PÓS-GRADUAÇÃO OU CERTIFICAÇÃO EM PROJETOS, VANTAGENS E
DESVANTAGENS.
Mestrando Evandro Silva Paes, Universidade de Taubaté.
Prof. Dra. Elvira Aparecida Simões Araujo, Universidade de Taubaté
Prof. Dra. Quésia Postigo Kamimura, Universidade de Taubaté
Resumo
A nossa história desde a colonização, não foi favorável a instalação de meio ou modelo de ensino
propriamente dito. O abandono de nossas terras pela coroa portuguesa se deu até a fuga da família real
para o Brasil, devido à invasão de Napoleão a Portugal. Até então os filhos de grandes proprietários de terra
e membros da igreja estudavam em Coimbra, na universidade Portuguesa. A primeira faculdade só veio a
ser fundada em 1808, a Faculdade de Medicina em Salvador, e em 1912, surge à primeira universidade
brasileira, no Estado do Paraná. A partir dai os cursos que foram criados nesta época se voltaram ao
modelo de praticidade como, por exemplo, os cursos de engenharia militar e medicina, e o fato de serem
ministrados em faculdades isoladas, podem vir a explicar muitas distorções que até hoje estão evidentes em
nosso sistema. Nos dias de hoje, o mercado esta mais exigente quanto à formação de seus pretensos
colaboradores, e o ensino superior somente já não tem bastado como passaporte para entrada nestas
grandes companhias. Os estudantes que terminam o nível superior se veem cercados por opções para
preencher o currículo, e uma das dúvidas mais presentes é de se fazem um MBA de Gestão de projetos ou
uma certificação do PMI em gestão de projetos. Para se conseguir um certificado deste, é preciso
comprovar uma carga horaria de trabalhos em projetos, o que restringe o público a profissionais mais
experientes ao invés de estudantes. Assim desenvolve-se este texto, que mostra o histórico do
Gerenciamento de projetos e compara em que casos certificação PMP ou MBA em gestão de projetos são
mais bem aplicados.
Para confecção deste artigo o método utilizado foi revisão bibliográfica pesquisa de campo, baseado em
documentos dispostos na rede mundial.
Palavras-chave: Ensino superior. Gerenciamento de projetos. Certificação PMP. MBA.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Abstract
Our history since colonization, was not favorable to the installation media or teaching model itself. The
abandonment of our lands by the Portuguese crown was given to the royal family fled to Brazil, due to
Napoleon's invasion of Portugal. Until then the sons of large landowners and church members studying in
Coimbra, Portugal at the university. The first college to be founded only came in 1808, the Faculty of
Medicine in Salvador, and in 1912, comes the first Brazilian university in the state of Paraná. Thereafter the
courses that were created at that time turned the model of practicality, for example, courses in military
engineering and medicine, and the fact that they are taught in colleges alone, could explain many distortions
that are evident today in our system. Nowadays, the market is more demanding regarding the formation of its
alleged employees, and higher education alone is no longer sufficed as a passport to entry in these large
companies. Students who complete the upper level find themselves surrounded by options to fill the
curriculum, and one of the questions most present is to do an MBA in Project Management or a PMI
certification in project management. To obtain this certificate, you must prove a charge hourly jobs on
projects, which restricts the public to more experienced professionals rather than students. So this text is
developed, which shows the history of project management and compares cases in which MBA or PMP
certification in project management are best applied. For preparation of this article was the method used
bibliographic field research, based on documents prepared on the worldwide web.
Keywords: Higher education. Project management. PMP Certification. MBA.
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1.
Introdução
Atualmente vemos muitos estudantes e profissionais estão às voltas de iniciar ou
melhorar sua carreira através de certificações profissionais e pós-graduação. Os MBA's
de Gestão de Projetos e as certificações PMP (do PMI – Project Management Institute)
são destaques nesta busca, e a comparação de qual opção fazer e quando fazer, é o
tema deste artigo.
Através de uma revisão bibliográfica, este artigo traz um breve histórico do ensino
superior no Brasil. Mostra que o perfil das faculdades e universidades, que outrora, era
focado na praticidade não mudou muito desde então. Traz também de maneira sucinta a
história do gerenciamento de projetos, mostra as certificações existentes nesta matéria,
traça um comparativo entre o MBA e a certificação PMP, e conclui de maneira a deixar
claro para o leitor que a decisão pode ficar a encargo da situação atual do sujeito que
procura.
2.
História do Ensino Superior no Brasil.
Para Souza (2010) o significado do Ensino Superior vai muito além do de ensino de
terceiro grau, como ficou popularizado após as reformas das décadas de 60 e 70.
“O saber superior deve ser adquirido mediante o uso de
codificações, sistemas, modelos e símbolos da semântica científica
e, por isso, foge à praticidade do dia-a-dia e se reserva aos que
disponham de condições especiais para abordá-lo. Por isso, como
muitos querem, não pode ser democraticamente acessível a todos.
É um ensino, por natureza, elitista, para uma minoria capacitada
intelectual e culturalmente e não no sentido trivial de pessoas sócioeconomicamente
bem
postas
na
comunidade.”
(Souza,2010).
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Esta declaração embora discriminatória, é um retrato da história do ensino superior no
Brasil. O fato de nossa colonização ter um caráter exploratório, não houve interesse da
coroa portuguesa em se fixar por aqui, somente ao final do século XIX com a vinda da
Família Imperial ao país vimos surgir as primeiras instituições culturais e científicas deste
nível. A faculdade no Brasil foi a Faculdade de Medicina em Salvador em 1808 e a
primeira universidade surgiu somente em 1912. . É um contraste muito grande com as
Américas Inglesa e Espanhola, que tiveram acesso ao ensino já no período colonial, o
Brasil teve mesmo que esperar, pois, os objetivos da coroa ao aportar por aqui eram a
fiscalização e a defesa. O País durante trezentos anos dependeu única e exclusivamente
dos jesuítas e de suas iniciativas na área de educação, embora mais voltados para a
catequese religiosa.
Coimbra era o destino educacional para os nobres e altos
funcionários da Igreja e os filhos dos grandes latifundiários, a Europa era o principal
destino para a educação.
Souza (2010) ainda afirma que mesmo o curso superior de Engenharia Militar no Rio de
Janeiro, que surgiu no final do século XVII, estabelecimento português, não deve ser
considerado como uma iniciativa brasileira no ingresso do ensino superior. Somente em
1808, com a vinda da família real, é que surgiram escolas médicas na Bahia e no Rio de
Janeiro. Em fevereiro de 1808 inaugura-se o Colégio Médico-Cirúrgico da Bahia (Figura 1)
e em abril do mesmo ano a cadeira de Anatomia é criada no Hospital Militar do Rio de
Janeiro.
Figura 1 – Faculdade de Medicina de Salvador em 1808.
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Santos (2002) descreve que em 1810 foi assinada a carta de Lei de quatro de dezembro
determinando a criação da Academia Real Militar da Corte (Figura 2), que se converteu
na Escola Politécnica; o Decreto de 23/2/1808 que instituiu uma cadeira de Ciência
Econômica; e o Decreto de 12/10/1820, que criou a Real Academia de Desenho, Pintura,
Escultura e Arquitetura Civil, depois nomeada como Academia das Artes.
Figura 2 - Academia Real Militar da Corte em 1810.
Este cenário fez com que o ensino superior se tornasse num modelo para atender à elite,
uma vez que atendia somente os filhos da aristocracia, que não podiam mais estudar na
Europa, devido ao bloqueio de Napoleão. Os cursos que foram criados nesta época se
voltaram ao modelo de praticidade como, por exemplo, os cursos de engenharia militar e
medicina, e o fato de serem ministrados em faculdades isoladas, pode vir a explicar
muitas distorções que até hoje estão evidentes em nosso sistema.
Alves e Pascueto (2008) destacam que o crescimento do ensino superior século XIX se
deu nos mesmos moldes anteriores, unidades independes e sem conexão, voltadas ao
ensino profissional. Em 1912, surge a primeira universidade brasileira, no Estado do
Paraná. Somente em 1920 surge a Universidade do Rio de Janeiro, hoje Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Foi a primeira conexão entre os cursos isolados, e o que unia
estes cursos era simplesmente a Reitoria e o Conselho Universitário. Para Souza (2010),
este modelo de universidade, onde há uma reunião de cursos isolados que têm como
ligação entre si a Reitoria, e não mecanismos acadêmicos ou administrativos são à base
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de muitas das universidades brasileiras hoje em dia, que se constituem de instituições
agregadas e não integradas. Exceção à regra surgiu após a Revolução Constitucionalista
de 1932, em São Paulo, tendo como maior exemplo a USP - Universidade de São Paulo.
Ribeiro (2007) nos mostra que nas décadas de 50 a 70 surgiram universidades federais
em todo o Brasil juntamente com as universidades estaduais, municipais e particulares. A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor a partir de 1961 induziu esta
descentralização do ensino superior. Na década de 70 com o crescimento da população
urbana e a necessidade de melhor formação para a mão-de-obra, o Governo permitiu que
a criação de muitos de cursos novos, e as provas passaram a ser de múltipla escolha.
O aumento dos cursos sem o devido planejamento, fez com que o poder público não
tivesse condições de fazer uma fiscalização adequada, o que resultou na queda da
qualidade de ensino e criou-se a imagem negativa da iniciativa privada, que existe até os
dias de hoje.
3.
Gerenciamento de projetos
Para Ferreira e Hoffmann (2010) cada vez mais as organizações investem no
gerenciamento de projetos visando minimizar ao máximo as chances de grandes desvios
em seus projetos. Buscam concluí-los em menor tempo, com menor custo e entregando
os requisitos pelos quais e para os quais foi criado. Afirmam ainda que,
“O estudo da Gestão de Projetos não garante o sucesso de um
projeto, mas certamente potencializa maiores chances de sucesso,
caso bem aplicada. Num mundo globalizado e cada vez mais
competitivo, onde ainda, grandes partes dos projetos falham grande
parte dos produtos novos fracassam, as empresas precisam buscar
profissionais qualificados e experientes para gerir seus projetos.”
Ferreira e Hoffmann (2010).
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Muitas organizações estão investindo em transmitir o conhecimento de gerenciamento de
projetos a seus colaboradores, esperando com isso melhorar o atendimento a seus
clientes e aumentar a margem de contribuição dos mesmos para com a receita da
empresa. É uma maneira de auxiliar a empresa a trabalhar e implementar o foco
estratégico, e garantir a melhoria da qualidade de seus produtos, serviços ou resultados
(Dinsmore, 2009).
A prática tem mostrado que o Gerenciamento de Projetos é uma área que promove o
conhecimento e transforma os profissionais que trabalham e estudam em pessoas com
um diferencial no mercado, pois podem ajudar as empresas a aperfeiçoar processos,
gerenciar pessoas e equipes, controlar custos, monitorar prazos e cronogramas, tudo isso
dentro de uma perspectiva de qualidade estabelecida pela organização, Ferreira e
Hoffmann (2010).
3.1 A história do gerenciamento de projetos
Vários autores como Dinsmore, Kerzner, Vargas, citam em seus trabalhos que os projetos
existem desde os primórdios da civilização e citam como exemplo de grandes projetos, a
construção das pirâmides do Egito, da muralha da China, a viagem do homem a lua, entre
outros.
Conforme descreve Andreuzza (2010), com o aumento da complexidade dos negócios no
mundo durante o século XIX, surgem os conceitos de gerência de projetos. Com a
Revolução Industrial profundas alterações ocorreram na estrutura econômica do mundo
ocidental, coincidindo com o desenvolvimento do capitalismo industrial. Com as
mudanças profundas nas relações de produção o que tornou mais complexa e exigente
as tarefas de gestão nas novas organizações. A sistematização da forma de administrar
as organizações surge neste período, e assim os projetos, que em sua maioria eram
patrocinados pelo estado, estimularam o crescimento da área de gerenciamento, e
influenciaram a criação da padronização na execução dos mesmos.
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Nos Estados Unidos da América, a primeira grande organização a praticar tais conceitos
foi A Central Pacific Railroad 3, a empresa começou suas atividades por volta de 1870,
com a construção da estrada de ferro transcontinental.
A maior motivação para esta aplicação foi à complexidade em organizar as atividades de
milhares de trabalhadores, a manufatura e a montagem de quantidades não previstas de
matéria-prima.
“No início do século XX, Frederick Taylor (1856-1915) iniciou seus
estudos de forma detalhada sobre as sequências de trabalho. Ele
aplicou o raciocínio científico para mostrar que o trabalho pode ser
analisado e melhorado focando em suas partes elementares e
desenvolveu sua teoria nas atividades encontradas na indústria de
aço.”Andreuzza(2010).
Ainda em seu texto Andreuzza (2010), esclarece que antes de Taylor, a maneira de
melhorar a produtividade era exigir dos trabalhadores mais horas de trabalho. Embora
Taylor tenha um papel fundamental na história da gerência de projetos, foi Henry Gantt
(1861-1919) se dedicou a descobrir detalhadamente a ordem de operações no trabalho.
Seus estudos de gerenciamento de projetos foram aplicados na construção de navios
durante a II Guerra Mundial. Gantt utilizou-se de diagramas com barras de tarefas e
marcos que determinavam a sequência e a duração de todas as tarefas em um processo.
Os diagramas de Gantt permaneceram inalterados por quase cem anos, e são utilizado
ainda hoje, prova de sua efetividade como ferramenta de gerenciamento de tarefas. Nos
anos 90, quando foram adicionadas ao diagrama de Gantt, linhas de ligação às barras de
tarefa que identificavam as predecessoras e as sucessoras das tarefas dispostas no
projeto.
Taylor e Gantt ajudaram no desenvolvimento do processo de gerência como uma matéria
distinta de negócio que exige estudo e disciplina, como a engenharia por exemplo.
Após a II Guerra Mundial as relações humanas começaram a integrar o gerenciamento
dos negócios e a administração e se uniram a ela matérias como estratégias de marketing
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e a psicologia industrial. Com a complexidade dos projetos aumentando e as relações
humanas prevalecendo, os controles necessitaram d um reforço, e assim surgiram novos
Diagramas de Rede, chamados de Gráficos PERT (Program Evaluation and Review
Technique) e o método de Caminho Crítico (Critical Path Method - CPM), oferecendo
maior controle sobre os projetos. Segundo Crawford (2007), o desenvolvimento do
Gerenciamento de Projetos foi intenso, existindo hoje vários padrões internacionais sobre
as melhores práticas da atividade. Desta forma a gestão de projetos ganhou um enorme
impulso ao ser implementada nesta ocasião com maior vigor.
Andeuzza(2010) afirma ainda que nos anos 60, o gerenciamento de projetos foi declarado
como ciência.
As organizações começaram a enxergar o benefício do trabalho
organizado, como determinado pelo gerenciamento de projetos e a complexidade dos
mesmos levaram à necessidade de desenvolver também habilidade para comunicar e
integrar o trabalho. A primeira instituição criada para desenvolver uma metodologia
própria foi a International Project Management Association (IPMA), registrada na Suíça,
em 1965. A IPMA é uma associação, cujo objetivo é promover internacionalmente o
gerenciamento de projetos.
Em 1969 Jim Snyder funda o PMI - Project Management Institute com mais quatro
profissionais de gestão de projetos, da Philadelphia, Pensilvânia - EUA, este grupo se
reunia para discutir e escrever as melhores práticas de gerenciamento de projetos, uma
vez que estavam no auge dos projetos espaciais da NASA, um grupo de. Segundo
descrição do PMI-SP (2011), o PMI é a maior instituição internacional dedicada à
disseminação do conhecimento e ao aprimoramento das atividades de gestão profissional
de projetos, certificando profissionais e trabalhando organizadamente com grupos de
pessoas no mundo todo, através de seus fóruns, convenções e reuniões, locais e
internacionais. No inicio do século 21, o PMI tinha mais de 50.000 associados, mais de
10.000 Profissionais de Gerenciamento de Projeto (PMP) credenciados e mais de
270.000 cópias do PMBOK Guide estavam em circulação. O PMI estima ainda que 25%
do PIB mundial são aplicados em projetos e que cerca de 16,5 milhões de profissionais
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estão envolvidos diretamente com alguma metodologia de gerenciamento de projetos no
mundo.
No cenário de hoje, com o volume de projetos em franca ascensão, com a complexidade
dos mesmos aumentando, as exigências de negócio para com margens e resultados
financeiros, se insere o Moderno Gerenciamento de Projetos, com diferentes
metodologias, cada qual com vantagens e desvantagens, faz-nos pensar se necessitamos
de uma profundidade maior por parte da educação neste tema, ou se apenas as provas
de certificação podem cumprir o papel de trazer a cultura para todos que a procuram. No
Brasil, atualmente, existem duas entidades com enorme representatividade na área de
gerenciamento de projetos – o Project Management Institute - PMI e o International
Project Management Association – IPMA. Existem outros padrões internacionais, na
Austrália, é a norma Australian Institute for Project Management (AIPM); na Inglaterra, as
referências são o British Standards Institution (BSI) e a Association for Project
Management (APM).
3.2 Certificações em Gerenciamento de Projetos
Segundo o dicionário Michaellis (2010) Ação de certificar, asserção da realidade ou
veracidade de um fato. Para Pinheiro (2011) a certificação é um documento expedido por
um órgão ou uma instituição atestando que você sabe o conteúdo referente à mesma, ou
seja, que você estudou e comprovou através de aprovação em uma avaliação formal.
“O PMI tenta melhorar esta definição cobrando do candidato
uma quantidade mínima de horas trabalhadas em projetos para
que o profissional que está pleiteando o certificado tenha um
mínimo de experiência no assunto. Um profissional certificado
significa que ele estudou, passou em uma prova (ou mais
dependendo da certificação) e a autoridade no assunto (o
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fabricante do produto ou uma entidade - PMI, por exemplo)
atesta este conhecimento.” Pinheiro (2011).
Um curso de MBA trata-se de uma formação. Segundo o MEC, os cursos designados
como MBA - Master Business Administration ou equivalentes são cursos de
especialização em nível de pós-graduação na área de administração. Para estar apto a
fazê-lo os candidatos têm obrigatoriamente de ser portadores de diploma do novel
superior. As instituições que oferecem cursos de especialização devem submeter-se a
auditorias do órgão coordenador do Censo do Ensino Superior, nos prazos e demais
condições estabelecidas, sempre que necessário.
“Os cursos devem ter duração mínima de 360 (trezentos e sessenta)
horas, nestas não computado o tempo de estudo individual ou em
grupo, sem assistência docente, e o reservado, obrigatoriamente,
para elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso. A
duração poderá ser ampliada de acordo com o projeto pedagógico
do curso e o seu objeto específico. O interessado deve sempre
solicitar o projeto pedagógico do curso;”
O MBA além de possuir uma base acadêmica regulamentada e profunda, oferece aos
estudantes a possibilidade de uma troca de experiência em tempo de curso, oque sem
dúvida é um diferencial quanto aos cursos de preparação para as certificações. Porém,
para fazer um MBA não há necessidade de comprovar experiência na área, o que para
certificação faz toda a diferença. Para iniciantes o MBA é bem mais interessante, tanto em
mateia de investimento quanto em conhecimento. A certificação é mais apropriada para
profissionais experientes, que possam comprovar sua vivência na matéria escolhida e que
tenham na certificação um degrau na escala de sua vida profissional.
3.2.1 - A Certificação PMP (Project Management Professional)
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A certificação PMP é a mais conhecida e respeitada mundialmente, e é reconhecida pela
ISO 9001. Para obter esta certificação é necessário concordar e aderir ao Código de
Conduta Profissional disponível no site do PMI e preencher alguns requisitos de educação
e experiência.
A certificação CAPM é destinada para membros de equipe e gerentes de projetos. É um
excelente instrumento para alavancagem da carreira.
A certificação PgMP (Program Management Professional) é destinada para profissionais
que gerenciam múltiplos projetos e que garantem o sucesso de um programa.
Existem diversas entidades (inclusive o próprio PMI) que oferecem cursos preparatórios
para se obter essas certificações. São certificações muito valorizadas internacionalmente
e que de posse de uma delas, o mercado abrirá as portas para uma carreira brilhante e de
sucesso.
Conforme descreve em seu site, desde 1984, o Project Management Institute tem se
dedicado ao desenvolvimento e manutenção de um rigoroso Programa de Certificação
Profissional, com base em um exame, visando o avanço da profissão de Gerenciamento
de Projetos e o reconhecimento das conquistas individuais nesta área. A Certificação
Project Management Professional (PMP®) do PMI® é a credencial profissional mais
reconhecida e respeitada em termos mundiais no que tange ao Gerenciamento de
Projetos. Em 1999, o PMI tornou-se a primeira organização no mundo a ter seu Programa
de Certificação reconhecido pela International Organization for Standardization (ISO)
9001.Para obter a Certificação PMP, o profissional deve satisfazer a determinados
requisitos de educação e experiência, concordar e aderir ao Código de Conduta
Profissional (Code of Professional Conduct) e passar no Exame de Certificação PMP.
Para comprovação da experiência, existem duas categorias:
Categoria I (profissionais com 3º grau completo): 4.500 horas de experiência nos
últimos seis anos;
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Categoria II (profissionais com 2º grau completo): 7.500 horas de experiência nos
últimos oito anos.
O Exame de Certificação PMP é oferecido em computador, ao longo de todo ano, em
diversos países, e seu custo é de:
US$ 405,00 para associados do PMI
US$ 555,00 para não associados
Assim, a certificação passa a ser como um passaporte, que serve como um comprovante
que o candidat a certificação PMP, já possui a experiência e conhece os conceitos
descritos pelo Instituto. Hoje, a maioria das empresas ligadas a projetos exigem, ou pelo
menos sugerem que um candidato à vaga na área de projetos possua a certificação.
3.2.2 Certificação IPMA
O IPMA (International Project Management Association ) está registrado na Suíça, é
também uma entidade cujo objetivo é promover o gerenciamento de projetos
internacionalmente. Foi fundada em 1965 com o nome de INTERNET, se tratava de um
fórum de profissionais gerentes de projetos, onde compartilhavam informações sobre esta
área. O IPMA está presente em mais de 30 países, principalmente na Europa. Possui um
modelo mais acadêmico, a maioria de seus componentes está ligada a universidade. O
IPMA mantêm contatos com o PMI e com o AIPM – Australian Institute for Project
Management. No Brasil, o IICC, está presente apenas nas cidades de Curitiba e Belo
Horizonte.
A certificação IPMA procura avaliar as competências dos profissionais de gerenciamento
de projetos com base em: conhecimento; experiência e atitudes pessoais. Estes
profissionais podem ser certificados em quatro níveis:
- IPMA Level A (Diretor de Projetos Certificado): capaz de coordenar todos os projetos de
uma empresa ou programa;
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- IPMA Level B (Gerente de Projetos Sênior Certificado): capaz de gerenciar projetos
complexos de maneira autônoma;
- IPMA Level C (Gerente de Projetos Certificado): capaz de gerenciar projetos não
complexos. Apoia gerentes de projetos seniores;
- IPMA Level D (Associado em Gerenciamento de Projetos Certificado): Atua como
especialista de um determinado campo, pois possui conhecimento técnico sobre
elementos e aspectos de gerenciamento de projetos.
3.2.3 Project IN Controlled Environments – PRINCE2
No Reino Unido O PRINCE2 começou a ser desenvolvido pelo Governo Britânico, em
1989. AO o PRINCE2 é bastante utilizado nos projetos do Governo Britânico, como
também é amplamente reconhecido e utilizado no setor privado, tanto no Reino Unido
quanto em outros países.
A Comissão Europeia, ao patrocinar projetos recomenda o seu Project Cycle
Management Guidelines como referencial. Desde 1993 quando começou a ser divulgado
vem sendo atualizado, ainda pouco reconhecido e utilizado nas Américas.
3.2.4 Australian Institute of Project Management – AIPM
The Australian Institute of Project Management (AIPM) é o órgão máximo de gestão de
projetos na Austrália. Fundado em 1976, quando ainda funcionava o Fórum de Gestores
de Projetos para promover e disseminar o assunto
A AIPM em seu processo de certificação inclui uma aplicação de exame on-line de acordo
com os três níveis oferecidos de certificação de profissionais:
CPPD – Certified Practicing Project Director;
CPPM – Certified Practicing Project Manager;
CPPP – Certified Practicing Project Practitioner.
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Conclusão
A nossa colonização foi extremamente prejudicial em vários aspectos, inclusive o da
educação. Enquanto os portugueses exploravam inadvertidamente nosso território, outros
colonizadores, como os espanhóis, por exemplo, mesmo em tempo de exploração, já
traziam consigo objetivos de instalações educacionais nas novas terras descobertas. Com
A=a vinda da família real ao Brasil, ao final do século XIX, é que começaram a
implementar as escolas e faculdades, pois a Europa estava fechada, devido a invasão de
Napoleão Bonaparte. Mesmo assim, a educação foi restrita a elite e ao clero, que
desfrutavam de poucas opções.
Trazemos até hoje no dna de nossas instituições de ensino a características das escolas
da época colonial, o modelo de praticidade.
Desde a segunda guerra, os aspectos produtivos vêm ficando mais complexos, exigindo
cada vez mais dos trabalhadores um conhecimento mais aprofundado nas matérias
pertinentes à sua profissão. Com isso muitas pessoas conseguiram com o apoio do
governo, ou através de recursos próprios completarem o nível superior, o que de certa
forma e durante algum tempo foi suficiente para as empresas.
O mercado mais agressivo, as concorrências e a busca de produtos inovadores e
exclusivos, despertaram a busca por profissionais de projetos, e a matéria Gerenciamento
de projetos vem atingindo uma grande parte da população, principalmente os profissionais
de empresas cujo foco é a inovação.
Para preparar este público aos novos desafios surgiram os cursos de por graduação Latu
senso e MBA’s em Gestão de Projetos, além dos cursos preparatórios para as
certificações em Gerenciamento de projetos.
Vemos no desenvolvimento do artigo que o MBA em gestão de projetos é uma ótima
opção para os mais jovens, recém-saídos das universidades, ainda com pouca
experiência profissional no ramo dos projetos, e que a certificação é ideal para os mais
experientes, já com o nível superior completo e com horas de trabalho no ambiente dos
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projetos comprovadas através de documentação. O mercado valoriza ambas as
formações, pendendo sensivelmente para o lado da certificação profissional, pois esta
exige uma carga horária de trabalho comprovada de seus propensos certificados. Em
resumo, o ideal seria se o profissional ou estudante conseguisse as duas formas de
certificação. Mas este aprofundamento fica par uma pesquisa mais aprofundada do tema,
uma vez que abordará questões pessoais de afinidade com esta ou aquela matéria.
Referências
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Geralda
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Cinthia
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http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/200-anos-de-ensino-superior,
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Mário
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http://www.sagres.org.br/biblioteca.php, acessado em 26/01/2012.
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Ferreira ,Sheila C. Dinelli e Hoffmann ,Andreas Roberto – Certificações profissionais
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IPMA – International Project Management Association. The ICB – IPMA
Competence Baseline. Versão 3.0, 2006.
MEC
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da
Educação
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Cultura
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=387& Itemid=349
acessado em 28/01/2012
Pinheiro,
Vander
MBA
ou
PMP?
Qual
a
http://www.slideshare.net/vanderpinheiro/mba-ou-certificao-pmp
19/01/2012.
escolha
correta?
acessado
em
PMI. PMBOK - Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de
Projetos. Pennsylvania,USA:Newton Square:2004.
Santos, Allan Alvaro - Educação superior no Brasil - UNESCO CAPES 2002.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Santos, Maria Luiza- Historia da educação brasileira: a organização escolar. 20 edição
Campinas, SP – Autores Associados 2007.
Silva, Vinicius Passos, MBA em Gestão de projetos ou certificação, o que escolher?
http://www.tiespecialistas.com.br/2011/02/mba-em-gestao-de-projetos-ou-certificacaopmp-o-que-escolher/ - acessado em 18/01/2012.
Souza, Paulo Nathanael - Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro
http://universidades.universia.com.br/universidades-brasil/historia-ensino-superior.
Acessado em 27/01/2012.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
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