Organização
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Gerência da Unidade de Naviraí
Coordenação do Curso de Química
Coordenação do Curso de Tecnologia em Alimentos
Coordenação
Prof. Dr. Alberto Adriano Cavalheiro
Prof. Dr. Ademir dos Anjos
Anais
Comitê Científico
Prof. Dr. Euclésio Simionatto
Prof. Dr. Rogério César de Lara da Silva
Prof. Dr. Sandro Minguzzi
Prof. Ms. Jusinei Meireles Stropa
Profa. Ms. Simone Cândido Ensinas
2 9 de outubro a 1 de novembro de 2014
Naviraí/MS - Brasil
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O Ensino de Química Através de Recursos Audiovisuais
Sônia A. Lima1, Elisandra O. Santos, André M. Neto2.
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Unidade de Naviraí
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INTRODUÇÃO
De acordo com MALDANER (1999), a construção do conhecimento químico é feita
por meio de manipulações orientadas e controladas de materiais, iniciando os assuntos a partir
de algum acontecimento recente ou do próprio cotidiano ou ainda, com base em conceitos e
experiências adquiridos através deste ou de outro componente curricular, propiciando ao
aluno acumular, organizar e relacionar as informações necessárias na elaboração dos
conceitos fundamentais da disciplina. Estes assuntos devem ser trabalhados através de uma
linguagem própria dos químicos, como símbolos, fórmulas, diagramas, equações químicas e
nomes apropriados para compostos químicos, processos e procedimentos.
Sob outro ponto de vista, a cada nova unidade formadora de conceitos, devem ser
retomadas as abordagens anteriores para que fiquem solidamente incorporadas à estrutura
cognitiva dos alunos, tornando-as familiares e contribuindo para a busca de novas explicações
para estes fenômenos e processos ou ainda, ourtos correlatos, segundo a visão de orientador
ou do próprio aluno (GIORDAN, 1999; QUEIROZ, 2004). Pode ser trabalhado como base
para o entendimento de situações do cotidiano, deve ser oferecida em um nível adequado ao
desenvolvimento cognitivo dos alunos, isto é, deve considerar sua faixa etária e o quanto
possa ser aprofundado para explicar situações do dia a dia. Química é abordada nas escolas de
forma dogmática, carregada de regras, fórmulas e informações para decorar e aplicar e,
portanto, entediante para a maioria dos alunos. Não é novidade que os jovens não se
interessem pela Química e que tenham uma visão distorcida, chegando a considerar que essa
ciência não faz parte de suas vidas (ROQUE, 2007).
A utilização do audiovisual pode ter um papel importante na educação pela a
possibilidade de fornecer aos educandos elementos que promovam a comunicação entre o
professor e seus alunos, facilitando o aprendizado (SANTOS, 2010). Os experimentos
demonstrativos na forma de show e associados ao teatro têm todas as potencialidades para ser
um veículo transmissor de conceitos científicos, através do qual a aprendizagem é feita de
uma forma simples, lúdica e agradável. Além disso, possibilita o desenvolvimento pessoal,
permite ampliar o espírito crítico e o exercício da cidadania e quando esses experimentos
estão aliados a uma divulgação da pesquisa científica, abordada de forma bastante simples e
didática, são boas ferramentas para a desmistificação da Ciência no ensino médio e
fundamental (ARROIO, 2006).
Anais da 4ª Jornada Científica da UEMS/Naviraí - 2014.
Sônia A. Lima, Elisandra O. Santos, André M. Neto. Anais 4JCN (2014) pp. 53-56.
MATERIAIS E MÉTODOS
Acesso dos participantes às obras audiovisuais, promovendo-se o material
(experimentos) na área de Química. Testaram-se os materiais com antecedência no laboratório
da universidade pelo o participante, para melhor desempenho nos momentos das
demonstrações durante a peça teatral. A história da peça teve-se objetivo de característica
cômica para que juntamente com a trilha sonora prendendo-se mais a atenção dos alunos
durante a apresentação. Ela foi escrita pelo o acadêmico e participante do projeto. Os ensaios
realizaram-se nas dependências da Universidade. O projeto apresentou-se nas escolas
estaduais e municipais de Naviraí, podendo-se também ser estendido para toda região com
autorização dos seus respectivos superiores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Realizaram-se peças teatrais com demonstrações de novos experimentos químicos
com grandes efeitos visuais juntamente com trilha sonora com o intuito de despertar o
interesse e importância dos conceitos químicos. Na Figura 1 abaixo, mostra a realização da
peça teatral em 2013 na UEMS (Unidade de Naviraí). Sendo o publico alvo os acadêmicos da
Unidade, juntamente com professores e alunos do Ensino médio da Escola Municipal de
Naviraí.
Figura 1: Realização da peça teatral em 2013 na UEMS (Unidade de Naviraí) para os
acadêmicos da Unidade, professores e alunos do Ensino Médio de Naviraí.
FONSECA (2001) ensina que o conteúdo de química na escola não pode ignorar a
realidade, deve ter como finalidade a promoção de educação em química que permita aos
alunos tornarem-se cidadãos capazes de compreender o mundo natural que os rodeia, e de
interpretar, do modo mais adequado as suas manifestações.
RUSSEL (1994) afirma que quanto mais integrada a teoria e a prática, mais sólida se
torna a aprendizagem de Química, ela cumpre sua verdadeira função dentro do ensino,
contribuindo para a construção do conhecimento químico, não de forma linear, mais
transversal, ou seja, não apenas trabalha a química no cumprimento da sua sequência de
conteúdo, mais interage o conteúdo com o mundo vivencial diversificado dos alunos,
associado à experimentação diária, aproveitando suas argumentações e indagações.
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QUEIROZ (2004) ensina que no caso particular da Química, no ensino médio, os
conhecimentos devem integrar uma estrutura funcional que permita prever ou explicar
comportamentos de sistemas materiais, tanto em situações de estudo teórico como de fatos
experimentais ocorridos em laboratório ou na vida diária. Essa estrutura de conhecimentos
deve fundamentar-se em princípios e modelos simples, de aplicação o mais ampla possível,
para poder explicar uma grande variedade de acontecimentos experimentais com poucos
esquemas teóricos satisfatórios.
Figura 2: Apresentação realizada em 2014 na Escola Municipal Milton Dias em Naviraí com
público alvo, alunos do Ensino Médio.
Figura 3: Realizou-se uma apresentação em 2013 com os alunos do SENAI/SESI em Naviraí.
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CONCLUSÕES
O desenvolvimento deste projeto mostrou-se eficiente para a divulgação da Química
por meio de peças teatrais, com experimentos realizados por acadêmicos da Unidade de
Naviraí - UEMS junto a alunos de escolas públicas de nível médio, permitindo aos alunos
uma primeira contextualização da natureza das reações químicas e de que forma elas podem
acontecer no nosso dia-a-dia. Também ajudam a desmistificar a relação entre a ciência
química ao observar ela sendo tratada de modo natural como outras ciências e atividades
imprescindíveis à sociedade moderna.
AGRADECIMENTOS
A PROEC, pelo apoio no desenvolvimento do Projeto de Extensão e concessão da
bolsa CAPES de Extensão PIBEX, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Gerência
da Unidade de Naviraí e coordenação do Curso de Tecnologia em Alimentos, pelo apoio
Material e Humano no desenvolvimento deste tabalho.
REFERÊNCIAS
ARROIO, A.; HONÓRIO, K. M.; WEBER, K. C.; HOMEMDE-MELLO, P.; GAMBARDELLA, M.
T. P.; SILVA, A. B. F. O Show da Química: Motivando o interesse Científico. Química Nova, 29, 1
(2006) 173-178.
FONSECA, M. R. M. Completamente Química: Química Geral. Volume 2, Editora FTD, São
Paulo-SP (2001).
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de Ciências. Química Nova na Escola, 10
(1999) 43-49.
MALDANER, O. A. A Pesquisa como Perspectiva de Formação Continuada do Professor de Química.
Química Nova, 2, 2 (1999) 289-292.
QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de
iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, 10, 1 (2004) 41-53.
VALE, M. R. O papel do Teatro na divulgação científica: A experiência da Seara da Ciência. Ciência
e Cultura. 57, 4 (2005) 31-32.
ROQUE, N. F. Química por meio do teatro. Química Nova na Escola, 25 (2007) 27-29.
RUSSELL, J. B. Química Geral. 2ª edição, Editora McGraw-Hill, São Paulo-SP (1994).
SANTOS, P.C. A utilização de recursos audiovisuais no ensino de ciências: tendências 1997 a
2007. Mestrado em Educação, Faculdade de Educação, USP, São Paulo-SP (2010).
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