no governo
Itamar Franco.
Criminosos na mira
A polícia investiga ataque de bandidos virtuais ao portal Diário
do Poder, domingo. A Lei Carolina Dickmann e o Marco Civil na
Internet preveem prisão dos criminosos e indenização por dano
moral.
Olha o caráter do PTB
O PTB declarou apoio a Aécio Neves, mas, segundo seu líder na
Câmara, Jovair Arantes (GO), 22 dos 25 deputados eleitos fizeram
campanha para Dilma: “Foi um tiro no pé romper com o governo”.
Corporativismo
Empresa sediada nos EUA descobriu que o advogado contratado
para uma disputa judicial, em Santa Catarina, passou a prestar
serviços à parte contrária. E o processo não andava. A queixa da
empresa dormita há 45 dias nas gavetas do “tribunal de ética” da
OAB-SC.
Isolado
O governador André Puccinelli (MS) ficou em maus lençóis no
PMDB, após haver rifado candidato do partido, Nelson Trad, para
apoiar Delcídio do Amaral (PT), afinal derrotado por Reinaldo
Azambuja (PSDB).
Pilantra solto
Recusando a extradição do mensaleiro petista Henrique Pizzolatto,
corrupto transitado em julgado, a Itália deu o troco no Brasil de Lula,
que protege outro bandido, o terrorista italiano Cesare Battisti.
Reciprocidade
O leitor Jorge Rodini acertou no olho da mosca: “Quem com Battisti
fere, com Pizzolato será ferido”.
Poder sem pudor
Mineiro opositor
A história foi contada ao
governador de Minas, Itamar
Franco, entre risos, nos
tempos em que havia alguma
expectativa de composição com
FHC. Relata o diálogo entre um
garoto e seu pai, que visitavam Ouro Preto. No Museu Tiradentes, o
pai explicou, muito compenetrado:
- Este foi Joaquim José da Silva Xavier. Morreu pela Pátria, deu sua
vida para nos livrar do jugo português. Um grande homem!
Antes que o filho se empolgasse, o pai advertiu:
- Não se impressione, meu filho. Foi o único mineiro que ficou
contra o governo e terminou esquartejado. Respeite sua história,
jamais o gesto.
valdenir rezende/arquivo
JÉSSICA BENITEZ
nelli já teria deixado claro ter
intenção de investir no nome
da deputada estadual eleita e
ex-primeira dama, Antonieta
Amorim (PMDB), para concorrer ao cargo em 2016.
Ele explicou que na bancada peemedebista da Assembleia Legislativa é o menos
prestigiado pela sigla, uma
vez que Jerson Domingos é
o presidente da Casa de Leis,
Maurício Picarelli é o vice-presidente, Junior Mochi é líder
do governador e Eduardo Rocha o líder da bancada. Carlos
Marun estava licenciado para
ser secretário Estadual de Habitação e Cidades.
“Então é isso. Todos sabem
a indisposição que tenho com
o governador, isso é público
e notório. Como vou ficar em
um partido que quem manda
é ele? Ele diz que não, mas colocou o Giroto, tirou o Giroto,
fez o Giroto disputar, depois
tirou”, avaliou referindo-se ao
deputado federal Edson Giroto
(PR) que lançou candidatura a
prefeito da Capital em 2012,
mas acabou derrotado.
“Eu tenho representatividade e densidade eleitoral para
ser candidato; o que eu não
tenho é a simpatia do governador porque tenho o pensamento diferente do dele, não
comungo com o pensamento
dele e por causa disso sou punido”, desabafou. O deputado explicou também que, de
acordo com a lei eleitoral, pode
migrar para outro partidos por
três motivos: ser perseguido;
surgir outra legenda ou quando há mudança de ideologia
por parte da sigla atual.
Neste sentido, Marquinhos
acredita não haver motivos para se desfiliar. “Não dá para ficar num partido como o PMDB
que tem candidato próprio ao
governo, como nesta eleição,
e um dos homens de confiança do governador que é
presidente da Assembleia e
não seria sem aval do governador, que explicitamente
apoia o adversário e não o
candidato que o próprio partido votou em convenção”,
opinou dizendo em seguida
que Jerson, sequer foi punido por ficar ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT)
na corrida pelo comando do
Estado. “Não expulsaram,
não abriram nem procedimento ético”, completou.
O parlamentar acredita
que sua saída causará comportamento diferente nos
correligionários. “Comigo
vão falar que sempre foram
bons comigo, que o governador é o meu padrinho
político. Vão falar que choram minha saída. Marun vai
dizer que sou agregador”,
finalizou.
CORTE DE CONTAS
Waldir pode ser novo presidente do TCE
TAVANE FERRARESI
Acontece hoje a eleição que
escolherá o novo presidente,
o vice e o corregedor-geral
do Tribunal de Contas de
Mato Grosso do Sul (TCEMS) para o biênio 20152016. A possibilidade é que
somente o conselheiro Waldir Neves concorra ao cargo
de presidente. Portanto, de-
verá se ele o novo dirigente
do Tribunal nos próximos
dois anos. Quanto ao vice, o
conselheiro José Ricardo Pereira Cabral provavelmente
continuará exercendo o cargo, enquanto na corregedoria-geral, o conselheiro Iran
Coelho das Neves tem grandes chances de ser o escolhido para a vaga.
Inicialmente, as definições
desta eleição estavam previstas para acontecer no dia
7 de outubro. Mas acabou
sendo adiada para hoje. A
escolha do sucessor do atual
presidente, Cícero de Souza,
acontece três dias antes de
sua aposentadoria compulsória, já que ele completará
70 anos de idade no dia 2 de
novembro.
Ao todo, o órgão possui se-
te conselheiros, mas atualmente apenas seis compõem a corte. Isto porque,
o chefe da Casa Civil do
governo do Estado, Osmar Jerônymo, ainda não
tomou posse no lugar do
conselheiro aposentado
José Ancelmo dos Santos.
Um auditor substituto faz
as vezes de conselheiro na
vacância do titular.
calote
Petista nega ofensa a cabos eleitorais
jéssica benitez
O suplente de vereador, Marcos Alex (PT), nega que tenha
ofendido cabos eleitorais que
foram reivindicar pagamento
no comitê do então candidato a governador, senador Delcídio do Amaral (PT), no dia
da votação (26), mas admitiu
haver pessoas sem receber
até agora por problemas burocráticos.
Na tarde da última segunda-feira (27) as primas Lucineide e Maria Daniele Rodrigues dos Santos, moradoras
da Vila Margarida, disseram
estar sem receber pela sema-
na de trabalho ao postulante
petista. Elas contaram, ainda,
que Alex teria as classificado
como “pés-rapadas”, além
de tê-las mandado procurar
trabalho.
“Acho que está havendo
alguma coisa estranha, essa
declaração me pegou de surpresa, jamais trataria alguém
assim, sou humilde, sei tratar todos com respeito e se
elas têm o direito de receber
eu sou o primeiro a defender
que recebam. Já perdi eleição
para vereador e nem por isso
ofendi alguém”, disse. Alex,
que deve retornar à Câmara
Municipal em 2015 para ficar
com a cadeira antes ocupada
pelo deputado federal eleito, José Orcírio Miranda Dos
Santos, o Zeca do PT, afirmou
que o problema com o pagamento de ambas se deve à
documentação.
“Parece que é algo com o
CPF, já estão resolvendo e
elas vão receber”, garantiu.
Outros cabos eleitorais e fiscais de urna contratatos pela
cúpula podem estar com o
mesmo problema. O petista
explicou que alguns contratados faltaram no dia da eleição e foram substituídos por
outras pessoas. Desta forma,
quem fechou contrato de úl-
tima hora consequentemente receberá com atraso.
Situação semelhante
ocorreu logo após o térnimo do primeiro turno. Na
época, dezenas de fiscais
foram ao comitê de Delcídio em busca de pagamento que estava atrasado há
alguns dias. A justificativa
na ocasião foi a greve dos
bancos, fato que teria impossibilitado a confecção
de cheques nominais aos
mais de sete mil colaboradores. “Essas contratações
são feitas com seriedade e
documentadas”, finalizou.
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- TCE