GESTÃO DA EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs GESTÃO: ações coordenadas e direcionadas organizar, dirigir e controlar uma organização. para Em 1994, o MTE reformulou a Norma Regulamentadora (NR) nº 09, e instituiu a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), por parte de empregadores. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Riscos Ambientais compreendem as exposições ocupacionais a agentes químicos, biológicos e físicos (inclui as RNIs) existentes nos locais de trabalho, além dos demais riscos que impactam o meio-ambiente e as populações adjacentes à planta industrial. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs PPRA: programa de gestão, objetiva promover a saúde dos trabalhadores, por meio da identificação, avaliações qualitativas e quantitativas, e adoção de medidas preventivas dos riscos. NR 09: na ausência de níveis de referencia na NR 15, adotar valores da American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH). Porém, no caso dos CEMs, os valores da ACGIH são menos restritivos do que os ICNIRP/ANATEL. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs NR 15: anexo 7, não estabelece níveis de referencia, apenas declara que as RNIs serão consideradas insalubres mediante laudo técnico. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs CARACTERÍSTICAS INOVADORAS DO PPRA * Instrumento Pró-ativo: enfoque na PREVENÇÃO. * Interface com outras NRs: 04 - SESMT, 05 - CIPA, 07 – PCMSO, e 15 - Atividades Insalubridades. * Inexistência de Modelos: permite à empresa adotar uma gestão de riscos adequada a sua realidade. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs CARACTERÍSTICAS INOVADORAS DO PPRA *Trabalhador: prevê informação, participação e valorização da percepção de risco. Relatório Anual do PCMSO DEVE ser apresentado e discutido na CIPA. * Terceirização: prevê a inclusão dos riscos ocupacionais de contratadas nos programas. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Auditores Fiscais do Trabalho/MTE autuam empresas radiodifusão/telecomunicações que não incluem nos PPRAs os CEMs como um risco ocupacional, e que não adotam medidas de controle nos locais de trabalho. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Análises desses PPRAs feitas pela Fundacentro/SP demonstra a inexistência de gestão das exposições de trabalhadores a CEMs em ERBs e em torres de TV, apesar de boa parte destas possuir certificações ISOs de qualidade e de meio-ambiente. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Inexistência de gestão das exposições ocupacionais a CEMs: 1- ao não reconhecer efeitos térmicos dos CEMs como riscos ocupacionais (trabalhadores queixam-se de bolhas nos antebraços após permanecerem horas muito próximos a antenas minilink e parabólicas ao alinharem enlaces críticos ponto-a-ponto); GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs 2- ao não descrever detalhadamente as atividades rotineiras dos trabalhadores na instalação, operação e manutenção dos sistemas transmissores (torres e ERBs); GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Inexistência de gestão das exposições ocupacionais a CEMs: 3- ao não realizar medições adequadas. Medições feitas em base de torres e ERBs apontam valores dentro dos padrões da ICNIRP, que consideram somente efeitos térmicos de curtas exposições e a níveis altos de CEMs, e não contemplam possíveis efeitos adversos de exposições prolongadas e a níveis mais baixos. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Inexistência de gestão das exposições ocupacionais a CEMs: 4- a não informação aos trabalhadores sobre efeitos térmicos e possíveis efeitos adversos dos CEMs à saúde. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs A Diretiva Européia 40/2004/EC também é um programa de gestão semelhante ao PPRA, e obriga empregadores a adotarem medidas preventivas nos locais de trabalho, mesmo na ausência de evidência científica conclusiva sobre efeitos adversos à saúde dos trabalhadores expostos a CEMs. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Diante das incertezas científicas é imprescindível que medidas preventivas sejam adotadas nos locais de trabalho tendo por base o Princípio da Precaução, como preconiza a Organização Internacional do Trabalho (OIT), e ainda, que haja o financiamento de pesquisas epidemiológicas sobre o tema. Entre a adoção de medidas preventivas estão: •desligamento dos sistemas transmissores em torres de energia elétrica, radiodifusão, telecomunicações e ERBs; • revezamento entre os trabalhadores diminuindo o tempo de exposição à fonte emissora; GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Entre a adoção de medidas preventivas estão: •utilização de monitor pessoal para trabalhadores expostos a CEMs de alta frequencia (1MHz a 40 GHz); •Procedimentos para desligamento dos sistemas transmissores em empresas do setor elétrico, radiodifusão e telecomunicações devem ser estabelecidos pelas respectivas agencias reguladoras. GESTÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AS RNIs Espectro eletromagnético das RNIs (comprimentos de ondas entre 100 nm e 300 GHz) Comprimento de Onda Fonte emissora de RNI Trabalhadores Expostos Efeitos Biológicos Reconhecidos Medidas Preventivas de Proteção 100 nm a 1 mm (raios ultravioletas/UVA, UVB e UVC; luz visível/laser; raios infravermelhos/IRA, IRB e IRC) Sol, equipamentos usados em tratamentos médicos, odontológicos e estéticos, equipamentos de solda usados em siderurgias e metalurgias Exposição ao Sol: trabalhadores rurais, da construção, de energia elétrica, de telecomunicações, de radiodifusão, garis, lixeiros, carteiros, pescadores, marinheiros, guardas transito. Exposição a fontes artificiais: médicos, dentistas, esteticistas, fisioterapeutas e soldadores Raio UVC: câncer de pele. Raios UVA, UVB, Luz Visível/Laser e Raios Infravermelhos: térmicos para exposições de longa duração e efeitos cumulativos. Exposição ao Sol: uso de chapeis e protetores solares. Exposição a fontes artificiais: utilização de óculos e/ou protetores faciais específicos. 30 µT (campos magnéticos estáticos) Equipamento de ressonância magnética Anestesistas, radiologistas, enfermeiras Térmicos para exposições de curta duração e efeitos nãocumulativos. Revezamento dos trabalhadores, e medições periódicas (equip. ETM 1/ 0 Hz – 2 T) 50-60 Hz (CEMs de baixa frequencia) Linhas de distribuição e transmissão de energia elétrica Eletricitários Térmicos para exposições de curta duração e efeitos nãocumulativos. Desligamento dos sistemas, revezamento dos trabalhadores, e medições periódicas (equip. EFA 200-300/5 Hz – 32 kHz) 1- 500 kHz a 5 MHz 2- 10 a 100 MHz (CEMs de alta frequencia) 1- Aparelhos de ultra-som 2- Aparelhos de ondas curtas Fisioterapeutas Térmicos para exposições de curta duração a altos níveis de intensidade e efeitos nãocumulativos. Desligamento dos sistemas, revezamento dos trabalhadores, medições periódicas, e uso monitor pessoal Radman XT (1 MHz–40 GHz) 400 a 900 MHz (CEMs de alta frequencia) Sistemas transmissores (torres, antenas, containers) das emissoras de rádio AM e FM e de TV Trabalhadores em radiodifusão, radialistas, cameras de áudio-vídeo, técnicos em sistemas transmissores Térmicos para exposições de curta duração a altos níveis de intensidade e efeitos nãocumulativos. Desligamento dos sistemas, revezamento dos trabalhadores, medições periódicas, e uso monitor pessoal Radman XT (1 MHz–40 GHz) 900 MHz a 300 GHz (CEMs de alta frequencia) Sistemas transmissores (torres, antenas, containers) de TV a cabo, telefonia fixa e móvel, radares e satélites militares. Aparelhos celulares e rádios comunicadores Trabalhadores em telecomunicações, operadores de radares e de satélites militares. Operadores bolsa de valores, vendedores/representantes comerciais, pilotos aeronaves e embarcações, policiais, bombeiros, seguranças Térmicos para exposições de curta duração a altos níveis de intensidade e efeitos nãocumulativos. Desligamento dos sistemas, revezamento dos trabalhadores, medições periódicas, e uso monitor pessoal Radman XT (1 MHz–40 GHz) OBRIGADA PELA ATENÇÃO DE TODOS REFERÊNCIAS • • • • • • • • • • • • • • • ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. 2ed. Amplamente Reformulado. 14ª ed., Rio de Janeiro: Atlas, 2012. Amaral, Diogo Freitas, Ciência Política, vol I ,Coimbra,1990 AQUINO, Rubim Santos Leão de . et al. História das Sociedades Americanas. 7 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. ARANHA, Maria Lúcia. Filosofando: Introdução á Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. ARRUDA, José Jobson de A. e PILETTI, Nelson. Toda a História. 4 ed. São Paulo: Ática, 1996. ASCENSÃO, José de Oliveira. Breves Observações ao Projeto de Substitutivo da Lei de Direitos Autorais. 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