É de conhecimento de todos que lidar com as diferenças não é um processo fácil. Temos uma tendência forte em nos unir com os iguais e rejeitar as diferenças. Esta atitude, muitas vezes, vem disfarçada, mas em maior ou menor grau está sempre presente em nossas relações. O processo de inclusão educacional das pessoas com necessidades especiais inicia-se na educação infantil e vai até o Ensino Superior. No entanto, mais do que Leis, Decretos ou Regimentos para garantir esta inclusão são necessárias mudanças de atitudes e valores. Incluir significa mais do que aceitar no espaço institucional as pessoas com deficiência ou outras especificidades, mas trabalhar para que haja equiparação de oportunidades nas condições de acesso ao processo de ensinoaprendizagem-avaliação. Avaliando a demanda de trabalho do PROENE e os encaminhamentos recebidos das diversas instâncias da Instituição, um questionamento vem se tornando cada vez mais freqüente: será que a comunidade universitária respeita às diferenças? Quem são os estudantes que precisam de procedimentos educacionais diferenciados? Estamos preparados para ser uma instituição que inclui? Os diferentes espaços e recursos humanos no contexto universitário estão preparados para promover a integração entre os diferentes estudantes? Objetivo Mobilizar a Comunidade Universitária em relação à inclusão de estudantes com Necessidades educacionais especiais (NEE) na Instituição, buscando refletir e viabilizar estratégias de acessibilidade pedagógica, atitudinais e físicas, por meio de reuniões, laboratórios de inclusão, eventos científicos e outras estratégias. O que você acha de refletir um pouco sobre essas questões? Conhecendo as Necessidades Educacionais Especiais Segundo Ferreira (2007), o termo necessidades especiais não se refere apenas às pessoas com deficiência, mas a todos que em razão de alguma espécie de limitação decorrente de problemas visuais, auditivos, mentais ou motores venham a necessitar de certas modificações ou adaptações no contexto onde vivem. No contexto educacional, identifica os estudantes que demandam procedimentos diferenciados em seu processo de ensinoaprendizagem-avaliação, a fim de que possam atingir seu potencial máximo. Então, podemos dizer que o estudante com necessidade educacional especial é aquele que, em razão de deficiência física, visual ou auditiva, distúrbio de aprendizagem, tratamentos de saúde ou superdotação/altas habilidades, venha a necessitar de respostas educacionais diferenciadas das tradicionalmente disponíveis. “É a presença de necessidades educacionais especiais que irá indicar se um aluno deve receber educação especial, e não apenas a presença de uma deficiência ou outra condição especial, pois, a existência de uma necessidade especial, não torna obrigatório que seu portador não possa ser bem atendido mediante os processos comuns de educação. Quanto mais acessível a instituição de ensino for, menos necessidades educacionais especiais seus alunos irão apresentar.” (ZACHARIAS, 2007) Ingrid Caroline de Oliveira Ausec Responsável pelo Projeto EQUIPE PR UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Pró-Reitoria de Graduação Diretoria de Apoio à Ação Pedagógica ENE 2008: Adilson de Oliveira Idalgo Voluntário Berenice de Souza F. Barbosa PR ENE Programa de Acompanhamento a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais Secretária/ Técnica em Assuntos Educacionais Proporcionar ao estudante equiparação de oportunidades para a aquisição do conhecimento independente de sua condição torna a educação inclusiva, ou seja, acessível a todos. REFERÊNCIAS FERREIRA, S.L. Ingresso, permanência e competência: uma realidade possível para universitários com necessidades educacionais especiais. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, 2007, v. 13, n 01, p. 43-60 PROGRAD Claudia Ximenes Docente do Departamento de Educação Elaine Teresa Gomes de Oliveira Assistente Social - SEBEC Coordenadora PROENE Ingrid Caroline de Oliveira Ausec Psicóloga/ PROGRAD PRATICANDO INCLUSÃO Maurênia Nielsen Pedagoga /LABTED Sabrina Afonso Voluntária MOREIRA, L. C. . In(ex)clusão na universidade:o aluno com necessidades educacionais especiais em questão. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 2, n. 25, p. 37-48, 2005. Solange Leme Ferreira Docente Departamento Psicologia Social e Institucional ZACHARIAS, V. C. Necessidades Especiais. Disponível em http://www.centrorefeducacional.pro.br/edunespc.ht ml e acessado em setembro de 2007. (43) 3371 –4148 ou (43) 3371-4703 “Projeto de Mobilização da Comunidade Universitária em relação à Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais na UEL” Contatos: [email protected] www.uel.br/prograd/proene Ano 17 Nº 18 Maio/ 2008