UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO "A VEZ DO MESTRE" TREINAMENTO EM CALL CENTER RECEPTIVO TÂNIA MARIA SOUZA DE OLIVEIRA ORIENTADOR: Prof. Mestre: ROBSON MATERKO RIO DE JANEIRO FEVEREIRO/2000 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO "A VEZ DO MESTRE" TREINAMENTO EM CALL CENTER RECEPTIVO TÂNIA MARIA SOUZA DE OLIVEIRA Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para a obtenção do Grau de Especialista em Reengenharia e Gestão de Recursos Humanos. RIO DE JANEIRO FEVEREIRO/2002 Agradeço aos meus pais e a amiga Claudia Justo que direta e indiretamente contribuíram para a execução desta pesquisa. Dedico este trabalho de pesquisa a todos envolvidos com Treinamento organizacional principalmente na área de Call Center. Sumário Resumo Introdução 1 O Cliente 1.1 Como Atendê-lo ? 2 09 09 Call Center e Clientes 11 2.1 O que é um Call Center? 11 2. 2 Como surgiu o Call Center 11 2. 3 O CRM no Call Center 11 2. 4 Identificar o cliente através da chamada telefônica 13 2. 5 Diferenciar os clientes 14 2.6 Interação com os clientes 15 2. 7 Alguns tipos de Cliente e como lidar com eles 15 3 A Importância da comunicação e do telefone 18 3. 1 A Comunicação Interna 18 3. 2 O Telefone e o Processo de Comunicação 20 3.3 Sons significativos 21 3. 4 Formas de expressão 22 3. 5 Formas de pronunciar palavras 23 3. 6 Modulação da voz 23 4 O perfil do operador do novo milênio 25 4. 1 Atributos essenciais de um operador 25 4.2 Algumas dicas para o operador 25 5 Práticas atuais como medida de qualidade 27 5.1 Formas de monitoração das ligações 27 5.2 Ergonomia 28 6 Treinamento 6. 1 O que é treinamento? 33 33 6. 2 O que visa o treinamento? 34 6.3 Programa de treinamento 35 6.4 Planejando o treinamento 35 6. 5 Treinamento e educação 37 6.6 Treinamento em grupo 38 6. 7 Treinamento Operativo 39 6. 8 Métodos de treinamento 39 6. 9 Avaliar o treinamento 40 6.9.1 Fases de avaliação 41 6.9.2 Classificação dos treinandos 42 Conclusão 44 Anexo Dicas de Ergonomia Referências Bibliográficas 46 49 RESUMO O Call Center é uma nova e aperfeiçoada forma de trabalho que as empresas brasileiras estão adotando desde o ano 2000. E um novo ambiente diferenciado do telemarketing, pela prática e conceito de trabalho. É mais do que venda direta por telefone, é o local aonde o cliente externo tem contato com a empresa que vende seus produtos e serviços, aonde dá suas sugestões, faz suas críticas e utiliza dos serviços ou produtos e etc. Os novos consumidores estão cada vez mais exigentes, a satisfação do cliente está mais difícil qualidade nos de ser conquistada. Não querem somente baixo custo e produtos, buscam principalmente serem tratados com exclusividade, serem atendido rapidamente, terem sempre resposta para os problemas e saberem quais as suas vantagens ao fazer contato com a empresa. Em contra partida as empresas procuram formas de identificar, interagir e superar as expectativas de seus clientes. E é através do atendimento, que na realidade é uma balança em que se equilibram de um lado a filosofia empresarial e as políticas de desenvolvimento pessoal e de outro a forma de tratamento e do atendimento ao consumidor, que as empresas estão aprendendo a ouvir os seus clientes, na medida que também ouvem os seus colaboradores. As empresas procuram um clima descontraído e de fácil comunicação para fazer parte da cultura organizacional, pois já entenderam que esse procedimento reflete diretamente no seu cliente, gerando consequentemente aumento de lucro e benefícios, pois seus colaboradores passam a "sorrir" para o cliente. Além disto os empresários procuram melhorar a tecnologia aplicada, facilitando o acesso ao cliente. Querem a excelência da comunicação, utilizandose de canais e de formatação adequada que motivam e geram iniciativas espontânea. Estes na realidade são desafios que aparecem na busca da competitividade do mercado. Apesar da técnica de trabalho ser nova, já estremece o mercado. Uma evolução tecnológica sem precedentes fez da visão do futuro uma realidade presente. Temos mecanismo que permitem um altíssimo nível de interatividade e conhecimento dos clientes. O potencial das novas ferramentas é enorme e as maiorias das empresas estão apenas iniciando, entrando nesse campo ainda pela superfície. É preciso conhecer os tipos de clientes, colaboradores e saber como lidar com eles, saber a forma correta de utilização de seus potenciais. Como treinar toda a empresa e principalmente o funcionário do Call Center. INTRODUÇÃO Call Center é um tema atual, porém há poucas bibliografias sobre esse assunto, pois só existe há dois anos. As empresas, entretanto adotaram essa forma de trabalho que conquistou o mercado brasileiro. Este trabalho busca informar a importância do treinamento dos profissionais que irão trabalhar diretamente com os clientes ou com a área do Call Center, seja para venda de produtos e serviços, informações sobre prazos, como para anotações e encaminhamento de reclamações, sugestões, e etc. Antes de abordar sobre o treinamento desses profissionais, é necessário entender o que é um Call Center? Quais os tipos de clientes? Como atender, diferenciar e interagir com eles? Verificar se a comunicação interna nas empresas é importante ou não para o trabalho do operador de Call Center. E a comunicação no telefone: O que devemos evitar? ou Como proceder para que seja clara, sem interrupções ou mal entendido? Qual o novo perfil do colaborador da empresa ou da área de Call Center? Como o mercado está exigindo que esse profissional atue? Essa são algumas questões levantadas para identificar como o mercado do novo milênio está se comportando na área de Call Center com relação a seu cliente interno e externo. Algumas medidas de qualidade estão sendo adotadas pelas empresas, pois os clientes estão muito mais exigentes. Hoje não buscam somente a qualidade de produtos, mas também buscam seus serviços e exigem qualidade total. Falando em qualidade, quando devemos iniciar um treinamento? O treinamento será somente para o operador do Call Center ou é necessário que toda a empresa esteja envolvida nesse processo? Se é necessário, de que forma isso ocorre? Será uma leitura agradável e com idéia de agregar valores para todos que desse assunto se interessar. 1. O CLIENTE No passado, a expectativa do consumidor era comprar produtos de boa qualidade que durassem durante um período bastante longo, que não tivesse defeitos, fosse confiável e tivesse um preço razoável. Encontrando esses requisitos já era suficiente para o consumidor se sentir satisfeito. Hoje, a satisfação é mais difícil de ser conquistada. Essas expectativas foram superadas e já fazem parte de nossas intenções encontrar outros elementos no processo de compras. 1. 1 Como Atendê-lo ? Tratamento com exclusividade - o que nós consumidores procuramos é tratamento que fuja das formas padronizadas, como eramos tratados em um passado não distante. São valores que procuramos e percebemos através da forma que somos tratados individualmente. As empresas podem usar estratégias de individualização como os serviços, com o atendimento, com as promoções, enfim, com os outros compostos de marketing. "Personalizar significa ter um comportamento específico com relação a um determinado cliente. Pode incluir o produto, a maneira de entregá-lo, a cobrança, a embalagem, a maneira de divulgá-lo, a maneira de educar os clientes a respeito deles e até serviços circundantes." ( Matozzo, 2000, 87) Ser atendido rapidamente - a expectativa do cliente é ser atendido com rapidez e agilidade, pois temos cada vez menos tempo para comprar. Aguardar em um telefone, para compra ou solução de um problema, além de ser extremamente desagradável, não atende a nossas expectativas. Ter resposta para os problemas - nós consumidores queremos solução e não somente desculpas para os problemas que podem surgir em uma transação comercial. As grandes empresas já perceberam a necessidade e importância de conhecer melhor os seus cliente e através de contatos buscam o maior número de informações que são imputadas nos bancos de dados e usadas nos momentos adequados para fazer marketing e manter esse cliente fiel a empresa. Vantagem - através da informatização dos bancos de dados as empresas utilizam as informações que traçam o perfil do cliente, possibilitando a criação de novos produtos, serviços e inclusive novas empresas. Essa tecnologia alimenta a capacidade competitiva, tornando-se fator crítico da inteligência corporativa. Com os novos formatos de lojas que tem surgido, há consequentemente novos formatos de vendas: vendas eletrônicas, por telefone, TV e mala direta. Deixando à disposição do consumidor a possibilidade de fazer suas compras sem sair de casa, ganhando tempo para ficar mais com a família, direcionando seu precioso tempo em atividades que agregam mais valor com o entretenimento doméstico. Diminuindo custos e energia com deslocamentos físicos e ou mau atendimento. 2 . CALL CENTER E O CLIENTE 2.1 O que é um Call Center? O Call Center é um local na empresa onde se concentra as ligações telefônicas de clientes. Dispondo de tecnologia de informação para automatizar os processos e com capacidade de receber um grande volume de ligações simultâneas, ou seja, atendendo, mantendo ou redirecionando as ligações quando necessárias. Sendo utilizado em empresas de telemarketing, serviços de atendimento ao consumidor (SAC), como apoio para catálogos, suporte e produtos (help desk) e empresas que usam o telefone para televendas. O Call Center pode ser multifuncional, a central de atendimento funciona tanto como DAC (distribuidor automático de Chamadas) quanto como discador, permitindo receber e fazer chamadas. E também virtual, esse nome é dado às operações que tem agentes em diversas localizações geográficas mas que atendem como uma única organização, em um único número de acesso. 2.2 Como surgiu o Call Center? O Call Center surgiu no ano de 2000 como uma solução de aumento de vendas, redução de custos, melhoria no atendimento e serviços fornecidos aos clientes e consequentemente aumento da qualidade. 2.3 O CRM (Customer Relationship Management) no Call Center. "CRM é uma estratégia de negócio voltada ao entendimento e antecipação das necessidades dos cliente atuais e potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve capturar os dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente através de qualquer ponto de contato com a empresa". (Peppers e Rogers, 2001, 5) No passado, os operadores de call centers apenas reagiam às reclamações e às perguntas dos clientes, mas isso está mudando. A caminho do século XXI, o call center tradicional encontrou a Internet e a sinergia entre os dois gerou um processo evolucionário. Em primeiro lugar veio a generalização do website corporativo, que trouxe uma nova capacidade de operação. Os clientes começaram a ter condições de examinar as suas contas online e de obter respostas às perguntas mais freqüentes. Em alguns casos, eles conseguiram entrar em contato com um representante ou enviar uma pergunta por e-mail com um simples clique do mouse. Surgiu, então, um novo jargão. Alguns fornecedores e provedores de serviço começaram a chamar os seus call centers de “contact centers”, ou centros de contato, sugerindo que o foco das operações não se resumia mais apenas à interação com os clientes através do telefone. Agora os Call Centers em fase de evolução se tornaram uma das muitas células nas estratégias de CRM de algumas companhias. Os cenários que mostram índices de desligamento mais baixos e lucros mais elevados impelem os provedores de serviços para o CRM. Mas levar a bom termo essa jornada exige mudanças na cultura corporativa e cria desafios para o call center. Contudo, o ímpeto de mudança impõe-se a partir da atual necessidade do mercado. A qualidade da prestação do serviço é uma forma básica de retenção dos clientes de mantê-los. Além da conservação do cliente, o uso da tática do CRM nos call centers pode impulsionar as vendas. Toda a idéia do CRM mudou o objetivo do call center e acrescentou ferramentas que o tornam parte do plano de marketing geral. Uma das funções do CRM no call center é ligar os clientes aos atendentes certos. Algumas companhias estimulam esta ligação ao rastrear os números de origem das ligações entrantes para identificar o cliente. Depois as ligações são enviadas aos representantes treinados para lidar com as preocupações específicas de clientes. Mas com a sofisticação também vem o risco de confusão, os sistemas precisam ser sincronizados para que os operadores não transmitam aos clientes informações superadas ou erradas. Muitas empresas estão fazendo atualizações on-line para assegurar a atualidade da informação, em vez de contar com o processamento noturno dos dados do cliente pessoal. O Call Center não termina com novos métodos de interação com os clientes e com máquinas que registram essas informações. Há também o fator pessoal - a forma pela qual o CRM alterou as relações das companhias entre si e as exigências dos seus atendentes. O treinamento tornou-se uma questão importante. Acessar e usar as informações agora disponíveis para os atendentes exige um bom nível de treinamento. Mas o nível de conhecimento das pessoas que preenchem as vagas do call center não se alterou muito, embora que as necessidades dos funcionários mudaram na era da Internet. Os empregadores tiveram de usar práticas mais flexíveis de trabalho, como uma maior flexibilidade nos horários e trabalho em meio período para atrair os funcionários. A tendência do mercado é ter atendentes bem preparados para escrever e-mails, por exemplo. Precisarão estar treinados ou contratados com essas habilidades. Nessa conjuntura, os call centers terão condições de se diferenciar pela qualidade dos seus atendentes. A idéia é que os call centers avaliem o nível de contribuição de um agente para a satisfação do cliente, em vez de simplesmente avaliar o seu desempenho pelo número de ligações que atende. 2.4 Identificar o cliente através da chamada telefônica. No mercado existem várias formas de identificar o cliente através de uma chamada telefônica. Um Call Center orientado a produtos e a controle de custos, pode economizar tempo e dinheiro ao utilizar alguma forma de identificação automática . Com essa tecnologia é possível ter informações do cliente ainda quando o telefone está tocando. Algumas empresas utilizam também o roteamento automático, a partir da identificação do cliente, para ilhas de atendimento de especialistas, quando se reconhece o tipo de produto do cliente como um produto complexo, ou rotear as ligações não identificada para uma URA. As empresas podem se utilizar de mecanismos diversos para contatos com os clientes, tais como: divulgando os telefones de suas centrais de atendimento através de anúncios espalhados pela cidade ou em seu próprio produto , ou ainda em comerciais e etc. Mesmo assim nem todos os clientes vão ligar e para identifica-los poderá ser através também de visitas pela Web site ou ainda utilizar outros meios. O que importa é que as empresas conheçam seus clientes. 2.5 Diferenciar os Clientes Algumas empresas já adotaram o sistema de diferenciar seus clientes, baseando-se em suas necessidades, com o conseqüente desvio para o agente ou setor adequado. Esse serviço é possível a partir da identificação de quem está ligando. Um Call Center realmente eficaz além de transferir as ligações para o setor ou agente adequado, deve também fornecer a esse agente as informações básicas do cliente a ser atendido. Um cliente nervoso, por exemplo, procurando solucionar o seu problema, se ficar esperando, ouvindo música, enquanto o atendente busca seus dados através de páginas e mais páginas, pode ser mais danoso do que o problema que gerou a ligação, pois ficará muito mais irritado. As técnicas mais utilizadas por Call Centers, principalmente os mais automatizados são personalização em massa para modular a descrição do cliente e desenvolver perfis que resumem as relações dele para com a empresa, de forma individual. Dessa forma o atendente saberá qual o relacionamento do cliente com a empresa e transformar o conhecimento em ações e palavras, com a possibilidade maior de prestar um excelente atendimento para o cliente e mantendo-o na empresa. 2- 6 A Interação com o Cliente O que acarreta maior interação com o cliente? Em termos de custo para empresa significa lucro pois quando mais eficiente é a interação maior a possibilidade de aumentar a interação com os clientes. E quanto mais eficaz for a captura de informações úteis a respeito do cliente, mais forte será o vínculo da empresa com ele. Se a empresa quer manter os custos de vendas baixos e melhorar a qualidade do atendimento que oferece, uma alternativa é o investimento na relação com o cliente através do seu Call Center sendo este orientado ao cliente, buscando a eficiência e eficácia das interações. Algumas empresas tende a definir medidas de eficiência em termos de duração da ligação, ou quão rapidamente o atendente desliga o telefone. Outras tem como missão interagir mais tempo com o cliente, não menos, e mede o tempo para saber qual é o benefício de cada conversa. 2. 7 Alguns tipos de Clientes e como lidar com eles: O Cliente zangado, em se tratando de um Call Center precisamos saber lidar com alguns tipos de clientes e contornar a situação. Lembre-se a pessoa que liga para o seu Call Center não está zangada com você mas sim por causa de uma situação ou problema. E não teria procurado ligar se não se sentisse confiante em obter resultados, ou pelo menos um ouvido capaz de compreendê-la. Então, até acabar o desabafo dela, ouça-a. Aguarde-a expandir os seus sentimentos. A melhor solução e dizer-lhe que entende o que ela está dizendo. Compartilhe dos sentimentos dela. Exemplo: "Posso entender por que a Sra. ou Sr. está zangado". Mas não concorde: "O Sr. ou a Sra. tem razão de estar zangado(a) neste momento". Se o operador / atendente concordar, passará por maus momentos para acalma-lo posteriormente, pois é a mesma coisa que concordar com a objeção de um cliente a um produto ou serviço da empresa que trabalha. Concordando a objeção se tornará valida e concreta. Sabemos que é difícil mas o operador / atendente deve tentar sempre ser agradável com o cliente que esteja zangado com alguma coisa que ele disse ou fez, é um direito do cliente falar sobre seus sentimentos , mesmo que ele seja injusto no momento da conversa. Mantendo sempre a calma pois será visto a tolerância do operador / atendente. Porque somente aumentará o ressentimento do cliente caso responda-o na mesma moeda. Algumas vezes o operador precisará rebater os argumentos do cliente no momento apropriado mostrando disposição e capacidade para resolução do problema. Mostrando-se interessado, a raiva do cliente tende a desaparecer. O Cliente brincalhão - se estiver falando uma piada de mau gosto ou tentando ser inoportuno, o operador deverá permanecer sério, mas não inamistoso ou frio. Se for apropriado, ria com ele, mas consiga o controle da conversa assim que puder e sonde o motivo real da chamada e do pedido de informações. Muitas vezes o humor da pessoa que esta ligando é resultado do nervosismo por motivo de um problema ou de sua queixa. Ela poderá sentir-se intimidada pelas circunstâncias e tentar fazer piadas para superar. Após sondar o problema o operador deve mostrar boa vontade e capacidade para resolução do problema. O Cliente Conversador - geralmente é uma pessoa que aproveita qualquer oportunidade que lhe apareça para tagarelar. E quase não dar chance do outro falar. O ideal é esperar com paciência a primeira oportunidade para conseguir o controle da conversa, se possível dizendo o que ela falou, mas o que diz respeito ao motivo real da ligação e depois deverá fazer perguntas e comentários que não permitam que o cliente se estenda por muito tempo na conversa. Deve ser evitado silêncios significativos, perguntas propícias ou encorajadoras. Pois se o operador der um mínimo que seja de atenção para a tagarelice, o cliente nunca irá parar de falar. O Cliente Sério e Silencioso - Existem algumas formas de silêncio, um delas é aquela em que a pessoa que esta ligando por um problema ou algo que a incomode e não sabe lidar com isso, ou seja, falar sobre o assunto. Então adota o silêncio. Neste caso o operador deverá ser paciente mesmo achando difícil. Procurando fazer perguntas e comentários que levem o cliente a falar e não colocando uma bateria de perguntas que exijam respostas rápidas o operador encontrará o caminho para a conversa. Fazendo a pessoa séria e silenciosa responder, mesmo que os seus silêncios pareçam uma eternidade. Após o cliente disser o que deseja, resuma o que ele falou e procure fazer isso com freqüência caso lhe fale mais de um problema. Cada vez que o cliente percebe que deu mais um passo na comunicação com o operador, é um reforço positivo para que ele fale e o operador mostrando boa vontade e capacidade para resolução do problema, a conversa flua de maneira eficaz. 3 - A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO E DO TELEFONE 3.1 Comunicação Interna: Antes de começarmos a dissertar sobre a comunicação com os clientes é interessante ressaltar a importância da comunicação interna, pois esta implica na qualidade do serviço prestado ao cliente. Veja no exemplo abaixo o que acontece quando há uma falha na comunicação : “Do presidente para o diretor: Na próxima sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley estará passando por esta área. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica (todos usando capacete de segurança), quando explicarei o fenômeno. Se chover, não veremos o raro espetáculo a olho nu. Do diretor para o gerente: A pedido do presidente, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos com capacete, e encaminhe-os ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que ocorre a cada 78 anos a olho nu. Do gerente para o supervisor: A convite do nosso querido presidente, o cientista Halley, de 78 anos, vai aparecer nu na fábrica, usando apenas capacete, quando irá explicar o fenômeno da chuva para os seguranças no pátio. Do supervisor para o chefe: Todo mundo nu, na próxima sexta, às 17 horas, pois o presidente, sr. Halley, estará lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, o que ocorre a cada 78 anos, por motivo de segurança, coloque o capacete. AVISO A TODOS: Nesta sexta-feira, o presidente fará 78 anos. A festa será às 17 horas, no pátio da fábrica. Vão estar lá "Bill Halley e Seus Cometas". Todo mundo deve estar nu e de capacete. O espetáculo vai acontecer mesmo que chova, porque a banda é um fenômeno.” ( fonte site:www.aberje.com.br) Este exemplo ilustra a importância de sistematizar e construir a comunicação eficiente, utilizando os canais e a formatação adequados, capazes de motivar e gerar iniciativas espontâneas, estes são os desafios que as empresas modernas têm na busca da competitividade. Se formos voltar no tempo veremos que a comunicação nas empresas era uma prática de transmissão unilateral de informações, típica de um período em que se buscava evitar ou ocultar os conflitos inerentes ao ambiente das empresas, por conta disto, fatos que geravam polêmicas não eram divulgados. Atualmente percebemos uma tendência nos meios empresariais para superação dessa idéia ultrapassada. Com o aparecimento de novos modelos organizacionais voltados para a cooperação, a competência e a possibilidade de se estabelecerem novas relações de trabalho não mais baseadas em normas e regulamentos padronizados de mediação, mas na confiança, desenhou-se um novo cenário para a comunicação interna. Nesse contexto, muitas empresas, no país e no exterior, têm-se mostrado propensas a incentivar e garantir o livre trânsito de idéias como meio eficaz para buscar o aprendizado e a inovação permanentes. A conversa entre empregados, talvez seja o campo mais fértil da comunicação nas empresas, revelou-se um meio privilegiado de aprendizagem e de circulação de informações. Se para os estudiosos da comunicação organizacional essa constatação não constitui novidade, para os administradores que antes acreditavam que a comunicação informal entre os funcionários era “perigosa” e “dispendiosa”, só agora o tema ganha corpo. Em um estudo feito nos Estados Unidos com mais de mil empregados de sete empresas norte americanas, atestou-se que a conversa entre eles é também uma forma de aprendizagem. É no momento da conversa informal, geralmente nos corredores ou nos espaços de lazer, como as lanchonetes, que os trabalhadores discutem assuntos relacionados ao trabalho, trocam experiências e aconselham-se mutuamente. Enfrentam os imprevistos e compartilham as soluções. Em resumo, interagem. E, por fim, aprendem. As novas tecnologias de comunicação (correios internos, e-mails por exemplo) também permitem possibilidades ilimitadas de interação. É possível prever que, apesar da impessoalidade desses novos meios e de algumas resistências, o diálogo e a participação deverão ganhar maior espaço nas empresas. Essa mudança ocorrerá não porque algum profissional de comunicação assim deseja, mas por uma simples questão de adaptação e sobrevivência. O operador de Call Center recebe carga maciça de informação para estar apto a prestar um atendimento à altura da construção de vantagens competitivas sustentáveis para a empresa em que trabalha ou para a qual presta serviços. O bom atendimento é construído sobre bons processos, sobre a troca de informações entre os vários departamentos, sobre a quebra de barreiras de comunicação internas ainda tão freqüentes em nossas organizações, na agilidade em que resolvemos nossos problemas, no cumprimento de condições acordadas com os clientes, no reconhecimento individual de cada cliente, dos seus históricos de vendas e de seus hábitos de compras, no valor intangível da solução de uma necessidade ou algum problema que motivou esses mesmos clientes a estarem nos procurando, a forma respeitosa, competente e humana com que os tratamos. O bom atendimento é baseado em ações e esforços conjuntos da organização, não se trata unicamente de um amontoado de medidas simplesmente operacionais e não será construído por um departamento específico mas sim por toda a empresa. 3. 2 O telefone e o Processo de Comunicação: O telefone comercial adquiriu um papel extremamente importante na rede de comunicações, o seu mau uso ou a não transmissão de mensagens são considerados problemas graves. Já a comunicação escrita assumiu um papel secundário, principalmente com o surgimento de novos recursos em telefonia, a discagem instantânea, as secretárias eletrônicas, a chamada de conferência e etc. Avaliando a importância do telefone, poderemos fazer algumas perguntas como: Quantas vezes por dia nós ou empregados de uma empresa falamos sobre negócios ou assuntos particulares ao telefone? Uma ? Duas? Ou mais? Por quê? Quem liga? Que características do sistema telefônico torna-o ainda mais eficaz? O que aconteceria se desligassemos o telefone? Ao respondermos essas perguntas com certeza percebemos a importância que tornou-se essa tecnologia em nossas vidas considerando as vantagens que ele nos proporciona. Será que nós usamos corretamente, principalmente na empresa que trabalhamos? Quantas vezes colocamos o telefone no gancho e dissemos: “Gostaria de ter dito...”ou “Por que tive que concordar com aquilo?” ou ainda “Nossa como ele (a) fala!” e etc. E ainda pessoas que falam tão rápido que não conseguimos entender o que dizem, ou que falam tão lentamente que perdemos a seqüência do raciocínio antes que termine a frase. Algumas empresas no mercado não estão muitos preocupadas com o uso correto do telefone por seus funcionários e quando se preocupam limitam-se a dizer "seja cortes, prestativo, educado e eficiente." Mas a maneira correta do uso do telefone para ser eficaz tanto para empresa quanto para o cliente deve ser ensinada através de treinamento. 3.3 Sons Significativos: A comunicação face a face nos permite ter impressões visuais, já na comunicação por telefone buscamos outras formas para percebemos os significados associados com a palavra falada. Essas pistas, na maioria das vezes, são o tom, volume da voz e o timbre podendo ser considerados como sons significativos. As pessoas tende a deduzir do volume da voz, do tom e do timbre de outras pessoas o que ela sente com relação ao que está sendo dito, ou ao seu próprio respeito ou a respeito da situação. As risadas altas, agudas expressam alegria, embora algumas pessoas amedrontadas e nervosas emitam esses sons. Os tons altos agudos e ásperos significam raiva é o que a maioria das pessoas acham. Contudo é o som unido ao contexto que nos ajuda a interpretar o seu significado e a perda do contexto ao telefone torna difícil a interpretação. Nós, algumas vezes, especulam a respeito das outras pessoas através também do modo como ela fala, no mesmo instante que podemos estar sendo especulados. Aprendemos a perceber o que os sons significam. Vejamos, algumas pessoas incluem em suas falas sons como "huns" e "hãs" ao falarem no telefone. Podendo sugerir que estão pensando no que vão dizer ou usando-os somente para controlar o fluxo da conversa, preenchendo assim o silêncio que, de outra maneira, possibilitaria que a outra pessoa falasse. Outros sons podem, por exemplo, nos encorajar a falar, como: "hã-hã", "tá", "hum" e outros podem nos inibir, como 'heim?", "quê?", "como?". Os sons e tons no qual são emitidos pode nos indicar quando devemos continuar ou parar de falar. Contudo eles também significam coisas diferentes, por exemplo, "hum" pode ser uma forma de esconder o desinteresse. As interpretações que se baseiem simplesmente em sons corre o risco de erro. Para não corremos o risco de ambigüidades e dúvidas na interpretação dos gestos silenciosos, pois estes são indistintos, é necessário nos certificarmos do que as pessoas querem dizer. Vale lembrar que todas as interpretações trazem em si suposições, valores ou lembranças de experiências anteriores que podem ter pouco ou nada a ver com a intenção da outra pessoa. 3.4 Formas de Expressão: A expressão correta prende a atenção do ouvinte, ou seja, sabendo escolher bem o vocabulário, excluindo-se as gírias ou linguagens técnicas (somente se forem apropriadas ao contexto) mais o ouvinte se prenderá a conversa. Não significando uma linguagem pedante, arcaica ou floreada mas sim maneiras simples de expressão utilizando verbos de ação Usando frases curta, simples e completas na apresentação de seu argumento. Verificando sempre a concisão e evitando, se possível, as conjunções: e, mas, ou...ou, nem.. nem etc. Devemos não somente nos expressarmos com cuidado como também verificarmos se a outra pessoa, de fato, está nos entendendo. Um exemplo de dialogo telefônico, se perguntarmos ao ouvinte: "você está entendendo?" a resposta tende para o "sim" mesmo que não haja a compreensão clara do que foi dito. E se usarmos outra frase como "Para me certificar de que fui claro, preciso que você (ou o Sr./Sra.) me diga o que está achando." A segunda frase exige que a outra pessoa parafraseie o que foi dito, dando ao atendente / operador de telemarketing a oportunidade de corrigir, se ela entendesse errado, ou da confirmação do seu objetivo caso o entendimento esteja correto. 3.5 Formas de Pronunciar Palavras A maneira como pronunciamos as palavras contribuem para um melhor entendimento e comunicação correta. Articulando bem, pois caso o ouvinte não entenda o que estamos falando, não entenderá o significado das nossas palavras. Procure falar de forma nítida e clara. Não omitindo palavras, pronunciando bem as sílabas finais ou a última palavra de uma frase. Mesmo que pareça desnecessário dizer isso, mascar chiclete, comer ou beber falando ao telefone, você estará mostrando descaso ao seu cliente (ouvinte) e também possibilitando uma má comunicação e dificultando uma negociação benéfica para sua empresa. 3.6 Modulação da Voz A voz sempre no mesmo tom em uma conversa telefônica se torna para o ouvinte totalmente desinteressada, principalmente quando a ligação e para algum tipo de reclamação. E quando o ouvinte perde o interesse, ele também deixa de entender o que o outro está dizendo. O atendente / operador deve mudar o tom de voz periodicamente para evitar a monotonia. Falando de forma mais dinâmica, elevando e abaixando o volume da voz adequadamente. Gritando ou quase sussurrando ao telefone , essas duas formas não conseguimos comunicação eficiente. Devemos na realidade usar o tom de voz que utilizamos a conversarmos normalmente, elevando o tom para enfatizarmos pontos importantes, abaixando-o para criar intimidade ou discrição. Para falarmos no ritmo adequado, devemos ajusta-lo ao conteúdo daquilo que queremos dizer. Por exemplo, ao falarmos sobre alguma coisa excitante, devemos deixar transparecer isso no tom de voz, mais não devemos falar depressa demais, para que a outra pessoa possa nos acompanhar. Falando de algo serio, usaremos um tom de voz mais grave e falaremos pausadamente porém sem perder o ritmo para não induzir o ouvinte ao sono. O atendimento para se considerado eficaz e ter o seu encantamento deve reunir pelo menos três ingredientes: Comunicação, Competência / Conhecimento e atitudes. As atitudes são importantíssimos. Ter conhecimento também. Mas o que mais causa impacto no consumidor é a comunicação. A comunicação pede algumas habilidades como: Habilidades Básicas - A voz que deve ter o tom e clima adequado; a articulação precisa ser clara e a entonação da voz de acordo com o assunto. Habilidades Específicas - Linguagem dando forma ao conteúdo de acordo com o conhecimento do produto ou serviço. Habilidades Essenciais - Levantamento de informações; uso da informação, da orientação e motivação; contorno de objeções e encerramento de conflitos. São habilidades de um operador de telemarketing que deve pratica-las sempre para tornar o seu serviço realmente eficaz. 4. O PERFIL DO OPERADOR DO NOVO MILÊNIO. Os novos acontecimentos e os novos tempos pedem pessoas de sensibilidade, equilíbrio emocional, empreendedoras e dispostas a integrar-se à equipes de trabalho. Que queiram crescer, que estejam predispostas a criar suas próprias carreiras. A empresa da nova Era pede novas soluções. Soluções que possibilitem a valorização de seus ativos: sua força de trabalho, seus consumidores. 4. 1 Atributos essenciais de um Operador: • Fluência Verbal • Postura Profissional • Elevado nível de energia • Intensa autoconfiança • Perseverança • Poder de persuasão / Argumentação • Percepção aguçada • Conhecimento do mercado / concorrência. • Bom ouvinte • Honestidade • Motivação • Tom de voz • Vocabulário • Objetividade • Entonação • Flexibilidade para aprender. 4.2 Algumas dicas para o operador: Utilizando suas habilidades para levantar informações, você pode fazer perguntas: • Quanto ao conteúdo exploratórias ou de sondagem, permitindo descobrir informações importantes e fornecendo elementos para direcionar o diálogo. De controle ou de confirmação, mostrando que as informações foram processadas e tirou-se uma conclusão, evitando a impressão de interrogatório. • Quanto às formas fechadas, pois são respondidas com sim ou não. Formas abertas, começadas por : como, por que, qual, o que, quem, onde, quanto e quando. • Quanto as formas alternativas: oferecem opções: “O senhor prefere"...... "ou"......"? e o que o operador realmente quer oferecer dirá por último. Usando suas habilidades para responder Objeções: • Passo 1: Esclareça e entenda, exemplos: - “O que exatamente aconteceu, Sr X?” ou “Ë a primeira vez que o senhor observa esta alteração na cor do produto?” • Passo 2: Concordando ou respeitando, exemplos: - “O senhor tem toda razão”. “De fato....”; “É verdade......”; “Entendo perfeitamente, Sr. X”; “Compreendo”. ou “Foi essa a impressão que lhe demos?” • Passo 3: Argumentar com firmeza, exemplos: Se o operador concordou, diz: “por outro lado...“ Se o operador respeito: ‘o que pode ter ocorrido é ....” Habilidades para fechar o diálogo e encerrar conflitos. • O fechamento com o Cliente receptivo: Pergunta consulta, direta, exemplos: “Podemos então proceder dessa forma, Sr. X?” ou “Qual o melhor dia para essa visita?” • O fechamento com o Cliente indeciso. Pergunta Convite: Decisão compartilhada, exemplo: “Vamos fazer uma segunda experiência, Sr. X.?” • O fechamento com o Cliente resistente. Utiliza-se a técnica da suposição, decisão sem comprometimento, exemplo: “Suponho que seja possível amanhã, qual o melhor horário para o senhor, pela manhã ou após as 14h?” 5. PRÁTICAS ATUAIS COMO MEDIDA DE QUALIDADE. Se procurarmos definição sobre qualidade, acharemos várias nos dicionários. Em se tratando da qualidade no ambiente do Call Center, podemos dizer que é um processo de melhorias continua e a preocupação inicial é com o cliente interno. Descobrindo suas necessidades e suprindo-as. Precisamos conhecer esse cliente, com quem estamos trabalhando, buscando suas necessidades, expectativas, percepção e satisfação.. Assegurando assim a qualidade e produtividade do serviço. as empresas procuram adotar alguns programas de qualidade e técnicas diversificadas. O resultado desses programas, em sua maioria, tem saldos bastante positivos para a empresas, colaboradores e os clientes externos, pois buscam a excelência dos produtos e serviços. 5.1 Forma de Monitoração das Ligações: Procurando a excelência dos atendimentos feito pelo Call Center, as empresas adotaram algumas formas de acompanhar os atendimentos. como monitoração lado a lado, gravação de chamada na mesa do supervisor, gerente ou agente, formulários de avaliação baseados em papel ou planilhas. e etc. De acordo com a empresa e o movimento de ligações de um Call Center e outras variáveis, essas medidas podem não se tão eficaz. A monitoração lado a lado pode se tornar cansativa, para quem está acompanhando o trabalho do operador, e de muitas chamadas para a avaliação. É uma avaliação subjetiva pois tem apenas uma opinião. Em períodos de auto trafego de ligações será difícil utilizar esse método. A gravação de chamada na mesa do supervisor ou gerente, pode ser interrompida por quem faz e não é confiável. É gravação de blocos e não de chamadas, seu armazenamento ou arquivamento por supervisores é trabalhoso, pois deverá ter fitas com nomes dos operadores por exemplo e local apropriados para guarda-las que seja de fácil acesso. A escuta dessas fitas requer muito tempo, a gravação de períodos de silêncios é consumo de tempo. Esse tipo de monitoração não permite a gravação de voz em sincronismo com a gravação na tela. Os formulários de avaliação baseados em papel, são difíceis de avaliar em frente do operador durante a monitoração. Ocorre o acumulo de muitos papéis para organizar e administrar. Já existe no mercado equipamentos em que a monitoração é automática durante períodos específicos, gravando quando e onde quiser com programa de gravações flexíveis. Tendo fácil recuperação da informação e utilizando capacidades de gerenciamento de dados. Garantindo inclusive gravação na tela em sincronismo com áudio. Esses equipamentos mais modernos requer um custo maior na aquisição mas garante um trabalho de maior qualidade e consequentemente revertido de lucro para a empresa. 5. 2 Ergonomia Surge a primeira sociedade de ergonomia em 1950. A etimologia da palavra: Ergo = Trabalho e Gnos = Conhecimento. Seu conceito: O estudo técnico das regras de adaptação entre o equipamento de trabalho e o homem. Antes de existir a ergonomia, a pratica era adaptação do homem ao cargo. Com o surgimento da ergonomia, o trabalho se adapta ao homem. O que faz a ergonomia? Reuni conhecimentos relativos ao homem ( precisa entender o homem - antropologia, sociologia, psicologia) e necessário a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência pelo trabalhador. A ergonomia quer conhecer tudo sobre o trabalho, seja condições físicas, ambientais, equipamentos, condições mentais e estilo de gerenciamento. Iniciou quando o homem começou a pensar nas questões de buscar novos aspectos, na tentativa de libertação. Surgiu então novos movimentos e começou-se a pensar: - “E na empresa, que homem é esse? “- “Será que essa mão de obra que exerce, essa atividade praticada no chão da fábrica, esse chão não teria que ter uma melhor condição? “ Assim dentro de um contexto, de acordo com os acontecimentos da época, recursos tecnológicos foram surgindo. Houve a necessidade de uma reorganização e a Ergonomia entra para verificar o que há de mais eficaz para o desempenho do trabalho e com melhor qualidade. A ergonomia irá diagnosticar os problemas, fazendo a compatibilização das condições de trabalho para o homem e a partir daí estudar formas de solucionar estes problemas visando a otimização do sistema produtivo. Procurando fazer com que o homem tenha as condições e as ferramentas para realizar seu trabalho. Entre outros assuntos a ergonomia procura estudar as características materiais do trabalho como peso dos instrumentos, resistências dos comandos, dimensões dos postos de trabalho. O meio ambiente físico como ruídos (rua, ventiladores e outros equipamentos), iluminação, vibração, tremores, ambiente térmico e umidade. Duração da tarefa como quanto tempo, horários e pausa. Modelo de treinamento da aprendizagem como, será que está agregando valor para as pessoas e para a empresa? Utilizada quando do interesse na prevenção às lesões ocupacionais, gasto energético intenso, fadiga exacerbada e acidentes do trabalho, também para redução das cargas musculares dos operadores e redução dos tempos operacionais. Quando na concepção de produtos ou instalações, visando a acomodação anatômica e conforto dos usuários. As lesões por esforços repetitivos (LER) constituem-se um problema de saúde pública com repercussões sociais e econômicas. O número de trabalhadores acometidos e afastados do trabalho continua a crescer, atitudes extremas de negar ou abraçar a existência do problema contribuem pouco para entender esse fenômeno e principalmente para ajudar os trabalhadores e os serviços de saúde ocupacional. Equipamentos adequados e postura correta evitam ou amenizam esse problema. A Ergonomia considera aspectos biomecânicos de execução do trabalho, antropométricos dos móveis e utensílios, fisiológicos e psicológicos decorrentes. Analisa o ambiente físico no sentido da adequação às condições humanas. O ser humano é realizador. Em tese, usaria do exercício do seu trabalho para tal. A adaptação ergonômica do posto de trabalho, com possível eliminação dos desperdícios de energia, potenciais de riscos e estresse decorrente, possibilitaria aumentos de produção e eficiência, como forma de realização humana. Vantagens: Eliminação dos potenciais de riscos humanos Aumento da produtividade Clima reinante mais agradável 5.2.1 Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho uma perspectiva da qualidade Atualmente muito se fale de Qualidade, como uma dimensão estratégica que atravessa todos os patamares da vida das organizações, na prática este termo tem-se cercado de uma série de procedimentos de conformidade com regras pré estabelecidas que é o caso certificação e da normalização, sobretudo na segurança do produto. Quando falamos de qualidade, numa forma global, teremos que considerar não só os componentes materiais do trabalho ( produtos, processos, instalações, equipamentos), mas também o componente humano. A construção de uma cultura de qualidade deverá ser um processo de permanente inovação sócio-cultural, numa busca por melhores resultados, com um alcance a longo prazo. Para que esta situação seja possível, é necessário o envolvimento e a responsabilidade de todas as pessoas da organização. A atual abordagem da segurança no trabalho deixou de se concentrar apenas nos riscos profissionais e passou a abordar tudo o que diz respeito à adaptação do Homem ao trabalho e do trabalho ao Homem, de forma a evitar, não só a ocorrência de acidentes, mas também a proporcionar o bem estar físico, psicológico e social do trabalhador, ou seja, uma boa qualidade de vida no trabalho. Trata-se de uma abordagem mais dinâmica, essencialmente de caráter preventivo, incidindo sobre as causas dos acidentes e das formas de as eliminar e/ou diminuir, ao invés de uma visão estática, centrada nos seus efeitos. A política de qualidade aplicada às condições de trabalho, visa a melhoria do ambiente físico e psicossocial do trabalho, como forma de aumentar a produtividade, o bem-estar e a segurança. Para que possa haver mudanças a este nível, têm que estar garantidas as seguintes condições : • reconhecimento da necessidade de mudança – É necessário que haja a vontade de mudar. • cooperação nas relações profissionais inter-hierárquicas - a informação, bem essencial de qualquer organização, deve circular nos vários níveis quer horizontal, quer verticalmente. O conhecimento dos objetivos e a sua partilha por todos os agentes envolvidos, são aspectos fundamentais para a motivação e melhoria da performance do trabalhador ; • implicação dos trabalhadores no processo de melhoria contínua - a empresa, ao passar a ser vista como um bem comum, e não uma entidade abstrata, suscita uma maior identificação e participação ativa no seu seio. A criação, de círculos de qualidade, assegurando a representatividade dos vários níveis funcionais e hierárquicos da empresa, é um dos meios utilizados para o diagnóstico da situações de risco e para uma proposta de soluções concretas, ligadas à experiência prática e operativa de cada um. • permanente controle dos resultados - não basta elaborar um diagnóstico e fazer uma proposta de melhorias, é importante testá-las continuamente, e adaptá-las sempre que for necessário, tendo em conta as alterações de equipamentos, de instalações, da organização, do ambiente de trabalho, etc.. Há outras decisões tomadas ao nível da gestão empresarial que influenciam decisivamente a higiene, a saúde e a segurança do trabalhador , tais como a política de seleção de equipamentos, matérias-primas, o modelo de organização do trabalho seguido na empresa, as estratégias de formação e informação, sem esquecer a cultura da empresa. No sentido restrito de qualidade ao nível da Prevenção de Riscos Profissionais esta passa, ainda, pelo credenciamento dos profissionais de segurança e de saúde, o licenciamento e controle dos serviços externos , a qualidade na avaliação dos riscos, bem como a certificação e normalidade de equipamentos, processos, produtos e serviços. 6. TREINAMENTO Treinamento é o processo educacional, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. Treinar é promover mudanças no comportamento das pessoas. Envolve vários aspectos do desempenho eficaz, tais como: Conhecimentos - Habilidades - Atitudes favoráveis Treinamento envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a aspectos de organização, da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de habilidades. Qualquer tarefa quer seja complexa ou simples, utiliza estes três aspectos. 6. 1 O que é treinamento? As empresas que desejam aperfeiçoar seus funcionários, forma-los em uma atividade, ou simplesmente atualizá-los com informações adicionais, precisam capacita-los. A palavra treinamento tem vários significados e cada autor tem uma ou mais definições. Citarei algumas: "Treinamento é a educação profissional que visa adaptar o homem para determinada empresa. Seus objetivos situados a curto prazo são restritos e imediatos, visando dar ao homem os elementos essenciais para o exercício de um presente cargo, preparando-o adequadamente. É dado nas empresas ou em firmas especializadas em treinamento. Nas empresas , é delegado geralmente ao nível do chefe imediato da pessoa que está trabalhando ou mesmo por um colega de trabalho. Obedece um programa preestabelecido e atende a uma ação sistemática visando à rápida adaptação do homem ao trabalho. Pode ser aplicado a todos os níveis ou setores da empresa." (Chiavenato, 1997,508). "O treinamento pode ser considerado um esforço planejado , organizado, especialmente projetado para auxiliar os indivíduos a desenvolverem suas capacidades. " (Minicucci, 1995, 182). Na maioria das empresas, no sentindo administrativo o treinado recebe e transmite conhecimentos específicos a função, trabalha atitudes de acordo com aspectos da organização , da tarefa e do ambiente, e desenvolve habilidades. O treinamento já não é mais considerado despesa mas investimento preciso e o retorno é altamente compensador para a empresa. 6. 2 O que visa o treinamento? O treinamento visa o preparo da pessoa para o cargo , adaptando o homem para a organização. Aprendendo o método certo de trabalho, buscando alcançar um nível satisfatório de desempenho e adquirindo capacidades que poderão ser valiosas para possíveis ocupações futuras. Treinamentos são preparados para formar profissionais ou informar, dependendo das necessidades. De forma mais ampla, o treinamento é um esforço dirigido no sentido de equipe, com a finalidade de fazer a mesma atingir o mais economicamente possível os objetivos da empresa. Desta forma, não é despesa, mas investimento precioso cujo retorno é altamente compensador para a organização. O conteúdo do treinamento envolve quatro tipos de mudança de comportamento, a saber: 1. Transmissão de informações: o elemento essencial em muitos programas de treinamento é o conteúdo: repartir informações entre os treinandos como um corpo de conhecimentos. Normalmente, as informações sobre a empresa, seus produtos e serviços, sua organização e políticas etc. 2. Desenvolvimento de habilidades: principalmente aquelas habilidades e conhecimentos diretamente relacionados com o desempenho do cargo atual ou de possíveis ocupações futuras. Trata-se de um treinamento comumente orientado diretamente para o trabalho. 3. Desenvolvimento ou modificação de atitudes: geralmente mudança de atitudes negativas para atitudes mais favoráveis entre os trabalhadores, aumento de motivação, desenvolvimento da sensibilidade do pessoal de supervisão quanto aos sentimentos e reações das outras pessoas. A maioria das organizações defronta-se com o problema da necessidade de renovação constante em uma época de intensa mudança e inovação. A auto-análise é o meio mais eficaz para obter-se a renovação ou mudança planejada. Neste sentido, o treinamento é considerado como uma das principais forças capazes de mudar a natureza da sociedade. 4. Desenvolvimento de conceitos: o treinamento pode ser conduzido no sentido de elevar o nível de abstração e concepção de idéias e de filosofias, seja para facilitar a aplicação de conceitos na prática administrativa, seja para elevar o nível de generalização desenvolvendo gerentes que possam pensar em termos globais e amplos. 6.3 Programa de treinamento Já vimos anteriormente que o treinamento desenvolve habilidades e aperfeiçoa as atividades de organização Desenvolvendo atitudes favoráveis ou a liderança do treinado. ao trabalho, aumentando a motivação, aumenta a sensibilidade dos supervisores e gerentes para com os sentimentos das outras pessoas e desenvolve conceitos, elevando o nível de abstração e idéias, facilitando a aplicação de conceitos na administração. O programa de treinamento orienta as experiências de aprendizagem num sentido positivo e benéfico, suplementando e reforçando com atividades planejadas. Cobrindo uma seqüência programada de eventos e renovando-se cada vez que é repetido. Em alguns programas de treinamento, por exemplo, de vendedores, incluem-se transmissão de informações (sobre a empresa, sobre os produtos, sobre os clientes, mercado etc.), desenvolvimento de habilidades (preenchimento de pedidos, cálculo dos preços etc.), desenvolvimento de atitudes (como tratar o cliente, como se comportar, como conduzir o processo de venda, como argumentar e contornar as negativas do cliente etc.) e desenvolvimento de conceitos (principalmente relacionados com a filosofia da empresa e com a ética profissional). 6. 4 Planejando o treinamento O planejamento dos cursos é fundamental, na criação das condições cognitivas e mneumônicas satisfatórias, visando os objetivos institucionais. O Planejamento do treinamento, começa por levantar as necessidades para o treinamento. Deve-se verificar custo, público alvo, carga horária e local. Exigindo respostas às perguntas: • Quê? - O QUE deve ser ensinado? • Quem? - QUEM deve ensinar? • Como? - COMO se deve ensinar? • Quando? - QUANDO deve ser ensinado? • Por quê? - POR QUE realizar o treinamento? • Onde? - ONDE deve realizar o treinamento? Obtendo respostas para essas perguntas poderemos partir para o planejamento do treinamento de acordo com as necessidades levantada, buscando a definição clara do objetivo do treinamento, divisão do trabalho a ser desenvolvido, analisar o conteúdo do treinamento escolhendo os métodos e materiais de acordo com a tecnologia disponível. O treinamento no Call Center, devemos utilizar recursos na organização para levar os indivíduos a se sentirem principalmente estimulados, como: satisfação pelo próprio trabalho, o ambiente de trabalho, relacionamento com os supervisores e colegas e o aumento da auto-estima. Quando falamos de estimulo precisamos saber que todo estimulo leva a reação. É fundamental no processo de aprendizagem, na vida pessoal, na sociedade e no trabalho. A reação se manifesta de diversas formas, como oralmente, expressões corporais, por escrito ou manipulações. Podemos identificar as reações de um colaborador ao manipular equipamentos, ao manejar ferramentas, movendo o próprio corpo e sendo levado a agir desligando um telefone, movendo um botão ou ao falar com um cliente. É importante que conheçamos a reação de quem trabalha conosco, para agirmos convenientemente, evidente que não conseguimos ter acesso a todo tipo de reação mas existem situações que são constante no ambiente de trabalho, que podemos chama-las de estímulos que pode levar o indivíduo a reação. 6. 5 Treinamento e educação Mostramos anteriormente os conceitos de treinamento, porém ele não é um processo isolado, e sim vinculado a educação. Inclusive alguns autores chama de processo de desenvolvimento dividindo em educação e treinamento: "o treinamento significa o preparo para o cargo, quanto o propósito da educação é o de preparar a pessoa para o ambiente dentro ou fora do seu trabalho." (Chiavenato, 1997- 507). O ser humano recebe influência do meio que vive durante toda sua vida, seja o meio social ou profissional, assimilando-as de acordo com seu modo de vida, suas inclinações e predisposições acrescentado ou modificando seu comportamento dentro dos seus padrões pessoais. Essa influência chamamos de EDUCAÇÃO. "Por treinamento se entende o aumento de conhecimento e perícia no realizar determinado trabalho ou tarefa. Por educação se entende um processo amplo de desenvolvimento, um aumento de conhecimento geral, modificação de comportamento ou compreensão geral no meio do qual o indivíduo participa." ( Municucci, 1995-192). Por tanto a educação diz respeito a todos os processos pelos quais um indivíduo adquire compreensão do mundo, bem como aptidões para lidar com os seus problemas. O treinamento pressupõe sempre o binômio: instrutor X aprendiz. Os aprendizes são as pessoas situadas em qualquer nível hierárquico da organização e que necessitam aprender, ou eventualmente melhorar os seus conhecimentos sobre alguma atividade ou trabalho. Os instrutores são as pessoas situadas em qualquer nível hierárquico da organização, experientes ou especializados em determinada atividade ou trabalho e que transmitem os seus conhecimentos, de maneira organizada, aos aprendizes. Assim, os aprendizes poderão ser auxiliares ou chefes ou gerentes, bem como os instrutores também poderão ser auxiliares ou chefes ou gerentes da organização ou ainda o encarregado ou gerente de treinamento. Além disso, o treinamento pressupõe uma relação de instrução X aprendizagem. Instrução é o ensino organizado de certa tarefa ou atividade. Aprendizagem é a incorporação daquilo que foi instruído ao comportamento do indivíduo. Portanto, aprender é modificar o comportamento em direção àquilo que foi instruído. 6. 6 Treinamento em grupo O treinamento em grupo tem o objetivo de levar o indivíduo a um melhor comportamento numa situação grupal. A pessoa que dirige um grupo de trabalho e está insatisfeito com a produtividade, logo percebe que tem um problema. Então estuda os comportamentos inadequados das pessoas do grupo. Podendo resolver com o grupo a escolha de novos comportamentos. Levando-os a prática de novos comportamentos. Após algum tempo devese verificar os resultados obtidos. Se o resultado foi satisfatório e o grupo começou a render mais, a conclusão que chega-se é para levar um grupo a produzir devemos desenvolver comportamentos de motivação. Quando fechado o ciclo de aprendizagem em grupo, devemos aguardar novos problemas para iniciar um novo processo. Na realidade é necessário que o indivíduo esteja insatisfeito com o seu desempenho, as suas atitudes e com o seu comportamento como ponto de partida para um treinamento em grupo, pois a insatisfação gera um problema e este gera a ansiedade que leva à mudança. 6. 7 Treinamento Operativo Podemos apresentar diferentes maneiras de operação para o indivíduo, durante o treinamento. O mais conhecido é quando o instrutor da empresa utiliza o processo de explicação, usando audiovisuais ou outros auxiliares de treinamento. A seqüência aceita pela maioria dos instrutores é : • Explicar a seqüência total do trabalho no cargo ou na tarefa a ser desempenhada. • Explicar vagamente cada passo da tarefa ou trabalho. • Levar o aprendiz a explicar cada passo que o instrutor está desempenhando. • Salientar os pontos-chave de cada passo. • Levar o aprendiz a reproduzir as fases do processo operativo. • No início do processo, o instrutor deverá está próximo do aprendiz para orientar o trabalho. • Gradualmente, o aprendiz passa a executar todas as fases. • Através da prática repetitiva, o aprendiz adquire a perícia necessária ao desempenho. É necessário esta ciente de como os princípios da aprendizagem são aplicáveis na empresa. 6. 8 Métodos de treinamento Existe vários tipos, técnicas e métodos de treinamento. Os mais usados são: • Demonstração (workshop, Oficina) • Filmes • Slides e televisão • Conferências • Aulas • Estudos de Casos e etc. • Teatralização. No treinamento deve-se determinar o método ou a técnica que será aplicada ao tipo de aprendizagem. Em Call Center o mais indicado é o uso de material com filmes, artigos e técnicas como simulações, conhecido como teatralização. Mostrando várias situações e testamos os erros à exaustão, com a possibilidade de corrigi-los a contento antes que o treinando entre em contato com o cliente. A técnica utilizada nos treinamentos de telemarketers é a gravação de vozes, em exercícios que têm por finalidade um conhecimento melhor de sua própria voz ao telefone. Treinar a dicção, melhorar o tom de voz, observar a fluência com que falamos, se falamos rápido ou lentamente demais, corrigir os nossos erros e linguagem. É através do treinamento que podemos identificar as características pessoais e individuais de cada operador e desenvolve-las para o cargo que ocupa. 6. 9 Avaliar o treinamento O programa de treinamento na empresa moderna se propõe, fundamentalmente, a formar ou a aperfeiçoar a mão-de-obra cuja necessidade foi perfeitamente identificada ou determinada. A eficácia do treinamento só é reconhecida se as metas estabelecidas pela empresa forem alcançadas ou se os resultados conseguidos satisfizerem, qualitativa e quantitativamente, às necessidades preestabelecidas. Quando se diz que um plano de treinamento foi bom, isto não significa que ele, simplesmente, foi bem planejado, bem montado e bem executado, ou que os instrutores cumpriram integralmente suas tarefas; que os treinandos estavam interessados; que houve suficiente distribuição de apostilas; que foram utilizados auxílios audiovisuais e que a duração do curso foi satisfatória. Um bom programa é, aquele que, contando com todos esses recursos, tenham atingido os resultados esperados, tanto no que diz respeito à empresa como quanto ao indivíduo. O resultado do treinamento deve ser avaliado. As primeiras sessões de treinamento devem se concentrar primeiramente na avaliação das capacidades do treinando e nas mudanças a fazer, as sessões seguintes podem se concentrar em mensurar o processo de treinamento. É necessário estabelecer operações de avaliação para maior validade do processo. as etapas estabelecidas para avaliar um processo de treinamento são: • Estabelecer metas específicas. • Desenvolver instrumentos de avaliação. • Executar um planejamento eficiente de treinamento. • Avaliar os resultados que evidenciam o processo do indivíduo submetido ao treinamento. O primeiro passo, o treinador estabelece metas específicas a serem alcançadas pelo treinando. O segundo passo, é elaborar instrumentos de medida e avaliação. Como os treinandos serão mensurados, quando isso deve acontecer, quais as técnicas de medida. O terceiro passo, o treinador avalia antes do treinamento, os candidatos, a fim de diagnosticar as diferenças individuais e descobrir o que eles sabem, antes do treinamento. O quarto passo, o treinador idealiza o programa, o plano de ensino para desenvolver os treinandos. E no quinto passo, após o treinamento, o treinador precisa medir a aquisição do treinando e avaliar os seu significado. No final, será conveniente para o instrutor encerrar o treinamento: • Explicando por que acha que deve encerrar o treinamento. • Rever o histórico do treinamento feito. Quais foram as lições-chave que o treinando aprendeu? O que foi bem? O que não foi tão bem? • Obter algumas opiniões a respeito de sua performance como treinador. • Encorajar o treinando a aplicar os princípios de treinar por si mesmo. Incentivar, se possível estabelecer uma outra meta de longo prazo e pensar nas ações e obstáculos que podem ajudar ou atrapalhar a atingir esta meta. 6.9.1 Fases da Avaliação De acordo com alguns autores, a avaliação de resultados de treinamento pode ser dividida em quatro fases: 1. Reação 2. Aquisição de Conhecimentos 3. Comportamento 4. Resultados Reação: nesta fase é avaliada a maneira como os treinandos "sentiram" o treinamento ao qual foram submetidos. Nesta fase não se considera a aquisição de conhecimentos, mas, somente, o grau em que os treinandos aceitaram o programa. Aquisição de Conhecimentos: verifica-se nesta fase, em termos quantitativos, até que ponto os conhecimentos foram assimilados pelos treinandos, isto é, se eles realmente aprenderam as teorias, as técnicas e os métodos de trabalho ensinados. Comportamento: nesta fase é feita a análise global de todos os resultados obtidos nas fases anteriores, com a finalidade de verificar se o programa conseguiu os objetivos, como, por exemplo, a produtividade, a redução dos custos operacionais, a mudança de comportamento e atitude do pessoal, melhoria da produção etc. Resultados: nesta fase é feita uma avaliação global dos resultados obtidos nas outras fases, a fim de se verificar o grau de validade dos programas de cursos e as falhas e deficiências que devem ser corrigidas nos programas futuros, e as providências que se devem tomar durante o período de acompanhamento do treinando após a sua volta ao ambiente de trabalho. 6.9.2 Classificação dos Treinandos Os empregados submetidos a programas de formação, em geral sofrem de uma espécie de conflito de culturas, quando, após o treinamento, retornam ao posto de origem; em alguns casos os problemas de reingresso podem apresentar certos aspectos negativos, como, por exemplo, difícil reintegração, desestímulo, constante desejo de mudar de lugar de trabalho, caso o problema não seja, em tempo, analisado e adequadamente equacionado. Com isso, poderíamos classificar os treinandos nas seguintes categorias: O Convertido Mostra-se sempre passivo dentro da cultura de classe, aceitando-a sem luta nem resistência. Ao retornar a seu lugar de origem reveste-se, rapidamente, de nova "carapaça" protetora e ninguém nota qualquer mudança no seu comportamento. Continua agindo como se nada tivesse ocorrido. O Turista É o treinando que observa o que ocorre durante o curso de formação e retorna ao posto de origem com um estoque de apostilas e documentos, porém sem ter experimentado qualquer mudança substancial. O Expatriado É aquele que abandonou seu lugar de origem e se envolveu com a cultura de classe. Talvez se sinta desalentado no seu regresso ao lugar de origem, porque as coisas não acontecem ali como na "Terra Prometida". Nem para o turista nem para o expatriado se pode prognosticar uma mudança de comportamento durante largo período de reingresso. Porém, existem três outros tipos que admitem a possibilidade de transferência de conhecimentos adquiridos ao acervo original. São eles: O Missionário É o que retorna ao lugar de origem com o propósito de introduzir mudanças e talvez se exceda no seu interesse de mudar demais. O Místico É o treinando que experimentou mudanças, porém é incapaz de explicar o que sucedeu. "Foi uma experiência fantástica", é o que sempre diz ao referir-se ao curso. A medida que o tempo passa e se esclarecem as coisas, pode chegar a comunicar-se com os demais e transferir os conhecimentos adquiridos. Aprendiz-Crítico É o que adota uma atitude robusta e realista ante a cultura de classe. Encarregase de comparar continuamente ambas as culturas, aceitando as diferenças e resolvendo os conflitos que se apresentam, por pertencer, ao mesmo tempo, às duas. É o melhor tipo para transferência de conhecimentos. CONCLUSÃO O Cliente de hoje busca principalmente tratamento exclusivo, atendimento rápido e com qualidade total, visa obter respostas para os seus problemas e adquirir produtos e serviços com a excelência da qualidade, analisa os preços que estão cada vez mais competitivos e faz sua opção de forma muito mais consciente. As empresas procuram vantagens como o aumento da receita, aprofundamento das relações com os seus clientes, aquisição de novos clientes mais lucrativos e a retenção dos já existentes. Para atender a todos é preciso garantir regras de negócios para as transações que possa beneficiar ambas as partes, e que sejam eficientes, com informações precisas e seguras, sendo disponibilizadas através de oportunidades de auto-serviço de forma útil para o cliente e a empresa. Surge o Call Center como uma solução para aquisição da qualidade de atendimento e serviços e como garantia de se manter no mercado competitivo. Como a concorrência fez as empresas exergarem a necessidade de novas tecnologia, formas de medidas de desempenho e capacidade em seus ambientes de trabalho. Elas investem para qualificar seus funcionários, procuram treinamentos adequados, pois através do treinamento que podemos identificar as características pessoais e individuais de cada operador e desenvolve-las para o cargo que ocupa, e acompanha o trabalho através de monitoração das ligações que é a continuação do treinamento. Na busca da qualidade as empresas adotam práticas como o da ergonomia, que visa ambientes mais agradável e adequados para trabalhar. O treinamento para os profissionais envolvidos com o Call Center tem o objetivo de prepará-lo para ter atitudes frente a aspectos da organização, da tarefa e do ambiente, e estar defendendo também interesse dos clientes junto a empresa que representa. Essa prática não é fácil, pois o operador de telemarketing, lida com pessoas que apresentam características e comportamentos diferentes, tem interesses diversos, e querem, como disse no início, serem tratados com exclusividade. O profissional dessa área precisa estar muito bem preparado para representar a empresa, manter e captar clientes com qualidade no seu serviço. DICAS DE ERGONOMIA: 1 - De Olho no Conforto Visual! Para garantir o conforto visual, mantenha seu monitor entre 45 e 70 cm de distância e regule sua altura no máximo, até sua linha de visão (Veja fig. acima). Isto pode ser feito através de um suporte de monitor, ou pela utilização de mesas dinâmicas. Sempre que possível procure "descansar" a vista, olhando para objetos (quadros, plantas, aquários, etc...) e paisagens a mais de 6 metros. 2 - Punho Neutro é fundamental! Assim como a altura do monitor, a do teclado também deve poder ser regulável. Ajuste-a até que fique no nível da altura dos seus cotovelos. Durante a digitação é importante que o punho fique neutro (reto) como na figura acima. Mantenha o teclado sempre na posição mais baixa e digite com os braços suspensos ou use um apoio de punho! 3 - Pés bem apoiados! É importante que as pessoas possam trabalhar com os pés no chão. As cadeiras devem portanto, possuir regulagens compatíveis com as da população em questão. Para o Brasil, o ideal seriam cadeiras com regulagem de altura a partir de 36 cm. Quando a cadeira não permite que a pessoa apoie os pés no chão, a solução é adotar um apoio para os pés, que serve para relaxar a musculatura e para melhorar a circulação sanguínea nos membros inferiores. 4 - Dê um descanso para as costas! Com excessão de algumas atividades, as cadeiras devem possuir espaldar (encosto) de tamanho médio. Uma maior superfície de apoio, garante uma melhor distribuição do peso corporal, e um melhor relaxamento da musculatura. É recomendável ainda, que as cadeiras não tenham braços (o apoio deve estar nas mesas, para garantir um apoio correto) e o revestimento deve ser macio e com forração em tecido rugoso. Dicas Gerais A - Iluminação Para evitar reflexos, as superfícies de trabalho, paredes e pisos, devem ser foscas e o monitor deve possuir uma tela anti-reflexiva. Evite posicionar o computador perto de janelas e use luminárias com proteção adequada. B - Cores Equilibre as luminâncias usando cores suaves em tons mate. Os coeficientes de reflexão das superfícies do ambiente, devem estar em torno de: • 80% para o Teto; • 15 a 20% para o Piso; • 60% para a Parede (parte alta); • 40% para as Divisórias, para a Parede (parte baixa) e para o Mobiliário. C - Temperatura Como regra geral, temperaturas confortáveis, para ambientes informatizados, são entre 20 e 22 graus centígrados, no inverno e entre 25 e 26 graus centígrados no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%). D - Acústica É recomendável para ambientes de trabalho em que exista solicitação intelectual e atenção constantes, índices de pressão sonora inferiores à 65 dB(A). Por esse motivo recomenda-se o adequado tratamento do teto e paredes, através de materiais acústicos e a adoção de divisórias especiais. E - Humanização do ambiente Sempre que possível humanize o ambiente (plantas, quadros e quando possível, som ambiente). Estimule a convivência social entre os funcionários. Muitas empresas que estão adotando políticas neste sentido vêm obtendo um aumento significativo de produtividade. Lembre-se que o processo de socialização é muito importante para a saúde psíquica de quem irá trabalhar nele. (fonte: site www.ergonomia.com.br) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CURRID, Chiryl C. Ferramentas para Reengenharia e Tecnologia para Modernizar sua Organização. Rio de Janeiro: Record, 1995. GIBLIN, Les. Como ter Segurança e Poder nas Relações com as Pessoas. São Paulo: Tempo, 1998. GROUP, Pepper and Rogger. Call Center 1 to 1. São Paulo: Markron Books, 2001. MATOZO, Luciano. Call Center Modismo ou Realidade? Rio de Janeiro: Recorte, 2000. 208p. PALMIERI, Antônio; BULAIRIDE, Ana Maria. Telemarketing. São Paulo: SebraeSP, 1997. 44p. TENÓRIO, Fernando Guilherme. Flexibilização Organizacional, mito ou realidade? Rio de Janeiro: FGV, 2000, 360p. WEISS, Donald H. Como obter Sucesso no Telefone. trad. de Fernando Martins. São Paulo: Nobel, 1991. www.aberje.com.br www.ergonomia.com.br YEUNG, Rob. Treinando Profissionais. trad. Roger Maioli dos Santos. são Paulo: Market Books, 2001.