^T 33 O governador Pedro Simon criticou ontem, em Porto Alegre, a proposta defendida por alguns líderes do PMDB, entre os quais o senador Mário Covas e o_ex-governador paulista Franco Montoro, de convocar uma convenção extraordinária do partido no próximo mês, para redefinir os rumos da legenda, resgatando os seus compromissos programáticos. "Não vejo com simpatia", disse o governador gaúcho sobre a proposta, a r g u m e n t a n d o que o PMDB deve dar 'força total" para a Asse mb 1 é i a N a c i o n a l Constituinte e não se preocupar com outras d i s c u s s õ e s neste momento da v i d a nacional. O governador do Rio Grande do Sul evitou comentar a proposta do senador Fernando Henrique Cardoso di. r o m p i m e n t o do PMDB com o governo do presidente José Sarney, dizendo que não c o n h e c i a o seu t e o r . oficialmente, posabe-se que Sitambém discorda idéia. Pa i ele, a possibil i d a d e de se realizar uma convenção p a r t i dária e m pouco tempo, Como a prevista para o p r ó x i m o mês, por pxemplo, significaria, becessaria mente, y 3, *K^ AA)C_ /T- WiUW "mais uma paralisação na Assembléia Nacional C o n s t i t u i n t e " . E com isso Simon não concorda, pois enfatiza que o p a r t i d o deve unir-se em torno da necessidade de estimular a Constituinte. Recentemente, ele já se havia manifestado sobre o assu n t o , a l e r t a n d o os constituintes do PMDB para a importância de se "dar força total a um texto de melhor nível, um texto enxuto e sério" que reflita os anseios da maioria da população brasileira, o que e v i t a r i a , em sua opinião, a "crise permanente". Sobre o Centrão, o governador P e d r o Simon observou q u e o grupo deveria, em sua opinião, se identificar mais "com o programa partidário", pois "não é proporcionando uma força contrária, ou pela formação de g r u p o s , que será e n c o n t r a d a uma solução p a r a os problemas que andam por aí". Para ele, deve ser feito um esforço entre os membros do partido, com o objetivo de unir as várias correntes existentes, o que é possível, acredita, porque o C e n t r ã o ainda não " d o m i n o u ' ' o PMDB. "Pelo menos eu espero que não", ressaltou. Embora não tivesse conhecimento do lanç a m e nto o f i c i a 1 d a campanha nacional pró-parlamentarismo com eleições diretas no próximo ano — " n e m fui consultado sobre iss o " —, P e d r o S i m o n discordou de mais essa proposta. Favorável ao regime parlamentarista de governo, ele entende, porém, que implantá-lo já no próximo ano " s e r i a repetir 1961", uma experiência f r a c a s s a d a . Por isso, defende a sua implantação somente para o governo do p r ó x i m o presidente, da mesma forma como, "em tese", se manifesta por um mandato de cinco anos para Sarney.