Indicação de Hemocomponentes e Reações Transfusionais Marcelo Addas-Carvalho Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas e-mail:[email protected] 1. Introdução HISTÓRICO • Roberts des Cabets e Ritchard Lower, 1665-67primeiras descrições de transfusões • Landsteiner, 1900 - descoberta dos grupos sanguíneos (ABO) • Levine, 1940 - polimorfismo do sistema Rh • Década de 70 - utilização racional do sangue • Década de 80 - testes sorológicos e risco transfusional • Década de 90 - filtros e imunomodulação • Atualmente - segurança transfusional (NAT e inativação viral e bacteriana) 2. Risco X Benefício Indicação: sem substitutos Efeitos adversos - Imunes – Alo-imunização – Eritrocitária – Ags Rh, Kell, Fy, Jk – HLA/HNA - reação transfusional, rejeição de transplantes – HPA - refratariedade plaquetária – Imunomodulação - infecção pós-operatória e recidiva de doenças neoplásica 2. Risco X Benefício Efeitos adversos - Infecciosos – Doenças infecciosas: • janela imunológica (HIV, HCV) • doenças não triadas – malária, CMV, dengue(?) • doenças emergentes: nvCJD, CMV, West Nile virus, HHV8, ParvoB19 – West Nile Virus – início EUA (New York 1999) • todos estados e atualmente no caribe (Porto Rico, El Salvador, Jamaica) • <1% desenvolve doença, + grave em idosos e imunossuprimidos – Gripe aviária (avian influenza) 3. Hemocomponentes 3. Hemocomponentes 3. Hemocomponentes 3. Hemocomponentes Concentrado de Hemácias “transfusion trigger” - fatores envolvidos na oferta de O2 tecidos – Hb / Ht nível – O2 consumo tecidual – pO2 arterial – troca gasosa pulmonar – débito cardíaco (volemia, PA, FC) – leito vascular - aterosclerose – curva de dissociação do O2 da Hb (2,3 DPG) – viscosidade sanguínea (Ht e tempo de armazenamento) Padronização de nosso Serviço Comitê Transfusional - consenso • Ht 15% ou Hb 5,0 g/dl com anemia crônica e sem sinais de hipóxia tecidual • Ht 21% ou Hb 7,0 g/dl com anemia aguda e sem sinais de hipóxia tecidual • Ht 27% ou Hb 9,0 g/dl em pacientes portadores de aterosclerose cardiovascular com ou sem angina, portadores de doença pulmonar crônica ou aguda, com pO2 art inferior a 80 mmHg e pacientes com quadros de isquemia tecidual aguda • Ht 30% ou Hb 10,0 g/dl em pacientes no PO imediato de revascularização miocárdica ou IAM recente • Hemorragias agudas (perda superior a 10 ml/Kg em uma hora) Porém... • Evidências: – UTI aumento mortalidade curto e longo prazo – infecção – Protocolo restritivo (< 7g/dL) X liberal (<10g/dL) mortalidade curto prazo e permanência internado CH modificado: adequação a necessidades especiais dos pacientes • Lavadas • Desleucocitadas • Fenotipadas • Irradiadas • CH lavadas: retirar proteínas plasmáticas – deficiência de proteínas séricas no receptor (+ frequente deficiência de IgA) – transfusão não ABO idêntica (O A ou B) com títulos latos de Anti-A ou –B (O perigosos) – reações alérgica graves (opção pré-medicação) • Desleucocitadas: leucodepleção de 99,9 - 99,99 % (3-4 log), profilaxia de aloimunização e de infecção por agentes intranucleares – Indicações: Anemia Aplástica Grave Candidatos à TMO ou órgãos de d. cadáver Reação Febril Não Hemolítica Profilaxia de infecção CMV e vCJD (?) Programa de transfusão crônica Refratariedade plaquetária • CH irradiado: inativação de células imunocompetentes (CIC), dose 2.500 rads, profilaxia de GVHD-TA – Indicações: Imunodeficiência tipo celular Transfusão intra útero Transfusões RN prematuros (< 28 sem) Pós-TMO e órgão sólidos Imunossupressão (CSP ou altas dose de Prednisona) Linfomas LA e Tu sólidos em QT altas doses • CH fenotipadas: aloimunização antieritrocitária Profilática (Rh, Kell, Duffy, Kidd + imunogênicos) pacientes sensibilizados (até 3% pacientes) Plasma e Derivados • 3 funções básicas: – efeito oncótico – coagulação e fibrinólise – propriedades anti-sépticas Plasma Fresco Congelado • reposição de fatores de coagulação quando a deficiência é múltipla ou não se dispõe de fatores purificados – Indicações: –intoxicação por dicumarínicos (com sangramento) –hepatopatias graves –transfusão maciça (hemodiluição) –deficiência de AT-III, PC e PS –PTT –CID RISCO X BENEFÍCIO • frequentemente indicações inadequadas • deficiência relevante (inferior a 30% de atividade dos fatores de coagulação) • RNI e/ou R > 1,6 – 1,8 • ou 1,5 – 1,8 X maior que o controle Crioprecipitado • contém Fator VIII (70-80 UI/ Unidade), fibrinogênio (100-350 mg/Unidade), Fator XIII Indicações - EVENTUAIS: – hemofilia A e d. von Willebrand (ultrapassada) – afibrinogenemia ou hipofibrinogenemia – transfusões maciças – CID (?) Concentrado de plaquetas • Tipos de trombocitopenias: – por falência medular (transitória ou permanente) – por aumento da destruição/consumo • Protocolos – 10.000/mm3 - estável, afebril, sem sangramento – 20.000/mm3 - fatores de risco, sangramentos menores – 30.000/mm3 - “cateter” central ou pequenos procedimentos – 50.000 - 70.000/mm3 - cirurgias grande porte • controle do incremento – 15 min • correção da contagem relacionada com ocorrência de complicações hemorrágicas em procedimentos cirúrgicos Concentrado de plaquetas – 10.000/mm3 – punção lombar em pacientes pediátricos, plaquetopenia induzida por heparina, Bx MO ou aspirado – 20.000 a 50.000/mm3 – endoscopia digestiva, broncoscopia, CID – 50.000/mm3 – cirurgias, transfusão maciça em procedimento cirúrgico, procedimento invasivo em cirrótico – 50.000 - 70.000/mm3 – biópsia hepática, neurocirurgia Concentrado de granulócitos Indicações: • Exclusivamente pediatria – Neonatos ou crianças com neutropenia e/ou granulocitopenia severa (<500/mm3) e sepsis bacteriana ou fúngica e falta de resposta a antibioticoterapia 4. Hemoderivados • Albumina humana – iso-osmolar (4%) ou hiperosmolar (20-25%) – Indicações: • expansão volêmica • paracenteses volumosas • Sd. nefrótica c/ oligúria • queimados graves • plasmaférese (reposição volêmica) – Efeitos adversos: • reações pirogênicas • hipotensão (ativador da pré-kalicreina) Uso da Albumina na Prática • reposição volêmica + efeito coloido-osmótico - sem melhora do shunt, sem redução do tempo de suporte ventilatório, internação e mortalidade (Lucas et al,1980); • paracenteses volumosas mesma ocorrência de infecções, encefalopatia e sangramentos, somente menor incidência de lesão renal (Gines et al, 1988) • Peritonite espontânea - menor ocorrência de sd. hepatorenal • Cirurgia cardíaca mesma ocorrência de óbitos, dias de suporte ventilatório, suporte pressórico, elevação de U/C ( Hallowell et al, 1978); Uso da Albumina na Prática • 30 “trials” randomizados com 1.419 pacientes • avaliação da mortalidade • maior risco de morte no grupo que usou albumina (RR=1,69) • “não há evidência de que o uso de albumina reduza a mortalidade em pacientes graves com hipovolemia, hipoalbuminemia ou queimados e sim sugere que aumente esta mortalidade” BMJ, July 1998 Uso da Albumina na Prática • Genericamente: reposição volêmica em pacientes refratários a cristalóide ou com contra-indicação para seu uso, sem outros benefícios Uso da Albumina na Prática Doses • reposição volêmica - o quanto for necessário - lembrar que 1fr = 10g = 50ml = 250ml expansão • paracenteses volumosas 5 -10g/litro, se 10L 5 a 10 frascos • peritonite espontânea ou profilaxia sd. hepatorenal - 0,5 a 1g/kg peso e manutenção 20 a 40g/dia • albumina sérica não deve ser parâmetro para indicar ou contra-indicar, porém pressão coloidosmótica adequada com albumina de 2g/dl ou PT de 4,0 a 5,0g/dl Fatores de coagulação • Fator VIII e IX – exclusivamente em hemofílicos e portadores de dvW • rhFVIIa – relato de situações de sangramento cirúrgico descontrolado com ou sem CID, resultados preliminares • FXIII, gel de plaquetas e cola de fibrina – efeitos limitados e questionáveis Métodos de Redução do consumo de hemocomponentes • evitar indicação arbitrária ou empírica • evitar coagulopatia medicamentosas • tratar deficiências: ferro, B12, ácido fólico - pré e pós operatórias • hemostasia cuidadosa • medicações: – Antifibrinolíticos: ácido tranexânico, aprotinina • avaliar custo x benefício – DDAVP: liberação de FVIII e fvW – casos específicos – EPO: pré e/ou pós operatório, associado a ferro, B12 e ácido fólico Autotransfusão • Métodos: – Pré depósito: mais conhecido, alto custo, eletividade dos pacientes, programação – Recuperação intra operatória: com lavagem (+ segura), sangramentos limpos, contra-indicado em neoplasias – Hemodiluição normovolêmica: baixo custo, sangue autólogo fresco (2,3 DPG, função plaquetária) Situações Especiais • CID • Transfusão maciça CID • Ativação da cascata de coagulação com níveis variados de repercussão (somente laboratorial até sangramentos severos) • Levando a disfunção microvascular e falência de múltiplos órgãos Causa de base Ativação sistêmica da coagulação Deposição de fibrina Obstrução trombótica microvascular Falência de órgãos Consumo de plaquetas e fatores da coagulação Plaquetopenia e deficiência de fatores da coagulação Sangramento • Etiologia: – Obstétrica – embolia amniótica, óbito fetal, eclampsia – Cirúrgicas – pulmão, próstata, cérebro – Clínicas – infecção, hemólise intravascular, LMA M3 • Diagnóstico: – Clínica – fase inicial manifestação SNC e tromboembolia – Laboratorial – deficiência de fatores (TTPa e TP alargados) plaquetopenia, hipofibrinogenemia severa, PDF, D-dimer • Tratamento: – Reposição (PFC, Crio, CP) – Específico (ATIII e PC, principalmente em sepsis) Transfusão maciça • DEFINIÇÃO: mais que 8-10 unidades de CH em 24 horas ou mais que 1 volemia sangüínea em 24 horas • Complicações: – relacionadas com razão de infusão – relacionadas com volume infundido • relacionadas com razão de infusão – hipocalcemia - citrato - efeitos: PA, FC, intervalo QT - ocorre quando associado a hipotermia, hipoperfusão e disfunção hepática – hiperpotassemia - acúmulo de armazenagem - parada cardíaca - fatores de risco: sensibilidade, excreção renal – hipomagnesemia - citrato - efeitos: Ca+, K+, intervalo QT e arritmias cardíacas – hipotermia - menos que 35oC coagulopatia • relacionadas com volume infundido – trombocitemia dilucional - inferior a 50.000/L – diluição dos fatores de coagulação - todos, fibrinogênio mais vulnerável – diluição dos fatores anticoagulantes - ATIII, proteína C e S (reposição com resultados duvidosos em CID) Conduta “NUNCA TRANSFUNDIR PROFILATICAMENTE” – Início: CH + cristalóide e/ou colóide, acesso venoso adequado e aquecimento dos produtos infundidos e do paciente – após 6 - 8 U de CH - avaliação laboratorial (coagulação e eletrólitos) – se choque ou outros fatores de risco (CID, IRenal) avaliação precoce – RNI/R > 1,8 - PFC (10-15 ml/Kg) – Plaquetas < 50.000/mm3 - CP (1U/5-10 Kg) – Fibrinogênio < 50-70 mg% - CRIO (1U/10Kg) Intervalo 15 minutos Reações Transfusionais Reações Transfusionais • Reações hemolíticas: – intravascular – extravascular • Reações Não hemolíticas: – – – – – reações alérgicas e anafiláticas reações febril não hemolítica lesão pulmonar imune associada a transfusão (TRALI) contaminação microbiana sobrecarga volêmica • Tardias: – GVHD-TA – púrpura pós-transfusional Reações Hemolíticas • Reações hemolíticas: –Intravascular • Anticorpos completos, hemólise imediata (<24 horas), repercussão sistêmica grave, alta mortalidade, fatal 1:250.000 a 1:600.000 • Exs. Incompatibilidade ABO, anti-Jk, -S Cascata complemento ativada Reação Hemolítica Intravascular Liberação de citocinas (IL-1, IL-6, IL-8, TNF) Hemólise Intravascular Estroma celular + FXIII ativado Hemoglobinemia + Hemoglobinúria Óxido Nítrico CID Geração de anafilatoxinas C3a + C5a Liberação de Histamina IRA + Choque Hipotensão Vasoconstrição Isquemia de órgãos Quimotaxia Neutrófilos Monócitos + Estimulação de células endoteliais Reações Hemolíticas • Reações hemolíticas: –Extravascular • Anticorpos incompletos, tardia (>24 horas), aloimunização prévia, ineficácia transfusional, relacionado com qualidade de avaliação imunohematológica pré-transfusional • Exs. Anti-Rh, -Fy, -K Reação Hemolítica Extravascular TNF + LTA IL-1 •Febre + calafrios •Ativação sistema retículo endotelial (SER) •Ativação resposta imune humoral IL-6 Reações Febril Não Hemolítica • Reação Febril Não Hemolítica (RFNH) – Mecanismos associados a RFNH • Reação mediada por anticorpos – clássico – anticorpos (freqüentemente classe IgG) anti-HLA (Human Leukocyte Antigen) ou anti-HNA (Human Neutrophil Antigen) • Reação desencadeada por mediadores biológicos da resposta inflamatória (MBRI) acumulados no hemocomponentes durante o armazenamento – 1:100 a 1:1.000 (1 – 0,1%) Reação Febril Não Hemolítica – mecanismo clássico + Hemocomponente Soro do paciente Liberação de citocinas in vivo Sintomas: febre, tremores, calafrios IL-1, IL-6, IL-8, TNF e outras Sintomas: febre, tremores, calafrios Reação Febril Não Hemolítica – mecanismo alternativo Acúmulo de citocinas in vitro Sintomas: febre + calafrios + tremores + hipotensão, etc Armazenamento – CP • Apoptose • Adesão de células mononucleares ao plástico • Produção e ou liberação de citocinas • Ativação do complemento • Liberação de histamina Reações Febril Não Hemolítica • Reação Febril Não Hemolítica (RFNH) – Prevenção: • componentes desleucocitados pré armazenamento ou antes de transfundir • CP recentes (<3dias de armazenamento) • redução do plasma – Tratamento: antitérmicos ou meperidina – Suspender o componente e investigar: DD Reações Alérgicas • Reações alérgicas e anafiláticas – Incidência: • reação alérgica = 1 – 3 % das infusões de plasma • reação anafilática = 1/20.000 - 47.000 – Manifestação clínica variável: – Definição: • alérgica = reações urticariformes (leves) • anafilactóide (gravidade intermediária) • anafilática = hipotensão intratável e choque com perda da consciência (grave) Reações Alérgicas • Mecanismos: – Ac – classe IgE – contra: • proteínas: – deficientes: IgA (1:800-1.000), haptoglobina, transferrina – não deficientes: polimorfismos • HLA – transfusão de alergênicos – transfusão passiva de Ac classe IgE Reações Alérgicas Reações Alérgicas – Prevenção • pré medicar – corticóide – hidrocortizona ou difenidramina – Benadryl • componentes lavados (CHL) • componentes de doadores deficientes – Tratamento: difenidramina – Benadryl até conduta para choque anafilático – Única reação transfusional autorizado a manter o mesmo componente após tratamento TRALI • TRALI - Lesão pulmonar aguda associada a transfusão (TRALI – transfusion-related acute lung injury) – Definição: edema pulmonar não cardiogênico associado à transfusão – Sintomas: • • • • início: concomitante ou até 6 hs após dispnéia, tosse, febre, eventualmente hipertensão ou hipotensão aparecimento súbito 75% com necessidade de suporte ventilatório – RX tórax infiltrado bilateral, normalização em <4 a 5 dias – Mortalidade: 5 a 8% TRALI • Freqüência: – desconhecida, sub-diagnosticada • Fatalidade: – 12% das fatalidades associadas a transfusão (período de 1976 a 1985) – FDA 58 casos (5 anos – 1997 a 2002, EUA) • Investigação laboratorial necessária para diagnóstico não disponível em todos os serviços TRALI • Freqüente em pacientes graves UTI, cirúrgicos, pós-CEC, onco-hematológicos, respiração mecânica • 2 injúrias (bifásica) envolvidas: – 1a. - condição clínica de base sensibilização (“priming”) dos neutrófilos aderência dos neutrófilos no endotélio pulmonar – 2a. - específica, ativação dos neutrófilos (Acs ou substância biologicamente ativas) PMN oxidases radicais livres de Oxigênio lesão endotélio capilar e edema intersticial pulmonar + Paciente - Receptor • • • Hemocomponente (anti-HLA / HNA) Liberação de proteases radicais superóxido e elastase Edema pulmonar intersticial Lesão microvasculatura Pulmonar (lesão endotelial) TRALI – aumento de neutrófilos na microcirculação pulmonar – lesão septal – edema e formação de membrana hialina Silliman et al, Transfusion, 2003 TRALI • Diagnóstico de TRALI: – Quadro clínico e evolução importante, mas insuficiente – Exames laboratoriais – tipagem HLA e HNA e pesquisa de Acs • Tratamento – Suporte ventilatório – Reposição volêmica – tratamento do choque • Excluir doador relacionado – mais importante TACO • Sobrecarga volêmica associada a transfusão (Transfusion-Associated Cardiac/Circulatory Overload) – insuficiência respiratória, estase jugular, balanço positivo, edema pulmonar cardiogênico – frequente, sub-diagnosticado – em alguns grupos de pacientes 1-8%, mortalidade 5-15% – Pacientes de risco: idosos ou crianças, pacientes complexos TACO • DD: TRALI – pressão de oclusão da artéria pulmonar (PAOP), concentração protéica do fluido do edema pulmonar, RX tórax, ecocardiografia, peptídeo natriurético tipo B (BNP) – QCl: hipertensão, IRA, antecedente de doenças cardíaca, melhora com diurético/vasodilatador – BNP > 1.000 pg/mL – Ecocardio – disfunção diastólica e FE < 45% – PAPO (pressão de artéria pulmonar) > 18 mmHg • Tratamento: suporte ventilatório, diuréticos Contaminação microbiana • Grave, choque séptico • Maior risco: concentrado de plaquetas (TA) • CQ: durante a transfusão, hipotensão, febre (> 2oC), tremores, choque séptico • Complicações: choque, IRA, CID, óbito Contaminação microbiana • Incidência – Culturas + : CP Rândomicas = 2,5% CP Aférese = 0,12% CH = 0,48% PFC = 0,1% (Illert WE et al, Transfus. Rev.,1995) • Reações graves: 25% dos casos Contaminação microbiana • Mecanismos – Doador – bacteremia e febre – Coleta – anti-sepsia inadequada – Manufatura das bolsas – esterilização inadequada – Processamento e armazenamento – temperatura e contaminação (sistema aberto) – Transfusão – tempo prolongado sistema aberto e Temperatura inadequada • Prevenção / tratamento – diagnóstico diferencial principal - RFNH Contaminação microbiana • Ações: – Seleção doadores – Antisepsia com 2 métodos – Desvio primeiro fluxo – Controle microbacteriológico – Inspeção visual do hemocomponente, pH, glicose Conduta de investigação 1. Suspender a transfusão 2. Manter acesso venoso 3. Infusão de solução cristalóide (hidratar) 4. Checar identificações (identificar erros de instalação) 5. Sintomáticos e suporte 6. Colher novas amostras (se indicado) e notificar laboratório de compatibilidade 7. Devolver bolsa de Hemocomponente com notificação 8. Aguardar investigação e orientação médica/hemoterápica para próximas transfusões 9. Registrar ocorrência e conduta