Abstract
This study was designed to investigate the effect of nonsurgical rapid
maxillary expansion in adult patients diagnosed as having real or
relative transverse maxillary deficiency. Thirty-eight patients were
consecutively treated with a fixed
rapid maxillary expansion appliance
of the Haas design. Successfull ex-
pansion, as judged by clinical evidence of the creation of a diastema
at the central incisors, was possible
in 81,5% of the patients. Morbidity
ranged from mild discomfort to significant pain, edema, and palatal
lesions, wich, in most instances, did
not compromise the expansion. Only
moderate maxillary expansion was
possible in most patients, but
enough was obtained to facilitate the
achievement of satisfactory final
interocclusal relations.
Rapid maxillary
expansion; Adults treatment;
Non-surgically assisted rapid
maxillary expansion.
Uniterms:
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83
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84
Novidades Editoriais
Ortodontia e
Cirurgia Ortognática
Diagnóstico e Planejamento
Jorge Gregoret
Esta obra, embora desenvolva vários conteúdos
conceituais com a participação de diversos autores,
pretende transmitir uma sistematização lógica que
tem por finalidade coordenar os conhecimentos que
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lidar com os diferentes métodos de diagnóstico e
planejamento.
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A obra contou ainda com a participação da Dra.
Elisa Tuber, Dr. Luiz Horacio Escobar P. e Dr. Antonio Matos da Fonseca.
Incisivo Superior
no Triângulo
Diagnóstico de Tweed
Walter Rino
Este livro é resultado de uma relevante pesquisa e tese de doutorado, defendida no Curso de PósGraduação em Odontologia, área de Ortodontia sob
a orientação do Prof. Dr. Antônio Carlos Usberti.
O triângulo diagnóstico de Tweed é um importante meio auxiliar no diagnóstico e o presente
trabalho mostra a importância da posição do incisivo superior.
Este livro é de fundamental importância para
os estudantes de Odontologia que pretendam se especializar ou desenvolver seus estudos nessa área.
Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6 - nov./dez. - 1999
85
<faltando>
Tópico Especial
Ortodontia Preventiva e Interceptora:
Mito ou Realidade?
Preventive and Interceptive Orthodontic Treatment:
Myth or Reality?
RESUMO
Renato
Rodrigues
de Almeida
Daniela
Gamba Garib
Este trabalho visou discutir os aspectos concernentes ao tratamento precoce
das más oclusões, para nortear as atitudes do odontólogo diante de irregularidades desenvolvidas durante a dentadura decídua e mista. Para tanto, foram expostas as vantagens e desvantagens da
ortodontia preventiva e interceptora, assim como os casos que devem, os que podem e os que não devem ser tratados precocemente.
INTRODUÇÃO
José Fernando
Castanha
Henriques
Márcio
Rodrigues
de Almeida
Renata
Rodrigues
de Almeida
Qual é a época ideal para se iniciar o
tratamento das más oclusões?
Após aproximadamente um século de
desenvolvimento e evolução da Ortodontia enquanto ciência, passando pela difusão mundial dos procedimentos de Ortopedia Facial, chegamos às vésperas do
3º Milênio sem um consenso unânime a
respeito desta questão.
Assunto em pauta na literatura contemporânea, pesquisas, opiniões e expe-
Renato Rodrigues de Almeida A
Daniela Gamba Garib B
José Fernando Castanha Henriques
Márcio Rodrigues de Almeida D
Renata Rodrigues de Almeida E
Unitermos:
Ortodontia; Máoclusão; Dentadura
decídua; Dentadura
mista; Tratamento
precoce; Ortodontia
preventiva e
interceptora; Época de
tratamento.
A
B
C
D
E
riências clínicas relacionadas ao tratamento precoce das más oclusões4,6,11,13,22,
30,32,35,37
têm divulgado as vantagens e desvantagens da abordagem preventiva e
interceptora, buscando alcançar uma resposta para a questão acima.
As pretensões do tratamento precoce
parecem claras, incluindo a eliminação
dos fatores etiológicos da má oclusão, e
a prevenção da progressão das desarmonias esqueléticas, dentárias e funcionais.
Obtendo-se um ambiente dentofacial
mais favorável, guiando a irrupção
dentária para posições normais nos arcos,
e reduzindo as discrepâncias esqueléticas
por meio do redirecionamento do crescimento facial, pode-se minimizar ou até
mesmo eliminar a necessidade de tratamentos complexos durante a dentadura
permanente.
Este artigo objetiva discutir o tratamento ortodôntico precoce, com vistas a
fundamentar as atitudes profissionais
com relação à época de tratamento das
más oclusões.
C
Professor Assistente Dr. da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, Professor
responsável pela disciplina de ortodontia e coordenador do curso de Especialização em Ortodontia da Faculdade
de Odontologia de Lins – UNIMEP e Professor Associado da Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID.
Aluna de pós-graduação, ao nível de Mestrado, da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.
Professor Titular e coordenador do curso de Doutorado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia
de Bauru – USP.
Especialista, Mestre e Doutorando em Ortodontia, pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e Professor
de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins – UNIMEP ao nível de Graduação e Especialização.
Aluna de pós-graduação, ao nível de Mestrado, da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru
– USP, Especialista em Radiologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e Professora da Disciplina de
Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins – UNIMEP.
Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.87-108 - nov./dez. - 1999
87
VANTAGENS DO TRATAMENTO
PRECOCE
- Simplifica ou elimina a necessidade de tratamento corretivo na dentadura permanente
A essência do tratamento precoce,
indiscutivelmente, consiste no aproveitamento do crescimento dos pacientes
jovens para favorecer a correção das deformidades dentoesqueléticas. Na dentadura permanente, a pequena ou ausente quantidade de crescimento residual, limitam as opções de tratamento.
Segundo MOYERS, RIOLO 18, os
ortodontistas devem evitar tratamentos prolongados e complexos, como
ocorria no passado, quando não podiam melhorar as discrepâncias esqueléticas severas em crianças, e realizavam
a correção da má oclusão apenas na
dentadura permanente completa, por
meio de compensações ou camuflagem
ortodôntica. Os autores enfatizaram
que, nos dias atuais, considera-se mais
lógico e de bom senso, realizar o tratamento em duas etapas. Durante a primeira fase, controla-se o crescimento do
esqueleto facial, melhorando a
morfologia geral, para que o
posicionamento dentário seja facilitado na segunda fase do tratamento (mecânica corretiva).
A abordagem ortopédica precoce
atenua a complexidade da correção
ortodôntica das más oclusões, uma vez
que na dentadura permanente, a boa
relação entre as bases apicais, maxila
e mandíbula, favorecerá o correto
posicionamento dentário e a estética
facial resultante6, 11. Além disso, se a segunda fase do tratamento ortodôntico
for necessária, consumirá um menor período de tempo, devido à limitada quantidade de movimentação dentária
requerida.
- Redução do número de casos
com extrações de dentes permanentes
Na dentadura permanente, o tratamento compensatório de discrepâncias
sagitais entre as bases apicais, como a
Classe II e III esqueléticas, muitas vezes exige a extração de pré-molares su-
periores e inferiores, respectivamente,
para possibilitar a normalização da relação interarcos e do trespasse horizontal e vertical entre os incisivos. Obviamente, a intervenção ortopédica precoce, corrigindo a origem do problema, ou
seja, a relação ântero-posterior alterada entre maxila e mandíbula, restringirá a necessidade de extrações
dentárias6.
Ademais, o controle de espaço durante o período de transição ou dentadura mista, com a manutenção e a recuperação de espaço para os dentes permanentes em irrupção, encerra fundamental importância na prevenção de
extrações futuras.
- Redução da necessidade de cirurgia ortognática
Muitas discrepâncias esqueléticas
severas, como o prognatismo mandibular e a face excessivamente longa, deformidades de difícil manipulação ortopédica, têm na cirurgia ortognática
a única opção de tratamento satisfatório. Por outro lado, a abordagem ortopédica em casos de Classe II, Classe III
por deficiência maxilar e de atresias
esqueléticas da maxila, pode descartar
a necessidade de cirurgia corretiva, finda a fase de crescimento6. As vantagens
são indiscutíveis, não apenas devido a
aspectos financeiros e relacionados aos
riscos da própria cirurgia, mas também
ao aspecto emocional dos pacientes.
Atravessar a árdua fase da adolescência apresentando uma severa deformidade facial, a espera da maturidade
esquelética para se realizar a cirurgia
ortognática, implica em incômodos psicológicos para o jovem32.
- Aumento da estabilidade da correção morfológica
As alterações morfológicas conseqüentes à correção precoce, provêm em
grande parte, do próprio potencial de
crescimento e desenvolvimento da criança, o que possui uma conotação ambígua em termos de estabilidade. Ao
mesmo tempo em que favorece a adaptabilidade e uma maior manutenção
dos resultados conseguidos6, em mui-
Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial - v.4, n.6, p.87-108 - nov./dez. - 1999
tos casos, a correção ortopédica dos
maxilares exige uma contenção, ou pelo
menos um monitoramento longitudinal
até o final do crescimento37.
- Redução do custo biológico: o desenvolvimento de reabsorções radiculares e de problemas periodontais
O tratamento ortodôntico realizado
na dentadura permanente, em uma só
fase, apresenta um custo biológico maior quando exige maiores quantidades
de movimentação dentária e um maior
tempo de tratamento corretivo. Estes
fatores estão intimamente relacionados
com a ocorrência de reabsorções radiculares. Além disso, os movimentos ortodônticos compensatórios, tendem a
transportar os dentes para além dos limites do osso alveolar, aumentando as
chances de ocorrer fenestrações ósseas
e recessões gengivais.
- Diminuição da vulnerabilidade dos
incisivos superiores a fraturas e
traumas
A protrusão dos incisivos superiores, na má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, mantida durante toda a infância, aumenta as chances de ocorrer
traumas e fraturas destes dentes em
acidentes e quedas35.
- Maior cooperação do paciente
Na decisão da época mais oportuna para o início do tratamento, a colaboração do paciente na infância ou
na adolescência, constitui um fator de
importância. Muitos autores citam que
pacientes mais jovens são mais cooperadores e atenciosos com o tratamento ortodôntico que a maioria dos
adolescentes, principalmente em relação ao uso de aparelhos extrabucais5,6,18,32,37.
- Benefícios psicológicos
A estética facial possui implicações
significantes na socialização do ser humano. A percepção de beleza influencia o desenvolvimento psicológico desde a infância até a fase adulta. Pesquisas revelaram que crianças aos 6 anos
88
de idade já incutiram valores culturais
de atratividade física. Aos 8 anos, seus
critérios de atratividade se equiparam
ao do adulto. Crianças mais belas são
mais sociáveis, mais aceitas por seus
iguais, e ainda consideradas mais inteligentes, o que contribui enormemente para o desenvolvimento da auto-estima32.
Baseando-se nestes preceitos, vislumbra-se o valor do tratamento precoce contribuindo para a auto-imagem da
criança em desenvolvimento.
DESVANTAGENS DO TRATAMENTO PRECOCE
- Dificuldades em prever o rumo do
processo de crescimento e desenvolvimento craniofacial
O tratamento precoce requer do
ortodontista uma previsão da morfologia futura na dentadura permanente,
a partir da avaliação da dentadura
decídua ou mista11,30. Esta tarefa complexa, necessita do conhecimento sobre o crescimento e desenvolvimento da
face e da dentição, assim como da
pluralidade de eventos, genéticos e
ambientais, que interferem em todo
este processo. Desta forma, a dúvida
quanto ao rumo do desenvolvimento
craniofacial, assim com a carência de
conhecimentos, podem inibir o profissional de intervir precocemente.
- Menor domínio da manipulação ortopédica dentofacial, quando comparado à biomecânica da movimentação dentária
As tradicionais aparelhagens com
bráquetes, utilizados na dentadura permanente durante a mecânica corretiva,
permitem o controle tridimensional da
movimentação dentária. O conhecimento da biomecânica apoia-se em conceitos exatos da física, e portanto, os
profissionais possuem um grande domínio do tratamento com estes dispositivos. Por outro lado, os efeitos dos
aparelhos ortopédicos, principalmente
os funcionais, baseiam-se essencialmente na resposta biológica do paciente, o que não demonstra a mesma exatidão matemática.
- Prolongamento do período cronológico de tratamento
De acordo com MOYERS; RIOLO18,
contabiliza-se o tempo de tratamento
pelo número de horas gastos na cadeira do dentista, e não pelo período cronológico do início ao término do tratamento. Portanto, a ortodontia realizada em duas fases dispende menos horas clínicas, e um maior “período do calendário”.
No entanto é notório que, durante
um tratamento prolongado, a cooperação do paciente decresce, o que exige do profissional a racionalização e
o bom senso para se intervir precocemente.
Conclui-se que para cada tipo de má
oclusão, e em cada caso individualmente, há que se avaliar a relação custo-benefício da intervenção precoce, a fim de
se decidir a época mais oportuna para o
início do tratamento. O diagnóstico de
inconvenientes estéticos e funcionais associados à má oclusão, aliado a uma visão futura de como a irregularidade vai
evoluir para a dentadura permanente,
conduzem o profissional a optar pelo tratamento precoce quando suas vantagens superam as desvantagens.
O pensamento simplista de tratar
FIGURA 1- Perda de espaço proveniente
da inclinação mesial do primeiro molar inferior.
toda má oclusão tardiamente (na dentadura permanente) ignora as potencialidades biológicas inerentes ao processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano. Equiparamos a
odontologia à medicina, a medida que
valorizamos a atitude médica ao tratar uma doença antes que ela se agrave e comprometa, reversível ou irreversivelmente, a saúde do paciente.
Portanto, louvamos a filosofia de tratamento precoce, quando bem indicada, pelos incontestáveis benefícios
funcional, estético e psicológico proporcionados à criança em desenvolvimento, como veremos a seguir.
CASOS QUE DEVEM SER TRATADOS PRECOCEMENTE
- Perda precoce de dentes decíduos
(Manutenção e recuperação de
espaço)
Na Ortodontia, a preocupação com
a perda precoce de dentes decíduos
se fundamenta na perda de espaço
que pode ocorrer no arco dentário,
com a inclinação dos dentes adjacentes em direção ao espaço originado.
Deste modo, o sucessor permanente,
sem espaço disponível, desvia sua
trajetória de irrupção, irrompendo
fora do arco dentário, por vestibular
FIGURA 2- A insuficiência de espaço para
irrupção do segundo pré-molar foi ocasionada pela inclinação mesial do primeiro
molar e pela inclinação distal do primeiro
pré-molar, após a perda precoce do segundo molar decíduo.
FIGURA 3 e 4 - As radiografias panorâmicas evidenciam a perda de espaço para caninos e pré-molares, tanto no arco superior quanto no inferior.
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89
Download

This study was designed to inves- tigate the effect of