Apresentadora: Naima M. Hamidah R2 – Pediatria - HMIB Orientadora: Dra. Fabiana Márcia www.paulomargotto.com.br Brasília, 20 de junho de 2013 Promover um crescimento semelhante ao intraútero, visando um crescimento e neurodesenvolvimento normais. Coordenação sucção/deglutição (com 34 sem); Esvaziamento gástrico retardado; Menor tônus do esfíncter esofágico inferior; Atividade motora imatura do intestino; Capacidade gástrica reduzida; Secreção ácida gástrica deficiente nas primeiras semanas; Limitada capacidade de digestão e absorção de gorduras; Deficiência de lipase pancreática e lingual; Síntese de sais biliares relativamente baixa; Boa atividade das enzimas proteolíticas; Lactose é bem digerida e absorvida; Limitada função renal, não permitindo sobrecargas hídricas, eletrolíticas e de proteínas. Variam com a IG, idade pós natal, PN, condições ambientais, método de alimentação, doenças concomitantes. RNPT extremos a preocupação é com uma boa hidratação e homeostase da glicose, eletrólitos e minerais. O crescimento se inicia após a 2ª semana de vida (resolvidos os problemas médicos agudos). Calorias: 110 – 150 kcal/kg/dia (média 120) * podem aumentar na vigência de infecções, estresse cirúrgico ou esfriamento. Proteínas: RNT 2 - 2,5 // RNPT 3 – 4,0 g/kg/dia * o excesso (>4,0) pode levar a alterações metabólicas, estrabismo, retardo mental, letargia, hipertermia e aumento da mortalidade. * baixas taxas (<2,0) causa déficit ponderal, hipoalbuminemia com edema, comprometimento do crescimento das células neuronais e da mielinização com dano cerebral irreversível. Lipídeos: 40 – 50% do aporte calórico (ácidos graxos essenciais – linoleico e alfa linoleico). Cálcio, fósforo e magnésio: quantidade insuficiente no LH para suprir as necessidades do RNPT. Ca: 200 – 250 mg/kg/dia P: 110 – 125 mg/kg/dia Mg: 5 – 10 mg/kg/dia (quantidade suficiente no LH). Oligoelementos: quantidade suficiente no leite humano. Vitaminas: iniciada a partir do 7⁰ dia de vida. Vitamina K dose única ao nascimento. Se jejum prolongado, repetir vit. K 2x/semana (quando NPT exclusiva). Ferro: suplementação indicada para todo RNPT, iniciada com 4 semanas e mantida até 12 – 15 meses. O mais precoce possível, evitando uma desnutrição rápida (dano irreversível). O início precoce acelera o tempo de transição da sonda para a VO. Lembrar de retornar o mais rápido possível após a suspensão por alguma intercorrência. Estabilidade hemodinâmica; Ausência de disfunção respiratória grave; Ausência de distensão abdominal; Presença de ruídos hidroaéreos; Eliminação de mecônio. Métodos: dependem da IG, PN, condições clínicas e experiência do serviço. RNT normal; Prematuro estável com PN > 1.500g; IG > 33 semanas; Reflexo de sucção / deglutição. Em RNPT com dieta por SOG, atentar para o início do reflexo de sucção tão logo seja atingida a dieta plena. Iniciar tentativas de alimentação VO com progressão 1x/dia (estimular estruturas oro-motoras). A mais utilizada; RN com capacidade de deglutição / sucção inadequada (< 32 – 34 sem); Disfunção neuro-muscular (hipotonia, perda do reflexo de sucção); Desconforto respiratório com FR > 60; RN em ventilação mecânica. Maior ganho de peso comparado à administração contínua; Menor perda de gordura do leite administrado. RN com intolerância à alimentação por SG intermitente; Hipomotilidade intestinal. Promove maiores volumes a RN com capacidade gástrica muito reduzida e RN com refluxo gastroesofágico grave. Decúbito lateral direito leva a um esvaziamento gástrico mais rápido. Em RGE está indicado o decúbito lateral esquerdo, devido à posição atingida pelo antro e piloro. Padrão organizado e repetitivo de sugadas curtas e estáveis, com pausas longas ou irregulares. O bebê faz movimentos, sem ter a introdução de líquido na cavidade oral, sem o intuito de promover nutrição. Objetivo: desenvolver a organização do padrão de sucção do RN visando a transição gradativa da alimentação por SG para a VO. Acompanhamento fonoaudiólogo. Início: enteral mínima (até 25ml/kg). Observar tolerância (2 ou 3 dias sem aumento). Progressão: 20ml/kg/dia (se maior, pode aumentar o risco de enterocolite necrosante) até chegar a 150ml/kg/dia. Indicação: RNs impossibilitados de receber alimentação por via enteral estimular e preparar o TGI para a alimentação posterior (evitando a atrofia e achatamento da mucosa intestinal). Preferir o leite materno cru. Benefícios: aumento dos hormônios intestinais, melhor tolerância alimentar, rápido ganho de peso, menor tempo de hospitalização, diminuição dos níveis de bilirrubinas, retardar a colonização e prevenir translocação. Volume: 5 – 25 ml/kg/dia. Se possível, iniciar nas primeiras 24h de vida. RN que sofreram (centralização, baixo IR cerebral, policitemia, asfixia): iniciar NEM com 48 – 72 h de vida. Volume: 150 ml/kg/dia; Oferta energética: 120 (110-175) kcal/kg/dia; Relação proteico/calórica: 2,5 – 3,6g/100kcal; Tempo: desejável que seja atingida em 10 a 14 dias de vida. Objetivos: acelerar a taxa de crescimento, melhorar mineralização óssea e diminuir o tempo de hospitalização. Início: RNPT de MBP (< 1.500g), a partir de 15 dias de vida (ou quando ingesta oral atingir 100ml/kg/dia. Dose: 1g/20ml de leite humano. Término: quando o RN estiver mamando predominantemente no seio materno (suplementar cálcio e fósforo até completar 40 – 45 sem de IGPC). A efetividade da dieta oferecida no sentido de manter o adequado desenvolvimento do RN pode ser avaliada através da medida periódica do PERÍMETRO CEFÁLICO! Margotto, Paulo R., “ASSISTÊNCIA AO RECÉM NASCIDO DE RISCO”, 3ª edição. Retirado, na íntegra, do capítulo “Nutrição Enteral”. Nutrição enteral Autor(es): Ana Lúcia do Nascimento Moreira, Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira, Paulo R. Margotto, Emmanuelle S. Coutinho, Patrícia Cristina Monroe, Tayana T. de Almeida Nutrição enteral precoce: fato ou ficção? (4ª Jornada de UTI Pediátrica e Neonatal da SPSP, Maternidade Sinhá Junqueira, Ribeirão Preto, SP, 28/9/2012 e Congresso de Cooperativismo em Pediatria (12/10 a 13/10/2012, João Pessoa, PB) Autor(es): Paulo R. Margotto Normas para o uso do aditivo dietético do leite humano Autor(es): Coordenação de Banco de Leite Humano/NUSC/DCVPIS/SAPS, Coordenação de Neonatologia/DIASE/SAS; Banco de Leite Humano/HMIB, Banco de Leite Humano/ HRT, Unidade de Neonatologia/ HMIB, Gerência de Nutrição/HMIB, Prof. Dr. Paulo Margotto Estratégias para a alimentação do pretermo: intravenoso e oral. Quando e como? Autor(es): William Ray (EUA). Realizado por Paulo R. Margotto Estudo piloto para determinar a segurança e viabilidade da administração na orofaringe de colostro da própria mãe a recémnascidos de extremo baixo peso Autor(es): Nancy A. Rodriguez, Paula P. Meier, Maureen W. Groeret et al. Apresentação: Bárbara Lalinka de Bilbao Basilio Pasteurização do leite da própria mãe não reduz a incidência da sepse tardia Autor(es): Veerle Cossey; Chris Vanhole et al. Apresentação: Daniel Pinheiro Lima; Guilherme Ferreira Almeida; Paulo Ferraresi, Guilherme Prata, Paulo R. Margotto Leite materno e a regulação intestinal e pulmonar no recém-nascido Autor(es): Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto OBRIGADA! Dra, Marília Bahia, Dra. Naima M.Hamidah e Dr. Paulo R. Margotto