Tereza Cristina François Chefe do serviço de fonoaudiologia do Hospital Quinta D'Or / Hospital Mario Lione / Hospital Pan Americano O envelhecimento é um fator comum a todos nós, e as modificações da fisiologia são progressivas, o que caracteriza a degenerescência psico-física do ser humano. A perda do controle neuromuscular aumenta com o passar dos anos, fazendo com que o indivíduo sofra, a deterioração das habilidades do corpo. Aspectos Motores da Deglutição: Fase Oral O envelhecimento reduz as papilas linguais, o olfato e compromete as informações sensoriais importantes para o processo da deglutição. A redução da salivação contribui para a exacerbação do esforço muscular e o prolongamento do tempo da deglutição. O incremento temporal da fase oral se dá pelo aumento do tecido adiposo, do conjuntivo, da redução da massa muscular e da diminuição das unidades motoras funcionais. O declínio da força e da mobilidade da língua alteram a propulsão do bolo e se associada esta modificação com a diminuição da força mastigatória, ocorrerá um problema na formação do bolo, levando à fadiga prematura. Mais de 50% da força da mordida diminui por causa da atrofia dos músculos mastigatórios, comprometendo o movimento rotatório da mandíbula, o que prejudica a trituração do alimento. Essas alterações podem explicar a preferência por alimentos pastosos e a maior dificuldade para os líquidos. Fase Faríngea A diminuição da peristalse e a diminuição da sensibilidade faríngea, além do movimento extra do osso hióide, resultam em resíduo alimentar na faringe seguindo-se a deglutição. A diminuição do tecido conjuntivo da musculatura supra- e infra-hióidea que sustentam a laringe, as reduções na elevação e na anteriorização dessa última comprometem a abertura do EES e são responsáveis pelo acúmulo de resíduo alimentar na hipofaringe, levando o idoso à bronco-aspiraçãoapós a deglutição. Fase Esofágica O espessamento da musculatura involuntária diminui a amplitude da contração peristáltica. A pressão de repouso do segmento faringo-esofágico faz com que os idosos sejam mais propensos ao refluxo. As mudanças na função esofágica incluem: o atraso no esvaziamento esofágico e o aumento da dilatação esofágica.