Mostra dos Trabalhos de Extensão do Campus de
Araraquara – UNESP
12 de dezembro de 2014
Farmacovigilância de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Araraquara-SP–Brasil
Botelho VT1, Straci MS1, Frederico NR2, Figueiredo WM2, Quilez AM3, Tabach R4, Moreira RRD1
1Departamento
de Princípios Ativos Naturais e Toxicologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- FCFAR, UNESP, Rodovia Araraquara- Jaú Km 1 s/n, CEP: 14801-902, Araraquara, São
Paulo, Brasil. 2Serviço Especial de Saúde- SESA, Faculdade de Saúde Pública- USP- Araraquara, SP, Brazil, 3Universidade de Sevilla/Colegio de Farmaceuticos de Sevilla- Spain, 4CEBRID- UNIFESP-São
Paulo
Resumo
O presente projeto visa a Farmacovigilância de plantas medicinais e de
medicamentos fitoterápicos em clínica médica do Serviço Especial de
Saúde Pública de Araraquara. Farmacovigilância é a detecção precoce
destes efeitos indesejáveis desconhecidos dos medicamentos e
contribuir para a redução dos riscos relativos a utilização dos mesmos
através do acompanhamento sistemático da ocorrência de reações
adversas a medicamentos numa população. E sendo assim a
Farmacovigilância de plantas medicinais e de medicamentos
fitoterápicos tem merecido destaque e tem preocupado as autoridades
e órgãos oficiais de saúde do Brasil e do mundo, porque as plantas
medicinais e medicamentos fitoterápicos são utilizados na maioria das
vezes por automedicação e a maior parte delas não tem o seu perfil
tóxico determinado, levando a população a riscos de saúde ainda
desconhecidos. Identificar estes efeitos indesejáveis ainda
desconhecidos, identificar os fatores de riscos tais como possíveis
interações medicamentosas entre os produtos de origem vegetal e
fármacos sintéticos, divulgar possíveis efeitos indesejáveis, entre
outros, permite o uso racional de plantas medicinais, medicamentos
fitoterápicos e sintéticos garantindo assim a população o uso seguro,
eficaz e qualidade destes produtos.
Resultados e Discussões
Foram entrevistados 48 pacientes na Clínica de Hipertensão do SESA.
Os medicamentos sintéticos mais citados foram: losartan, metformina,
sinvastatina e hidroclorotiazida. A maioria relatou usar plantas
medicinais correspondendo a 62% do total de entrevistados, 23%
declararam já ter utilizado e apenas 15% declarou não usar. As plantas
medicinais mais citadas foram: arnica, arruda, boldo, camomila,
carqueja, erva-cidreira, erva-doce, guaco, hortelã, poejo e quebrapedra. Fármacos sintéticos podem interagir com princípios ativos de
plantas medicinais. E de acordo com os resultados obtidos neste
estudo, a possibilidade de ocorrer reações adversas é grande devido ao
uso concomitante dos medicamentos sintéticos prescritos pelo médico
da clínica de Hipertensão no SESA com as plantas medicinais utilizadas
pelos usuários principlamente na forma de infusão em suas casas.
Outro fator importante observado é que os usuários da clínica não
relatam ao médico que usam plantas medicinais por acreditarem que
elas são “naturais” e “não fazem mal”.
Introdução e Objetivos
O uso de plantas medicinais vem crescendo nas últimas décadas no
Brasil, e consequentemente interações entre medicamentos sintéticos e
plantas medicinais. Existe pouca informação quanto as reações adversas
decorrentes do uso concomitante de plantas medicinais e fármacos
sintéticos e seu potencial risco à saúde1,2.
Portanto, o presente projeto tem como objetivos identificar possíveis
efeitos adversos, identificar os fatores de riscos tais como possíveis
interações medicamentosas entre os produtos de origem vegetal e
fármacos sintéticos, divulgar possíveis efeitos indesejáveis através de
folders e cartazes, promover palestras e rodas de conversa. Através de
entrevista com os usuários da clínica médica nos foi permitido
promover o uso racional de plantas medicinais, medicamentos
fitoterápicos e sintéticos e garantir assim aos usuários da clínica médica
do SESA, o uso seguro, eficaz e qualidade destes produtos.
Figura 2– Exemplos de Material educativo em Fitovigilância no SESA.
Conclusões
A implantação de protocolos de Fitovigilância em clínicas médicas é de
extrema importância, para prevenção de riscos de saúde aos seus
usuários decorrentes do uso concomitante de plantas medicinais e
fitoterápicos com fármacos sintéticos.
Metodologia
Estudo descritivo, observacional, prospectivo e transversal. O presente
estudo foi realizado a partir de entrevistas semi-estruturadas
envolvendo pacientes da Clínica de Hipertensão no Serviço Especial de
Saúde de Araraquara (SESA), pertencente à Faculdade de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo- USP.
Referências
[1]
Quílez AM, Garcia MD, Sáenz MT. Uso racional de medicamentos a
base de plantas: guia de interacciones entre fitomedicamentos y
fármacos de sintesis. Ed. Fundación Farmacêutica Avenzoar.1ª ed, 72p,
2009.
[2] Williamson E; Driver S; Baxter K. Interações Medicamentosas de
STOCKLEY / Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. 440p.
2012.
Figura 1 – Entrevistas clínica médica e Serviço Especial de Sáude18/08/11
Araraquara-SP
Financiamento
Pró-Reitoria de Extensão Universitária PROEX - UNESP
Agradecimento
À PROEX- UNESP e FCF- UNESP- Araraquara-SP. 1. Ao Dr. Percio P
Gandolphi (médico) e à Edilze MO Arruda (técnica de enfermagem) da
Clínica de Hipertensão do Serviço Especial de Saúde de Araraquara-SP.
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