forma intermitente (14 horas por dia). Este aparelho é indicado na fase de dentadura mista para um melhor aproveitamento das qualidades ortopédicas e uma menor ação dentária o que não acontece quando o aparelho é aplicado na fase de dentadura permanente, conforme apresentado por MENEZES et al.7. A mandíbula, por sua vez, mostrou rotação anti-horária, o que favoreceu a correção da relação maxilo-mandibular anteroposterior e também da mordida aberta anterior. Pode ser afirmado, que apesar deste aparelho não ter uma ação direta sobre a mandíbula, ao agir sobre a face média permite que a mandíbula complete seu crescimento normal, contribuindo para a correção da displasia anteroposterior5. CONCLUSÃO Abstract serted on buccal tubes on the first upper molars, although combinations of extraoral traction and removable appliances have also been proposed, as for example, the “Maxillary splint”, presented by Thurow in 1975. This appliance restricts the upper jaw growth and also allows a counterclockwise rotation of the mandible. The aim of this article is to present a clinical report in which a modified Thurow maxillary splint was used in the treatment of a Class II with open bite malocclusion. The use of extraoral force to teeth and jaws relationships is a routine procedure in Orthodontics and presents two important variables in terms on its clinical application: the direction and attachment mechanism of the applied force. About the last one, generally the extra-oral appliance is in- O aparelho extra-bucal de Thurow modificado mostrou ser capaz de restringir o crescimento da maxila tanto no sentido vertical como anteroposterior além de permitir uma rotação da mandíbula no sentido antihorário, o que é indicado no tratamento dos casos de Classe II com mordida aberta. Key-words: Class II malocclusion; Modified Thurow extra oral appliance; Open bite. REFERÊNCIAS 1 - CALDWELL, S.F.; HYMAS, T.A.; TIMM, T.A. 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Entre eles, é destacado o Pêndulo de Hilgers, que foi estudado e modificado por alguns autores, os quais comprovaram a sua eficiência. No caso clínico apresentado, é mostrado seu modo de ação em um tratamento de uma maloclusão de Classe II dental, onde os primeiros molares permanentes superiores foram distalizados, recuperando o espaço para erupção dos dentes permanentes. Logo após, foi realizada a montagem de aparelhagem fixa para finalização do tratamento. INTRODUÇÃO O tratamento das maloclusões de Classe II ocorre freqüentemente em nossa clínica diária, muitas vezes associadas à falta de espaço na arcada. Desde o início da Ortodontia, restabelecer a relação molar significava contar com a cooperação do paciente com o uso de ancoragem extra bucal ou aparelhos removíveis, o que muitas vezes, por não existir, levava a resultados insatisfatórios com um tempo Palavras-chave: Tratamento ortodôntico; Distalização de molares; Pêndulo de Hilgers. maior de tratamento. A partir dos anos 80, alguns autores1,4,6,7 estudaram opções de tratamento para a correção da Classe II, com necessidade mínima de colaboração do paciente. Entre estes aparelhos, é apresentado neste artigo o Pêndulo de Hilgers. REVISÃO DE LITERATURA O tratamento da Classe II de Angle tem sido realizado desde os primórdios da Ortodontia basicamente através do uso de tração extrabucal. Desde a época de KINGSLEY (1866), o uso da tração extrabucal era um recurso utilizado para correção da protrusão superior destas maloclusões13. Nas últimas décadas, alguns aparelhos intrabucais foram desenvolvidos para auxiliar na correção da relação molar e /ou do comprimento de arco. Autores como CETLIN e TEN HOEVE4 descreveram o uso de um aparelho removível concomitantemente ao uso da tração extrabucal, para recuperação de espaço e correção da Classe II, porém o sucesso do tratamento dependia da colaboração do paciente. GIANELLY et al.6 introduziram o uso de magnetos intraorais, que apesar de sua eficiência, exige maior número de visitas do paciente para manter sua ativação5. JONES e WHITE8 desenvolveram um acessório intraoral, usando uma mola de Denise Murcia Macedo* Luís Antônio de Arruda Aidar** * Aluna do curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ACDSSV. ** Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ACDSSV; Mestre em Ortodontia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 63-71, jan./fev. 2001 63