Condutas Diagnósticas de Dispnéia a Esclarecer Gabriel Beligni Campi Karen Levy Korkes Martina Cattaccini Ricardo Hideo Tachibana DISPNÉIA Do grego (dys e pnoia): respiração ruim Segundo a American Thoracic Society: “um termo usado para caracterizar a experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade...” Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. DISPNÉIA - IMPORTÂNCIA MÉDICA 20% da população Associação com ↑ Mortalidade Limitação da qualidade de vida Relacionada a outras doenças Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. DISPNÉIA - FISIOPATOLOGIA Demanda Excessiva ou Distúrbios respiratórios: Fadiga e fraqueza da musculatura Doenças obstrutivas (↑ resistência) / Doenças restritivas (↓ complacência) Alteração na PaO₂ e PaCO₂ Exercícios extenuantes, altitude, anemias, tireotoxicose, sepse Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. DISPNÉIA - FISIOPATOLOGIA Sensação DPOC “Respiraçao Rápida” ICC DIP Asma Doenças Gravidez Doença neuro – vascular musculares pulmonar X X “Expiração Incompleta” X “Respiração Superficial” X X X X “Esforço para respirar” X “Sufocação” X X “Urgência para respirar” X X X X “Aperto no peito” X “Respiração pesada” X Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Conduta diagnóstica Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Paciente chega no PS/Consultório Q.D: “ Falta de ar” IAM PNEUMOTÓRAX PNEUMONIAS ICC DPOC BRONQUITE CRÔNICA ASMA BRONQUIECTASIA DERRAME PLEURAL MIASTENIA GRAVIS DOENÇA INTERSTICIAL EMPIEMA FIBROSE PULMONAR TUBERCULOSE TEP Outubro/2009 O que fazer ??? O que pensar ??? F.C.M.S.C.S.P. Principais Etiologias: Pulmonar Cardíaca Neuromuscular Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Causas Pulmonares 1. Obstrutivas 3. Difusionais DPOC Asma 2. Doença intersticial pulmonar Pneumonias intersticiais Restritivas Fibrose pulmonar Derrame pleural Pneumotorax Outubro/2009 4. Relação V/Q: TEP F.C.M.S.C.S.P. Causas Cardíacas ICC IAM Tamponamento Cardíaco Causas Neuromusculares Miastenia Gravis Esclerose Lateral Amiotrófica Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. História Clínica Início Caracterização Intensidade - MRC Duração Periodicidade Fatores desencadeantes Fatores que acompanham Fatores que melhoram Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Escala de dispnéia – MRC (Medical Research Council) Grau Outubro/2009 Características definitórias 0 Sem dispnéia, a não ser com exercício extenuante 1 Falta de ar quando caminha depressa no plano ou sobe ladeira suave 2 Anda mais devagar que pessoa da mesma idade no plano devido à falta de ar ou tem de parar para respirar 3 Pára de respirar após caminhar uma quadra (90 a 120m) ou após poucos minutos no plano 4 Muito dispnéico para sair de casa ou dispnéico ao vestir-se F.C.M.S.C.S.P. Antecedentes Relevantes História de atopias Tabagismo História de infecções pulmonares Diabetes mellitus Coronariopatia Fraqueza muscular progressiva Hipertensão arterial Obesidade Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Aspectos relevantes na anamnese e exame físico Etiologia Pulmonar Cardíaca Anamenese Ex. Físico Tabagismo/ Exposição Ocupac. Asma / Atopias ITR Tosse produtiva Sibilância MV diminuídos OAHP da Cx torácica HAS / Obesidade DM / Dislipidemias Coronariopatia Dispnéia paroxística noturna Ortopnéia Edema de MMII Estase jugular (45º) Sopro / Íctus deslocado Astenia progressiva Hipotrofia/atrofia muscular Incordenação / paresia Neuro-muscular Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Avaliação do paciente com dispnéia História + exame físico Exames Complementares: RX, ECG, oximetria, peak flow Diagnóstico evidente? SIM Tratar a causa NÃO Considerar exames de 2ª linha: Ecocardiograma, Peptídeo Natriurético, Gasometria e TC helicoidal Diagnóstico evidente Outubro/2009 Sem diagnóstico Considerar exames 3ª linha Cateterismo cardíaco, broncoscopia Bx pulmonar, pHmetria (suspeita de refluxo GE) Teste ergoespirométrico F.C.M.S.C.S.P. Exames complementares Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Exames de primeira linha Arritmias, Dist de condução, Pericadiopatias, sobrecargas ECG RX de tórax Alterações da caixa torácica, cadíacas e pulmonares Espirometria Distúrbio restritivo x Distúrbio obstrutivo Oximetria de pulso Perfil metabólico Outubro/2009 Gravidade da doença Anemia / Policitemia, Acidose respiratória Acidose metabólica F.C.M.S.C.S.P. Exames de segunda linha Prova de função pulmonar completa Ecocardiograma Peptídeo natriurético cerebral Gasometria arterial TC de tórax de alta resolução Holter Estudos cintilográficos Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Testes adicionais Cateterismo cardíaco Broncoscopia Biópsia pulmonar pHmetria (suspeita de RGE) Ergoespirometria (pctes normais a demais exames) Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Exames complementares nas causas mais frequentes ASMA - Prova de função pulmonar com padrão obstrutivo - Melhora após admnistração de broncodilatador. DPOC - Prova de função pulmonar com padrão obstrutivo. - Relação VEF¹/CVF < 70% sem melhora com uso de BD Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Exames complementares nas causas mais frequentes Doenças intersticiais pulmonares: -prova de função pulmonar com padrão restritivo -TC e RX de tórax apresentando infiltrado intersticial Doenças vasculares pulmonares: -Cintilografia de ventilação/perfusão e TC helicoidal, ecocardiograma. Angiografia apenas em último caso. Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Exames complementares nas causas mais frequentes Insuficiência cardíaca congestiva: -RX de tórax: cardiomegalia e congestão pulmonar. -Ecocardiograma, ECG, exames laboratoriais (gasometria, hemograma) Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. TRATAMENTO Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Tratamento Primeira medida: diagnosticar e tratar a causa Tratamento clínico máximo da doença de base Tratamento da dispnéia Medidas farmacológicas suplementares Reabilitação Suplementação de oxigênio Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Dispnéias de origem pulmonar Asma: FASE AGUDA: Broncodilatadores inalatórios MANUTENÇÃO: Corticódes inalatórios, por vezes associados à b2-agonistas de longa ação Outubro/2009 DPOC: MANUTENÇÃO: Broncodilatadores inalatórios Supressão do tabagismo Reabilitação prolongada Oxigenioterapia EXACERBAÇÕES Associação de corticóide inalatório aos broncodilatadores F.C.M.S.C.S.P. Dispnéias de origem pulmonar Doenças pulmonares intersticiais: medidas de suporte terapia farmacológica estratégias específicas apoio psicológico pode ser necessário. Pneumonias: TERAPIA EMPÍRICA Medicamentos mais utilizados: A maioria dos pacientes necessita de tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor por meses ou anos. Outubro/2009 macrolídeos quinolonas antipneumocócicas b-lactâmicos Tempo de tratamento: no mínimo, 5 dias ou até que o paciente esteja afebril pelo período de 48-72 horas. F.C.M.S.C.S.P. Dispnéias de origem pulmonar Tromboembolismo Pulmonar (TEP): INÍCIO IMEDIATO APÓS SUSPEITA CLÍNICA Anticoagulantes Drogas trombolíticas, seguidas de anticoagulantes para prevenção de recorrências Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P. Dispnéias de origem cardiovascular ICC: Vasodilatadores Diuréticos IAM: Pouca ênfase para o quadro de dispnéia em si 6 drogas: Outubro/2009 oxigênio ácido acetilsalicílico (AAS) nitratos morfina clopidogrel beta-bloqueadores F.C.M.S.C.S.P. Dispnéias de origem neuromuscular Miastenia gravis: MANUTENÇÃO anticolinesrterases timectomia é recomendada esteróides CRISES MIASTÊNICAS Outubro/2009 plasmaferases imunoglobulinas F.C.M.S.C.S.P. DISPNÉIA Causas Neuromusculares Causas Pulmonares Causas Cardíacas ANAMNESE E EXAME FÍSICO + EXAMES COMPLEMENTARES Bibliografia www.pneumoatual.com.br Pneumologia – Diagnóstico e Tratamento – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2006, pags. 69 a 74. Condutas em urgencias e emergencias para o clinicoAtheneu - sao paulo. 2008. Editores Valdir Golin e Sandra Regina Schwarzwälder Sprovieri- cap 81 pags 523 a 528. Martinas, HS; Neto, RAB; Velasco, IT, Clínica Médica, 2006 Outubro/2009 F.C.M.S.C.S.P.