HORTA MEDICINAL: UM RESGATE DOS SABERES POLPULAR- PARTE II: PLANTANDO SAÚDE: IMPLANTAÇÃO DE HORTA MEDICINAL ORGÂNICA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PETROLINA/PE. José Pedro Dias¹ ; Flávia Cartaxo Ramalho Vilar² . 1.Bolsista PIBEX SUPERIOR-IF SERTÃO-PE, estudante de graduação do Curso de Bacharelado em AgronomiaIF SERTÃO-PE 2. Doutora, Engenheira Agrônoma; Orientadora PIBEX SUPERIOR; Docente no Curso de Bacharelado em Agronomia- IF SERTÃO-PE A utilização de plantas medicinais e rituais no Brasil é uma prática comum resultante da forte influência cultural dos indígenas locais miscigenadas as tradições africanas, oriundas de três séculos de tráfico escravo e da cultura europeia trazida pelos emprego de plantas medicinais na recuperação da saúde tem evoluído ao longo dos tempos desde as formas mais simples de tratamento local, provavelmente utilizada pelo homem das cavernas até as formas tecnologicamente sofisticadas da fabricação industrial utilizada pelo homem O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos tempos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez uso de algum tipo de erva na busca de de alguma sintomatologia verificação do espaço e a disponibilidade de água. Após a seleção, será realizada uma palestra para apresentar o projeto para a comunidade escolar. feito de modo que os alunos acompanhem todas as etapas. Os canteiros serão instalados com dolorosa ou desagradável. Por essas razões é que trabalhos de difusão e resgate do conhecimento de plantas vêm-se difundindo cada vez mais, principalmente nas áreas mais carentes (Martins et al, 1994). A importância da recondução deste projeto de plantas medicinais, nesta segunda etapa, é promover a inserção de ações práticas de agricultura orgânica, através do saber popular e científico, de forma interdisciplinar, com eficiência e qualidade no meio escolar, valorizando e resgatando o conhecimento tradicional e popular sobre o uso de plantas medicinais, que usados adequadamente trazem benefícios ao meio ambiente e a saúde humana ajudando na prevenção ou combate a doenças. Fig 1. Horta Medicinal Orgânica, Campus Petrolina Zona Rural; A: Vista parcial dos canteiros; B: canteiros com manjericão, malvão e falso boldo; C: chambá e D: louro. dimensões e preparo do solo de acordo com a disponibilidade do local, e da seleção da espécies, utilizando esterco bovino ou composto orgânico como matéria orgânica. Após o preparo do solo e levantamento dos canteiros, a contenção do mesmo moderno (Lorenzi, 2002). alívio GERE, e visitadas antes do inicio do projeto, para Todo o planejamento e execução do projeto será colonizadores (ALMEIDA,2003). O As escolas serão selecionadas com ajuda da será realizada com o uso de garrafas PET. As espécies selecionadas serão plantadas seguindo as técnicas agronômicas e o controle de ervas daninhas As ações propostas serão controladas por metas semanalmente com cronograma atualizado, conforme metas cumpridas. O bolsista terá reuniões semanais que a população seja beneficiada e que as pessoas ligadas a elas sejam favorecidas, e com os conhecimentos vivenciados tenham condições suficientes de levar esse estilo de vida para seus lares e difundi-los para parentes e amigos, podendo também incrementar a renda familiar, além de terem será feito manualmente. estabelecidas Com a execução do referido trabalho, espera-se com a equipe de pesquisadores para acompanhamento, instruções e estabelecimentos de prazos. sempre a mão medicamentos naturais de grande utilidade e eficácia. Com este projeto, pretende-se semear na consciência do alunado o incentivo da boa e saudável exploração do solo, um conhecimento válido para toda a vida. As espécies utilizadas na implantação da horta medicinal nas escolas, serão oriundas da Horta Medicinal Orgânica, instalada no Campus Petrolina Zona Rural, do IFSERTÃO PE (Fig. 1). A seleção das espécie será realizada de acordo ALMEIDA, M.Z. Plantas medicinais. 2º ed.Salvador, EDUFBA.2003.150p. LORENZI, H.; ABREU M. F. J. Plantas Medicinais No Brasil - Nativas e Exóticas. São Paulo: com as necessidades da comunidade escolar, para Instituto Plantarum, 2002. p.512 seu uso. MARTINS, E. R. ; CASTRO, D. M. ; CASTELLANI, D. C. ; DIAS, J. E. Plantas Medicinais. Viçosa: Ed. Imprensa Universitária, 1994. p. 220