ALIMENTO SEGURO: PERCEPÇÃO DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS DE RESTAURANTES SELF-SERVICE DE SHOPPINGS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO-RJ1 Fernanda Travassos de Castro2 Leziane de Matos Araújo3 Ellen Bilheiro Bragança 4 Kátia Cilene Tabai5 RESUMO O manipulador de alimentos é considerado uma das principais fontes de contaminação durante a produção de alimentos. Nesse sentido, a capacitação e conscientização sobre higiene de alimentos e perigos que podem ser evitados e prevenidos é uma ferramenta bastante eficiente para redução de surtos provocados por doenças veiculadas por alimentos. Objetivou-se averiguar a opnião sobre alimento seguro de funcionários de nove restaurantes do tipo self-service instalados nos principais shoppings centers da cidade do Rio de Janeiro. Foram entrevistados 109 manipuladores de alimentos, durante o período de junho a agosto de 2006, após consentimento prévio e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Por meio de questionários, foi averiguado a existência e frequência de capacitação, e ainda, o nível de conhecimento sobre alimento seguro. Para análise dos dados, adotou-se o teste de qui-quadrado (c2). Os resultados revelaram apenas quatro (3,7%) entrevistados definiram corretamente alimento seguro e apenas dois deles havia recebido capacitação. Sugere-se, que os responsáveis pelos estabelecimentos não se limitem apenas ao fornecimento do curso ministrado pela Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro. A contratação de profissionais capacitados, como os profissionais de Economia Doméstica, para realizarem treinamentos, com a adequada freqüência, garantirá que seja alcançada uma produção de alimentos segura. PALAVRAS-CHAVE: Manipuladores de alimentos. Capacitação. Alimento seguro. 1 INTRODUÇÃO De acordo com Germano (2003), os manipuladores de alimentos são todos os indivíduos que podem entrar em contato com um produto comestível, em qualquer etapa da cadeia alimentar, desde a fonte até o consumidor. 1 Baseado na Dissertação de Mestrado intitulada “Restaurantes do tipo self-service: análise dos aspectos sanitários e dos manipuladores de estabelecimentos localizados nos shoppings centers da Cidade do Rio de Janeiro – RJ”, março de 2007. 2 Economista Doméstico, Profª. da Área de Alimentos e Nutrição e Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, [email protected] 3 Economista Doméstica (UFRRJ), [email protected] 4 Discente do Curso de Economia Doméstica da UFRRJ, [email protected] 5 Economista Doméstico, Profª. Drª. da Área de Alimentos e Nutrição da UFRRJ, [email protected] 1 Os cuidados com a higiene pessoal são fundamentais para se alcançar o consumo de alimentos seguros. Nela estão inseridos a higiene corporal, os equipamentos de proteção individual, os bons hábitos e o estado de saúde dos manipuladores de alimentos. A falta de atenção a estes aspectos fundamentais, durante a preparação de alimentos, pode contribuir para que os colaboradores, responsáveis pela manipulação, sejam os principais responsáveis pela ocorrência de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), inclusive mais do que os inimigos naturais da saúde pública como os vetores e pragas urbanas (REY e SILVESTRE, 2009). O treinamento contribui para melhoria da higiene pessoal e ambiental e como tal, requerem uma maior ênfase no treinamento (REGO, 1997). Os programas de treinamento, específicos para manipuladores de alimentos, são os instrumentos mais eficazes e recomendáveis para transmissão de conhecimento e promoção de mudanças de atitudes. Porém, as pessoas envolvidas no controle de alimentos têm a responsabilidade de transmitir informações e construir essas mudanças, em prol de uma manipulação mais adequada (GERMANO et al., 2000). Objetivou-se verificar a existência de treinamentos e a noção sobre alimento seguro, pois, sabe-se que a garantia desse procedimento contribui para comercialização de alimentos em níveis seguros, como medida preventiva para o surgimento de DTA’s nos consumidores. 2 REVISÃO DE LITERATURA O manipulador de alimentos representa, sem dúvida, grande importância para medidas e controle da contaminação dos alimentos; isto é explicado pelo fato do homem ser o principal elo da cadeia de transmissão da contaminação microbiana dos alimentos. Está amplamente comprovado que a grande maioria dos casos de toxinfecções alimentares ocorre, devido à contaminação dos alimentos pelos manipuladores; estes podem estar transmitindo microorganismos patogênicos, mesmo sem apresentarem sintomas de doenças, comprometendo os alimentos por meio de práticas indevidas, por desconhecimento. Os manipuladores com sinais de diarréia, febre, faringite, sinusite, devem ser afastados do local de trabalho até a sua recuperação, assim como os portadores de lesões cutâneas (GÓES et al., 2001). 2 De acordo com Silveira et al. (2003), os serviços de alimentação onde há pessoas despreparadas para o desempenho de atividades relacionadas à manipulação, dificultam a conservação adequada de alimentos. Uma das maneiras de se garantir a qualidade higiênicosanitária dos alimentos é através de programas de educação continuada para os manipuladores de alimentos e a realização semestral de exames parasitológicos desses indivíduos, já que os manipuladores são potenciais transmissores de enteroparasitoses (NOLLA e CANTOS, 2005). Nos shoppings centers, mais especificamente, nas praças de alimentação, agrupam-se restaurantes cujas instalações são minúsculas e, muitas vezes, inadequadas às Boas Práticas de Fabricação (PERETTI et al., 2004). As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são procedimentos que devem ser adotados pelas indústrias de alimentos, com o objetivo de garantir a qualidade sanitária e a adequação dos produtos alimentícios, com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, que se aplica a qualquer tipo de indústria de alimentos (ANVISA, 2007). 3 METODOLOGIA Os dados foram obtidos durante o período de março a agosto de 2006 nos principais shoppings centers do município do Rio de Janeiro. Realizou-se amostra por conveniência6, tendo participado nove restaurantes do tipo self-service instalados em diversos shoppings das Zonas Norte (4 restaurantes), Sul (1 restaurante) e Oeste (4 restaurantes) da cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa teve início após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy e com as autorizações dos responsáveis ou proprietários dos restaurantes, previamente consultados. Entrevistaram-se 109 colaboradores, responsáveis pela manipulação de alimentos, desde o pessoal da cozinha até os garçons, por meio de questionários com perguntas abertas e fechadas, para averiguar a existência e periodicidade de treinamento, assim como a percepção desses profissionais sobre alimento seguro. Para avaliação da opinião dos entrevistados, foram adotados os critérios disponíveis no Quadro 1. 6 Amostragem por conveniência ou acidental, ocorre quando o pesquisador seleciona membros da população que sejam mais acessíveis (FECAP, 2001). 3 1. Percepção correta, quando a resposta abordava o objetivo da definição de alimento seguro (aquele que não ocasiona danos à saúde humana) 2. Percepção parcialmente correta, quando na resposta havia menção sobre aspectos que contribuem com a promoção do alimento seguro como, condições de higiene e limpeza, controle de temperatura, armazenamento adequado, entre outras. 3. Percepção incorreta, quando a resposta não tinha a menor relação com a definição ou com aspectos correlatos ao proposto por alimento seguro. Quadro 1. Critérios utilizados para avaliar a percepção dos manipuladores de alimentos dos restaurantes self-services dos shoppings do município do Rio de Janeiro, RJ, 2006. Através da tabulação dos dados obtidos dos questionários destinados aos manipuladores, em uma planilha eletrônica, foram gerados bancos de dados, referentes à percepção dos manipuladores sobre alimento seguro e algumas características como capacitação, carteira do manipulador e periodicidade de treinamento, que foram utilizados na confecção das tabelas de freqüência simples ou de dupla entrada. Para a avaliação de associação entre as variáveis qualitativas dispostas nas tabelas de contingência, utilizou-se o teste de qui-quadrado (c2) ao nível de 5% de significância (ARANGO, 2001). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi observado, com a aplicação do teste de qui-quadrado (c2), que nenhuma das características estudadas influenciou significativamente (P.>0,05) na percepção dos manipuladores. Importante ressaltar que o grupo que detinha capacitação havia recebido cursos, dentro ou fora dos estabelecimentos, por profissionais terceirizados ou não, e que esta capacitação não condizia, necessariamente, com o curso exigido pela Lei nº 1.662 de 23 de janeiro de 1991, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Município do Rio de Janeiro, publicada em D.O.M./RJ em 31 de janeiro de 1991 (RIO DE JANEIRO, 1991), o qual é caracterizado pelo grupo “carteira de manipulador” (Tabela 1). O número de manipuladores que receberam algum curso e aqueles que não tinham recebido qualquer capacitação era bastante equivalente. Foi verificado que, apenas, quatro dentre os cento e nove manipuladores detinham satisfatória percepção de alimento seguro, sendo que destes, 50% haviam tido alguma capacitação e os demais não tinham realizado nenhum tipo de curso (Tabela 1). 4 Levando-se em consideração o grupo “carteira de manipulador”, observa-se que apenas dez manipuladores (9,2%) detinham o atestado de habilitação expedida pela Secretaria Municipal de Saúde, conforme determina os arts. 1º e 2º da Lei nº 1.662 de 23 de janeiro de 1991 (RIO DE JANEIRO, 1991), nem por isso esses funcionários se enquadravam no pequeno universo dos que demonstraram percepção correta, acerca de alimento seguro, ao contrário, um deles foi enquadrado na categoria “percepção incorreta”. Quanto à periodicidade dos treinamentos, constatou-se que a maioria não realizava treinamentos periódicos (63,3%) (Tabela 1). Tabela 1. Percepção em relação á capacitação dos manipuladores dos restaurantes self-services dos shoppings do município do Rio de Janeiro, RJ, 2006. Percepção Parcialment Percepção Total correta e correta incorreta Variável c2 Nº % Nº % Nº % Nº % Capacitação Sim 2 50,0 43 46,2 4 33,3 49 45,0 0,8ns Não 2 50,0 50 53,8 8 66,7 60 55,0 Total 4 100,0 93 100,0 12 100,0 109 100,0 Carteira do manipulador* Sim 0 0,0 9 9,7 1 8,3 10 9,2 0,4ns Não 4 100,0 84 90,3 11 91,7 99 90,8 Total 4 100,0 93 100,0 12 100,0 109 100,0 Periodicidade de treinamento Diário 0 0,0 1 1,1 0 0,0 1 0,9 Quinzenal 0 0,0 1 1,1 0 0,0 1 0,9 Mensal 0 0,0 2 2,1 0 0,0 2 2,0 Trimestral 1 25,0 7 7,5 0 0,0 8 7,3 Semestral 0 0,0 5 5,4 1 8,3 6 5,5 7,2ns Anual 0 0,0 6 6,4 1 8,3 7 6,4 Bienal 0 0,0 1 1,1 0 0,0 1 0,9 Não realizava 2 50,0 57 61,3 10 83,4 69 63,3 Não sabia 1 25,0 13 14,0 0 0,0 14 12,8 Total 4 100,0 93 100,0 12 100,0 109 100,0 n.s. - P>0,05 (*) Atestado de habilitação conforme art. 2º da Lei nº 1662 de 23 de janeiro de 1991 (Secretaria de Vigilância Sanitária do Município do Rio de Janeiro D.O.M./RJ, 31/01/1991). 5 Para elucidar os tipos de respostas avaliadas e as respectivas classificações, segue abaixo algumas percepções, obtidas na íntegra. As respostas foram classificadas em: percepção correta, parcialmente correta e percepção incorreta, às quais foram relacionadas com as variáveis: capacitação, carteira de manipulador e periodicidade de treinamento, como descrito na metodologia. Dentre as classificadas como corretas temos: “alimento 100,0% bom para uso: ser selecionado, vistoriado, para distribuir para os clientes, para não colocar em risco a saúde dos clientes e dos funcionários”; “responsabilidade com o que está trabalhando, tanto para você quanto para o cliente, para não causar danos à saúde de ninguém”; “alimento que a pessoa coma e não cause nenhum dano à saúde” e “aquele que não fará mal à saúde de quem come”. Quanto às respostas consideradas como parcialmente corretas citamos: “alimento de boa qualidade, boa manipulação e estoque adequado”; “legumes bem lavados, tudo feito com limpeza, sem colocar o alimento em contato direto com o chão”; “alimento fresco, bem tratado, higienizado e manter em temperatura ambiente” e “comida leve, sem química e que as pessoas possam comer e ter uma boa digestão”. Seguem exemplos das respostas enquadradas como incorretas: “produto de comer”; “cheirinho bom”; “alimento conservado dentro ou fora da geladeira”; “arroz, feijão e farinha” e “verdura”. Estudo realizado por Azeredo et al. (2003) concluiu, em entrevista com 82 manipuladores de alimentos, através de questionário sobre percepção de riscos de doença de origem alimentar, que todos possuíam conhecimentos sobre higiene de alimentos, pelo menos, para padrões mínimos esperados. Porém, na segunda parte do levantamento, quando questionados sobre riscos frente a 10 perigos potenciais em alimentos, ambos os sexos demonstraram dispersão nas respostas. As mulheres estavam mais preocupadas com os perigos referentes à contaminação microbiana e os homens mais, atentos aos perigos de natureza química. Pesquisa realizada no Município de Floresta (PR), com 11 ambulantes de rua, que comercializavam alimentos, verificou-se, por meio de entrevistas o nível de conhecimento sobre noções de boas práticas na manipulação e higienização de alimentos. Os resultados revelaram que a maioria, 67% dos entrevistados, tinha consciência de que a manipulação inadequada poderia 6 incidir riscos à saúde, porém, assuntos sobre asseio pessoal e temperatura de conservação da matéria-prima geravam dúvidas nas respostas e até desconhecimentos (MARUTTI, et al., 2008). 5 CONCLUSÃO Verificou-se que, mesmo os manipuladores que tiveram algum tipo de treinamento, não tinham percepção correta sobre alimento seguro. Sugere-se o incentivo ao aprendizado sobre Boas Práticas de Fabricação constante por meio de realizações freqüentes de capacitação, sendo esta uma metodologia bastante eficiente para a melhoria da qualidade de alimentos comercializados em serviços de alimentação instalados em shoppings centers. Espera-se cada vez mais que as empresas adotem, até como instrumento de valorização da clientela, a contratação de responsável técnico, profissionais da área de alimentação e nutrição, para supervisão e implantação das Boas Práticas de Fabricação e nesse sentido, o profissional de Economia Doméstica é legalmente capacitado, segundo a Resolução N0 18 do Conselho Federal de Economia Doméstica – CFED, para elaboração e assinatura de Manual de Boas Práticas de Fabricação, supervisão e capacitação de manipuladores de alimentos, funcionários de restaurantes institucionais e comerciais. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Boas Práticas. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/bpf.htm.> Acesso em: 17 de fevereiro de 2007. ARANGO, H. G. Bioestatística Teórica-computacional. Rio de Janeiro. Koogan, 2001. 235p. AZEREDO, R. M.C.; COELHO, A. I. M.; SOARES, M. P.; FERNANDES, G. R. 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