6º. ano – 1º. volume
Educação
Física
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Livro
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
M298 Marangon, Davi.
Educação Física : 6º. ano / Davi Marangon, Marcos Rafael
Tonietto, Sergio Roberto Chaves Jr. ; ilustrações José Luís
Juhas. — Curitiba : Positivo, 2011.
v. 1 : il.
Sistema Positivo de Ensino.
6º. ano – Regime 9 anos.
ISBN 978-85-385-5447-9 (Livro do aluno)
ISBN 978-85-385-5448-6 (Livro do professor)
1. Educação Física. 2. Ensino fundamental – Currículos.
I. Juhas, José Luís. II. Título.
CDU 372.8
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José Luís Juhas
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6º. ano – 1º. volume
lógicas
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Orie
o Física
Educaçã
Concepção de ensino
A Educação Física, como componente curricular obrigatório e integrado à proposta pedagógica da
escola, deve ser mais do que uma prática com um fim em si mesma. Como disciplina, ela está permeada
por princípios, valores, conceitos, normas, procedimentos e atitudes que auxiliam os sujeitos a se relacionarem consigo, com os outros e com o contexto social no qual estão inseridos.
Dessa forma, somada a outros componentes curriculares, a Educação Física busca responder aos
seguintes questionamentos: Que tipo de sociedade se deseja para o futuro? Qual a contribuição desse
componente curricular para formar os sujeitos que irão se responsabilizar pela construção dessa sociedade almejada?
Considerando uma perspectiva crítica da relação entre a educação e a sociedade, é vital que o projeto pedagógico da escola esteja comprometido com a formação humana dos sujeitos, visando a uma
sociedade mais justa e igualitária. Nessa perspectiva, buscamos a superação de concepções que focam
unilateralmente o desenvolvimento da aptidão física e das habilidades motoras dos alunos, e que ainda
hoje permeiam as práticas pedagógicas da Educação Física em algumas escolas.
Assim sendo, compreendemos que o desenvolvimento da aptidão física e das habilidades motoras,
apesar de ser resultado possível da realização das práticas corporais1 e, portanto, presentes no contexto
escolar, não constituem as finalidades últimas do trabalho pedagógico na Educação Física escolar.
O objetivo, por meio desse componente curricular, é que os alunos do Ensino Fundamental II interajam
com o universo cultural das práticas corporais, possibilitando a eles, no processo de experimentação e
apropriação, exercitar e desenvolver uma cidadania democrática e consciente. Dessa forma, poderão desenvolver um juízo crítico sobre a qualidade de vida como resultado da realização das práticas corporais
apreendidas, associadas a outras atitudes saudáveis.
Pode-se pensar que as articulações das práticas corporais com as diferentes esferas de convivência
social constituem uma forma de ajudar os alunos a identificar as contradições que interferem na qualidade de vida em cada uma dessas esferas. Assim, além de executar as práticas corporais, os alunos desse
nível de ensino precisam estudá-las em suas relações com o lazer, o trabalho, o ambiente, a saúde, entre
outras, as quais são necessidades básicas e de direito dos cidadãos.
Portanto, devem ser estimuladas as ações e reflexões que favoreçam a análise de como as práticas corporais se constituíram no passado e de como elas se constituem no presente em relação ao reconhecimento
das diversidades cultural, social e individual, servindo de referências para que os alunos possam planejar
e construir os valores que constituirão essas práticas no futuro como resultado de suas escolhas hoje.
O conhecimento da Educação Física se dá pela apropriação da linguagem das práticas corporais, que
permitem a leitura crítica dos sentidos e dos significados2 histórico-culturais, bem como das contradições
sociais subjacentes a elas, ao mesmo tempo que abrem espaço para a elaboração de outros sentidos
1 As práticas corporais são entendidas aqui como objetos de estudo, de ensino e de aprendizagem da Educação Física na
escola. Elas integram um universo de produções culturais que se constituíram e configuraram historicamente como jogos e
brincadeiras, esportes, danças, ginásticas e lutas.
2 O significado se caracteriza pela determinação e tende a permanecer constante, mesmo mudando o contexto; já o sentido
é instável, dinâmico e indeterminado, ele muda conforme muda o contexto, permitindo adaptações a situações novas e
diferentes.
3
para sua realização. Assim sendo, as práticas corporais na escola permitem aos alunos, além da reprodução e manutenção
cultural, a possibilidade de se tornarem agentes transformadores e produtores da cultura.
O aluno que se encontra na fase de escolarização do Ensino Fundamental II terá como desafio de estudo e aplicação
compreender os conhecimentos das práticas corporais em suas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. Do
ponto de vista conceitual, devem identificar, sistematizar e generalizar os conhecimentos específicos de cada uma das
manifestações culturais dessas práticas, procurando relacioná-las, criticamente, às possibilidades de leitura da realidade
e melhoria da qualidade de vida; no plano procedimental, devem realizar e dominar situações motoras com graus de
complexidade crescente, respeitando os limites individuais; e, no plano atitudinal, devem reconhecer os valores solidários e
cooperativos como referência de suas condutas e das formas de relacionamento no desenvolvimento das práticas corporais.
Esse entendimento implica novas maneiras de se relacionar com as práticas corporais no âmbito escolar. Relações que
estimulam os alunos para o conhecimento amplo das práticas corporais pela vivência, experiência e reflexão, sensibilizando-os a perceber os sentidos e significados existentes nessas práticas, bem como conscientizando-os das necessidades e das
possibilidades de construção de novos sentidos e significados, condizentes com princípios democráticos na participação
de todos em igualdade de condições.
No Ensino Fundamental II, os alunos devem ter a oportunidade de se aproximar de cada manifestação cultural das
práticas corporais, procurando estudá-las em suas relações internas, para apreensão de seus códigos específicos; e, em
suas relações externas, estudar cada uma dessas práticas de forma articulada a temas do contexto social mais amplo,
para que possam apreender e compreender a totalidade social, histórica e cultural complexa que os envolvem.
Portanto, o estudo crítico das linguagens das práticas corporais permite ao aluno estabelecer diferentes relações com os
saberes escolares da Educação Física: o saber sobre as práticas; o saber das práticas; e o saber se relacionar nas práticas.
O saber sobre as práticas corporais procura contextualizar essas práticas, vinculando-as ao contexto social e abordando-as
em seus aspectos sociais, históricos, culturais, econômicos e políticos. O saber das práticas corporais refere-se aos elementos
conceituais (fundamentos, regras, estratégias) e procedimentais (realização, procedimentos) inerentes a elas. E o saber se
relacionar nas práticas corporais procura construir atitudes, valores, normas de conduta e relacionamento entre os sujeitos
na realização das práticas corporais.
Nesse contexto de diferentes relações com os saberes da Educação Física na escola, é necessário pautá-los em princípios que orientem essas relações com as práticas corporais.
Tendo como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais e os elementos de uma perspectiva cultural e crítica da
Educação Física apresentados no livro Metodologia do Ensino da Educação Física (1992), expõem-se os seis princípios
orientadores da prática pedagógica: princípio da inclusão; princípio da diversidade; princípio do confronto e contraposição de saberes; princípio da simultaneidade do conhecimento; princípio da espiralidade do conhecimento; e princípio
da provisoriedade do conhecimento.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), em relação ao princípio da inclusão, salienta-se que
a sistematização de objetivos, conteúdos, processos de ensino e aprendizagem e avaliação têm
como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento3, por meio da participação
e reflexão concretas e efetivas. Busca-se reverter o quadro histórico da área, que primava pela
seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultante da valorização
exacerbada do desempenho e da eficiência (BRASIL, 1997. p. 19).
A inclusão de todos os alunos na realização das tarefas postas pelas relações com os saberes das práticas corporais
tem por objetivo dar vez e voz, sem distinções de qualquer ordem, respeitando o papel dos sujeitos como produtores de
cultura, com suas potencialidades de se apropriar e (re)criar as práticas corporais.
O princípio da diversidade permite que a seleção dos saberes, que permeiam as práticas pedagógicas da Educação
Física, seja orientada por possibilidades de diversificação entre os conteúdos historicamente acumulados por esse componente curricular (jogos, danças, ginásticas, lutas e esportes). Da mesma forma, cada conteúdo deve ser explorado ao
máximo a fim de possibilitar estabelecer relações com as dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais no
desenvolvimento dos alunos.
3 O debate epistemológico da área da Educação Física indica, por vezes, diversidades de conceituação sobre o objeto específico do ensino da
Educação Física. Termos como Cultura Corporal, Cultura de Movimento e Cultura Corporal de Movimento, vindo de bases teóricas distintas, por
vezes são usados sem um esclarecimento mais aprofundado. Valter Bracht (2005), acerca da temática e levando em consideração a necessidade de
reconhecer os matizes dos termos, indica o avanço em se utilizar qualquer uma dessas nomenclaturas, desde que seja ressaltado o entendimento
que o termo Cultura é central no estabelecimento do objeto da área. Segundo o autor, esse termo é o que “melhor expressa a ressignificação [...]
e a necessária desnaturalização do nosso objeto, que melhor reflete sua contextualização sócio-histórica” (2005. p. 97).
4
Livro do Professor
6º. ano – 1º. volume
Com a diversificação das práticas corporais, definida junto à comunidade escolar, espera-se que os alunos tenham a
oportunidade de vivenciar o maior número de práticas corporais possíveis, objetivando a ampliação de seu acervo cultural,
bem como o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural das práticas.
O princípio do confronto e da contraposição de saberes orienta o trabalho pedagógico no sentido de aproximar
os conhecimentos prévios e de senso comum dos alunos aos conhecimentos elaborados, contextualizados e sistematizado sobre as práticas corporais, ampliando as referências conceituais, procedimentais e atitudinais a elas relacionadas,
tornando a aprendizagem significativa.
Com o princípio da simultaneidade do conhecimento procura-se romper com a ideia de que a apreensão do
conhecimento se dá por etapas. Entende-se, por meio dele, que os conhecimentos das práticas corporais não devem ser
explicados isoladamente ou unilateralmente, mas tratados em sua complexidade. Isso significa que as práticas corporais
devem se articular com aspectos históricos, sociais, culturais, entre outros, superando uma visão fragmentada da realidade.
O princípio da espiralidade do conhecimento está relacionado à construção que o aluno realiza sobre as diversas
referências do mundo social, por meio das práticas corporais, de forma cada vez mais ampla, e com relações cada vez mais
complexas. Em síntese, com esse princípio é possível que os alunos organizem os saberes sobre as práticas corporais de
forma cada vez mais ampla, trabalhando sempre com a totalidade dos conhecimentos que as constituem.
E, por fim, o princípio da provisoriedade do conhecimento, que se apresenta como consequência de todos
os outros, isto é, se o conhecimento que o aluno constrói se amplia, então nunca estará terminado ou acabado, sempre
é possível ir além. Essa perspectiva orienta o trabalho pedagógico no sentido da historicização do conhecimento, buscando sua origem e suas transformações. Com essa noção, o aluno percebe que as práticas corporais, sendo produções
cultural e histórica, sofrem mudanças de acordo com interesses e necessidades sociais. Sendo assim, podem também
realizar mudanças e ressignificar essas mesmas práticas em função dos seus interesses e necessidades próprios e do seu
grupo, percebendo-se como sujeitos ativos no seu momento histórico, sendo não só portadores da cultura, mas sujeitos
produtores da cultura.
Objetivos gerais
Educação
Física
A Educação Física no Ensino Fundamental, do 6o. ao 9o. ano, respeita os alunos como sujeitos do processo educativo
e desenvolve saberes que os auxiliem nas suas relações com o mundo.
Esse componente curricular parte dos conhecimentos prévios, das práticas corporais que os alunos possuem para,
no exercício da prática pedagógica, auxiliá-los a compreender, construir e transformar suas vivências socioculturais,
valendo-se das diferentes dimensões dessas práticas, por meio dos jogos, esportes, danças, lutas, ginásticas e de outras
manifestações corporais.
Dessa forma, espera-se que o aluno desse nível de ensino possa, por meio da Educação Física, alcançar alguns objetivos de aprendizagem nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal, os quais devem estar claros para que,
posteriormente, a avaliação possa ser desenvolvida a partir deles.
Para tanto, espera-se que os alunos, durante a segunda etapa do Ensino Fundamental, sejam capazes de:
KK Conhecer e vivenciar as diversas possibilidades de práticas corporais, apreendendo os elementos que as caracterizam.
KK Reconhecer as múltiplas possibilidades de movimento, a partir das manifestações culturais das práticas corporais,
como recursos para uma prática autônoma em diversos âmbitos, entre eles, o do lazer, para a manutenção da saúde.
KK Tornar significativas as práticas corporais no seu cotidiano, estabelecendo relações entre os saberes da Educação
Física e a realidade social dos alunos.
KK Desenvolver postura de espectador crítico em relação ao conteúdo veiculado pelas mídias, a respeito das práticas
corporais.
KK Vivenciar e ressignificar as práticas corporais, de acordo com sua realidade histórica, cultural e social.
KK Atuar como sujeito ativo no processo educacional, a fim de conhecer os limites e as possibilidades do próprio
corpo de forma a poder controlar suas atividades corporais com autonomia.
KK Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações educacionais, lúdicas e esportivas.
5
Vivenciar as atividades corporais, reconhecendo e respeitando seus limites e possibilidades físicas e motoras, bem
como as de seus colegas.
KK Analisar as marcas culturais inerentes às práticas corporais para responder criticamente sobre questões de gênero,
de etnia, de geração, de padrões de beleza e de desempenho, de competitividade, entre outras, evitando reforçar
ou reproduzir preconceitos e discriminações a elas relacionadas.
KK
Conteúdos privilegiados
No Ensino Fundamental II, os conhecimentos privilegiados são oriundos das manifestações culturais das práticas corporais que assumem diferentes linguagens e códigos expressos na forma de lutas, de danças, de ginásticas, de esportes
e de jogos. Esses conhecimentos orientam uma revisão dos significados histórico-culturais dessas práticas.
As lutas estão presentes no contexto sócio-histórico-cultural do homem desde o início de sua história, pois o ser
humano luta pela sobrevivência, defendendo-se de animais ou de outros seres humanos. Elas expressam práticas corporais
que diferenciam várias sociedades, apresentando variabilidades culturais que criam valores, normas e atitudes diferentes
no contexto da cultura que se materializam nas lutas. No Ensino Fundamental II, as lutas estão organizadas em orientais
e ocidentais.
Nas danças, propõe-se o desenvolvimento de ações (movimentos) expressivas que traduzem sentidos e sentimentos
de um indivíduo e/ou de um grupo em um determinado contexto cultural. São abordados costumes e tradições por meio
de representações corporais que promovem a reflexão sobre as possibilidades do movimento expressivo. Nesse sentido,
são desenvolvidos alguns elementos das danças de salão ou sociais, populares, folclóricas e criativas.
As ginásticas, por sua vez, têm como principal característica o exercício do próprio corpo. Em outras palavras, nas
diferentes formas de manifestações das ginásticas, estão presentes tipos de esforços corporais que configuram as condições
necessárias à exercitação/expressão gímnica, praticadas com ou sem o uso de diferentes materiais, aparelhos móveis,
fixos, flexíveis, leves ou pesados, e em diferentes superfícies. As ginásticas serão desenvolvidas nas formas esportivizadas
e não esportivizadas.
Os jogos são caracterizados como organizações lúdicas, com a presença de elementos competitivos e cooperativos,
possuindo como fundamentos identitários a flexibilização de regras, de espaço, de tempo, de movimentos, possibilitando
ampla participação e convivência entre os jogadores. Nesse sentido, os jogos serão desenvolvidos na forma de jogos de
mesa, jogos de tabuleiro, jogos pré-desportivos e jogos cooperativos.
Os esportes possuem alguns elementos dos jogos, porém com algumas perdas de suas características lúdicas. Tal fato
se deve, principalmente, à institucionalização das modalidades esportivas, implicando padronização e universalização das
suas regras, as quais não permitem variações. A rigidez das regras permite a competição entre dois ou mais oponentes,
tornando as comparações entre eles mais objetivas, para que haja a superação e a vitória de um sobre o outro. Serão
desenvolvidos na forma de esportes individuais e de esportes coletivos e vivenciados na forma de jogos esportivos.
Organização didática
Os livros de Educação Física do Ensino Fundamental II estão organizados em unidades de trabalho, desenvolvidas
metodologicamente com base em funções didáticas que se utilizam das seções, por meio das quais se estruturam as
atividades de aprendizagens dos alunos.
Unidades de trabalho
São conjuntos de conhecimentos privilegiados correspondentes a cada uma das manifestações culturais das práticas
corporais, resguardando-se as suas especificidades.
As unidades de trabalho organizam didaticamente um conjunto ordenado de atividades, estruturadas e sequenciadas
de forma articulada, realizadas para se atingir um objetivo educativo relacionado a um conhecimento privilegiado.
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Livro do Professor
6º. ano – 1º. volume
O tratamento pedagógico dos conhecimentos privilegiados favorece o exercício e a aprendizagem da autonomia na
realização das práticas corporais. A realização dessas práticas, das pesquisas sobre elas e dos registros produzidos pelos
alunos orientam vivências e experiências diversas, fundamentais para o processo de sistematização e transformação de
tais práticas em objeto de ensino e de estudo por parte do professor e dos alunos.
Funções didáticas
As sequências pedagógicas englobam elementos metodológicos caracterizados por meio de três funções didáticas:
KK Mobilização: caracteriza-se como preparação de uma nova sequência de aprendizagem. É o momento em que
se apresenta o tema com a intenção de torná-lo significativo, para motivar o seu estudo por parte dos alunos. São
elaborados questionamentos sobre os conhecimentos prévios dos alunos, visando aos objetivos a serem alcançados.
KK Instrumentalização: momento em que se faz o levantamento, a discussão e a prática das experiências, expectativas e dificuldades dos alunos durante o processo. Nele, viabiliza-se a percepção ativa, a compreensão e a reflexão
dos alunos sobre os saberes em questão, promovendo debates, vivências e conexões entre os assuntos, a fim de
aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões sobre a temática em foco.
KK Aplicação: é a aplicabilidade dos conhecimentos que reflete a culminância do processo de ensino e de aprendizagem. Favorece a consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes apreendidos
e seus usos em situações significativas. Momento em que se faz a reflexão sobre as ações que acompanham as
aprendizagens e se avalia, com os alunos, o nível de aprendizagem alcançado em função dos objetivos estabelecidos e no sentido de nortear as decisões a serem tomadas.
Seções
As seções estruturam as atividades de aprendizagem dos alunos nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais.
Momento de conhecer, experimentar, vivenciar e contextualizar as práticas corporais, relacionando-as entre si.
Momento de trabalho individual ou coletivo, propondo aos alunos dinâmicas de sistematização
de conhecimento, registros, debates e (re)construção de conceitos, com base nos saberes apresentados na unidade de trabalho. Pode, ainda, servir para mobilizar momentos de construção,
estabelecimento e avaliação de conhecimentos, condutas e comportamentos, embasados nas
problemáticas enfrentadas na realização das práticas corporais.
Momento de ampliar os conhecimentos, relacionando-os com situações do cotidiano, como as
mídias, as relações de gênero, o ambiente, o lazer, o trabalho, a saúde.
Momento de resgate de conhecimentos historicamente acumulados pela sociedade a respeito
das práticas corporais.
Educação
Física
Momento de trazer curiosidades sobre as temáticas, ampliando-as.
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Avaliação
Diferentes formas de conceber a avaliação em Educação Física estão presentes no contexto escolar,
porém nem sempre contribuindo para a construção do senso crítico, da autonomia e da criatividade,
elementos imprescindíveis na formação para a cidadania responsável e democrática.
O processo avaliativo é parte constitutiva e elemento regulador do pensar e do agir com as práticas corporais. A avaliação envolve a necessidade de se organizarem situações significativas para
as aprendizagens dos alunos. As atividades devem estar articuladas a finalidades de formação que
alcançam as dimensões que constituem a complexidade do ser humano. Portanto, deve estar voltada
para as dimensões físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais.
A relação com o saber das práticas corporais – conhecimentos e domínio do corpo, do movimento e
de formas de relacionamento envolvendo jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas – deve possibilitar
a construção de sentidos que vão além de obter apenas uma nota. Cabe aos professores informar
aos alunos sobre seus conflitos e suas contradições, com base em critérios qualitativos de desempenho estabelecidos coletivamente. Também devem informar sobre o nível de suas aprendizagens, as
necessidades de mudanças de rumo e os resultados que já foram alcançados.
Os processos avaliativos podem auxiliar na aprendizagem de formas relacionais mais solidárias,
que sirvam de contraponto à exclusão, construindo-se alternativas e outros sentidos mais cooperativos
e inclusivos para a convivência com base nas práticas corporais.
O desafio para os professores está na capacidade de identificação crítica das relações sociais
existentes nas práticas corporais e na abertura de opções e possibilidades para que os alunos possam
experimentar novas relações com essas práticas, respeitando-se sempre os limites e as possibilidades
de seu corpo e de seu movimento.
A seguir, encontram-se alguns exemplos de instrumentos avaliativos:
KK Avaliação escrita: é importante por desenvolver nos alunos o exercício da sistematização
de conhecimentos.
KK Discussão e/ou revisão da avaliação: pretende-se com esse instrumento apresentar os
critérios utilizados na avaliação e possibilitar aos alunos a realização de outras tentativas.
KK Fichas ou relatórios descritivos: com esse instrumento, é possível realizar registros dos
conhecimentos trabalhados.
KK Trabalhos individuais e em grupos: pretende-se proporcionar a realização de tarefas,
visando à integração social e reflexões.
KK Autoavaliação: visa incentivar um processo de reflexão que analisa diferentes questões, como
a cooperação, a organização e o cumprimento das tarefas nas práticas corporais. Entende-se
a autoavaliação como o olhar crítico sobre o que se faz, enquanto se faz.
KK Rodas avaliativas: busca-se nessa ferramenta avaliativa que os alunos se posicionem e
defendam seus pontos de vista perante os colegas.
KK Portfólio: forma de organizar diversos trabalhos na montagem de uma pasta. Com esse
material, os próprios alunos conseguem ter noção dos conhecimentos adquiridos e/ou construídos no decorrer de determinado período.
8
Livro do Professor
6º. ano – 1º. volume
Programação anual
6.º ano
As transformações no jogo de futebol
1. Os esportes mudam?
1. volume
o
2. Conhecendo o universo
ginástico
3. As semelhanças entre os
esportes
A constituição das corridas no atletismo
Ginástica para Todos
Características de um esporte coletivo: o handebol
Características de um esporte individual: os saltos no atletismo
2o. volume
Os jogos pré-desportivos
4. Por dentro do universo lúdico 1
Os jogos de mesa
Características de um esporte coletivo: o basquetebol
5. As diferenças entre os
esportes
Características de um esporte individual: os arremessos e
lançamentos no atletismo
3o. volume
Do confronto às lutas: O sumô
6. Identificando elementos das
lutas
4o. volume
7. Esportes que podem ser
coletivos e individuais
8. As danças folclóricas e suas
origens
As lutas e a cultura brasileira: a capoeira
O tênis de mesa
O revezamento
Identificando danças regionais
7 º. ano
1. Semelhanças entre os
esportes coletivos de invasão
Os fundamentos do basquetebol
Conhecendo o corfebol
O código dos samurais
1. volume
o
Os fundamentos do judô
Conhecendo o caratê
Educação
Física
2. Lutas orientais com e sem
contato direto
O Kendô e a espada japonesa
9
7 º. ano
Os fundamentos do voleibol
3. Os diferentes esportes
coletivos de rede
2o. volume
As variações do voleibol: o vôlei sentado
Vivenciando o punhobol
Ginástica artística
4. As ginásticas esportivizadas
5. Esportes coletivos e suas
variações
Ginástica rítmica
Os fundamentos do handebol
Vivenciando o tchoukball
3o. volume
6. A diversidade das danças de
salão
7. Transitando entre um esporte
coletivo de invasão e um
esporte coletivo de rede
Os primeiros passos da dança de salão
As danças de salão no Brasil
Conhecendo o futsal
Conhecendo o futvôlei
4o. volume
Os jogos de tabuleiro
8. Por dentro do universo lúdico 2
Os jogos cooperativos
8.º ano
1. Esportes individuais de marca
e precisão
1o. volume
2. Ampliando o repertório das
expressões corporais nas
danças
3. Estratégias e táticas em
esportes coletivos de invasão
O atletismo: as corridas com obstáculos e os saltos
O boliche
Releituras dos ritmos musicais
Entendendo e analisando o futebol
Elaborando táticas para o rúgbi
2o. volume
4. Lutas ocidentais com e sem
contato direto
10
Livro do Professor
A origem das lutas
A esgrima
6º. ano – 1º. volume
8.º ano
Entendendo o voleibol
5. Estratégias e táticas para
esportes coletivos de rede
3o. volume
Os elementos do badminton
Vivenciando o tênis de campo
6. Ampliando o conhecimento
sobre o universo lúdico
7. Sistemas táticos em esportes
coletivos de invasão
Estratégias e táticas dos jogos pré-desportivos
Conhecendo outros jogos de tabuleiro
Entendendo o ataque e a defesa no basquetebol
Elaborando táticas para o handebol
4 . volume
o
8. Ampliando as possibilidades
de manifestações ginásticas
Compreendendo e sentindo as capacidades físicas
Ginástica acrobática
9 º. ano
Vivenciando o beisebol
1. Os esportes coletivos de taco
1. volume
Vivenciando o hockey
o
2. Diversificando e inovando o
universo lúdico
3. Inovação com esportes de
precisão
Ressignificação dos jogos cooperativos
Jogos do mundo
Vivenciando a bocha
Conhecendo alguns esportes adaptados
2o. volume
4. Corpo, movimento, expressão
e ritmo
Sistematizando as danças
Organizando e vivenciando um festival de dança
O bumerangue
5. Novas possibilidades de
práticas com esportes de
precisão
O tiro ao alvo
O golfe
3o. volume
O espirobol
Ginástica aeróbica
Ginástica para a vida
Educação
Física
6. Diversificando e inovando o
universo ginástico
11
9 º. ano
Criando esportes coletivos de invasão
7. Criação e sistematização de
esportes inéditos
4o. volume
Criando esportes coletivos e individuais de rede
Criando esportes coletivos de campo e taco
Criando esportes coletivos e individuais de marca e precisão
8. As lutas e a
contemporaneidade:
ressignificando as lutas
orientais e as lutas ocidentais
As lutas e a mídia
A esportivização das lutas
Referências
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6º. ano – 1º. volume