!"#$" %'&)(*&)+,.- /10.2*&4365879&4/1:.+58;.2*<>=?5.@A2*3B;.- C)D 5.,.5FE)5.G.+&4- (IHJ&?,.+/?<>=)5.KA:.+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G.- D - ;./);.& Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 MODELO DE AVALIAÇÃO DO CONFLITO E STRESS EM UM AMBIENTE CORPORATIVO UTILIZANDO O MÉTODO MORPH Antonio Carlos Zambon (UNICAMP) [email protected] Eduardo Mesquita (CLARETIANAS) [email protected] Marcos Henrique Barbosa Ramos (CLARETIANAS) [email protected] A modificação do ambiente corporativo, causada pelo enxugamento de vagas e unificação de postos de trabalho, amplia a dificuldade para escolha de indivíduos que ocuparão esses postos, dada sua alta especificidade e complexidade das atividaddes resultantes dessas unificaçõesEm virtude disso, a área de Recursos Humanos, tem que interagir com uma gama ampla de variáveis, que se inter-relacionam e geram resultados fortuitos. Torna-se, então, imprescindível a utilização de instrumentos para gestão do capital intelectual das empresas, de forma a mapear competências e estabelecer critérios para o correto posicionamento dos profissionais e conseqüente melhor aproveitamento desses recursos.Neste trabalho, com a aplicação do método MORPH, desenvolveu-se um modelo de avaliação das variáveis que influenciam a produtividade dos funcionários administrativos de uma grande empresa. Neste estudo, o gerente de área avaliou o trabalho e as interações de sua equipe, declarando seu modelo mental sobre as ocorrências relevantes. A partir de suas considerações, foi possível detectar possíveis pontos de conflito e estabelecer estratégias de alavancagem para a produtividade do setor.Este trabalho deixa caracterizado que a utilização de métodos para avaliação dos modelos mentais das pessoas envolvidas nos processos de gestão, como o método MORPH, podem reduzir as ações nocivas de perda de capacidade laboral e conseqüente redução de resultados positivos de equipes de trabalho. Palavras-chaves: MORPH, capital conhecimento, recursos humanos intelectual, engenharia do PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 1. Introdução Ao longo das últimas décadas, o cenário do comércio global sofreu profundas modificações. Com o término da Guerra Fria, os esforços expansionistas das Organizações se voltaram para a América Latina, um mercado maduro, formado por países democratizados em busca de sustentabilidade econômica. A privatização das empresas públicas reduziu o tamanho desses Estados e abriu caminho para a iniciativa privada que fixou inúmeros empreendimentos, com novas exigências para a mãode-obra. Reduções de salário seguidas de flexibilização de tarefas promoveram a ampliação do stress profissional, e passaram a integral o rol de instrumentos de larga utilização pelas empresas, que permanecem em sua zona de conforto, com uma oferta infinitamente superior de força trabalho em relação aos postos disponíveis (SARSUR, 1999). Dessa forma, o desafio para a área de recursos humanos é promover a motivação em um ambiente de stress constante, considerando que ela é o agente catalisador dos esforços na busca de eficiência (LAIER, 2001). Observa-se, no entanto, que vagas em setores-chave das empresas, não são facilmente ocupadas, e que as vagas relativas a ocupações menos importantes são terceirizadas, o que reduz o quadro funcional (MORILHA,MURITIBA & ALBUQUERQUE, 2001). Esta, talvez, seja a causa da dificuldade pela qual passam as empresas em encontrar funcionários adequados aos postos ofertados, já que os funcionários remanescentes acumulam funções, e se tornam imprescindíveis ao processo. Quando são demitidos, ou se demitem, existirá uma dificuldade natural de reposição, que será tão maior quanto for o nível de complexidade das atividades desenvolvidas, que podem ser multidisciplinares e conter alto grau de especificidades, relativas ao ambiente empresarial. Por outro lado, os funcionários egressos apresentam um alto grau de especialização, porém, em áreas específicas de sua atuação em uma empresa específica. Essa especialização acaba por ser um problema, pois, ao mesmo tempo que qualifica o funcionário para trabalho em uma empresa específica, pode não qualificá-lo para trabalho em outra empresa, que, por conta da globalização, desenvolveu um ambiente com outras especificidades. O desafio da média gerência em administrar os recursos humanos para o atingimento das metas organizacionais pauta-se na dependência de emprego que alimenta as relações capitaltrabalho. Essa dependência é um fator de coerção que obriga trabalhadores às regras impostas pela corporação, sem a obrigação de reciprocidade, o que gera insatisfação (SHIROMA, 1993). Dessa forma, os gerentes podem adotar ações restritas no sentido da melhor organização de suas equipes. Essa situação se agrava quando ele próprio busca a adaptação, em virtude de ser recém-contratado. Partindo desses pressupostos ocorrentes nos sistemas complexos corporativos atuais, a área de Recursos Humanos, tem que interagir com uma gama ampla de variáveis, que se interrelacionam e geram resultados fortuitos. Torna-se, então, imprescindível a utilização de instrumentos para gestão do capital intelectual das empresas, de forma a mapear competências e estabelecer critérios para o correto posicionamento dos profissionais e conseqüente melhor aproveitamento desses recursos. 2 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 O método MORPH (ZAMBON, 2006) estabelece critérios para mapeamento das variáveis que influenciam no processo de gestão do capital intelectual das empresas. Neste trabalho, desenvolveu-se um modelo de avaliação das variáveis que influenciam a produtividade dos funcionários administrativos de uma grande empresa. Neste estudo, o gerente de área da empresa pesquisada avaliou o trabalho e as interações de sua equipe, declarando seu modelo mental sobre as ocorrências relevantes. A partir das considerações do gerente, foi possível detectar possíveis pontos de conflito e estabelecer estratégias de alavancagem para a produtividade do setor. 2. Gestão do conhecimento a partir de modelos mentais A concepção das estruturas de atividades esquematizadas para o ambiente de trabalho, em virtude das alterações provocadas pela acumulação de tarefas, gera desconforto por parte dos que buscam sua compreensão. Pelo fato de não guardarem a simetria que as organizava antes da globalização, tornam-se difíceis de serem compreendidas quando se tenta comparar uma empresa a outra. Assim, os gerentes que ingressam em um cargo semelhante ao anterior em empresa de diferente setor, pode ver-se à frente de um cargo semelhante, de competências diferentes, com equipes com cargos semelhantes, mas que operam competências diferentes das que estava acostumado a comandar. A Organização pode trilhar vários caminhos distintos quando da contratação de novos colaboradores para a média gerência: i) customizá-lo de acordo com as necessidades e especificidades do ambiente ou ii) absorver as competências extras trazidas pelo gerente e incorporá-las à realidade empresarial, provocando a construção da aprendizagem organizacional (SENGE, 1998). A segunda alternativa é, de fato, mais rica em termos de ganhos, entretanto, mais difícil de ser operacionalizada. A empresa deve garantir um caminho de duplo aprendizado, facilitando ao novo colaborador, o acesso aos modelos mentais já instalados para que haja uma adaptação em dois sentidos: do gerente para o macroambiente e vice-versa. Vê-se que esta prática não coincide com as estratégias adotadas por grande parte das empresas, que dotam suas estruturas internas com pouca flexibilidade (BRANT & DIAS, 2004). De certa forma, as rotinas empresariais não esperam a adaptação, mas sim, exigem das pessoas que as compartilham, o dinamismo suficiente para sua interpretação rápida, embora sejam extremamente complexas. Dessa forma, buscam-se meios seguros de adaptar o gerente às necessidades empresariais, sem comprometer o andamento dos processos. Uma forma de poder adaptar o indivíduo é obtendo seu modelo mental e avaliando como as variáveis que o compõem se relacionam para produzir resultados. O Gerente de Recursos Humanos, dessa forma, poderá posicionar o novo funcionário, de forma a extrair de seu modelo mental, resultados interessantes para a empresa, evitando conflitos e desgastes no processo de aprendizagem (SMITH, 2003). 3.Construção de um modelo de avaliação do capital intelectual Para a extração e conversão do modelo mental do gerente da empresa pesquisada, foi utilizado o processo de Modelagem Orientada à Representação do Pensamento Humano - MORPH (ZAMBON, 2006). 3 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 O processo MORPH tem a característica de extrair o modelo mental de um gestor, em face de um determinado problema, representando sua crença sobre a estrutura complexa e os meios de interação que o gestor adotaria. O modelo de pensamento pode ser ainda, convertido em um modelo simulado, que adiciona ao processo, a possibilidade de testar as interações das variáveis e os resultados provenientes, revelando também pontos de alavancagem. 3.1.O ambiente pesquisado O departamento contábil da empresa estudada passou por uma reestruturação interna com a substituição de sua gerência. A gerência substituta assumiu a obrigação de administrar sete profissionais ligados às áreas fiscal e contábil, treinados sob um modelo de stress, com taxa elevada de medo subjetivo, incluído pela gerência anterior nas relações internas do grupo, alem das relações do grupo com o ambiente externo. Esse modelo de gestão de recursos humanos produziu neste ambiente, inúmeros problemas vinculados à performance dos indivíduos, que apresentavam baixa produtividade, em contrapartida à alta freqüência de erros. Objetivando reduzir a freqüência de erros, a nova gerência passou a administrar os recursos humanos com a redução do volume de repreensão e a interpretação sistêmica dos erros, buscando a solução a partir da compreensão das causas das ocorrências (STERMAN, 2000). 3.2.Procedimento para coleta preliminar de dados Para se conhecer a estrutura do ambiente, bem como as crenças da nova gerência em relação aos pontos de conflito ocorridos dentro da própria equipe e as formas possíveis de atenuá-los, foi realizado um mapeamento das variáveis a partir de um diagrama situacional (ZAMBON, 2006). As variáveis relacionadas pelo gerente, após a primeira entrevista, estão representadas na TABELA 01. Foram colhidas as impressões do gerente quanto ao espaço temporal e de domínio que cada variável ocuparia, de acordo com sua interpretação sobre o problema complexo existente em sua equipe. Coordenada 1A 1A 1B 1C 2A 2A 2B 2B 2B 2B 2C 3A 3A Variável Divulgação de procedimentos Reuniões para Briefing Ferramentas de TI Sinistros Penalização Treinamento de novatos Medo Atingimento de Metas Entendimento das Metas Motivação Bônus Revisão de Procedimentos Reconhecimento Sigla DP RB FT SN PN TN MD AM EM MT BN RP RC TABELA 01 – Relação de variáveis incluídas no modelo Uma variável com atributo imediato influencia o atingimento do objetivo de forma direta e rápida, ao passo que uma variável com temporalidade intermediária influencia o objetivo sob 4 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 duas circunstâncias possíveis: i) indiretamente, desde que sua influência recaia sob outra variável antes de atingir o objetivo ou, ii) diretamente, mas com um tempo maior de espera (demora) do que uma variável com temporalidade imediata, entre sua ocorrência e o atingimento do objetivo. Uma variável com temporalidade de fundo possui a mesma característica da variável com temporalidade intermediária, mas, o tempo de espera (demora), entre ação-reação, é ainda maior do que o da variável com temporalidade intermediária. As variáveis ainda possuem características de dominância sobre o objetivo. Diz-se que uma variável é governável, quando sua ação é plenamente controlável e, conseqüentemente, sua influência sobre o objetivo é possível de ser determinada. Uma variável é tida como não governável, se não for possível determinar sua influência sobre o objetivo. Há, alem disso, uma região de fronteira, que representa a dúvida sobre a governabilidade da influência da variável sobre o objetivo. Nessa região de fronteira (ou penumbra), posicionam-se as variáveis das quais não se pode ter certeza sobre sua governabilidade ou não governabilidade (FIGURA 1) Após o posicionamento das variáveis, foram estudados os vínculos de causa-efeito que, segundo o gerente, ocorreriam, além das situações de balanceamento (-) e reforço (+) entre esses links, conforme as regras normais de construção de arquétipos (SENGE, 1998). Observam-se três núcleos desvinculados no discurso do gerente: i) revisão de procedimentos; ii) reuniões que conduzem, através de ferramentas de TI à divulgação de procedimentos e, iii) o atingimento de metas vinculado à motivação. Em uma segunda entrevista, a gerência reavaliou seu modelo e foram incluídas novas variáveis, visando a integração dos três núcleos: Meios de Comunicação (MC); Orientação (OR); Não-conformidades (NC); Implementação (IP) e Aprendizado (AP). O diagrama situacional resultante está expresso na FIGURA 01. 5 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 Figura 1 – Diagrama Situacional reorganizado Considerando a lógica construtiva dos modelos de causa-efeito, determinou-se a variável Atingimento de Metas (AM) como uma variável tipo estoque (FORRESTER, 1972). Considerando ainda que esta variável servirá à mensuração da performance do sistema, a partir dela, atribuiu-se a qualidade estoque ou fluxo para todas as outras variáveis, pautandose na arquitetura convencional de sistemas simulados em Dinâmica de Sistemas. A conversão do Diagrama Situacional demonstrado na Figura 1 para uma estrutura lógica de um modelo simulado em Dinâmica de Sistemas, resulta no modelo representado na Figura 2, e, desde que receba valores, poderá simular o comportamento de um sistema real. 6 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 FIGURA 2 – Diagrama de um modelo de dinâmica de sistemas 3.3. Determinando valores para variáveis. De acordo com o método MORPH, o diagrama situacional (FIGURA 1), na verdade, é uma matriz que atribui pesos a cada um dos nove quadrantes que o formam (A1=9, A2=7, A3=5, B1=8, B2=6, B3=4, C1=3, C2=2 e C3=1), nos moldes do modelo AHP de SAATY (1994). Os critérios estabelecidos pelo método MORPH para a determinação de pesos para cada quadrante, levam em consideração que a faixa longitudinal superior (A), é a faixa da Governabilidade, e recebe o maior valor – 9 – no quadrante à direita, representado A1, considerando que intersecta com a faixa da ação Imediata, em relação ao problema. Logo, todas as variáveis posicionadas em A1, por definição, serão amplamente controláveis (governáveis) e agirão rapidamente na solução do problema. Isso faz com que essas variáveis recebam o maior valor, considerando sua representatividade. À medida que os quadrantes se afastam de A1, perdem governabilidade ou rapidez nos resultados. Isso faz com que os valores representativos de cada quadrante diminuam na diagonal, culminando no menor valor em C3, que é 1, sendo que esse quadrante passa a representar o âmbito das variáveis não controláveis e de ação coadjuvante (de fundo). O diagrama situacional possui nove coordenadas que recebem valores relativos, considerando os eixos de temporalidade e domínio (ZAMBON, 2006). Extrai-se da matriz, os autovetores multiplicando-se os n elementos representados pelos valores relativos das variáveis, calculando-se a raiz n-ésima. O cálculo dos autovetores (TABELA 02) objetiva determinar a estimativa de prioridade de cada critério em relação ao objeto de análise, segundo o gestor. 7 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 Auto Normali 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1B 2A 2A 2A vetor zação DP RB FT SN AM EM TN PN MD RP RC MT BN DP 1/1 1/1 9/8 3/1 3/2 3/2 9/7 9/7 3/2 9/5 9/5 3/2 9/2 1,5890 0,113924 RB 1/1 1/1 9/8 3/1 3/2 3/2 9/7 9/7 3/2 9/5 9/5 3/2 9/2 1,5890 0,113924 Cod Nome 1A Divulgação Procedimentos 1A Reuniões p/ Briefing COORDENADAS 1A Ferramentas de TI 1A Sinistros 1A Atingimentos de Metas 1A Entendimento das Metas 1A Treinamento de Novatos 1A Penalização 1A Medo COORDENADAS FT 8/9 8/9 1/1 8/3 4/3 4/3 8/7 8/7 4/3 8/5 8/5 4/3 4/1 1,4125 0,101266 SN 1/3 1/3 3/8 1/1 ½ 1/2 3/7 3/7 1/2 3/5 3/5 1/2 3/2 0,5297 0,037975 AM 2/3 2/3 3/4 2/1 1/1 1/1 6/7 6/7 1/1 6/5 6/5 1/1 3/1 1,0593 0,075949 EM 2/3 2/3 3/4 2/1 1/1 1/1 6/7 6/7 1/1 6/5 6/5 1/1 3/1 1,0593 0,075949 TN 7/9 7/9 7/8 7/3 7/6 7/6 1/1 1/1 7/6 7/5 7/5 7/6 7/2 1,2359 0,088608 PN 7/9 7/9 7/8 7/3 7/6 7/6 1/1 1/1 7/6 7/5 7/5 7/6 7/2 1,2359 0,088608 MD 2/3 2/3 3/4 2/1 1/1 1/1 6/7 6/7 1/1 6/5 6/5 1/1 3/1 1,0593 0,075949 2A Motivação RP 5/9 5/9 5/8 5/3 5/6 5/6 5/7 5/7 5/6 1/1 1/1 5/6 5/2 0,8828 0,063291 RC 5/9 5/9 5/8 5/3 5/6 5/6 5/7 5/7 5/6 1/1 1/1 5/6 5/2 0,8828 0,063291 MT 2/3 2/3 3/4 2/1 1/1 1/1 6/7 6/7 1/1 6/5 6/5 1/1 3/1 1,0593 0,075949 2A Bônus BN 2/9 2/9 1/4 2/3 1/3 1/3 2/7 2/7 1/3 2/5 2/5 1/3 1/1 0,3531 0,025316 1B Revisão Procedimentos 2A Reconhecimento Soma 13,948 1,000000 TABELA 2 – Determinação dos valores das variáveis do modelo Observa-se que apenas as variáveis declaradas inicialmente pelo gerente é que fazem parte da TABELA 02. Isso ocorre pelo fato das variáveis eleitas na reavaliação serem variáveis tipo FLUXO e servirem apenas para vincular os segmentos de variáveis declarados inicialmente. Eventualmente, se houvesse uma variável tipo ESTOQUE incluída na reavaliação, essa variável seria também incluída no rol das variáveis que seriam submetidas ao cálculo dos autovetores. Concluído o cálculo, os valores normalizados passam a alimentar o modelo conceitual, permitindo sua simulação. 3.4. Criando a interface Para simulação, foi escolhido o softwar STELLA®, que permite a criação de uma interface para possibilitar a interação do analista com o modelo. Foram introduzidas duas constantes para permitir essa interação: a primeira, denominada “Castigos”, foi conectada à variável PENALIZAÇÃO (PN), e a segunda, denominada “Prêmios”, foi conectada à variável BONUS (BN). Ambas as constantes variam de 0 a 1 em uma escala milesimal e atuam indiretamente na ampliação do medo ou da motivação, respectivamente. Na camada de interface do STELLA®, foi adicionado um gráfico de linhas com as variáveis MEDO, MOTIVAÇÃO e ATINGIMENTO DE METAS. 4. Avaliação dos resultados Para avaliação das interações das variáveis e os resultados provocados por essas interações, foram realizadas quatro simulações (FIGURA 3). 1a. Simulação: considerando as duas constantes zeradas, obtêm-se uma curva ascendente para ATINGIMENTO DE METAS e nenhuma movimentação para as outras variáveis. 2a Simulação: elevando-se o valor da constante “Castigos”, obtêm-se uma queda da performance de ATINGIMENTO DE METAS, seguida de uma ascendente de MEDO. 8 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 3a. Simulação: reduzindo “Castigos” a zero e introduzindo valor na constante “Prêmios”, obtêm-se uma ascendente em ATINGIMENTO DE METAS, acompanhada de outra ascendente em MOTIVAÇÃO. Entretanto, verifica-se que a motivação atinge seu ponto mais alto por volta do sexto mês, estagnando em seguida. 4a. Simulação: elevando-se a taxa da constante “Castigos” juntamente com “Prêmios”, verifica-se que, à medida em que a motivação torna-se uma reta, as metas acompanham essa tendência. Isso indica um ambiente estagnado. Nesse momento, verifica-se a progressão do medo, motivado pela taxa de punições, que ocorrem em razão da estagnação no ambiente. FIGURA 3 – Resultados das simulações 5. Conclusão Os funcionários reagem bem a estímulos positivos, sendo que o aprendizado organizacional ocorre quando esses estímulos estão presentes. O medo faz parte da maioria dos ambientes onde há relação capital-trabalho, e se por um lado atua como medida coercitiva para uma suposta ampliação de metas atingidas, provoca também a sensação de necessidade dos funcionários em perseguir novos patamares de produtividade, desde que gere níveis toleráveis de stress. Em verdade, a simulação demonstra que, ao mesmo tempo em que o medo funciona como um bloqueio ao estímulo pela perseguição às metas, fazendo com que surja a estagnação do ambiente e a conseqüente redução de bons resultados, também atua como incentivo para alavancagem de novas ações. Essas duas situações, aparentemente antagônicas, são reflexo da quantidade de medo e stress imputadas ao indivíduo durante suas atividades laboriosas. Estímulos psico-sociais elevam a capacidade de trabalho dos funcionários, entretanto, é necessário que sejam direcionados para instigação da melhoria contínua. É possível verificar nos gráficos da FIGURA 3, que em um ambiente desprovido de estímulos e com o medo sob 9 PPQRSRUT8VWXYVAZ\[XVA]WRSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY%dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk%h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v{9q ~ w?p9w~w9?o myq nO mMp9o r~|u}~w9>z?o wOm NwmyIt?N mMnJ rM?q q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 controle (1a Simulação), os resultados obtidos são semelhantes a um ambiente onde coexistem recompensas por atividades e altas taxas de punições por falhas (4a Simulação). Embora estímulos negativos reduzam a performance global do indivíduo, eles não comprometem, mesmo em cargas superiores aos estímulos positivos, o aprendizado organizacional. Pela cultura corporativa arraigada nas empresas modernas, causada principalmente pela limitação de postos de trabalho e existência de desemprego, torna-se muito difícil excluir o medo das relações capital-trabalho. Ele estará presente sempre que os resultados estiverem aquém do esperado. Compete à área de recursos humanos, sabendo de sua existência, monitorar suas causas, anulando sua ação nociva sobre a obtenção de bons resultados, pela inserção de agentes motivadores. Esses agentes devem ser incluídos no início dos ciclos de estagnação de resultados, de forma a provocar a alavancagem de novos ciclos de crescimento, maximizando a ação benéfica do medo e reduzindo a carga de stress. Portanto, a utilização de métodos para avaliação dos modelos mentais das pessoas envolvidas nos processos de gestão, como o método MORPH, podem reduzir as ações nocivas de perda de capacidade laboral e conseqüente redução de resultados positivos de equipes de trabalho, considerando que seus componentes podem incluir seus modelos de pensamento, revelando nuances comportamentais positivas, que podem ser exploradas pelos gestores. Essa ação colabora para que a Organização seja mais receptiva a um modelo de melhoria contínua, garantindo uma melhor qualidade de vida aos seus colaboradores, reduzindo o stress presente nas atuais relações de capital-trabalho, efetivando a inserção dos colaboradores nos processos organizacionais e transformando a Organização em célula propagadora da responsabilidade social. Referencias Bibliográficas BRANT, Luis Carlos; DIAS, Elizabeth Costa. (2004). Trabalho e sofrimento em gestores de uma empresa pública em reestruturação. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, 4, pp 942-949. FORRESTER, J. W. (1972). Dinamica Industrial. El Ateneo. Buenos Aires. 449p. LAIER, Daniel Carvalho. (2001) Os aspectos motivacionais no desenvolvimento e gestão de recursos humanos visto sob os critérios do prêmio nacional da qualidade. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Itajubá. Itajubá. MORILHA, Patricia; MURITIBA, S. N. ; ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão de.(2001). 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