!"#$" %'&)(*&)+,.- /10.2*&4365879&4/1:.+58;.2*<>=?5.@A2*3B;.- C)D 5.,.5FE)5.G.+&4- (IHJ&?,.+/?<>=)5.KA:.+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G.- D - ;./);.& Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 INDICADORES DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO DE GALPÕES INDUSTRIAIS Béda Barkokébas Junior (UPE) [email protected] Eliane Maria Gorga Lago (UPE) [email protected] Juliana Claudino Véras (UPE) [email protected] Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani (UPE) [email protected] Bianca Maria Vasconcelos da Silva (UPE) [email protected] Este estudo apresenta o resultado da pesquisa realizada em dois canteiros de obras destinados a galpões industriais de uma empresa construtora, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. O trabalho tem como objetivo, apresentar através de indiicadores de segurança, o diferencial obtido entre uma obra, na qual houve acompanhamento das ações de Segurança e Saúde do Trabalho solicitadas e/ou recomendadas, e uma segunda obra, sem o acompanhamento das ações. Os indicadores fazem parte do “método de avaliação e controle dos riscos de acidentes do trabalho para construção civil” gerados com os dados observados em inspeções realizadas sistematicamente nos canteiros de obra da empresa, através de registros fotográficos e aplicação de um protocolo. O estudo evidencia a importância do acompanhamento das medidas de SST, de forma a contribuir na redução do número de acidentes de trabalho, assim como, na sensibilização e conscientização dos trabalhadores. Palavras-chaves: Segurança e Saúde do Trabalho; Indústria da Construção; Galpão Industrial. PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 1. Introdução Os indicadores econômicos apontam que no Brasil a indústria da construção representa um forte setor para o desenvolvimento econômico do país. Observando-se o Produto Interno Bruto – PIB, o setor foi responsável por 7,3% em 2005 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2007). No entanto esse número decresce desde 1998, quando o setor foi responsável por 10,13% do PIB nacional, confirmando a afirmativa da OIT de que nas “economias menos desenvolvidas, onde a produção se estabilizou ou decai, o número de postos de trabalho disponíveis no setor da construção tem diminuído e os empregos que se oferecem tendem a ser de caráter ocasional e de pouca qualidade” (ILO, 2004). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2005) a indústria da construção civil emprega diretamente 3.771.400 trabalhadores em todo o país, “o que representa 5,6% da População Ocupada Total”. A Organização Internacional do Trabalho – OIT (2004) define a indústria da construção como “um conjunto flexível de agentes e atividades que podem internacionalizarse ou regionalizar-se de diversas maneiras”. Tal definição tem como base as diferentes atividades e produtos envolvidos no setor, que traz consigo uma diversidade similar de agentes, ou profissionais, que interagem sobre o mesmo. As empresas de construção se classificam desde a mão de obra independente, contratada para serviços gerais, até empresas multinacionais que operam em grande escala. Importante fator a se destacar nos setores produtivos é o relativo à Segurança e Saúde no Trabalho – SST. Além da imposição Legal, é dever social garantir um ambiente de trabalho seguro e livre de agentes causadores de acidentes e doenças ocupacionais. Segundo a OIT (2004) ocorreram cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho no mundo e 160 milhões de doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, o Ministério da Previdência Social (2006) indica que durante o ano de 2004 foram registrados 458.956 acidentes de trabalho, sendo 28.540 (6,22%) relativos à indústria da construção. A mesma fonte indica ainda que em Pernambuco foram registrados 9.043 acidentes de trabalho, sendo 5,85% referente à indústria da construção. De acordo com Rocha apud Lago (2006) estudos da FUNDACENTRO apontam algumas particularidades da construção civil que afetam o setor de forma mais drástica que qualquer outra indústria, dentre elas podemos citar: − − − − O tamanho das empresas representadas por pequenas e micro empresas; Caráter temporário das instalações (o canteiro da obra é mutante); A diversidade das obras; A rotatividade da mão-de-obra – que de acordo com o perfil sócio educacional do trabalhador da Construção Civil do Estado de Pernambuco (2004), pesquisa esta do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco – SINDUSCON/PE, demonstra que o intervalo de tempo predominante de permanência do trabalhador é de 1 a 5 anos que representa 49,98% dos trabalhadores; e − O emprego da mão-de-obra terceirizada. Cada obra tem sua particularidade, a começar pelo local de construção. Conforme Véras (2003) as obras de edificações levam a mudança constante do ambiente de trabalho, cuja movimentação da mão-de-obra, ao longo da produção, é considerada característica evidente do setor. A autora complementa, ainda, que outro aspecto importante é a logística dos 2 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 materiais e do trabalho na obra, como forma de planejamento para a situação “ideal” de execução. Devido a esses fatores, o gerenciamento de segurança nos canteiros de obras é realizado de forma pontual, buscando atender aos requisitos normativos sem um sistema de padronização dentro da empresa, ou seja, as soluções são aplicadas em cada canteiro não existindo padronização e aplicação aos outros canteiros de uma mesma empresa (BARKOKÉBAS JR. et al., 2004a). O planejamento da segurança, segundo essa abordagem, é por natureza deficiente, podendo-se concluir que existe necessidade de estratégias de gerenciamento que explorem as interfaces da segurança com a gestão da produção (SAURIN & GUIMARÃES, 2000). Diante dessas informações, o trabalho propõe evidenciar a importância do acompanhamento das medidas de Segurança e Saúde do Trabalho – SST, através da comparação de índices de segurança referentes a duas obras de galpões industriais de uma mesma empresa construtora atuante na cidade de Jaboatão dos Guararapes/PE. A empresa estudada constrói em média, um galpão a cada cinco meses, que geralmente é o tempo de construção de cada unidade. Também contrata e subcontrata uma média de 73 funcionários, sendo esse número, variável de acordo com cada fase da obra 2. Objetivo Apresentar a análise dos indicadores de segurança gerados a partir das observações periódicas em dois canteiros de obras de uma empresa da construção civil atuante na execução de galpões industriais na cidade de Jaboatão dos Guararapes/PE, identificando assim, o diferencial obtido a partir do acompanhamento, em uma das obras, dos procedimentos e ações da Segurança e Saúde do Trabalho - SST adotados e/ou implantados nas atividades que demonstraram a necessidade do controle de riscos e/ou melhorias do processo. 3. Metodologia A metodologia adotada na pesquisa toma como referência o “método de avaliação e controle dos riscos para construção civil” (BARKOKÉBAS JUNIOR et. al., 2004b) no campo da engenharia de segurança do trabalho. Os indicadores de segurança são gerados com os dados observados em auditorias realizadas nos canteiros de obras da empresa periodicamente, nas quais foram realizados registros fotográficos de situações encontradas em obra e aplicado um protocolo baseado na Legislação Brasileira de Segurança e Medicina do Trabalho, especificamente, a Norma Regulamentadora Nº18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. De acordo com a situação encontrada, o protocolo enumera as situações de conforme, quando a situação está em conformidade com a norma; não conforme, quando apresenta necessidade de melhoria, desacordo, quando não atende à norma e grave e iminente de risco. Segundo a Norma Regulamentadora Nº 3 - Embargo e Interdição, considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador. São os seguintes indicadores gerados e representados através de gráficos: Indicador Quantitativo - IQt, Indicador Qualitativo - IQl, Indicador Econômico - Ie e Indicador de Risco per capita - IRpc. O indicador quantitativo apresenta graficamente o desempenho da obra com relação às condições de segurança e higiene do trabalho ao longo das inspeções realizadas, indicando o número de itens em não-conformidade, desacordo e grave e iminente de risco. A 3 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 análise qualitativa permite identificar os índices quantitativos observados no canteiro de obra em cada inspeção, indicando os itens que apresentaram maior incidência de desacordo e grave iminente de risco com a NR 18. O índice econômico apresenta os custos relacionados ao passivo de segurança do trabalho de acordo com a análise quantitativa, e tendo como referência o anexo II da NR 28 – Fiscalizações e Penalidades. Os valores das multas são simulados em função do número de trabalhadores no canteiro de obras e na gravidade da ocorrência, considerando que, os valores fixados na NR 18 são baseados em UFIR, cujo valor adotado é de R$ 1,0641. E, finalmente, o índice de risco per capita, que indica a amplitude do risco em relação ao número de trabalhadores expostos ao risco, oferecendo condições de identificar o grau de risco percentual em cada vistoria. A pesquisa contemplou duas fases, representadas por ciclos, sendo cada fase relacionada a um canteiro de obra e cada ciclo referente às inspeções periódicas da obra em andamento. O primeiro galpão construído representou a Fase I da pesquisa, realizada no período de julho de 2005 à janeiro de 2006, obtendo-se nove ciclos. A Fase II contemplou o canteiro de obra da construção do segundo galpão industrial, localizado nas proximidades do galpão construído, no período entre maio a outubro de 2006, que também foi inspecionado periodicamente, resultando num total de cinco ciclos. A tabela 01 refere-se ao número de trabalhadores dos canteiros de obras por ciclo, apresentando a rotatividade da mão-de-obra, e ainda, o elevado número de trabalhadores terceirizados em relação ao número de trabalhadores da empresa . Ciclo nº trabalhadores da empresa nº trabalhadores terceiros Total nº trabalhadores Ciclo nº trabalhadores da empresa nº trabalhadores terceirizados Total nº trabalhadores FASE I I II III 04 04 04 50 69 89 54 73 93 FASE II I II III 08 06 03 87 114 88 95 120 91 IV 03 23 26 V 03 21 24 IV 08 135 143 V 08 54 62 VI 04 44 48 VII 04 78 82 VIII 03 39 42 Fonte: Pesquisa de campo Tabela 1 – Número de funcionários por ciclo Ao final de cada ciclo, foi apresentado à empresa um relatório contendo uma análise das condições de trabalho abrangendo todas as atividades do canteiro em determinado ciclo, e ainda, solicitações e recomendações da Segurança e Saúde do Trabalho. A partir dessas informações, foram gerados os indicadores representados através de gráficos, permitindo visualizar a situação geral da empresa periodicamente em relação às condições de segurança e higiene do trabalho. Entretanto, o processo da Fase I apresentou-se de forma contínua, havendo uma retro alimentação dos resultados, visto que, foi realizado um acompanhamento das ações e medidas de SST solicitadas e recomendadas através dos relatórios. 4. Resultados Na Fase I, constatou-se que os itens em desacordo permaneceram estáveis com uma média de quatro itens em desacordo por ciclo, conforme mostra a figura 1, que indica o número de itens em desacordo com a norma e a quantidade de situações de grave e iminente risco (GIR) da 4 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 empresa. Observou-se a redução quantitativa no último ciclo quanto aos itens de grave e iminente de risco, que também teve uma média de quatro itens por ciclo. 20 15 10 5 0 7 3 3 5 3 13jul05 28jul05 GIR 6 3 3 3 29jul05 27ago05 Desacordo 4 14out05 5 4 3 4 4 3 11nov05 02dez05 Linear (GIR) 4 2 29dez05 19jan06 Linear (Desacordo) Figura 1 – Indicador Quantitativo (FaseI) Já na Fase II, os itens de grave e iminente de risco foram representados por um gráfico crescente (figura 2), atingindo no último ciclo um valor superior a três vezes em relação ao valor do primeiro ciclo. Quanto aos itens em desacordo, constatou-se também um aumento, havendo redução apenas no último ciclo. 20 15 10 5 0 12 10 4 3 03 mai 06 25 mai 06 GIR Desacordo 11 7 12 jul 06 13 11 8 8 28 ago 06 05 out 06 Linear (GIR) Linear (Desacordo) Figura 2 – Indicador Quantitativo (Fase II) Na figura 3, onde são indicados os itens da NR 18 apontados no Indicador Quantitativo da Fase I, observa-se que o item 18.15 Andaimes apresentou o maior risco de acidentes, representado numericamente por 16 situações de grave e iminente risco, e em seguida o item 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas, representado por 05 ocorrências. Em relação às situações em desacordo, o item 18.12 Escadas, Rampas e Passarelas teve maior representatividade com 08 ocorrências, seguido do item 18.28 Sinalização de Segurança, com 05 situações em desacordo. 5 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 Indicador Qualitativo - IQL NR 18.4 Áreas de vivência 3 NR 18.6 Escavações e Fundações 2 NR 18.7 Carpintaria 3 NR 18.8 Armações de Aço 4 NR 18.12 Escadas, Rampas e Passarelas 6 2 Itens da NR 18 NR 18.13 Proteção contra queda NR 18.14 Mov.e Trasp. de materiais e pessoas 16 NR 18.15 Andaimes 5 NR 18.18 Telhados e Cobertas 4 4 NR 18.21 Instalações Elétricas 5 NR 18.22 Máquinas e Equipamentos 3 NR 18.23 EPI 2 NR 18.24 Armazenagem de Materiais 1 NR 18.26 Prot. Contra Incêndio 1 NR 18.27 Sinalização de Segurança 5 NR 18.29 Ordem e Limpeza 3 0 5 DESACORDO 10 15 20 25 30 GRAVE E IMINETE RISCO Figura 3 – Indicador Qualitativo (Fase I) Assim como na Fase I, o item 18.15 Andaimes teve maior representatividade na Fase II, sendo constatadas 05 situações de grave e iminente de risco, e em seguida, o item 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas apresentando 05 ocorrências. O item 18.12 Escadas, Rampas e Passarelas apresentou 09 situações em desacordo na Fase II, assim como o item 18.7 Carpintaria. Indicador Qualitativo - IQL NR 18.4 Áreas de vivência 3 NR 18.6 Escavações e Fundações 1 NR 18.7 Carpintaria 1 9 4 NR 18.8 Armações de Aço 5 NR 18.12 Escadas, Rampas e Passarelas 9 Itens da NR 18 NR 18.13 Proteção contra queda 6 3 NR 18.14 Mov.e Trasp. de materiais e pessoas 1 15 NR 18.15 Andaimes 1 NR 18.18 Telhados e Cobertas 2 NR 18.21 Instalações Elétricas 5 NR 18.22 Máquinas e Equipamentos 2 NR 18.23 EPI NR 18.24 Armazenagem de Materiais NR 18.26 Prot. Contra Incêndio 1 NR 18.27 Sinalização de Segurança 2 NR 18.29 Ordem e Limpeza 4 0 DESACORDO 3 3 2 5 10 15 20 25 30 GRAVE E IMINETE RISCO Figura 4 – Indicador Qualitativo (Fase II) Em termos econômicos, observa-se na figura 5, que o decréscimo dos valores das multas simuladas, inicialmente atingindo um valor de R$ 15.453,91 e no último ciclo um valor de R$ 10.634,62, correspondente ao acompanhamento das medidas de segurança e higiene do trabalho adotadas ao decorrer das vistorias. 6 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 60.000,00 50.000,00 40.000,00 30.000,00 23.124,60 23.704,96 22.656,81 19.579,44 17.732,16 20.000,00 10.000,00 15.453,93 15.453,91 15.067,66 10.634,62 0,00 13 jul 05 28 jul 05 29 jul 05 27 ago 05 14 out 05 11 nov 05 02 dez 05 29 dez 05 19 jan 06 multa estimada Linear (multa estimada) Figura 5 – Indicador Econômico (Fase I) Na Fase II, o passivo de segurança do trabalho, que inicialmente atingia o valor de R$ 12.376,54, representou, em seu último ciclo, o valor de R$ 50.832,52, representando um aumento de quatro vezes, conforme mostra a figura 6, evidenciando a falta do acompanhamento das ações de SST, solicitadas e/ou recomendadas mediante relatórios. 60.000,00 52.903,86 50.000,00 50.832,52 40.162,30 40.000,00 32.919,00 30.000,00 20.000,00 10.000,00 12.376,54 0,00 03 mai 06 25 mai 06 12 jul 06 multa estimada 28 ago 06 05 out 06 Linear (multa estimada) Figura 6 – Indicador Econômico (Fase II) O Índice de Risco per Capita – IRpc, que indica a amplitude do risco em relação ao número de trabalhadores/colaboradores do canteiro, está representado pela figura 7. Conforme método adotado, verifica-se o número de trabalhadores na obra no momento da inspeção, o índice quantitativo de itens em desacordo e de grave e iminente risco, e, então, aplica-se separadamente para os índices quantitativos a seguinte fórmula: IRpc = índice quantitativo × 100 número de trabalhadores O NT indica o número total de trabalhadores; o IQt des, o índice quantitativo de desacordo; o IQt gir, o índice quantitativo de grave e iminente de risco; o IRpc des, o índice de risco per capita em relação ao IQt des; e por último, o Irpc gir, que representa o índice de risco per capita em relação ao IQt gir. ciclo NT IQt des FASE I IQt gir IRpc des IRpc gir 7 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 I II III IV V VI VII VIII 54 73 93 26 24 48 82 42 ciclo I II III IV V NT 54 73 93 26 24 03 03 03 06 03 05 04 04 03 05 03 04 04 03 04 02 FASE I IQt des IQt gir 03 03 03 05 03 03 06 04 03 04 5,5% 4,1% 3,2% 23,0% 12,5% 7,0% 4,88% 10,0% 5,5% 6,8% 3,2% 15,4% 16,7% 11,0% 4,88% 5,0% IRpc des 5,5% 4,1% 3,2% 23,0% 12,5% IRpc gir 5,5% 6,8% 3,2% 15,4% 16,7% 5. Conclusões Após análise dos indicadores de segurança, verificou-se que o acompanhamento das ações e medidas de SST adotadas no processo permitiu o diferencial dos resultados obtidos pelo canteiro de obras representado pela Fase I. O acompanhamento da Fase I, através de reuniões periódicas com a direção da empresa e com base nos relatórios, estes, contendo solicitações e recomendações relativas à Segurança e Saúde do Trabalho do canteiro, apresentou-se de maneira eficaz, sendo refletido nos índices apresentados. O empenho e a colaboração das partes envolvidas foram fundamentais para o controle dos indicadores de segurança e, consequentemente, para o controle dos riscos e melhoria do processo. A continuidade da pesquisa possibilita o desenvolvimento dos métodos e a implantação de novos procedimentos e protocolos, que permitam a adoção e/ou melhoria das medidas de segurança, visando sempre, a redução do número de acidentes de trabalho, assim como, a sensibilização e conscientização dos trabalhadores. Referências BARKOKÉBAS JR., B.; LAGO, E.M.G.; VÉRAS, J.C.; MARTINS, L.B. Acidente fatal na indústria da construção civil: impacto sócio-econômico. In: XIII Congresso Brasileiro de Ergonomia – ABERGO. Fortaleza, 2004a. BARKOKÉBAS JUNIOR, B. VÉRAS, J. C.; CARDOSO, M. T. N. B.; CAVALCANTI, G. L.; LAGO, E. M. G. Diagnóstico de Segurança e Saúde no Trabalho em Empresa de Construção Civil no Estado de Pernambuco. In: XIII Congresso Nacional de Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo, 2004b. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 3 Embargo e Interdição. Disponível em: www.mte.gov.br. Acesso em: 02 mai. 2007. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Disponível em: www.mte.gov.br. Acesso em: 2 mai. 2007. ILO – ITERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION. Construction. Disponível http://www.oit.org/public/english/dialogue/sector/sectors/constr.htm. Acesso em:18 ago 2004. em: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (Brasil). Departamento de contas nacionais. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 02 mai. 2007. 8 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mvwJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 LAGO, ELIANE MARIA GORGA. Proposta de sistema de gestão em segurança no trabalho para empresas de construção civil. 169p. Recife. Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil, Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP, 2006. MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (Brasil). Anuário da previdência social. Disponível em: http://www.mpas.gov.br . Acesso em 04 fev 2006. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (Brasil). Relação Anual das Informações Sociais. Disponível em: http://anuariorais.datamec.com.br/index1.asp?pag=emprego. Acesso em: 09 dez 2005. OIT – Organizacion Internacional del Trabajo, 1999. Disponível www.ilo.org/public/spanish/bureau/inf/pr/1999/9.htm>. Acesso em: 20 de mai 2003. em: http:// SAURIN, T. A.; GUIMARÃES, L.B.M. Integração da segurança no trabalho ao processo de planejamento e controle da produção na construção civil. In: ABERGO. 2000. VÉRAS, J. C. et al. Análise dos acidentes do trabalho na indústria da construção civil no estado de Pernambuco. In: CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 12., 2003, São Paulo. Anais... São Paulo: CONASEMT, 2003. 9