GERENCIAMENTO DE CRISES DOUTRINA OBJETIVO GERAL Qualificar o profissional da área de segurança pública para analisar e gerenciar as situações de crise, capacitando-o a identificar e utilizar, frente as alternativas de solução, os procedimentos operacionais e os meios táticos adequados que tragam uma solução menos gravosa para a sociedade, tendo como fundamento a dimensão dos direitos humanos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Capacitar o aluno a realizar gerenciamento de uma crise; o correto Permitir que sejam conhecidos os princípios básicos que regem a atuação dos órgãos de segurança pública nas situações de crise; Identificar as principais operações a serem realizadas nos locais da ocorrência; Identificar as características do tomador de refém para fins de se estabelecer o processo de negociação; Formar multiplicadores. A IMPORTÂNCIA DO CONTEÚDO A Doutrina de Gerenciamento de Crises; Aumento dos índices de ocorrências policiais envolvendo reféns; O amadorismo brasileiras; das polícias Necessidade de uma padronização de ações, no atendimento de crises. INTRODUÇÃO Tema relativamente novo na atividade policial brasileira;(dpf normatizou em 1988 – apoderamento ilícito de aeronaves); Primeira notícia da doutrina no Brasil: 1994 Vinha sendo realizado através do ‘’jeitinho’’ ou habilidade pessoal; INTRODUÇÃO O QUADRO MUNDIAL MOSTRA QUE OS ORGANISMOS POLICIAIS DEVEM SE PREPARAR ADEQUADAMENTE PRECEDENTES HISTÓRICOS I Jogos Olímpicos de Munique, 05 de setembro de 1972. Terroristas de origem árabe, membros de um grupo denominado Setembro Negro, mataram dois e seqüestraram nove integrantes da equipe olímpica israelense e tentaram fuga através do aeroporto de uma base militar. A polícia alemã-ocidental iniciou uma operação de resgate dos reféns e, após o combate, chamado de Massacre de Munique, morreram todos os reféns. Do episódio, nasceu a unidade anti – terror chamada de GSG-9, que inspirou a criação de tropas especiais semelhantes em todas as polícias do mundo. PRECEDENTES HISTÓRICOS II BRASIL: SÃO PAULO/1990 – ADRIANA CARINGE BRASIL: SÃO PAULO/1992 – CARANDIRU; BRASIL: PARANÁ/1995 - MARECHAL CÂNDIDO RONDON; BRASIL: PARÁ/1996 – ELDORADO DOS CARAJÁS; BRASIL: GOIÁS/1996 – LEONARDO PAREJA; PRECEDENTES HISTÓRICOS III Mato Grosso do Sul Agosto de 2000 – Atacado Paulistão – Campo Grande PRECEDENTES HISTÓRICOS III Mato Grosso do Sul Agosto de 2000 – Atacado Paulistão – Campo Grande DOUTRINA OPERACIONAL Crise: Evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da polícia a fim de assegurar uma solução aceitável (FBI); OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • CONFLITOS SOCIAIS DE TODA ORDEM OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • REINTEGRAÇÃO DE POSSE OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR OCORRÊNCIAS COM ARTEFATO EXPLOSIVO OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • PASSEATAS E MANIFESTAÇÕES OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR TUMULTO EM PRAÇAS DESPORTIVAS OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • REBELIÃO EM PRESÍDIOS OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • REBELIÃO EM PRESÍDIOS OS CONFLITOS E AS CRISES ENFRENTADAS PELA POLÍCIA MILITAR • OCORRÊNCIAS COM REFÉNS EXEMPLOS DE CRISES Tomada de reféns por criminosos cercados; Extorsão mediante seqüestro; Mentalmente perturbados com vítimas ou reféns; Tentativas de suicídio; Rebeliões em presídios/unidades de internação; Seqüestro terrorista; Apoderamento ilícito de aeronave; Movimentos sociais com reféns; Ameaças com artefatos explosivos; Acidentes de grandes proporções. RESOLUÇÃO DE CONFLITOS A maioria das ocorrências policiais é caracterizada pela resolução de conflitos, exigindo habilidades de mediador e preparo para aplicação de técnicas específicas para cada tipo de evento. GERENCIAMENTO DE CRISES “É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise.” O GERENTE DA CRISE Papel de fundamental importância, que permitirá o estabelecimento de uma cadeia hierárquica no Teatro de Operações. Todas as ações a serem implantadas, obrigatoriamente têm que passar pela avaliação do Gerente da Crise. O Gerente da Crise deve ser um policial com conhecimento e experiência acerca do assunto. O GERENCIAMENTO A responsabilidade é da Polícia: A crise é inesperada e não seletiva; Prejuízo à imagem da Instituição policial; A ação da mídia e o parâmetro legal; Prejuízo à imagem do executante da ação. Capacidade gerenciadora da Instituição. PESSOAS INABILITADAS NA CONDUÇÃO DAS CRISES A utilização de religiosos, psicólogos, elementos da mídia, políticos e outros na condução e resolução desse tipo de eventos é inteiramente inconcebível. Tais deturpações, além de comprometerem a confiabilidade e a imagem dos organismos policiais, trazem implicações e conseqüências jurídicas imprevisíveis, principalmente no âmbito da responsabilidade civil do Estado. REFÉM X VÍTIMA • Refém é uma pessoa aprisionada por acaso e mantida como garantia determinadas exigências. em relação a • Vítima é uma pessoa aprisionada que foi selecionada pelo infrator, devido a fatos ocorridos anteriormente ao incidente. COMPETÊNCIA LEGAL Art. 144, inciso 5º - CF/88; Art. 144, inciso 4º - CF/88; REPRESSÃO IMEDIATA; Competência residual – “Preservação da Ordem Pública”: ÁLVARO LAZARINI; DECRETO 9686/99 E DECRETO 9701/99; POLÍCIA JUDICIÁRIA SEGUNDO ÁLVARO LAZZARINI: “...às polícias civis só compete o exercício de atividade de polícia judiciária , ou seja, as que se desenvolvem após a prática do ilícito penal e, mesmo assim, após a repressão imediata por parte da policia militar...” COMPETÊNCIA RESIDUAL SEGUNDO ALVÁRO LAZZARINI: “o exercício de toda a atividade policial de segurança pública, não atribuída aos demais órgãos e a competência específica dos demais órgãos policiais, no caso de falência operacional deles, a exemplo de greves ou outras causas, que os tornem inoperantes ou ainda incapazes de dar conta de suas atribuições” DECRETO Nº 9686 DE 28 DE OUTUBRO DE 1999 Cria o Conselho de Intermediação de Conflitos Sociais e Situações de Risco, disciplina as atividades da Polícia Civil e da Polícia Militar no atendimento de ocorrências com reféns, e dá outras providências Art. 5º - Nas situações previstas neste decreto, caberá à unidade policial militar sob cuja circunscrição acontecer o evento, tomar providências imediatas de conter o risco e isolar a área, cabendo ao chefe da instituição local, efetuar a imediata comunicação ao secretário de estado de segurança pública e ao presidente do conselho, para as demais providências. Art. 6º - O isolamento da área, durante toda a operação deverá ficar a cargo da Polícia Militar, ficando expressamente vedado o acesso de pessoas não autorizadas, as quais devem permanecer nos limites do perímetro de segurança estabelecido. Art. 7º - Ciente dos fatos, o SSP designará um Comandante da Cena de Ação (CCA), que deverá ser oficial superior da Polícia Militar ou na impossibilidade, delegado de Polícia Civil com conhecimento específico sobre “GERENCIAMENTO DE CRISES”. §1º - Ao CCA caberá estabelecer seu posto de comando, solicitar o reforço e o material que julgar necessários e, se preciso convocar o grupo de apoio, que ficará sob sua coordenação. §2º - O grupo de apoio de que trata o parágrafo anterior, será composto pelo comandante da organização policial militar da área, pelo delegado titular da respectiva circunscrição, pelo coordenador-geral de perícias e por um representante do Corpo de Bombeiros Militar, Enersul, Telems, Sanesul e de outros órgãos considerados necessários pelo CCA. §3º - Ao grupo de apoio cabe auxiliar o CCA, fornecendo todo apoio material e humano necessário ao desempenho da operação. Art. 8º - O CCA contará com o auxílio de negociadores designados pelo presidente do conselho. Parágrafo único: Tudo o que for objeto de negociação deverá ser apreciado pelo presidente do conselho, cabendo-lhe a decisão final sobre qualquer acordo. Art. 9º - O CCA manterá em local pré-determinado, apenas o contingente policial necessário ao bom desempenho da missão, devendo determinar o retorno as atividades normais os demais policiais, civis e militares. Art. 10 - Somente se recorrerá ao uso da força ou invasão militar, por ordem do SSP, que ouvirá o presidente do conselho, que em casos extremos consultará o governador. OCORRÊNCIAS COM REFÉNS NO BRASIL No Brasil os incidentes nada tem a ver com terrorismo; No Brasil a maior parte dos incidentes ocorre com criminosos comuns, detentos do sistema prisional e indivíduos mentalmente perturbados; A grande maioria das crises é resolvida com a negociação. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE Tipologia dos Tomadores de Reféns e Gradação de Periculosidade Criminoso Comum ; Emocionalmente perturbado; Terrorista por motivação política ou religiosa. Ocorrências de Alta Complexidade É todo fato de origem humana ou natural, que alterando a ordem pública, supere a capacidade de resposta dos esforços ordinários de polícia, exigindo intervenção de forças policiais através da estruturação de ações e operações especializadas, ou típicas de bombeiros militares, com objetivo de proteger e socorrer o cidadão. PATOLOGIAS DA PERSONALIDADE 1. O Perpetrador Maníaco Depressivo 2. O Perpetrador Psicótico-Paranóico 3. O Perpetrador Esquizofrênico 4. O Perpetrador Anti-Social 5. O Perpetrador Suicida 6. O Perpetrador Detento do Sistema Prisional CARACTERÍSTICAS DA CRISE Imprevisibilidade; Compressão de tempo (urgência); Ameaça de vida (componente essencial); Necessidade de: * Postura organizacional não rotineira (estrutura diferenciada para condução); * Planejamento analítico especial e capacidade de implementação (capacidade de planejamento prejudicada pela falta de informações, ação da mídia e da massa); * Considerações legais especiais (Estado de necessidade, legitima de defesa, estrito cumprimento do dever legal e competência devem ser analisadas). OUTRAS CARACTERISTICAS PECULIARES A necessidade de muitos recursos para a solução; Ser um evento de baixa probabilidade de ocorrências e de graves consequências (caso específico de refém localizado); Ser caótica; Ter um acompanhamento próximo e detalhado, tanto pelas autoridades como pela comunidade e mídia. POR QUE A CAPACIDADE DE GERENCIAR CRISES É IMPORTANTE PARA A POLÍCIA MILITAR? Responsabilidade da organização policial (crises mal gerenciadas acarretam problemas civis para o estado); A crise não é seletiva e é inesperada; A ação da mídia (visão amplificada de possíveis erros); POR QUE O GERENCIAMENTO DE CRISES EXIGE ESTUDOS E TREINAMENTOS ESPECIAIS ? As crises causam stress; O stress reduz a capacidade de desempenho em tarefas de solução de problemas; O GC é uma complexa tarefa de solução de problemas ; Os resultados da incompetência ou não capacitação profissional podem ser imediatos (Os estudos e treinamentos são imperativos em qualquer nível hierárquico para participar do GC). OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE CRISES PRESERVAR VIDAS; APLICAR A LEI; RESTABELECER A NORMALIDADE; O TRABALHO POLICIAL - O trabalho do policial se dá PARÂMETROS: ENTRE DOIS a) Máximo respeito aos direitos humanos de todos da sociedade; b) Menor taxa de conturbação (discrição operacional) ao redor, para não gerar risco. NEM MESMO ONDE HÁ PENA DE MORTE PODE-SE IMAGINAR A POLÍCIA COMO EXTERMINADOR DO CRIMINOSO, SENÃO DO CRIME. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE 1) Preservação de vidas: • a) Dos policiais; • b) Dos reféns; • c) Do público em geral; • d) Dos criminosos. 2) Aplicação da lei: • a) Prisão dos infratores protagonistas da crise; • b) Proteção do patrimônio público/privado; • c) Garantir o estado de direito. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE Critérios para Tomada de Decisão • Na busca do cumprimento dos objetivos apresentados, o policial envolvido numa ocorrência de alta complexidade está, durante todo o desenrolar do evento, tomando decisões pertinentes aos campos de gerenciamento aqui abordados. • Nestas ocasiões, existe um constante processo decisório. Há o dilema do tipo “faço ou não faço?”. Decisões, desde as mais simples às mais complexas, vão sendo tomadas a todo o momento. • Elas envolvem matérias díspares, como o fornecimento de água ou alimentação para os reféns e para os delinqüentes, atendimento médico de urgência a uma vítima no interior do ponto crítico, o corte de linha telefônica e fornecimento de eletricidade, ou até mesmo o emprego de força. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE Assim, com o intuito de balizar o processo decisório na ambiência operacional, bem como para a sua análise crítica, a doutrina do FBI preconiza três critérios para a tomada de decisões: CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÕES NECESSIDADE VALIDADE DO RISCO ACEITABILIDADE Legal/moral/ética CRITÉRIOS DA AÇÃO São os referenciais que servem para nortear o tomador de decisões em qualquer evento crítico, são eles: A necessidade (toda e qualquer ação deve ser realizada quando for realmente indispensável. Isto é realmente necessário?); A validade de risco (vale a pena correr este risco? Os riscos são compensados pelo resultado); A aceitabilidade : *Respaldo legal (ato amparado em lei); *Moral (ações devem ter amparo na moralidade e bons costumes); *Ético (As decisões não podem causar constrangimentos no seio do organismo policial). PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE A aceitabilidade legal significa que toda decisão deve ser tomada com base nos princípios ditados pelas leis. Uma crise, por mais séria que seja, não dá à organização policial a prerrogativa de violar leis. A aceitabilidade moral implica que toda decisão para ser tomada deve levar em consideração aspectos de moralidade e bons costumes. A aceitabilidade ética está consubstanciada no princípio de que o responsável pelo gerenciamento da crise ao tomar uma decisão deve fazer isso lembrando que o resultado de sua ação não pode exigir de seus comandados a prática de ações que causem constrangimentos “interna corporis”. Neste sentido é clássico o exemplo do policial que se oferece como voluntário para ser trocado por algum refém. Essa troca, se autorizada, acarreta questionamento ético, pois pode provocar transtornos ao gerenciamento da crise. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISE CLASSIFICAÇÃO DOS GRAUS DE RISCO (FBI) A otimização de recursos humanos e materiais está intimamente vinculada com o grau de risco do evento crítico. Não superdimensione, nem subdimensione o grau de risco do evento, procure identificá-lo perfeita e precisamente. CLASSIFICAÇÃO DOS GRAUS DE RISCO 1º Grau (alto risco): Causador do evento possui armas de pouco poder letal e não submete pessoas como reféns, entretanto tem superioridade da situação. ex.: Assalto a um estabelecimento comercial; 2º Grau (altíssimo risco): O causador da crise com armas de médio poder de letalidade e ,nessa ocasião, toma uma ou várias pessoas como reféns. Ex.: Assalto a banco em horário de funcionamento frustrado pela polícia; 3º Grau (ameaça extraordinária): Os causadores do evento são terroristas, normalmente motivados por política ou ideologia religiosa. São pessoas bem treinadas, bem armadas e com objetivos bem definidos. Ex.: Ataque às torres gêmeas, EUA.(11/09/2001) 4º Grau (ameaça exótica): Os causadores da crise agem normalmente sozinhos, são extremamente delicados e exigem conhecimento de áreas específicas das quais a polícia normalmente não dispõe, como vírus, radioatividade, cianeto, etc. NÍVEIS DE RESPOSTA Após identificar o grau de risco, defina o nível de recursos estritamente necessários. Excessos ou carências de policiais dificultam o gerenciamento da crise. NÍVEIS DE RESPOSTA NÍVEL UM: A crise pode ser debelada com recursos locais (radiopatrulhamento com noções de GC); NÍVEL DOIS: A solução da crise exige recursos locais especializado (grupo tático); NÍVEL TRÊS: A crise requer o emprego dos recursos locais especializados e também recursos do QG; NÍVEL QUATRO: A solução da crise requer o emprego dos recursos do nível 3 e também de recursos exógenos. ELEMENTOS ESSENCIAIS DE INFORMAÇÃO: Causadores da crise: Número, motivação, estado mental, condição física, habilidade no manuseio de armas, experiência anteriores em delitos semelhantes e etc; Reféns: Número, idade, condição física, localização no ponto crítico, proeminência ou relevância social, etc; Objetivo ou ponto crítico: Localização, tamanho, vulnerabilidade, peculiaridades, condições do terreno e condições meteorológicas; Armamento: Quantidade, tipo, letalidade e localização no ponto crítico. FONTES DE INFORMAÇÕES Reféns liberados ou que tenham conseguido fugir; Os negociadores; Os policiais encarregados de observar o ponto crítico ou que estejam na condição de snipers; Investigações; Documentos a respeito dos bandidos e do ponto crítico, tais como, mapas, croquis, fotografias, etc; Vigilância técnica do ponto crítico; A mídia; Ações táticas de reconhecimento;