Artigo Original Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM Correlation between expression of cyclooxygenase-2, VEGF and Ki-67 in squamous cell carcinomas of the larynx and hypopharynx with TNM Resumo Introdução: Carcinoma de células escamosas é a neoplasia mais freqüente da laringe e hipofaringe. Para que haja desenvolvimento e evolução tumoral, a angiogênese é fator essencial, sendo estimulada pelo fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) e por fatores proangiogênicos induzidos pela enzima ciclooxigenase-2 (Cox-2). Objetivos: Avaliar a expressão do VEGF, Cox-2 e Ki-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe e sua correlação com estadiamento tumoral, dados histopatológicos e relação entre si. Métodos: Foram estudados 35 casos de tumores de carcinoma de células escamosas de laringe e hipofaringe do Departamento de Anatomia Patológica de um hospital terciário atendidos no período de 1996 a 2011, divididos em 4 grupos quanto a localização e diferenciação tumoral. A expressão do VEGF, Cox-2 e Ki-67 foi realizada através de imunomarcadores. Resultados: A superexpressão do VEGF foi observada em apenas 20% dos casos estudados. A Cox-2 mostrou-se superexpressa em aproximadamente metade dos casos estudados (48,6%). O índice de proliferação celular (Ki-67) mostrou correlação positiva com o grau histológico sendo maior nos casos moderadamente/ pouco diferenciados. Houve correlação positiva entre a expressão do VEGF e da Cox-2. Discussão e conclusão: O VEGF e a Cox-2 estão intrinsicamente ligados, contudo não parecem ter implicação quanto à graduação histológica, extensão e progressão tumoral em carcinomas de células escamosas de laringe/hipofaringe. O índice de proliferação celular medido pelo Ki-67 pode ser útil na caracterização do grau histológico do carcinoma escamoso, contudo outros fatores devem estar implicados quanto à patogênese e progressão tumoral desta doença na laringe e hipofaringe. Rodrigo Gonzalez Bonhin 1 Fernando Laffittte Fernandes 1 Guilherme Machado de Carvalho 2 Alexandre Caixeta Guimarães 3 Albina M. Altemani 4 Carlos Takahiro Chone 5 Agrício Nubiato Crespo 5 Eliane Maria Ingrid Amstalden 4 ABSTRACT Introduction: Squamous cell carcinoma is the most common cancer of the larynx and hypopharynx. So there is development and tumor development, angiogenesis is an essential factor, being stimulated by vascular endothelial growth factor ( VEGF ) factors induced by the enzyme cyclooxygenase - 2 ( Cox - 2 ) vascular . Objectives: To evaluate the expression of VEGF , Cox - 2 and Ki - 67 in squamous cell carcinomas of the larynx and hypopharynx and its correlation with tumor staging , histopathological data and relationship to each other. Methods: 35 cases of squamous cell carcinoma of the larynx and hypopharynx of Pathology department of a tertiary hospital treated between 1996-2011 were divided into 4 groups according to tumor location and differentiation. Expression of VEGF, COX-2 and Ki-67 was performed by immunomarkers. Results: Overexpression of VEGF was observed in only 20 % of the cases studied. COX-2 overexpression showed up in about half of cases (48.6%). The rate of cell proliferation (Ki -67) showed a positive correlation with histological grade, being higher in cases moderately / poorly differentiated . There was a positive correlation between the expression of VEGF and COX-2. Discussion and Conclusion: VEGF and COX-2 are intrinsically connected, yet not seem to have implications as to the histological grade, extent and progression in squamous cell carcinomas of the larynx / hypopharynx . The cell proliferation index measured by Ki -67 may be useful in characterizing the histological grade of the squamous cell carcinoma, but other factors must be involved as to the pathogenesis and progression of this disease in the larynx and hypopharynx . Keywords: Carcinoma; Larynx; Hypopharynx. Descritores: Carcinoma; Hipofaringe; Laringe. Introdução Carcinoma de células escamosas é a neoplasia mais frequente da laringe e hipofaringe. O prognóstico depende do tamanho da lesão; nível de invasão e existência de metástases à distância1,2,3,4. A angiogênese é essencial no desenvolvimento tumoral, para prover nutrientes, oxigênio, e fatores de crescimento que sustentem a sua função celular. Esta pode ser medida através da expressão de Fator de Crescimento Vascular 1. Médico Residente. 2. Mestre em Medicina, Otorrinolaringologista. 3. Médico Otorrinolaringologista. 4. Doutora. Médica Patologista e docente. 5. Otorrinolaringologista,M.D., Ph.D., Chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia, Cabeça e Pescoço, UNICAMP. Otorrinolaringologista, M.D., Ph.D., Chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia, Cabeça e Pescoço, UNICAMP. Instituição: Unicamp. Campinas / SP – Brasil. Correspondência: Fernando Laffittte Fernandes - Rua Egle Moretti Belintani - 33 - Ed. Aquarela Apto 52A - Parque das Flores - Campinas / SP - Brasil - CEP: 13087-620 - E-mail: [email protected] Artigo recebido em 19/02/2014; aceito para publicação em 26/03/2014; publicado online em 31/03/2014. Conflito de interesse: não há. Fonte de fomento: não há. 42 R���������������������������������������������� Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. Endotelial (VEGF)5. Outros fatores proangiogênicos podem ser induzidos pela enzima Ciclooxigenase-2 (Cox-2). A índole do carcinoma de células escamosas é marcada pelo grau de proliferação e diferenciação celular (6). Considerando que o VEGF e a Cox-2 têm um importante papel na angiogênese tumoral5,6 e que o índice de proliferação celular (Ki-67) é parâmetro determinante quanto à índole de agressividade da neoplasia7,8,9, este estudo tem como objetivos avaliar a expressão desses marcadores em Carcinoma de células escamosas da laringe e hipofaringe e correlacionar quanto aos achados anatomopatológicos, estadiamento e correlação entre si dos marcadores Informações da literatura Na literatura é observado estudos que buscam compreender a relação existente entre a expressão imunohistoquímica de marcadores angiogênicos como VEGF e Cox-2 com tumores de diferentes sítios, graus histológicos e estadios, afim de entender os mecanismos envolvidos, o papel de cada fator dentro do processo de carcinogênese, estabelecer relações de prognóstico e tratamento5,10,11,12,13,14,15,16,17,18. Na angiogênese ocorre uma interação complexa entre as células endoteliais, a matrix extracelular proteica, e os fatores solúveis existentes no plasma. As células endoteliais saem do seu estado quiecente quando estimuladas pelo fator VEGF (Vascular Endothelial Growth Factor), e iniciam os seguintes passos: dissolução da membrana basal; migração e proliferação das células endoteliais; formação de tubos capilares; maturação e sobrevivência dos novos vasos formados. Desta forma, garante-se o aporte sanguíneo necessário para evolução neoplásica5,10. A ciclooxigenase é a enzima responsável pela conversão do ácido aracdônico em prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano, fundamentais no processo de inflamação tecidual. Ela apresenta duas isoformas principais: a Cox-1 e a Cox-2. Em situações fisiológicas a Cox-1 é expressa na maioria dos tecidos e realiza a função de síntese dos eicosanóides, responsáveis por dilataçào e constricção vascular, proteçào da mucosa gástrica, contraçào e relaxamento de musculatura lisa, inibição de agregação plaquetária, ente outras. Já a síntese da Cox-2, usualmente diminuta, sob estímulo de citocinas; fatores de crescimento celular e oncogenes têm sua expressão aumentada5,6, se relacionando com a angiogênese, invasão e metástase tumoral. O aumento da COX-2 é observado em vários tipos de câncer, como por exemplo, nos cânceres de pâncreas, pulmão, mama, estômago, cólon, próstata e cabeçapescoço5. Os níveis aumentados de Cox-2 durante o desenvolvimento e a progressão de tumores estão relacionados com a ativação de oncogenes; atividades aumentadas dos fatores de crescimento celular; e das citocinas. Oncogenes como o “Ras” tem demonstrado aumentar Cox-2 em células de câncer de mama5. A Cox-2 sintetiza a PGE2, que atua nos receptores E2- e E4- das células endoteliais. Por via do AMPc, a COX-2 promove a migração e a disseminação destas células através do mecanismo de angiogênese, e além disso, aumenta a síntese de VEGF, fator fundamental para o processo de angiogênese10,19. Colocação da questão estudada Considerando que o VEGF e a Cox-2 têm um importante papel na angiogênese tumoral e que estes fatores estão relacionados com a formação; progressão; invasão e metástase tumoral5; Considerando que o índice de proliferação celular é parâmetro determinante quanto à índole de agressividade da neoplasia; Considerando que os três fatores (VEGF, Cox-2 e Ki-67) podem ser marcadores de prognóstico6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18; Considerando que os Anti-inflamatórios não esteroidais, de alguma forma, poderiam tentar modular este processo tão complexo e passível de maiores elucidações6. Considerando que essa correlação, em carcinomas da laringe e hipofaringe não está bem esclarecida na literatura, e somente poucos trabalhos seguiram esta linha de pesquisa18 Objetivos gerais: avaliar a expressão do VEGF; Cox-2 e Ki-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe. Objetivos específicos:Correlacionar a expressão desses marcadores (VEGF; Cox-2 e Ki-67) quanto à: a) Dados anátomo-patológicos: topografia do tumor; tamanho da lesão; grau histológico de diferenciação neoplásica. b) Estadiamento: nível de invasão em tecidos adjacentes; comprometimento linfonodal; metástase à distância. c) Verificar a correlação da expressão desses marcadores (VEGF; Cox-2 e Ki-67) entre si. Atividades desenvolvidas Inicialmente foram levantados os casos de tumores de carcinoma de células escamosas de laringe e hipofaringe do Depto. de Anatomia Patológica – HC FCM UNICAMP. Destes foram selecionados 35 casos, divididos em 4 grupos: 6 casos de tumores glóticos de laringe do tipo bem diferenciado, 10 casos de tumores glóticos de laringe do tipo moderadamente/pouco diferenciado, 9 casos de tumores de laringe/hipofaringe não glóticos do tipo bem diferenciado e 10 casos de tumores de laringe/hipofaringe não góticos do tipo moderadamente/pouco diferenciados. Os grupos não foram homogênios com 10 casos em cada grupo, pois no banco analisado não foram encontrados número de casos suficientes para completar os grupos. Em seguida foi realizado o estudo imunohistoquímico e a avaliação da intensidade dos marcadores em cada caso. As lâminas foram fotografadas para contagem das células positivas, a fim de compor a pontuação final Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 43 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. da escala Germânica de imunorreatividade que avalia o grau de expressão dos imunomarcadores. Como o estudo também se propôs a avaliar a proliferação celular, foram estudadas as lâminas marcadas com Ki-67 e estabelacida a taxa de proliferação celular. Foi feita revisão dos prontuários dos casos e classificado o estadiamento TNM. Por fim os dados foram tabelados e em conjunto com o Departamento de Estatística da UNICAMP, fez-se a análise dos dados, utilizando-se do teste de Qui Quadrado e Teste Exato de Fisher. Materiais e Métodos a) Análise e seleção dos casos Foram levantados do acervo do Dep. de Anatomia Patológica do Hospital das Clínicas da UNICAMP os casos, de carcinoma de células escamosas da laringe e hipofaringe, dos últimos quinze anos, provenientes de biópsias excisionais e peças cirúrgicas correspondentes à hemi-laringectomias, laringectomias totais, e retidada das cordas vocais com respectivas linfadenectomias. A seleção dos casos obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: tumores cujos blocos de parafina foram localizados e continham material suficiente para novos cortes. Existência dos dados necessários para estadiamento da lesão quanto aos critérios de: topografia do tumor; tamanho da lesão; nível de invasão em tecidos adjacentes; comprometimento linfonodal; metástase à distância.Foram utilizados os prontuários dos pacientes para extrair os dados do estadiamento tumoral. b) Análise Macroscópica Os achados macroscópicos foram obtidos através da análise dos relatórios Anátomo-Patológicos. Os quesitos considerados foram: localização; tamanho e extensão das lesões. c) Análise Histológica: Foram levantadas as lâminas arquivadas no Dep. de Anatomia Patológica. foi feita revisão dos casos, confirmação dos diagnósticos, graduação histológica e escolhido as melhores lâminas/blocos para realização do estudo Imunohistoquímico.Da análise histológica foi feita caracterização do grau de diferenciação celular de cada caso. Foram graduados em: bem, moderado ou pouco diferenciados. d) Reação Imunohistoquímica: O estudo imunihistoquímico foi realizado pelo método avidina biotina peroxidase, o de rotina no Dep. de Anat. Patol., com a utilização dos seguintes anticorpos (Tabelas 1 e 2). Foram feitos controles positivos e negativos de cada marcador, com a finalidade de compará-los com os casos estudados. Como controle positivo para COX-2 utilizouse tecido intestinal, conforme orientação do laboratório produtor dos anticorpos. Da mesma forma foram feitos controles positivos para VEGF com tecido renal e Ki-67 com tecido linfóide. e) Avaliação dos achados da Imunohistoquímica: A leitura das lâminas foi feita de forma randomizada, por um investigador que não tinha o conhecimento do diagnóstico prévio dado pelo patologista, e nem o conhecimento do status clínico do paciente, de forma comparativa com os controles positivos e negativos. Fotografias digitalizadas em grande aumento (400x) foram feitas das áreas altamente reativas (Hot spots), com a utilização de máquina fotográfica Nikon COOLPIX Câmera 995. Após isso, as imagens foram enviadas ao computador para análise histológica que utilizou o software Imagelab 2000. Todos os parâmetros foram avaliados de forma cega. Finalmente, os achados histológicos e imunohistoquí Tabela 1. Anticorpos usados para a imunoistoquímica. Anticorpo Clone Tipo Diluição Marca Pré tratamento VEGF IgG1 1:100 Sta. Cruz Tampão Citrato COX-2 IgG1 1:30 Abcan Tampão Citrato IgG1 1:150 Dako Tris – EDTA Ki-67 MIB-1 Tabela 2. Características dos anticorpos utilizados no estudo. ANTICORPOS FUNÇÃO Anticorpo VEGF Regulador da angiogênese fisiológica e durante a embriogênese, é detectado em alguns tumores primários. Sua expressão está restrita as células endoteliais. Anticorpo COX-2 A expressão de COX-2 é encontrada em vários tumores malignos. Está envolvida na angiogênese e diferenciação celular. Sua expressão ocorre no citoplasma das células tumorais. Anticorpo Ki-67 Este anticorpo se liga ao seu antígeno-específico (MKi67) presente nos núcleos das células em proliferação, corando-os e evidenciando todas as células que entraram no ciclo de divisão celular. 44 R���������������������������������������������� Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. micos foram correlacionados com o estadio TNM [Classificação TNM- UICC-AJCC (revisão de 2002)]. e.1) Expressão da COX-2 e VEGF: A graduação da expressão do VEGF e da Cox-2 foi baseada na Escala Germânica de Imunorreatividade. Esta consiste na multiplicação do coeficiente de intensidade da expressão do imunomarcador versus o coeficiente de porcentagem de células positivas. O coeficiente de intensidade da expressão do imunomarcador foi graduado de 0-3, assim caracterizado: 0 - ausência de coloração; 1 - fracamente corado; 2 moderadamente corado; 3 - fortemente corado. Para a obtenção do coeficiente de porcentagem de células positivas foi seguido à seguinte sequência: Contar-se-á o número de células positivas (coradas) e negativas (não coradas), em um espaço amostral de no mínimo 500 células, e estratificado da seguinte forma: Coeficiente 0 -ausência de coloração. Coeficiente 1 (1-10%) de positividade. Coeficiente 2: - (11-50%) de positividade. Coeficiente 3 - (51-80%) de positividade. Coeficiente 4 - (81-100%) de positividade. O valor final da Escala Germânica de Imunorreati vidade (coeficiente de intensidade da expressão do imunomarcador X o coeficiente de porcentagem de células positivas) varia de 0-12, sendo estratificado: 0 (negativa), 1-4 (fraca), 5-8 (moderada) e 9-12 (Forte). e.2) Expressão nuclear de Ki-67 (Ki-67 INDEX): A avaliação da taxa de proliferação celular foi feita utilizando-se razão percentual comum. Foram selecionadas 5 áreas de maior intensidade de expressão do imunomarcador (hot spots). Contado no mínimo 500 células, e feita a relação do número de células que apresentam seu núcleo positivamente corado com o número total de células contadas.A relação percentual foi estratificada da seguinte maneira: <5% - baixa taxa de proliferação celular. Entre 5 e 10% - leve taxa de proliferação celular. Entre 10-30% - moderada taxa de proliferação celular. >30% - alta taxa de proliferação celular. f) Análise estatística: Para simplificação e melhor analisar os dados, estes foram agrupados da seguinte forma: Escala Germânica de Imunorreatividade: Negativa e fraca – Grupo 1 Moderada e Forte – Grupo 2 Índice de proliferação celular: Baixa e leve proliferação celular – Grupo 1 Moderada e alta proliferação celular – Grupo 2 TNM (Classificação TNM- UICC-AJCC) T – extensão tumoral T1 e T2 – Grupo 1 (Tumores menores ou sem invasão de estruturas extra-laríngeas – restritos ao sítio originário) T3 e T4 – Grupo 2 (Tumores maiores ou com invasão de estruturas extra-laríngeas - invasores) N – linfonodos acometidos N0 – Grupo 0, Sem acometimento linfonodal N1, N2 e N3 – Grupo 1, com acometimento linfonodal M – Metástase M0 – Grupo 0 (ausência de metástase) M1 – Grupo 1 (presença de metástase) Local e tipo histológico Glótico bem diferenciados – grupo 1 Glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 2 Não Glóticos (Hipofaringe, supraglótico e Infraglótico) bem diferenciado – grupo3 Não Glóticos (Hipofaringe, supraglótico e Infraglótico) moderadamente/pouco diferencidos – grupo4 Após agrupamento dos dados, foram feitas as análises estatísticas com o software IBM SPSS Statistics® utilizando teste de Qui-Quadrado e Teste Exato de Fisher. Resultados a) Correlação entre os grupos tumorais e a expressão dos fatores de angiogênese (VEGF / Cox-2). VEGF Entre os tumores glóticos bem diferenciados – grupo 1 (N = 6 casos), 5 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 1 caso teve expressão moderada/forte. Nos tumores glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 2 (N=10 casos), 9 casos tiveram expressão negativa/fraca e 1 caso teve expressão moderada/forte. Nos tumores não glóticos bem diferenciados – grupo3 (N = 9 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/fraca e 3 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores não glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 4 (N = 10), 8 casos tiveram expressão negativa/ fraca e 2 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação dos tipos tumorais e a expressão de Cox-2 (p = 0.658). VEGF Glóticos Não Glóticos Neg./ Fraca 14 (87,5%) 14 (73,7%) Mod./ Forte 2 (12,5%) 5 (26,3%) Total 16 19 Comparando topograficamente, sem levar em consideração o tipo histológico, dentre os tumores glóticos (N = 16), 14 casos tiveram expressão negativa/ fraca de VEGF e 2 casos tiveram expressão moderada/ forte, enquanto que os tumores não glóticos (N = 19), 14 casos tiveram expressão negativa/fraca e 5 casos tiveram expressão moderada/forte. Neg./ Fraca Bem Diferenciados 11 (73,3%) Moderad./pouco diferenciados 17 (85%) Mod./ Forte 4 (26,7%) 2 (15%) Total 15 20 VEGF Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 45 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. Comparando tipo histológico, sem levar em consideração a topografia tumoral, dentre os tumores bem diferenciados (N = 15), 11 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 4 casos tiveram expressão moderada/forte, enquanto que os tumores moderadamente/pouco diferenciados (N = 20), 17 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 3 casos tiveram expressão moderada/forte. Cox-2 Entre os tumores glóticos bem diferenciados – grupo 1 (N = 6 casos), 3 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 3 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 2 (N=10 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/ fraca e 4 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores não glóticos bem diferenciados – grupo 3 (N = 9 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/fraca e 3 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores não glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 4 (N = 10), 3 casos tiveram expressão negativa/ fraca e 7 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação dos tipos tumorais e a expressão de Cox-2 (p = 0,430). Cox-2 Neg./ Fraca Mod./ Forte Total Glóticos 9 (56,2%) 7 (43,8%) 16 Não Glóticos 9 (47,4%) 10 (52,6%) 19 Comparando topograficamente, sem levar em consideração o tipo histológico, dentre os tumores glóticos (N = 16), 9 casos tiveram expressão negativa/ fraca de Cox-2 e 7 casos tiveram expressão moderada/ forte, enquanto que os tumores não glóticos (N = 19), 9 casos tiveram expressão negativa/fraca e 10 casos tiveram expressão moderada/forte. Neg./ Fraca Bem Diferenciados 9 (60%) Moderad./pouco diferenciados 9 (47,4%) Mod./ Forte 6 (40%) 11 (52,6%) Total 15 20 Cox-2 Comparando tipo histológico, sem levar em consideração a topografia tumoral, dentre os tumores bem diferenciados (N = 15), 9 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 6 casos tiveram expressão moderada/forte, enquanto que os tumores moderadamente/pouco diferenciados (N = 20), 9 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 11 casos tiveram expressão moderada/forte. b) Correlação entre os grupos tumorais e o índice de proliferação celular. Entre os tumores glóticos bem diferenciados – grupo 1 (N = 6 casos), 4 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 2 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nos tumores glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 2 (N=10 casos), 1 casos teve baixa/ leve proliferação celular e 9 casos tiveram moderada/ alta proliferação celular. Nos tumores não glóticos bem diferenciados – grupo 3 (N = 7 casos*), 4 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 3 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nos tumores não glóticos moderadamente/pouco diferenciados – grupo 4 (N = 10), 2 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 8 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nesta avaliação houve significância estatística entre a correlação dos tipos tumorais e o índice de proliferaçào celular (p < 0.05). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. Ki-67 Baixa/ Leve Mod./ Alta Total Glóticos 5 (31,2%) 11 (68,8%) 16 Não Glóticos 6 (35,3%) 11 (64,7%) 17 Comparando topograficamente, sem levar em consideração o tipo histológico, dentre os tumores glóticos (N = 16), 5 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 11 casos tiveram moderada/alta proliferação celular, enquanto que os tumores não glóticos (N = 17), 6 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 11 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Baixa/ Leve Bem Diferenciados 8 (61,5%) Moderad./pouco diferenciados 3 (15%) Mod./ Alta 5 (38,5%) 17 (85%) Total 13 20 Ki-67 Comparando tipo histológico, sem levar em consideração a topografia tumoral, dentre os tumores bem diferenciados (N = 15), 8 casos tiveram baixa/ leve proliferação celular e 5 casos tiveram moderada/ alta proliferação celular, enquanto que os tumores moderadamente/pouco diferenciados (N = 20), 3 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 17 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. c) Correlação entre a extenção tumoral (T) e a expressão dos fatores de angiogênese (VEGF / Cox-2). VEGF Entre os tumores restritos – grupo 1 (N = 20 casos), 17 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 3 caso teve expressão moderada/forte. Nos tumores invasores – grupo2 (N=15 casos), 11 casos tiveram expressão negativa/fraca e 4 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação da extensão tumoral e a expressão de VEGF (p = 0.430). 46 R���������������������������������������������� Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. Cox-2 Entre os tumores restritos – grupo 1 (N = 20 casos), 12 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 8 caso teve expressão moderada/forte. Nos tumores invasores – grupo2 (N=15 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/fraca e 9 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação da extensão tumoral e a expressão de Cox-2 (p = 0.241). d) Correlação entre a extenção tumoral (T) e o índice de proliferação celular. Entre os tumores restritos – grupo 1 (N = 20 casos), 6 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 14 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nos tumores invasores – grupo 2 (N=13 casos*), 5 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 8 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Não houve significância estatística entre a correlação da extensão tumoral e o índice de proliferação celular (p = 0.714). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. e) Correlação entre o acometimento linfonodal (N) e a expressão dos fatores de angiogênese (VEGF / Cox-2). VEGF Entre os tumores sem acometimento linfonodal – grupo 0 (N = 28 casos), 22 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 6 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores com acometimento linfonodal – grupo 1 (N=7 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/fraca e 1 caso teve expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação de acometimento linfonodal e a expressão VEGF (p = 1). Cox-2 Entre os tumores sem acometimento linfonodal – grupo 0 (N = 28 casos), 15 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 13 caso tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores com acometimento linfonodal – grupo 1 (N=7 casos), 3 casos tiveram expressão negativa/fraca e 4 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação de acometimento linfonodal e a expressão de Cox-2 (p = 0.691). f) Correlação entre o acometimento linfonodal (N) e o índice de proliferação celular. Entre os tumores sem acometimento linfonodal – grupo 0 (N = 26 casos*), 9 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 17 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nos tumores com acometimento linfonodal – grupo 1 (N=7 casos), 2 casos tiveram baixa/ leve proliferação celular e 5 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Não houve significância estatística entre a correlação de acometimento linfonodal e o índice de proliferação celular (p = 1). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. g) Correlação entre metástase (M) e a expressão dos fatores de angiogênese (VEGF / Cox-2). VEGF Entre os tumores sem metástase – grupo 0 (N = 28 casos), 22 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 6 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos tumores com acometimento linfonodal – grupo 1 (N=7 casos), 6 casos tiveram expressão negativa/fraca e 1 caso teve expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação de metástase e a expressão VEGF (p = 1). Cox-2 Entre os tumores sem metástase – grupo 0 (N = 28 casos), 15 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 13 casos tiveram expressão moderada/ forte. Nos tumores com metástase – grupo 1 (N=7 casos), 3 casos tiveram expressão negativa/fraca e 4 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação de metástase e a expressão de Cox-2 (p = 0.691). h) Correlação entre o metástase (M) e o índice de proliferação celular. Entre os tumores sem metástase – grupo 0 (N = 26 casos*), 9 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 17 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Nos tumores com acometimento linfonodal – grupo 1 (N=7 casos), 2 casos tiveram baixa/leve proliferação celular e 5 casos tiveram moderada/alta proliferação celular. Não houve significância estatística entre a correlação de metástase e o índice de proliferação celular (p = 1). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. i) Correlação entre os fatores de angiogênese (VEGF / Cox-2) Entre os casos que tiveram índice de proliferação celular negativa/fraca de VEGF – grupo 1 (N=28 casos), 17 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 11 caso tiveram expressão moderada/forte. Nos caso que tiveram expressão moderada/forte de VEGF – grupo 2 (N=7 casos), 1 caso teve expressão negativa/fraca de Cox-2 e 6 casos tiveram expressão moderada/forte. Houve significância estatística entre a correlação dos fatores de angiogênese (p < 0.05) j) Correlação entre o índice de proliferaçào celular e os fatores de angiogênese (VEGF/Cox-2). VEGF Entre os casos que tiveram baixa/leve proliferação celular – grupo 1 (N = 11*), 10 casos tiveram expressão Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 47 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. negativa/fraca de VEGF e 1 caso teve expressão moderada/forte. Nos casos que tiveram moderada/alta proliferação celular – grupo2 (N = 22), 17 casos tiveram expressão negativa/fraca de VEGF e 5 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação do índice de proliferação celular e a expressão de VEGF (p = 0.637). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. Cox-2 Entre os casos que tiveram baixa/leve proliferação celular – grupo 1 (N = 11*), 7 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 4 casos tiveram expressão moderada/forte. Nos casos que tiveram moderada/alta proliferação celular – grupo2 (N = 22), 10 casos tiveram expressão negativa/fraca de Cox-2 e 12 casos tiveram expressão moderada/forte. Não houve significância estatística entre a correlação do índice de proliferação celular e a expressão de Cox-2 (p = 0.325). * 2 casos não poderam ser avaliados por erro de téctina imunohistoquímica. Discussão A superexpressão do VEGF em células epiteliais de carcinomas escamosos foi observada em apenas 20% dos casos estudados. Não houve diferença significante quanto à superexpressão deste marcador nos tumores glóticos e nos não glóticos, bem como nos respectivos graus de diferenciação celular (p = 0, 658).Também não houve correlação entre a superexpressão deste marcador com o índice de proliferação celular (p = 0,637) extensão tumoral (p = 0,430), e acometimento linfonodal / metástase à distância (p =1,0). Na literatura, trabalhos que avaliaram tumores de cabeça e pescoço, que incluíram não somente carcinomas de células escamosas de laringe glóticos e não glóticos, mas também de cavidade oral e faringe5,10,12,15,18, relatam haver um aumento de VEGF, da angiogenese, da progressão neoplásica e do prognóstico, sendo que as análises levaram em consideração a positividade do marcador, independente da sua intensidade. Existem divergências entre os autores quanto à correlação entre expressão de VEGF com acometimento linfonodal / metástase. Uma vertente encontrou em seus estudos resultados positivos entre expressao de VEGF e acometimento linfonodal/ metástase10,13,15,18. Já a metanálise de Panayiotis A. et all (2005)11 afirma que o VEGF tem correlação com pior sobrevida em pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, porém, a correlação da superexpressão de VEGF com acometimento linfonodal/metástase está longe de ser uma correlação bem estabelecida. Boonkitticharoen V. (2008)9 também não encontrou correlação entre este marcador e metástases. Portanto, o VEGF não foi um fator determinante de pior prognóstico e provavelmente, outros fatores devem estar envolvidos na disseminação tumoral. A Cox-2 mostrou-se superexpressa em aproximada mente metade dos casos estudados (48,6%), e assim como o VEGF, também não mostrou diferença quanto à expressão em tumores glóticos e não glóticos, bem como nos respectivos graus de diferenciação celular. A Cox-2, segundo Mohan e Epstein (2003)6, participa na produção da prostaglandina E2 (PGE2), que induz a proliferação celular através da supressão do fator de necrose tumoral e aumento da produção da interleucina 10 (IL10), como consequencia há altos índices de proliferação celular e maior extensão tumoral associados à superexpressão desta enzima. Porém, novamente não foi isso o que se encontrou no presente trabalho. Não houve correlação entre a superexpressão de Cox-2 com índice de proliferação celular (p = 0,325) e com extensão tumoral (p = 0,241). A correlação de Cox-2 com acometimento linfonodal/metástase demonstrou uma tendência positiva em nossos resultados, favorecendo os achados de Sappayatosok K. (2009)10, que estabeleceu uma relação positiva em sua análise. Houve correlação positiva entre a expressão do VEGF e da Cox-2 no presente estudo (p = 0,041). Este resultado fortalece a idéia de que a superexpressão de VEGF e Cox-2 está intrinsicamente ligada. Também, Mohan e Epstein (2003)6 estabelecem que o aumento de VEGF está associado ao aumento PGE2. O índice de proliferação celular, apesar de não ter demonstrado diferença quanto à extensão tumoral / invasão adjacente (p = 0,714) ,com acometimento linfonodal / metástase (p = 1,00) e com os fatores de angiogênes VEGF (p = 0,632) e Cox-2 (p = 0,325), mostrou correlação positiva com o grau de diferenciação celular (p = 0,045), sendo maior nos casos moderadamente/ pouco diferenciados. Este achado corrobora com a idéia de que quanto mais indiferenciada é a neoplasia, menor é o seu controle do processo de divisão celular e maior é a sua proliferação8. Conclusão Este estudo demonstrou que o VEGF e a Cox-2 estão intrinsicamente ligados, contudo não parecem ter implicação quanto à graduação histológica; extensão e progressão tumoral em carcinomas de células escamosas de laringe/hipofaringe, Já o índice de proliferação celular, medido pelo Ki-67 pode ser útil na caracterização do grau histológico, nestes tumores. Outros fatores devem estar implicados quanto à patogênese e progressão tumoral desta doença na laringe e hipofaringe. Referências 1. Altemani AMAM, Amstalden EMI .In: Bogliolo. Patologia. 8° edição. Guanabara Kooga, 2009. 2. In: Diagnostic Histopathology of Tumors. 3° edition. Elsevier. 2007. p158-165. 3. In: Sternberg’s. Diagnostic Surgical Pathology. 5° edition. Wolters Kluwer health/ Lippincott Willian & Wilkins. 2009. p777-792. 4. Cardesa A, Gale N, Nadal A, Zidar N. In: Pathology and Genetics of Head and Neck Tumors (WHO/OMS). IARCPress, 2005. p118-21. 48 R���������������������������������������������� Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.43, nº 1, p. 42-49, janeiro / fevereiro / março 2014 Correlação entre a expressão de ciclooxigenase-2, VEGF e KI-67 em carcinomas de células escamosas da laringe e hipofaringe com estadiamento TNM.Bonhin et al. 5. Nie D, Honn KV. Eicosanoid regulation of angiogenesis in tumors. Semin Thromb Hemost. 2004 Feb;30(1):119-25. 6. Mohan S, Epstein J B. Carcinogenesis and cyclooxygenase: the potential role of COX-2 inhibition in upper aerodigestive tract cancer. Oral Oncology (2003) 39 537–546. 7. Rodrigues R B, Motta R R, Machado S M S, Cambruzzi E, Zettler E W, Zettler C G, Jotz G P. Prognostic value of the immunohistochemistry correlation of Ki-67 and p53 in squamous cell carcinomas of the larynx. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2008 Nov/Dez; Vol.74 (6) 8. Ashraf MJ, Maghbul M, Azarpira N, Khademi B. Expression of Ki67 and P53 in primary squamous cell carcinoma of the larynx. Indian J Pathol Microbiol 2010;53:661-5. 9. 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