É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a cicatrização (auxiliar o processo fisiológico) e prevenir a contaminação ou infecção. Revisão Bibliográfica Artigos científicos Banco de dados: Bireme, Medline, Lilacs Descritores: atualidades em curativos, técnicas de curativos, reparação tecidual e contração de feridas. Objetivo: abordar as atualidades em técnicas de curativos, de forma a orientar os profissionais de saúde para uma prática baseada em evidências, aumentando assim, o sucesso no tratamento de feridas. Curativo semi-oclusivo: muito utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir efisema e formação de crosta. Curativo compressivo: reduz o fluxo sangüíneo, promove a estase e ajuda na aproximação das extremidades da lesão. Curativos abertos: realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações. Proteger e tratar a lesão; Reduzir: Mortalidade e morbidade Infecções Custos hospitalares; Promover: Conforto físico Psicológico Estético Uso de Plasma Rico em Plaquetas São células sangüíneas que liberam a citosina, que estimula a aceleração do processo de reparação tecidual Indicação: pacientes com lesão de tecidos graves, como úlceras crônicas, hipertensão arterial e diabetes mellitus Resultado: conforme estudos ao iniciar o uso da técnica de plaquetas com aplicação local em úlceras crônicas, houve lesão (ulcera crônica) reparada em 100% após 10 semanas. Uso de Aloe vera (babosa – produção de colágeno) Apresenta ação cicatrizante, anti-inflamatória, propriedade bactericida, laxante, agentes desintoxicantes, vitaminas C, E, complexo B e ácido fólico, contém também minerais, aminoácidos essenciais e polissacarídeos que estimulam o crescimento dos tecidos e a regeneração celular. É um produto barato e de fácil acesso. Indicação: pacientes com lesão de tecidos Resultado: em aproximadamente 10 semanas, observou-se a total cicatrização da lesão, não sendo observados desconfortos ou complicações decorrentes do uso do produto. Vácuo (VAC - Vacuum Assisted Closure) É um sistema utilizado na cicatrização de feridas em que se institui uma pressão negativa localizada e controlada, com o objetivo de estimular a granulação e a cicatrização. Indicação: pacientes que foram submetidos a procedimento cirúrgico (queimaduras graves, ferimentos a arma de fogo, perda ou laceração de tecido). Vantagens: redução do edema das vísceras, controle de secreções, aumento da vascularização local e aproximação precoce dos tecidos. Reduz tempo de hospitalização prolongado, uso de drogas de alto custo, alta evidência de complicações e mortalidade. Vácuo (VAC - Vacuum Assisted Closure) Resultado: A técnica proporcionou condições para que o organismo abreviasse o processo inflamatório, contribuindo significativamente para a evolução da cicatrização, possibilitando o controle da infecção. Desvantagem: alto custo. ATENÇÃO: Realizado no centro cirúrgico, somente pelo médico. Curativos Hidrocolóides (baixo custo, fácil manejo e alta eficiência) É uma placa adesiva estéril que lhe confere a impermeabilidade agindo como barreira contra a passagem de contaminações externas enquanto o curativo permanecer íntegro. Indicação: Tratamento de feridas abertas, limpas, não infectadas e com leve a moderada exsudação. Vantagem: estimula o desbridamento autolítico, promove a manutenção do pH, alívio da dor e um ambiente úmido. Resultado: redução significativa no tempo de cicatrização. Curativos Hidrocolóides Primeira intenção (união primária) - Ocorre quando as bordas da ferida são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e edema mínimo. Segunda intenção (granulação) - Ocorre perda excessiva de tecido e presença de infecção. Esse método de reparo é também denominado cicatrização por granulação, pois no abscesso formam-se brotos minúsculos chamados granulações. Terceira intenção (sutura secundária) - Neste tipo de cicatrização se faz uma correção cirúrgica após a formação do tecido granulado, com a finalidade de melhores resultados estéticos e aproximação de bordas. Hipertensão Arterial Paciente acima 50 anos Diabetes Mellitus Uso de medicamentos Estado nutricional afetado Febre Perfusão e Oxigenação A localização anatômica Fatores desencadeantes Organização familiar Colonização e infecção Limpeza Local Hábito de higiene (auxílio, transporte) Condições sociais É Indispensável uma visão clinica dos profissionais de enfermagem e uma assistência humanizada Deve se basear no: ◆ desbridamento ◆ limpeza ◆ revestimento ◆ abordagem ◆ agentes da colonização e infecção físicos ◆ tratamento cirúrgico quando necessário Proporciona: Retorno das atividades Convívio social Auto-estima Qualidade de vida Curativos tem grandes destaques nas publicações cientificas de enfermagem , Fica sob responsabilidade da enfermagem o tratamento e prevenção de feridas É uma especialização reconhecida pela: (SOBEND e SOBEST) Tem autonomia para realizar os procedimentos necessários para evolução clinica Responsabilidade frente a equipe multidisciplinar e ao paciente Respaldo legal, para executar tarefas invasivas nos curativos. A decisão do tratamento (curativo) é exclusivamente do enfermeiro, porém a atuação multidisciplinar é indispensável para resultado final Manutenção do curativo deve ser prestada pela equipe de enfermagem A enfermagem não pode cuidar exclusivamente da ferida sem abordar o paciente de forma integral Um dos principais papéis do enfermeiro é desenvolver novas alternativas para o tratamento de feridas Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um produto ou colocar uma faixa, significa cuidar de um ser único, que possui suas peculiaridades e que devem ser respeitadas. A enfermagem deve ser bastante criteriosa ao definir um tipo de curativo, pois podem interferir de forma positiva ou negativa na cicatrização. Através da revisão bibliográfica observou-se que várias técnicas distintas foram adotadas e em todos os resultados foram satisfatórios, contudo, cada técnica tem uma indicação específica para um tipo de lesão. Todavia, as técnicas visam favorecer um processo de reparação eficaz, rápida e segura. 1 - Salgado M.I; Petroianu A; Burgarelli G.L; Barbosa A.J.A; Alberti L.R. Cicatrização conduzida e enxerto de pele parcial no tratamento de feridas. Rev Assoc Med Bras 2007; 53(1): 80-4. 2 – Moreira R.A.N; Queiroz T.A; Araújo M.F.M; Araujo T.M; Caetano J.A. Condutas de enfermeiros no tratamento de feridas numa unidade de terapia intensiva. Rev Rene Fortaleza. Jul/Set 2009; 10(3): 8389. 3 – Oliveira S.H.S; Soares M.J.G.O; Rocha P.S. Uso de cobertura com colágeno e aloe vera no tratamento de ferida isquêmica: estudo de caso. Rev Esc Enferm USP. São Paulo, Jun/2010; 44 (2): 346-51. 4 - Rogenski N.M.B; Santos V.L.C.G; Estudo sobre a incidência de úlceras por pressão em um hospital universitário. Rev Latino-am Enferm. Jul/Ago 2005; 13(4):474-80. 5 - Louro M; Ferreira M;. O impacto da participação da equipe multidisciplinar na redução da incidência de úlcera por pressão em uma UTI geral. Rev bras terap intens. São Paulo Jul/Set 2007; 19(3). 6 - Zuque F.R.S; Zuque M.A.S. Utilização de curativos hidrocolóides no tratamento de úlceras vasculares. Rev Conex. Três lagoas Jan/Dez 2009; 6 (1): 207-213. 7 - Lima F.L.M. Efeito do plasma rico em plaquetas no processo de reparação de feridas dérmicas padronizadas em ratos (tese de doutorado). Rev Odontol USP. São Paulo 2009; s.n: 83. 8 - Lucas L.S.; Pizzoni V.R.S. V.; Franciosi L.F.N.; Mueller S.F.; Castan M.R; Souza M.R.P. O uso de curativo a vácuo como tratamento intermediário no trauma complexo de extremidade: Experiência clinica e padronização da técnica. Arq Catarin de Medic. Jun/2007; 36 (supl. 1): 186-88. 9 - Villela D.L. Terapia tópica de úlceras crônicas de perna com plasma rico em plaquetas. Rev Enferm USP (tese de doutorado). São Paulo/2007. 10 - Ferraz E.M; Lira C.H.A; Martins J.P.C; Maricevich J.P; Pradines S.M.S; Filho L.G.G. Uso do sistema VAC no tratamento da fascite necrosante da parede abdominal. Rev Col Bras Cir. Rio de Janeiro Jul/Ago 2007; 34 (4). Camila Mansano Ilídio Mazzolini Neto Jéssica G. S. Araújo Juliana C. de S. Agostinho Maraline V. Pessoa Marli A. R. da Silva Poliana da Silva Santos Ricardo Gesualdo Rosilene C. de Souza Simone Dias Ribeiro RA: 994988-7 RA: 954293-0 RA: 919816-4 RA: 723396-5 RA: 105426-0 RA: 996170-4 RA: 976761-4 RA: 723201-2 RA: 148987-9 RA: 832190-6