Título
Avaliação dos Transtornos da Linguagem em Pacientes Portadores de
Doença de Alzheimer e Depressão de Início Tardio
Pesquisador(a)
Tânia Maria da Silva Novaretti
Vigência
2006 - Atual
Curso
Fonoaudiologia
Departamento
Fonoaudiologia
Área
Ciências da Saúde / Fonoaudiologia
Linha de pesquisa
Palavras-chave
Resumo
As demências caracterizam-se clinicamente por distúrbios de memória associados a déficit em
pelo menos uma outra função cognitiva, como habilidades vísuo-espaciais, vísuo-construtivas,
funções executivas e linguagem. Estes distúrbios ocorrem com freqüência variável nas
diversas formas de demência, sendo mais comuns nas chamadas demências corticais, entre as
quais se destaca a Demência de Alzheimer. A Demência de Alzheimer é a principal causa de
demência na maioria dos países, sendo a responsável por mais da metade dos casos de
demência. Clinicamente, na Doença de Alzheimer, ocorre perda progressiva da memória,
associada a declínio de outras funções cognitivas, como atenção, linguagem, habilidades
vísuo-espaciais, e construtivas, além de alterações de comportamento. Os distúrbios de
linguagem podem aparecer precocemente na Doença de Alzheimer e tornam-se mais
freqüentes a medida que a doença evolui. Sua freqüência e o perfil de alterações lingüísticas
encontradas, tanto em compreensão quanto em produção oral e escrita parecem depender da
gravidade do quadro demencial. Na fase inicial da Doença de Alzheimer é encontrada
dificuldade de compreensão em situações que existam abstração, relações causais e realização
de inferências, ocorre também anomia, compensada por circunlóquios e aumento quantitativo
da produção oral, com repetição de idéias. Com a progressão da doença haverá
comprometimento da escrita espontânea e, somadas às alterações anteriores, neologismos, uso
de termos vagos e parafasias verbais, ruptura do discurso, frases abandonadas e confusas. No
estágio final da doença a produção oral encontra-se completamente comprometida, com
acentuada dificuldade de compreensão, automatismos, às vezes repetição e ecolalia.
Pseudodemência já foi o termo utilizado para designar as alterações cognitivas que ocorrem
nos idosos portadores de depressão de início tardio. Embora muitos idosos melhorem seu
desempenho cognitivo após o tratamento bem sucedido da depressão, alguns parecem
caminhar irreversivelmente para a demência, demonstrando que, nestes, os sintomas
depressivos inauguraram o quadro demencial. Vários autores descreveram alterações
cognitivas e de linguagem nos pacientes portadores de Depressão de início tardio,
comparando-os a pacientes com Doença de Alzheimer em fase inicial e com idosos normais,
embora sem estabelecer diretrizes que os colocassem em um continuum de degeneração
cortical ou em categorias patológicas distintas. Estes pacientes apresentariam diminuição na
fluência verbal, perda do interesse e motivação para entabular conversação, diminuição do
uso de estratégias de organização do discurso, dificuldade de aprendizado com a repetição de
tarefas. A presente pesquisa se propõe a demonstrar as semelhanças e diferenças entre
transtornos de linguagem encontrados em pacientes portadores de Doença de Alzheimer
provável e em idosos com depressão de início tardio.
Graduação (0) / Especialização (0) / Mestrado acadêmico (0) / Mestrado
profissionalizante (0) / Doutorado (0).
Alunos envolvidos:
Integrantes:
Tânia Maria da Silva Novaretti - Coordenador.
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