Melhoria do Processo de Segregação, Distribuição e Recolhimento de Prontuários Ambulatoriais Waldomiro, A.P.C.1; ; Souza, A.B.D.2; Penna, C.B.S.2; Abe, E.S.H3; Almeida. M.N.4 I – Divisão de Informação Gerencial e Hospitalar do Instituto da Criança do HCFMUSP 2 Chefe I – Divisão de Informação Gerencial e Hospitalar do Instituto da Criança do HCFMUSP 3 Enfermeira, Gestora do Serviço de Arquivo Médico do Instituto da Criança do HCFMUSP 4 Médica, Gestora da Divisão de Informação Gerencial e Hospitalar do Instituto da Criança do HCFMUSP 1 Encarregado INTRODUÇÃO Diante desta situação, as mudanças propostas foram: O prontuário médico é constituído de um conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. • Extinção do serviço noturno e ampliação do serviço diurno para o horário 7 às 22 horas. • Remanejamento de profissionais e das atividades do noturno para o serviço diurno. • Treinamento dos profissionais do registro e ordenação de prontuários para retirada de prontuários em caso de urgência no serviço noturno. Dentre as atribuições do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), está a distribuição dos prontuários para os atendimentos de consultas ambulatoriais e posterior recolhimento e arquivamento. • Fixação de profissionais do arquivo, nos dois corredores do Ambulatório, para entrega e recebimento de prontuários após atendimento. • Auditoria da documentação pós-consulta e ordenação dos prontuários, monitorando a qualidade dos prontuários, uma vez que alguns retornam sem conteúdo e sem identificação dos documentos. Em outubro e novembro de 2008, foi realizado um levantamento sobre a quantidade de prontuários que não retornavam para o arquivo após o atendimento ambulatorial e se verificou que Taxa de Não Retorno de prontuários encaminhados para atendimento ambulatorial era de 14,2%, ou seja, de cada 100 prontuários, 14 não retornavam no mesmo dia ao Arquivo Médico. Algumas causas apontadas pela equipe médica para a retenção dos prontuários eram: necessidade de elaboração de relatórios; pesquisa médica e discussão com outro especialista. A responsabilidade da guarda dos prontuários dos pacientes é do SAME e nenhum profissional de saúde pode retê-lo sem autorização expressa. Quando esse fluxo não é seguido, aumentam os riscos de perda e danificação dos documentos, além dos documentos ficarem indisponíveis para os outros profissionais de atendimento. Um novo processo de trabalho foi desenhado (Figura 3) com a incorporação de diversos pontos de controle para redução e eliminação dos não retornos de prontuários pós consulta. Figura 3 OBJETIVOS • Reduzir a perda de documentos de responsabilidade de guarda do SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística) • Disponibilizar 100% dos prontuários para o atendimento da equipe multiprofissional • Monitorar a qualidade dos prontuários, uma vez que alguns retornam sem conteúdo e sem identificação dos documentos. METODOLOGIA Inicialmente foi feito mapeamento do fluxo da movimentação dos prontuários encaminhado para o atendimento ambulatorial e identificação os “pontos de gargalo”. (Figura 1 e Figura 2). Paralelamente, foram levantados também o número de prontuários que necessitam ser retirados do arquivo para internação de urgência no período de 21 às 06 horas, com o objetivo de se analisar a possibilidade de remanejamento dos 05 profissionais do serviço noturno para o período diurno para a implantação da melhoria de processos. Neste levantamento, verificou-se que nos 60 dias do estudo foram movimentados apenas 34 prontuários, isto é, 0,56 prontuários por noite. Figura 1 RESULTADOS Os Gráficos 1 e 2 abaixo demonstra que as melhorias implantadas reduziram o não retorno do prontuário pós consulta ambulatorial, possibilitando maior qualidade no atendimento do SAME à equipe multiprofissional e maior segurança nos processos de distribuição e recolhimento de prontuários. Gráfico 1: Taxa de Não Retorno do Prontuário pós Consulta Ambulatorial 2008-2010 Gráfico 2: Taxa de Não Retorno do Prontuário pós Consulta Ambulatorial, mês a mês, de 2009 e 2010. Figura 2 CONCLUSÃO Feito acompanhamento do indicador após a implantação das propostas, verificou-se que houve redução significativa de prontuários que não retornavam ao SAME, após consultas ambulatoriais. Verificou-se a importância fundamental na fixação de um colaborador do SAME nos corredores que além de controlar a movimentação dos prontuários auxilia a equipe de atendimento em casos de necessidade de suporte técnico de outros serviços de apoio, como Tecnologia da Informação e Serviço de Manutenção.