JUNG, MITOS
E SONHOS
JUNG: HOMEM E CIENTISTA
Nasceu na Suíça em 26 de julho 1875 e faleceu em 6 de
junho 1961
 Filho de um pastor da Igreja Reformada Suíça;
 Infância modesta e investigativa;
 Escolha da profissão;
 Relacionamento com Freud (1902 a 1904 – contato com a
obra; correspondem-se; 27 de fevereiro de 1907 – primeiro
encontro, com 13 horas de conversa);
 1913 – rompimento com Freud – Jung segue caminho
próprio;
 Causas:
- Natureza sexual como causa única dos conflitos psíquicos;
- Freud não aceitava que Jung considerasse os fenômenos
espirituais.

PSICOLOGIA ANALÍTICA
 Pressupostos










à partir da:
Genética
Física
Etnologia
Antropologia
Mitologia
Ciência ocultas (parapsicologia, alquimia,
gnosticismo)
Religião
Psicanálise
Pedagogia
Psicometria
EPISTEMOLOGIA JUNGUIANA
Pensamento mítico
Pensamento científico
Pensamento complexo
Homem simbólico
NÍVEIS DA PSIQUE (ALMA)
Consciente
Inconsciente pessoal
Inconsciente coletivo
Ego
(e suas funções)
Complexos
Arquétipos
ESTRUTURA PSÍQUICA
Ego
Consciente
C
C
A
A
Inconsciente pessoal
Self
A
C
Inconsciente coletivo
A
C
MANIFESTAÇÃO DO INCONSCIENTE

Artes


Sonhos
Mitologia
MITOLOGIA

“ São principalmente fenômenos psíquicos
que revelam a própria natureza da psique.
Resultam da projeções dos conteúdos do
inconsciente para o consciente em forma de
imagens e realizações no mundo exterior”
C.G. Jung
MITOLOGIA
Condição ou recursos do Inconsciente Coletivo
para organizar os conteúdos em formas de
imagens e levá-los à nível consciente;
 Condensam experiências vividas
repetidamente durante milênios e são idênticos
e encontrados nos lugares mais distantes e
mais diversas (universal);
 Encarna o ideal de todo ser humano: a
conquista da própria individualidade;
 Fator científico para provar a existência dos
arquétipos.

“Através do processo analítico, utilizando a
mitologia com equipamento de trabalho,
os processos inconscientes podem chegar
a ser confrontados e o ego despojar-se da
identificação com a imagem arquetípica
do herói. Isso por sua vez, conduz ao
deslocamento do centro da personalidade
do ego para o self”
C.G. Jung
SONHOS
(NOÇÕES GERAIS BÁSICAS)
 Atividade
vital na economia psíquica;
 As imagens oníricas são personificações
da personalidade do sonhador;
 Exprime as coisas tal como elas são;
 Fonte para descobrir os complexos mais
conflituosos;
 Índice de informação das etapas do
caminho da individuação do sonhador;
 Quando bem trabalhado levam ao autoconhecimento e orientação pessoal.
“Pelo sonho, ao contrário, penetramos no
mais profundo, no mais verdadeiro, mais
geral, mais duradouro do ser humano, que
mergulha ainda no claro/escuro da noite
original, onde formava um todo e onde o
todo estava nele, no seio da natureza
indiferenciada e impersonificada”
C.G. Jung
CONCEITOS:
ALMA

Jung usa a palavra Alma em contraposição à
Persona. A alma representa uma personalidade
interior e profunda , enquanto que a persona é
uma personalidade exterior, superficial e
manifesta.
ALQUIMIA
É o interesse analítico
da
transformação,
significa alterar ou
transformar
materiais básicos em
alguma coisa mais
valiosa, em espírito,
ou seja em libertar a
alma.
ANIMA

O lado inconsciente feminino
da personalidade do homem.
É personificada em sonhos
por imagens de mulheres que
vão de prostituta e mulher
fatal a guia espiritual
(sabedoria). É o princípio do
Eros; por isso, o
desenvolvimento da anima
no homem reflete-se no modo
como ele se relaciona com as
mulheres. A identificação
com a anima pode parecer
como melancolia, efeminação
e excesso de sensibilidade.
ANIMUS

O lado inconsciente masculino
da personalidade de uma
mulher. Ele personifica o
princípio do Logos. A
identificação com o Animus
pode levar a mulher a tornar-se
rígida, dogmática, e
argumentativa. De maneira
mais positiva, ele é o homem
interior que atua como uma
ponte entre o Ego da mulher e
seus próprios recursos criativos
no inconsciente.
ANIMA E ANIMUS
ARQUÉTIPO

Um a priori sem
conteúdo, isto é, uma
forma que não recebeu
conteúdo, e que está
situada além do tempo
espaço; como núcleo a
partir do qual um
mecanismo dinâmico de
investimento de energia
psíquica sob a forma de
imagens. O Arquétipo,
como um a priori, é
herança da humanidade
e, portanto, é coletivo.
COMPLEXO

Constitui-se de um aglomerado de imagens
arquetípicas, relacionadas entre si, que não
necessariamente possuem um núcleo comum (as
tais imagens), mas que integram
energeticamente entre si. A possibilidade de
inúmeros arquétipos no inconsciente coletivo leva
a possibilidade de inúmeros complexos,
dependendo da dinâmica pessoal da psique de
cada um; além disso, ocorre uma dinâmica de
energia psíquica entre os complexos, que tende a
aglutinar mais um complexo em torno de um
núcleo arquetípico, formando um complexo maior.
A esse maior se denomina Constelação de
Complexos, e mesmo de Constelação Arquetípica.
EGO

Organização da mente consciente, que se compõe
de percepções conscientes, de recordações,
pensamentos e sentimentos cuja função básica é
a de vigia da consciência.
INCONSCIENTE

Temos que distinguir o inconsciente pessoal do
inconsciente impessoal ou suprapessoal. Chamamos
este último de inconsciente coletivo, porque é
desligado do inconsciente pessoal e por ser totalmente
universal; e também porque seus conteúdos podem
ser encontrados em toda parte, o que obviamente não
é o caso dos conteúdos pessoais. O inconsciente
coletivo representa a parte objetiva do psiquismo; o
inconsciente pessoal, a parte subjetiva. O inconsciente
pessoal contém lembranças perdidas, reprimidas
(propositadamente esquecidas), evocações dolorosas,
percepções que, por assim dizer, não ultrapassariam o
limiar da consciência (subliminais), isto é, percepções
dos sentidos que ainda não amadureceram para a
consciência. Corresponde à figura da sombra, que
freqüentemente aparece nos sonhos.
INDIVIDUAÇÃO

A essência da Individuação é a consecução de
uma mescla pessoal entre o coletivo e o universal,
por um lado, e, por outro, o único e individual. É
um processo, não um estado; a não ser pela
possibilidade de se considerar a morte como um
objetivo final, a individuação jamais é completa, e
permanece como um conceito ideal. A forma que o
processo de individuação assume, seu estilo e
regularidade, ou intermitência, depende do
indivíduo. É um processo natural que ocorre em
todos. A análise junguiana não produz o processo
de individuação, mas com freqüência é capaz de
ativa-lo, de torna-lo mais consciente e de
acelerar-lhe a velocidade de ocorrência.
PERSONA
A Persona é uma forma pela qual nos
apresentamos ao mundo.
 É o caráter que assumimos, através dela nos
relacionamos com os outros. A persona inclui
nossos papéis sociais, o tipo de roupa que
escolhemos para usar e nosso estilo de expressão
pessoal. O termo “persona” é derivado da palavra
latina que equivale a máscara. A persona tem
aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma
persona dominante pode abafar o indivíduo e
aqueles que se identificam com sua persona
tendem a se ver apenas nos termos superficiais
de seus papéis sociais e de sua fachada.

PROJEÇÃO

Para os junguianos a participação psicológica
individual é inevitável em todos os atos cometidos
pelo ser humano; em sua relação com o exterior,
ele superpõe aspectos de sua relação com o
mundo interior, e vice-versa. Essencialmente, e
de modo geral, ao ato de superpor a um objeto
uma imagem relacionada com a constituição
pessoal, denomina-se projetar.
PSIQUE

É a totalidade psíquica, na qual encontramos as
sensações, os pensamentos, Sentimentos, a
intuição, memória, componentes subjetivos das
funções, afetos, o inconsciente pessoal e o
inconsciente coletivo.
SELF

Jung chamou o Self de arquétipo
central, arquétipo da ordem e
totalidade da Personalidade.
Segundo Jung, consciente e
inconsciente não estão
necessariamente em oposição um
ao outro, mas complementam-se
mutuamente para formar uma
totalidade. O Self é um fator
interno de orientação, muito
diferente e até mesmo estranho ao
ego e à consciência. O self não é
apenas o centro, mas também toda
a circunferência que abarca tanto
o consciente quanto o inconsciente,
é o centro desta totalidade, assim
como o ego é o centro da
consciência.
SÍMBOLOS
Jung está interessado nos símbolos “naturais” que
são produções espontâneas da psique individual,
mais do que em imagens ou esquemas
deliberadamente criados por artistas. Além dos
símbolos encontrados em sonhos ou fantasias do
indivíduo, há também símbolos coletivos
importantes, que são geralmente imagens
religiosas, tais como a cruz, a estrela de seis
pontas de David e a roda da vida budista.
Imagens, em termos junguianos, via de regra
representam conceitos que nós não podemos
definir com clareza ou compreender plenamente.
SONHOS


São pontes importantes entre
processos conscientes e inconscientes.
Comparado à nossa vida onírica, o
pensamento consciente contém menos
emoções intensas e imagens
simbólicas que ajudam a equilibrar as
influências dispersadoras e
imensamente variadas a que estamos
expostos em nossa vida consciente,
nosso pensamento. A função geral dos
sonhos é a de tentar estabelecer a
nossa balança psicológica pela
produção de um material onírico que
reconstitui, de maneira útil, o
equilíbrio psíquico total.
SOMBRA

É o centro do inconsciente pessoal, o núcleo do
material que foi reprimido da consciência. A
sombra inclui aquelas tendências, desejos,
memórias e experiências que são rejeitadas pelo
indivíduo como incompatíveis com a persona e
contrárias aos padrões de ideais sociais. Quanto
mais forte for a nossa persona, e quanto mais nos
identificamos com ela, mais repudiaremos outras
partes de nós mesmos. Em sonhos, a sombra
freqüentemente aparece como um animal, um
anão ou uma figura escura, primitiva, hostil ou
repelente, porque os seus conteúdos foram
violentamente retirados da consciência e
aparecem como antagônicas à perspectiva
consciente. Se o material da sombra for trazido à
consciência, ela perde muito de sua natureza
amedrontadora e escura. No momento em que
achamos que a compreendemos, a sombra
aparecerá de outra forma. Lidar com a sombra é
um processo que dura por toda a vida; e que
consiste em olhar e refletir honestamente sobre
aquilo que vemos ali.
“Onde o amor impera, não há desejo de poder;
e onde o poder predomina, há falta de amor.
Um é a sombra do outro.”
Carl G. Jung
Download

Jung, mitos e sonhos