FG 049 EFEITO CITOTÓXICO DO EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Licania humilis CHAM. & SCHLTDL. (CHRYSOBALANACEAE) Paludo CR¹, Silva Junior EA¹, Ndiaye EA¹ ¹ Universidade Federal de Mato Grosso, Rodovia MT 100 Km 3,5 s/nº, CEP 78698-000, Pontal do Araguaia, Brasil. Introdução: Pesquisas envolvendo produtos naturais têm contribuído para a descoberta de novos fármacos. Para a prospecção de compostos bioativos em extratos vegetais, muitos ensaios podem ser feitos, como o teste de letalidade utilizando o microcrustáceo Artemia salina. Objetivo: Avaliar a atividade citotóxica do extrato etanólico de folhas de Licania humilis frente a larvas de Artemia salina. Material e Métodos: O bioensaio com A. salina seguiu a metodologia descrita por Meyer [1], com algumas adaptações. O extrato etanólico, obtido por meio de maceração das folhas da planta, foi dissolvido em dimetilsulfóxico (DMSO) e testado nas concentrações de 500, 400, 300, 200, 100 e 50 µg.mL-1. Dez larvas do microcrustáceo foram colocadas em tubos de ensaio contendo solução salina e os extratos nas diferentes concentrações. Para o controle negativo, foram utilizados tubos contendo 50, 40, 30, 20, 10 e 5 µL de DMSO e solução salina com os microcrustáceos, além de um tubo contendo somente solução salina e larvas. A contagem dos microcrustáceos mortos e vivos foi realizada após 24 h de incubação. Os testes foram realizados em triplicata. Doses letais (DL50) abaixo de 10³ µg.mL-1 indicam atividade citotóxica. Utilizou-se o método Probit de análise para obtenção da DL50 e respectivos intervalos de confiança (IC 95%). Resultados e Discussão: A DL50 do extrato foi de 468,72 µg.mL-1 com intervalo de confiança entre 353,49 µg.mL-1 e 583,94 µg.mL-1, sugerindo um potencial citotóxico. Esse resultado pode ser explicado devido à presença de metabólitos secundários como taninos, esteróides, flavonóides e saponinas encontrados nessa espécie em análise fitoquímica preliminar [2], e que possuem atividade citotóxica já comprovada. Conclusão: Este fato encoraja-nos à prosseguir nos estudos, visando o isolamento das substâncias acima citadas em quantidades suficientes para permitir a realização do ensaio farmacológico in vivo. Agradecimentos: ICBS/CUA/UFMT. Referências: 1. Meyer BN et al. (1982) Planta Med. 45:31. 2. Matos FJA (1988) Introdução à fitoquímica experimental. UFC, Fortaleza-CE.