Ocorrência e padrão de distribuição do golfinho-nariz-de-garrafa,
Tursiops truncatus (Montagu, 1821) na Baía de Guaratuba/PR.
Felipe Rodrigues - Iniciação Científica – Voluntária (2012-2013)
Drª. Camila Domit
Introdução/Objetivos
Tursiops truncatus ocorre em águas costeiras e
oceânicas e é considerado cosmopolita. No Estado do
Paraná sua ocorrência é descrita apenas por métodos
etnobiológicos e restrito a avistagens oportunísticas.
Considerando sua ampla distribuição, variações
geográficas
já
descritas,
a
plasticidade
comportamental e a importância da determinação de
stocks regionais, este estudo analisará de forma
sistemática a ocorrência e o padrão de distribuição
desta espécie na Baía de Guaratuba, PR.
Método
As coletas de dados foram realizadas entre
abril e junho de 2013, semanalmente a partir de um
ponto fixo, onde foram realizadas amostragens em
períodos de cinco horas por dia, e quinzenalmente
por meio de uma embarcação, realizando transectos
pré-estabelecidos na desembocadura e área interna
da Baía. Foram amostrados dados comportamentais,
quanto
ao
organização
social,
parâmetros
oceanográficos e coordenadas geográfica. Uma
analise de distribuição espacial e quanto a forma de
uso da área pelos golfinhos foi conduzida com auxilio
do ARCGIS 10 (ESRI).
Referências
GOODALL, R. N. P.; MARCHESI, M. C.; PIMPER, L. E.; DELLABIANCA,
N.; BENEGAS, L. G.; TORRES, M. A.; RICCIALDELLI, L. Southernmost records of
bottlenose dolphins, Tursiops truncatus. Polar Biol. 34:1085–1090. 2011.
Resultados/Discussão
Foram realizados onze expedições ao campo, sendo
cinco em ponto-fixo e três embarcado, totalizando 40h56min
de esforço de campo. Os golfinhos estavam presentes em
36,3% dos dias de esforço, totalizando seis avistagens de T.
truncatus, onde foram registrados entre 1 a 3 indivíduos por
grupo (Média dos grupos= 1,42 ± 0,78; n=09). A principal
atividade comportamental observada foi a de alimentação
(83,3%). Todos os registros foram obtidos na maré enchente.
Na Baía de Guaratuba, as avistagens de T. truncatus
foram observadas na desembocadura, onde ocorre
constantemente a travessia de ferry-boats e onde há as
maiores salinidades (37 ppt) e profundidades, com 27 metros.
Figura 1: Área de estudo e
avistagens de T. truncatus.
Figura 2: Grupo de T. truncatus
no litoral paranaense.
Conclusões
A distribuição de T. truncatus na Baía de Guaratuba,
até o momento foi esporádica e concentrando em áreas de
maior profundidade com inserção de águas costeiras.
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