EPISTEMOLOGIA E
EDUCAÇÃO EM
ENGENHARIA
Marcos da Silveira
PUC-Rio
CEEE2005
Ensino seqüencial - 1
•
•
•
•
•
Conceito objeto
técnica
projeto
Teorias axiomaticamente apresentadas
Laboratório para verificação e aplicação
Projetos como atividade extra-curricular
Provas vistas como certificações
individuais
• O professor como explicador
Ensino seqüencial - 2
• Clareza e organização
• Preparação do material sem considerar o
aluno concreto
• Tempo e espaço bem determinados
• Custo baixo
Paradoxos
I.
II.
“A teoria, na prática, é outra".
As técnicas atuais tornam-se
obsoletas antes que possam ser
aprendidas.
Perfis de formação
• Engenheiro-técnico
• Engenheiro-bacharel
• Engenheiro-que-resolve-problemas
Habilidades ou competências?
Novas competências
Novas atitudes
Ensino seqüencial
Qual o conhecimento?
Ensino concorrente
Conhecimento para que?
Mais que estratégias pedagógicas diferentes,
separam interesses diferentes.
Ensino seqüencial
• Falta de atividades integradoras
• O problema de engenharia é
despedaçado
• A (relativa) fugacidade dos problemas
técnicos e dos interesses sociais é
expulsa do currículo.
• Foco no conteúdo, em todo o conteúdo
que possa vir a ser utilizado no futuro...
Novo paradigma
• O que, na realidade concreta, deve ser
alterado, e porque?
• O que é preciso desenvolver e conhecer
para resolver os problemas assim
encontrados?
• Foco no problema de engenharia
• O conhecimento não é estável, mas a ser
encontrado de acordo com a situação
Epistemologia da engenharia
• Do interesse pragmático - o problema
concreto - à busca de soluções: o
desenvolvimento de uma técnica.
• Técnica  tecnologia  teoria  técnica.
• O aperfeiçoamento e a aplicação das teorias
precisa os conceitos, gera novas técnicas e
muda as perguntas:
• nova ciência, agora a partir de objetos
tecnologicamente e racionalmente construídos.
Um mundo novo é construído para
resolver os problemas do mundo
da vida.
Mundo novo que nos muda e nos
interroga.
Paradoxos cognitivos
III. Só temos acesso a conceitos através
de representações (semióticas), mas os
conceitos não se confundem com estas
representações.
IV. Um modelo só é eficaz se, ao mesmo
tempo, representa o conceito e o objeto
concreto, e as suas relações
determinadas pelo problema que o
origina e motiva.
Como enfrentar os paradoxos
da formação do engenheiro?
Como formar a tempo o
engenheiro-que-resolveproblemas de ordem técnica
sem perder o contato com o
mundo concreto e o mundo da
vida ?
História da ciência e das
técnicas
• Há uma gênese histórica de conceitos,
modelos e problemas.
• "O espírito científico se constitui como um
conjunto de erros retificados".
Preceito 1
Conceitos são construídos pouco a pouco,
por retoques, variando representações e
registros, variando problemas e modelos,
em uma sucessão abordável instruída
(mas não repetindo) pelas etapas
históricas.
Preceitos 2
Dados os termos básicos, partir dos
interesses e do problema para a sua
resolução, buscando a técnica e a teoria
associada à medida do necessário.
Repetir a atividade de um
engenheiro na sua prática.
O sentido e a necessidade da técnica são
estabelecidos pelo problema, que se torna o eixo
que organiza o conhecimento a ser aprendido.
Preceitos 3
• O professor é um ordenador de problemas
e um tutor, pois não adianta dar uma
resposta a uma pergunta que o aluno
ainda não fez.
• Não tentar ensinar todo o possível, mas
criar a atitude e a competência em
reconhecer problemas e buscar soluções.
Paradigmas diferentes
Quando o professor cumpriu seu
papel?
Quando o aluno sabe responder
rapidamente as questões de provas no
tempo certo e aplicar os protocolos
padronizados.
Quando o aluno sabe reconhecer o
problema e busca as informações
necessárias, e as aplica com sucesso no
tempo do projeto.
Download

Epistemologia e educação em engenharia - Maxwell - PUC-Rio