Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso A RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI ESQUECIDOS DA PÁTRIA: CAUSAS QUE LEVAM ADOLESCENTES A COMETEREM ATOS INFRACIONAIS Autores: Bárbara Ribeiro Popovidis Daniel Mesquita Souto Eliane Ferreira Lima Rayane Costa Campos Rodrigo da Silva Portella Orientador: Prof. MSc. Odair José Torres de Araújo Co-orietandor: Prof. MSc. Sérgio Luiz Gomes Galdino Brasília - DF 2013 BÁRBARA RIBEIRO POPOVIDIS DANIEL MESQUITA SOUTO ELIANE FERREIRA LIMA RAYANE COSTA CAMPOS RODRIGO DA SILVA PORTELLA A RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI Trabalho de conclusão de curso apresentado na modalidade de documentário ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. MSc. Odair José Torres de Araújo Co-orientador: Prof. MSc. Sérgio Luiz Gomes Galdino Brasília 2013 Trabalho de autoria de Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos, Rodrigo da Silva Portella, intitulado: “A RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília, em __ de Maio de 2013, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: ___________________________________________________________ Professor MSc. Odair José Torres de Araújo Orientador Direito – Universidade Católica de Brasília ___________________________________________________________ Professor MSc. Sérgio Luiz Gomes Galdino Co-orientador Jornalismo – Universidade Católica de Brasília Brasília 2013 O grupo Dedicado a todos aqueles que acreditam, lutam e defendem a condição da criança educada num ambiente com dignidade, respeito, carinho e felicidade, como base fundamental para uma sociedade mais justa e menos infratória. Bárbara Ribeiro Popovidis Dedico essa conquista primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível. E a Nossa Senhora, sempre me dando forças e coragem para chegar até aqui. Dedico aos meus pais, Léa de Fátima e Sotirios Popovidis, por acreditarem e depositarem em mim toda a confiança e credibilidade nessa minha trajetória. Sei que foi com muita luta, suor e persistência de vocês que consegui sobrepor cada um dos desafios impostos para se obter uma graduação em nosso país. Foi através de vocês que consegui conclui essa etapa da minha vida. À minha mãe, em caráter especial, pelo apoio incondicional, pela vontade e orgulho estampados em seu rosto que me fizeram acreditar em minha capacidade durante todos os dias dessa caminhada de seis anos e meio. Pelo primor da realização das tarefas que tanto me ajudaram a crescer como pessoa, pelo sorriso de cada dia, pelo “eu te amo” dito da maneira mais sincera e que me serviu de incentivo e ato encorajador. Obrigada minha mãe, meu alicerce, minha paixão, minha amiga, minha estrutura. Ao meu pai, em caráter de honra, um homem trabalhador, honesto, íntegro, que sempre lutou para que eu chegasse a realizar os meus sonhos, e hoje graças a ti vejo um deles se tornar realidade diante dos meus olhos. Dedico ao senhor, pelo amor que depositou em mim, pelo orgulho que se manifesta em seus olhos quando me abraça, ou quando me beija a face, te agradeço meu querido pai, pela sua amizade, pelo seu amparo, e batalhas diárias que o senhor me ajuda a vencer e a superar. Dedico também aos meus amigos e companheiros das horas de dedicação, as fáceis e as mais difíceis, durante a conclusão desse maravilhoso projeto, me refiro a você Eliane, que é tão esforçada, a você Daniel, que é tão extrovertido, a você Rayane que é tão meiga, e a você Rodrigo, que é tão particular. Sem vocês a realização desse sonho não poderia ter sido possível. Dedico ainda aos meus queridos parentes, meus tios, tias, primos, e para você vó. Mesmo que vocês não estejam presentes em minha vivência todos os dias, sempre contei com o apoio e a compreensão de vocês. Não posso deixar de fazer menção aos senhores educadores e orientadores que fazem do ensino uma missão para formar profissionais cada vez mais qualificados, em especial ao orientador Odair José Torres de Araújo, pelo seu empenho e dedicação no auxílio das atividades relacionadas a esse projeto. Também ao co-orientador Sérgio Luiz Gomes Galdino, por sua paciência e tutoria, que foram indispensáveis para a conclusão do projeto. Dedico também para minha irmã, Beatriz Popovidis, uma amiga, uma confidente, sangue do meu sangue, carne da minha carne, sem a sua ajuda e seu carinho o fim dessa trajetória teria sido diferente e frustrante, mas graças ao seu apoio, juntamente com a sua família, eu chego ao final de todas as coisas, alcanço os meus objetivos. Ao Luiz, meu ombro, meu companheiro, meu amigo, alguém que Deus colocou em meu caminho com o propósito de me auxiliar nos clamores e ardores da vida. Alguém que me completa, que me faz um bem inexplicável, que me trouxe alegrias maravilhosas. Obrigado meu amor, por seu apoio incondicional, e por sua inesgotável compreensão. E dedico a você, pessoa pela qual tenho o maior amor do mundo, que és um pedaço de mim, trouxe ao meu mundo mais alegria e mais cor. No seu sorriso as minhas dores e angústias se apaziguavam, e eram dizimadas. No seu olhar os problemas se tornavam pequenos e as dificuldades, e foram muitas, pareciam pequenas, diante do amor que eu sinto por ti, minha filha, a você eu entrego o mérito da conclusão deste trabalho, do curso, a você Izadora Popovidis. Daniel Mesquita Souto Dedico primeiramente a Deus, pelo dom maravilhoso da vida que ele me ofertou, pelo seu amor, certo de que sem ele não estaria concluindo essa etapa da minha vida. Dedico a minha mãe, Luzirene, meu maior exemplo, por sempre me prover de ensinamentos vitais para todas as questões, em meus momentos mais difíceis, sem que para isto exigisse nada em troca. Obrigado por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor e pela preocupação comigo, para que eu estivesse sempre andando pelo caminho correto. À minha irmã, Amanda, pela atenção e carinho dedicados a minha pessoa. Aos meus Tios, que sempre estiveram presentes, ainda que à distância. Em especial dedico à tia Crê, ao meu padrinho Alfredo e as minhas primas Carol e Ju que, embora saudosos, souberam entender a importância deste momento de trabalho que por tantas vezes justificou a minha ausência. Ao professor Odair José que, com muita paciência e atenção, dedicou seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho. Ao professor Sérgio Galdino, pela contribuição na construção do nosso documentário, sem o qual não teria sido possível. Aos professores José Roberto e Neide Aparecida, pela contribuição na minha vida acadêmica. Aos meus colegas de sala que me apoiaram, me corrigiram, me aturaram e me fizeram saber que, antes de tudo, a vida sem eles não teria graça alguma. Sem dúvida, este, que é um dos capítulos mais loucos da minha vida, não poderia ser escrito sem a presença de vocês. Aos meus amigos Tiago, Rafael, Irinéia, Alan, Aline, Filipe, Carlos, Eidy, Ítalo, Shayron, Gabriella, Daniel, Junim, Larissa, Rayane, Bárbara, Rodrigo e Eliane, por terem se tornado verdadeiros irmãos. Obrigado pela paciência, pelos abraços, pelas conversas, pelas idas ao “Bar da Bia” e pela mão que sempre se estendeu quando eu precisei. E, que em alguns casos, mesmo que distantes, estão presentes em minha vida. Aos meus colegas de estágio e trabalho que sempre me incentivaram nessa jornada, em especial às minhas chefes Cláudia e Lara, que sempre me entenderam quando precisei escapar do trabalho. Enfim, dedico a todos que, mesmo não sendo citados aqui, contribuíram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho. Eliane Ferreira Lima Chega ao fim uma longa batalha, cinco anos de muita luta, muito esforço, sofrimento, alegrias, tristezas, prazeres e dissabores, mas mesmo tendo passado por tudo, chegou ao fim, eu venci. Dedico primeiramente a Deus, pela dádiva da vida, pelo seu amor sem fim e por tudo que ele tem feito por mim. À minha mãe, Raimunda, minha vida, minha flor, meu orgulho, a ti, minha eterna gratidão, meu eterno amor, meu infindável orgulho de ser tua filha, a você com toda felicidade que possa existir dentro do meu coração, eu dedico este trabalho, que simboliza o fim de uma batalha que iniciou anos atrás, somente porque tu lutaste com unhas e dentes para que isso se tornasse realidade. Ao meu pai, Eliseu, que me amou antes mesmo que eu nascesse, que viu no meu olhar, de moça pequenina, o semblante de guerreira, me presenteando com o nome que significa poder de inteligência e comunicação. Obrigada pai! Estou no caminho certo. Graças a sua crença na minha capacidade eu posso ser forte o suficiente para fazer a diferença em todos os lugares que eu passe. Aos meus irmãos, Elizangela e Eldo, por participarem da minha vida de forma integral e significativa. Por me ajudarem e me ouvirem nos meus momentos de ira e tristeza. Por decidirem me apoiar nas batalhas travadas até aqui. Sou muito grata a vocês. Aos meus parentes, que mesmo não presentes durante os corriqueiros dias, demonstraram carinho, compreensão e afeto durante essa jornada. Principalmente a minha querida vovó, Maria Alves, obrigada. Ao professor Odair José Torres de Araújo que, com muita paciência e atenção, dedicou seu valioso tempo para me orientar em cada etapa deste projeto, principalmente no documentário. Ao professor Sérgio Luiz Gomes Galdino, pela sua primorosa contribuição na construção do trabalho, sem a qual não teria sido possível. Ao meu coordenador, Luiz Roberto Cavaliere Duarte, por ter me fornecido à oportunidade de estagiar na Vara da Infância e da Juventude, uma área em que aprendi a valorizar os sentimentos, a importância do afeto e do trabalho. Também ao Defensor, Fábio Ribeiro Soares da Silva, e ao Dr. Henrique Silva Marques, por me ensinarem com estima e paciência para que eu pudesse aprender cada vez mais. Aos meus amigos e companheiros de trabalho, Bárbara Popovidis, Daniel Mesquita, Rayane Costa e Rodrigo Portella, pois com eles aprendi a constituir grandes amizades, valorizando-as e amando-as. Obrigada por todos os momentos, por todas as conversas, por toda a atenção e todo o empenho. Devo muito a vocês. Uma menção especial a Wagner, que me ajudou de forma única e particular, me auxiliando na consecução dos meus objetivos. Por fim, dedico a conclusão desta etapa a todos que participaram de maneira direta ou indireta na realização deste trabalho. Rayane Costa Campos Dedico esta conquista primeiramente a Deus, e a Nossa Senhora, pelos cuidados com a minha vida, me fazendo chegar até aqui, tornando-me uma pessoa feliz, e por me conceder saúde e disposição para seguir em busca de um sonho que hoje se torna realidade. Aos meus pais, Romero e Joelma, pelo imenso apoio, pelo incrível incentivo, pelas enorme compreensão e imensurável ajuda para que eu sempre pudesse vir a me dedicar aos estudos, pelo amor incondicional dedicado a mim em todos esses anos e desde todo o sempre. Por decidirem me educar de forma plena e verdadeira, me deixando o mais maravilhoso dos presentes, o conhecimento. Por enfrentarem tantas lutas, e vencerem tantas batalhas em meu mérito e por minha felicidade. Também ao meu irmão, Rhayner, pelo carinho, força, inspiração e estímulo através de suas palavras, e por sua sincera amizade, dia após dia. Aos meus avós, Nazaré e Antônio, pelo amor e carinho. Também aos meus primos, William, Michelle, Brenda e Eduardo, por todo apoio e amizade. E como esquecer, de agradecer à senhora, minha doce Avó, que já se encontra nos braços do Pai, Maria das Dores, como sinto a sua falta, eu sei que a senhora ficaria orgulhosa de mim. Uma menção especial ao Bruno, por ter me ajudado nesses anos todos que, às vezes pareceram tão árduos, mas que, sempre esteve ao meu lado me apoiando, me corrigindo e me ajudando sempre a levantar. Juntamente com os seus pais Wanderley e Isabel, que atuaram como meus segundos pais. Aos meus tios, Rogério e Rosa, pelo carinho e por me incentivarem a estudar. Também ao meu supervisor José Vidal, por sua amizade e compreensão por todas as vezes que precisei me ausentar ou sair mais cedo. Também a minha tia Francisca, por sua preocupação pelo andar dos meus estudos e avanço acadêmico, e por me deixar mais bela. Ao meu orientador Odair José Torres, pelo exemplo de profissional que é, pelo conhecimento compartilhado, e, sobretudo, pela sua dedicação que foi fundamental para a conclusão dos objetivos deste trabalho. Também ao professor Sérgio Galdino, pela paciência e ajuda na construção do documentário. Ao professor José Roberto, que contribui imensamente para minha vida acadêmica. Aos meus amigos e colegas de turma, Bárbara, Daniel, Eliane e Rodrigo, pela dedicação ao projeto, pelo companheirismo e hombridade, pelos momentos bons e ruins, pela amizade e pelo carinho. À minha amiga Naiara, por sua paciência tão exata, por suas palavras e gestos de carinho e amizade. Juntas, aprendemos e crescemos pessoal e profissionalmente. Uma ênfase especial a minha querida amiga e colega de turma Bárbara, que me ajudou de maneira imensurável, durante toda essa trajetória, pelo seu companheirismo, por sua irmandade, por seus conselhos, que foram muitos e valiosos, por seu ombro, que tanto me acolheu, por você ser exatamente como você é, uma irmã para mim. Também aos meus colegas de curso, que me apoiaram e estiveram junto a mim, nessa caminhada. Enfim, a todos que, de uma forma direta ou indireta, contribuíram para essa jornada. Rodrigo da Silva Portella Dedico este trabalho a Deus pela persistência e mansuetude a mim conferidas, permitindo que eu alcançasse este objetivo. Aos meus pais, Neusa e Sergio, que não mediram esforços para que eu pudesse realizar este sonho. À minha noiva Brenda, minha melhor amiga e companheira, me acompanhando em todos os momentos da minha vida. Aos amigos que fiz na Universidade, que tornaram essa caminhada de cinco anos mais divertida. Aos professores, que foram essenciais à minha formação profissional, demonstrando a venustidade do Direito. Ao meu orientador, Professor Odair José, por sua inspiração e oportuno papel de guia nesse labor; E a todos que direta ou indiretamente colaboraram para a efetivação deste sonho. “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.” Pitágoras “Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o valor das coisas e não o seu preço." Max Gehringer AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, por tornar a vida humana possível e abrir os caminhos mais difíceis até a concretização dos sonhos e por permitir que chegássemos até o fim desse desafio. Agradecemos aos nossos queridos e mais sinceros amigos, nossos pais, por sempre acreditarem em nosso potencial, nos estimulando e incentivando a seguir em frente e confiantes diante de todos os obstáculos impostos por nossa falta de compreensão ou mesmo experiência de vida. Fazemos menção ao corpo docente que teve participação na realização deste trabalho, pois sem eles, a conclusão deste não seria atingida, uma vez que cada um ajudou a vencer barreiras que achávamos difíceis de serem vencidas. Aos orientadores, Odair José Torres de Araújo e Sérgio Luiz Gomes Galdino, pela imensa paciência e carinho com que nos trataram, orientaram e nos conduziram na elaboração detalhada de cada momento dessa Produção. Gostaríamos de agradecer, também, a todos os entrevistados que destinaram um pouco do seu tempo contribuindo de forma significativa na construção deste trabalho: a Deputada Federal, Érika Kokay, a Juíza da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas do Distrito Federal, Dra. Lavínia Tupy, que nos autorizou visitar a Unidade de Internação do Recanto das Emas – UNIRE, a servidora Danuta, que nos recebeu e nos conduziu as entrevistas, a Assistente Social, Isabella Severo Fernandes, a Assistente Social, Luciana Dias de Oliveira, a Especialista em Assistência Social Pedagoga, Wanessa Veras da S. dos Reis, aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação, a Delegada da Delegacia da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, Dra. Mônica Ferreira, ao Promotor de Justiça, Dr. Renato Barão Varalda, ao Defensor Público, Dr. Fernando Henrique Lopes Honorato, ao Juiz e Professor, Dr. José Roberto Moraes Marques, ao Psicólogo William Gonçalves de Souza, ao ex-interno, Admilson José Batista, ao Advogado, Dr. Denilson Fagundes de Souza, ao Membro do Conselho Tutelar, Antônio Roldino Pereira Neto, a Assistente Social do NAI, Cláudia H. B. Parise, a Subsecretária do Sistema Socioeducativo, Ludmila de Ávila Pacheco. Agradecemos ainda a todos da coordenação do Curso de Direito, pois estavam sempre nos auxiliando, em especial, ao Senhor Diretor Dr. Elvécio Diniz Selvério, ao nosso amigo e estudante da Universidade Católica de Brasília, Renato Silva Araújo, e ao nosso amigo, Jefferson Eduardo Soares, que de forma tão generosa contribuiu imensamente com o nosso trabalho. Parabenizamos os nossos amigos mais próximos, que nos acompanharam no decorrer do projeto, nos ofertando solidariedade, compreensão e apoio de forma integral e mais que compensatória. E claro que não poderíamos deixar de agradecer a nós mesmos, pelo empenho de cada um na realização deste trabalho, pois cada um deu muito de si, com empenho e determinação, e foi através disso que conseguíamos sempre chegar mais longe na consecução dos nossos objetivos. Por fim, mas não menos importante, agradecemos a cada boa alma que dedicou ao menos um segundo de seu tempo para nos ouvir, nos aconselhar, nos guiar, nos apoiar diante de cada situação do decorrer do trabalho, fosse ela boa ou ruim, contribuindo para a finalização do nosso projeto. “Nossos adolescentes atuais parecem amar o luxo. Tem maus modos e desprezam a autoridade. São desrespeitosos com os adultos e passam o tempo vagando nas praças. São propensos a ofender seus pais, monopolizam a conversa quando estão em companhia de outras pessoas mais velhas; comem com voracidade e tiranizam seus mestres.” Sócrates RESUMO Referência: POPOVIDIS, Bárbara Ribeiro; SOUTO, Daniel Mesquita; LIMA, Eliane Ferreira; CAMPOS, Rayane Costa; PORTELLA, Rodrigo da Silva. Ressocialização do Adolescente em Conflito com a Lei. 2013. 72 páginas. Documentário (Direito) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2013. O adolescente em conflito com a lei, considerado pela ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, pessoa entre 12 e 18 anos de idade que comete ato infracional, algum delito perante a lei, é por muitas vezes visto como um distúrbio social, um mal-educado, e tratado como alguém que merece ser punido, punição que vem em forma de lei, ou medida socioeducativa, assim como é tratado pelo ECA, o método de correção do adolescente infrator, para tentar se reintegrar ao convívio social. Visto as abrangentes ideias relacionadas ao tema, e a exorbitante quantidade de atos infracionais envolvendo jovens entre 12 e 17 anos de idade, descreveu-se este estudo com a premissa da ênfase no âmbito voltado para o retorno do jovem para a sociedade, para o seu lar, para a sua família, após atos praticados por ele, passíveis de correção, que na maioria dos casos acaba se resumindo a isolamento em instituições de acolhimento ao adolescente. O estudo abordou temas como, medidas socioeducativas, passagem de lei e determinações do ECA, Estado e sociedade no retorno do adolescente em conflito com a lei para casa, além da importância da família no contexto recuperação do infrator juvenil. Palavras-chave: Ressocialização. Adolescentes em Conflito. Medidas Socioeducativas. ABSTRACT Reference: POPOVIDIS, Bárbara Ribeiro; SOUTO, Daniel Mesquita; LIMA, Eliane Ferreira; CAMPOS, Rayane Costa; PORTELLA, Rodrigo da Silva. Resocialization of Adolescents in Conflict with the Law 2013. 72 pages. Documentary (Law) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2013. The adolescent in conflict with the law, considered by ACE - STATUTE OF CHILD AND ADOLESCENT, person between 12 and 17 years of age who commits an infraction act, a crime under the law, it is often seen as a social disorder, a poorly educated, and treated as someone who deserves to be punished, punishment that comes in the form of law, or socio educational measure, as it is handled by the ACE, the method of correction of the lawbreaker adolescent, to try to reintegrate social life. Seeing the extensive ideas related to the theme, and the exorbitant amount of infraction act involving youths between 12 and 17 years old, was described this study with the premise of emphasis under facing the return of youth to society, to your home, for your family after acts performed by him, subject to punishment, which in most cases ends up summarizing the isolation in institutions adolescents. The study addressed topics such as social educational measures, pass law and determinations of ACE, the State and society to the return of adolescent in conflict with the law back home, and the importance of family in the context of recovery of juvenile lawbreakers. Keywords: Adolescents in Conflict. Socio Educational Measures. Resocialization. SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 19 2 – OBJETIVOS ........................................................................................................ 21 2. 1 – OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 21 2. 2 – OBJETIVO ESPECÍFICO.............................................................................. 22 3 – JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 23 4 – PESQUISAS........................................................................................................ 24 4.1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 24 4.2 – PESQUISA PARA O DOCUMENTÁRIO ........................................................ 25 5 – O DOCUMENTÁRIO RECONSTRUÍNDO TRAJETÓRIAS ................................. 26 5.1 – SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................ 26 5.2 – ESCALETA........................................................................................................ 27 6 – METODOLOGIA .................................................................................................. 42 7 – DIÁRIO DE BORDO ............................................................................................ 43 8 – CRONOGRAMA .................................................................................................. 48 9 – ECA: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – BREVE ABORDAGEM DO ADOLESCENTE VISTO PELO ESTATUTO ....................................................... 49 10 – ATO INFRACIONAL: O PERFIL DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI. ............................................................................................................................ 51 11 – AS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI ..................................................... 53 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO .................................................................................... 54 POLÍTICA DE PROFISSIONALIZAÇÃO ................................................................ 54 POLÍTICA DE ESPORTE, CULTURA E LAZER ..................................................... 54 POLÍTICA DE SAÚDE ............................................................................................ 54 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL................................................................... 55 12 – A IMPORTÂNICA DA FAMÍLIA DURANTE O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO - SOCIEDADE E ESTADO: A VOLTA DO ADOLESCENTE REABILITADO PARA O MEIO SOCIAL. ................................................................... 56 13 – CONCLUSÃO.................................................................................................... 58 14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 60 15 – ANEXOS ........................................................................................................... 62 15.1 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 1 ...................................................................... 62 15. 2 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 2 ..................................................................... 63 15. 3 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 3 ..................................................................... 64 15.4 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 4 ...................................................................... 65 15.5 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 5 ...................................................................... 66 15.6 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 6 ...................................................................... 67 15.7 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 7 ...................................................................... 68 15.8 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 8 ...................................................................... 69 15.9 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 9 ...................................................................... 70 15.10 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 10 .................................................................. 71 15.11 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 11 .................................................................. 73 15.12 – DEMAIS ANEXOS ..................................................................................... 74 19 1 – INTRODUÇÃO O estudo a seguir discorre da ressocialização do adolescente infrator – mecanismo de reintegração social de um indivíduo ou de um grupo particular para o âmbito social que compreende família, Estado e sociedade. Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), criado em meados de 1990, a pessoa menor de 12 anos é considerada criança, e a pessoa entre 12 e 18 anos é tida como um adolescente. O ECA ainda prevê direitos e deveres a criança e ao adolescente como também condutas a serem tomadas no caso de crianças e adolescentes cometerem atos que vão a desacordo com a lei, ou atos contraventores, que pelo ECA (art. 123) são chamados de atos infracionais, atos como crime ou contravenção penal. Visto o crescente aumento de crimes envolvendo adolescentes, este estudo se fez necessário. O trabalho relata as principais políticas das medidas socioeducativas, que são a política de educação, a política de profissionalização, a política de esporte cultura e lazer, a política de saúde e a política de assistência social. Para a realização deste estudo foi adotada a metodologia de pesquisa bibliográfica, utilizando-se como base de estudo o conhecimento obtido por meio da leitura e de doutrinas e legislação, além das entrevistas realizadas no documentário. A pesquisa bibliográfica consistiu de análise e estudo de outros trabalhos acadêmicos além da doutrina e lei relacionados ao tema, bem como notícias voltadas para o assunto abordado. A justificativa de escolha do tema foi à necessidade de aprofundamento do assunto envolvendo a recuperação do jovem infrator, além de se tentar entender um pouco mais o que leva seres humanos tão jovens a adentrarem num mundo tão cheio de dor e violência. O objetivo norteador do trabalho foi à identificação da efetividade das medidas socioeducativas na vida do adolescente infrator, verificando se os métodos são exclusivamente de cunho punitivo ou agregam a eles a esperança de dar ao adolescente um futuro melhor, isto é, tendo como fito o cunho social, se a ressocialização realmente acontece, se o jovem infrator realmente está apto em 20 retornar ao âmbito social, tendo uma vida normal, onde não seja vitimado por Estado e sociedade. Outros objetivos relacionados, em visão geral, são a demonstração do trabalho realizado pela ressocialização e o papel que este mecanismo tem na vida do infrator juvenil. O estudo é dividido em quatro partes, sendo esboçadas, a parte, a seguir. A primeira parte do estudo relata a visão do ECA sobre a pessoa jovem, o adolescente visto do ponto de vista do Estatuto. A segunda parte do trabalho esboça o perfil do adolescente infrator, as principais causas que o levam a cometer um ato infracional. A terceira parte relata as medidas socioeducativas utilizadas pelas instituições de internação de acordo com o previsto pelo ECA, destacando as políticas voltadas para a ressocialização do adolescente à sociedade. A última parte destina-se a um breve histórico sobre a volta do adolescente infrator ao meio do qual foi retirado para que entrasse no processo de ressocialização e recuperação, tendo como destaque a participação da família em seu recomeço como cidadão reestruturado e de bem. 21 2 – OBJETIVOS 2. 1 – OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste estudo foi mostrar o processo de ressocialização através de medida socioeducativa vinculada à idade, dentro do âmbito social, o retorno do adolescente em conflito com a lei para a sociedade. Utilizando o documentário como base de estudos, o projeto objetivou mostrar o processo de recuperação através de internação dos jovens infratores, relatando os motivos do cometimento dos atos infracionais, ilustrando as razões através de depoimentos e entrevistas. O perfil do jovem infrator também entra em foco na temática abordada por este trabalho, as razões que levam pessoas de tão pouca idade a entrarem em uma vida de cunho infratório. Não é objetivo do trabalho, evidenciar a efetividade ou não efetividade do mecanismo, mas relatar a sua participação na vida do infrator juvenil, e é evidente discorrer sobre como o processo de ressocialização venha de fato a influenciar o jovem a querer mudar a sua trajetória, escrever um novo caminho. 22 2. 2 – OBJETIVO ESPECÍFICO Examinar a mente do jovem após o processo de ressocialização, isto é, verificar se o alvo do projeto, o adolescente infrator, realmente muda sua perspectiva, se após este período de correção imposto através de privação parcial ou de total liberdade o jovem venha a desenvolver um raciocínio ideológico diferente daquele que ele tinha ao cometer o ato infracional. Expandir o universo do observador, do telespectador dentro da ideia de que as pessoas tem ou fazem do adolescente infrator, vendo-o muitas vezes apenas como um infrator, o trabalho pretende esclarecer que muitas vezes o jovem é vitimado pela própria sociedade, ou Estado, não encontrando apoio para poder crescer, evoluir como pessoa dentro de diversos contextos, como trabalho e educação. O objeto de trabalho deste estudo visa ainda relacionar a ressocialização ao fator de integração, observar se a prática através do trabalho desenvolvido com medidas socioeducativas proporciona ao jovem o sentido de fazer parte de um todo novamente. Mostrar a importância da participação da família na vida do adolescente. O trabalho visa identificar o quanto é importante a presença da família no processo de ressocialização do jovem infrator. 23 3 – JUSTIFICATIVA Através da necessidade de esclarecimento da eficácia das medidas socioeducativas é necessária uma abordagem sobre os métodos utilizados pelas instituições de internação, vendo que o jovem retorna para a sociedade sendo o reflexo do tratamento que ele obteve durante o processo de reestruturação social. Tentar abrir a mente das pessoas para que elas percebam que o jovem é tão vítima quanto às vítimas de seus atos infracionais, trazendo à tona a justifica principal deste estudo, a conscientização da importância da participação efetiva na vida do adolescente, não só no processo de ressocialização. Com elos que jamais possam ser rompidos, ligações que façam que o delinqüente juvenil venha a perceber que ele faz parte de um todo, e não está isolado, e que não venha a ter motivos ou justificativas que levem a marginalidade. O trabalho ainda apresenta como justificativa de estudo o foco na infração adolescente, atos de contravenção cometidos por eles em busca de melhoria de vida, aquisição de bens materiais, auto-suficiência, a substituição do afeto não adquirido pela marginalização. 24 4 – PESQUISAS 4.1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Os quesitos usados para pesquisa foram interação com o assunto, muito focado em mídia, o grupo se utilizou disso para expandir o tema escolhido na realização do documentário. A pesquisa acadêmica utilizada foi na própria doutrina da lei, observando o ECA e sua abrangência, tendo como utensílio também outros estudos acadêmicos voltados para essa temática. O grupo contou com apoio acadêmico, tenho conteúdo extensivo de pesquisa em outros trabalhos. O grupo se utilizou da mídia escrita e mídia visual para enriquecer o conteúdo da pesquisa, a fim de tornar mais claros os fatos a serem selecionados e colocados no estudo. 25 4.2 – PESQUISA PARA O DOCUMENTÁRIO A despeito do documentário, a pesquisa foi realizada em campo, através de entrevista e acesso a locais destinados a internação dos jovens infratores em virtude de correção prevista por medidas socioeducativas. O grupo realizou entrevistas com personagens responsáveis pelos cuidados e amparos com o adolescente e a criança. Foram utilizadas entrevistas e depoimentos com os próprios infratores, além de trechos de reportagens envolvendo o assunto mater, enfatizando a abordagem dada pelo estudo, trazendo mais veracidade ao projeto. O grupo fez mão de técnicas de edição para incrementar o trabalho mostrado no documentário, além de recursos audiovisuais para dar um aspecto estético ao projeto. O documentário teve como base, a fim de ver a prática dos métodos utilizados pelas medidas socioeducativas, a UNIRE- Unidade de Internação do Recanto das Emas, contanto com apoio do quadro de funcionários nas entrevistas e na preparação do estudo. Além de ter realizado entrevistas no NAI – Núcleo de Atendimento Integrado, uma nova unidade do governo que conta com recursos para manter adolescentes disponibilizando políticas e estrutura para ressocialização conforme medida socioeducativa. 26 5 – O DOCUMENTÁRIO RECONSTRUÍNDO TRAJETÓRIAS 5.1 – SUMÁRIO EXECUTIVO A Ressocialização do Adolescente em Conflito com a Lei (POPOVIDIS, Bárbara Ribeiro; LIMA, Eliane Ferreira; SOUTO, Daniel Mesquita; CAMPOS, Rayane Costa; PORTELLA, Rodrigo da Silva – 2013) 1. OBJETIVO: Por intermédio de entrevistas e depoimentos com Psicólogos, Promotores, Secretários, dentre outros funcionários que atuam na área de assistência à criança e ao adolescente, vimos por meio dessa a necessidade de explorar o assunto que envolve a reabilitação para a sociedade de adolescentes que cometem atos ilícitos, chamados de infracionais. A fim de tentar esclarecer a ideologia envolvida no processo de reestruturação social promovido pelo programa de ressocialização nas instituições destinadas a realização das medidas socioeducativas. 2. JUSTIFICATIVA DE PROJETO: Verificar e relatar a influência dos métodos utilizados dentro do sistema de reabilitação propostos pelas medidas socioeducativas, dentro dos estabelecimentos orientados e destinados à reestruturação dos jovens infratores. Além de enfatizar, de maneira estruturada, a importância da participação efetiva da família, da sociedade e do Estado na vida do adolescente, evidenciando que a medida preventiva é mais eficaz que a medida de solução. Dar margem e enfoque na mudança de pensamento que os jovens infratores apresentam durante o processo de ressocialização. Identificar o perfil do jovem infrator a fim de tentar identificar possíveis causas que levam o jovem a cometer atos infracionais. 27 3. FORMATO: Documentário de 20 minutos. DSRL Nikon D7000, filmado em 1920x1080p (progressivo) 24fps (frames por segundo) FULL HD, tela 16:9; DSRL Nikon D800 (FULL FRAME), filmado em 1920x1080p (progressivo) 24fps (frames por segundo) FULL HD, tela 16:9. 4. VIABILIDADE: O documento é destinado para estudantes das diversas áreas humanas envolvidas com o tema, como direito, sociologia, ciências sociais, dentre outras. A qualquer um que queira se aprofundar no tema que envolva a criminalidade juvenil, e o seu processo de recuperação para a sociedade, bem como temas relacionados a violência social, conflitos sociais, problemas em família, o jovem e o Estado, o jovem e a sociedade, o jovem e a família. 5. ESTRATÉGIA DE MARKETING: Será divulgado dentro do campus I da Universidade Católica de Brasília, evidenciando a importância da participação da família, da sociedade e do Estado na vida do adolescente em todos os momentos dessa fase. Há a intenção de estabelecer influência que a reestruturação causa na vida do jovem infrator. 5.2 – ESCALETA ESCALETA – PRÉROTEIROIMAGEM Vinheta de abertura. Imagem do Psicólogo. TEXTO (ASSUNTO) Estatística dos adolescentes. Visa mostrar os fatores biológicos e sociais dos adolescentes. Psicólogo William Gualberto. Imagens do Defensor Público. O defensor discorre acerca do ECA. Defensor Público Fernando ENTREVISTADO FALA Narração das estatísticas. Mostra que a adolescência é uma fase desenvolvimento humano, elas tem umas características... Fatores culturais e fatores biológicos. A trajetória de desenvolvimento dele por algum motivo teve alguma alteração. De acordo com o Defensor Público o 28 Henrique. Imagem da Deputada Federal. A deputada discorre Deputada Érika acerca da família, Kokay. sociedade. Imagem do Promotor Público. O promotor traz o perfil do adolescente em conflito com a lei. Promotor Renato Varalda. Imagem com a Assistente Social do NAI A assistente Social fala sobre a criação do NAI e o seu Assistente Social Cláudia Parise. estatuto em seus artigos inaugurais estabelece que: considera-se criança para os efeitos dessa lei, pessoa até 12 anos de idade incompletos e adolescente, pessoa de 12 a 18 anos incompleto. Afirma que 85% dos adolescentes entram na vida infracional em busca de crimes contra o patrimônio, seja roubo ou furto, se entra na vida do ato infracional em busca do tênis, do celular, enfim, em busca do casaco e são instrumentos de consumo e a sociedade impõe como se fossem substitutos da sua forma de ser.. O adolescente se evade da escola, tem a figura paterna ausente, e sua maioria que praticava e faz jus de substâncias entorpecentes, eles vivem em região de violência, onde banalização da criminalidade e são provenientes de família de baixo poder aquisitivo. O adolescente é apreendido pela a polícia militar que 29 funcionamento. Imagem da DCA I A delegada fala sobre o funcionamento da delegacia e o perfil dos adolescentes. Delegada Mônica Ferreira. Imagem da UNIRE. Socioeducanda falando sobre sua internação. Interna. Imagem da UNIRE. Socioeducando falando sobre sua internação. Interno. é levado ele para a DCA. No distrito federal temos duas DCA, a DCA 1 na Asa Norte e a DCA 2 na Ceilândia. Esses adolescentes são levados para a DCA e de acordo com avaliação do delegado se faz o auto de apreensão e são encaminhados para o núcleo.. A delegada afirma que as apreensões ocorrem entre sua a maioria de 15 a 17 anos. Em média apreendemos 10 adolescentes por dia em cada uma das DCAs, que são duas. O que me levaram a entrar no mundo do crime foram as amizades que influenciaram bastante, e também tem a vontade de ter as coisas e não poder e ter tudo do bom e do melhor, ai fui para o lado errado, ai fui pelo lado do roubo. Sou PC, tenho 17anos, estou cumprimento medida socioeducativa há 2 anos e 2 meses aqui na UNIRE, fui preso por latrocínio, que é 30 Imagem da Secretaria da Criança e do Adolescente. A secretária fala sobre a legislação da criança e do adolescente. Secretária Ludmila Pacheco. Imagens que demonstram o art. 4º do ECA. Art. 4º do ECA. Musica Capital Inicial. Imagem do Professor de Direito. O Professor discorre sobre o ECA. Professor José Maria de Abreu Imagem da Deputada Federal. Fala das políticas básicas e dos direitos de toda criança e do adolescente Deputada Erika Kokay. um roubo seguido de morte, e peguei uma sentença de 6 meses a 3 anos. Aqueles adolescentes que cometeram delitos mais graves, a legislação determina que eles devem ser privados de liberdade, ai são esses adolescentes que vão para essas instituições e que garantem essa privação de liberdade. Nós temos 4 unidades de semi- liberdade e 4 unidades de internação. Narrativa do artigo quarto do ECA para mostrar os direitos dos adolescentes. Percebe-se que hoje, que apesar de um estatuto extremamente inovador, extremante moderno, não é aplicável ou não totalmente aplicado. Observase, por exemplo, que muitas vezes, aplicamos o estatuto as avessas. O estatuto da criança e do adolescente, ele fala das políticas básicas e dos direitos de toda 31 Imagem da Subsecretária da Criança e do Adolescente. A secretária fala sobre a legislação da criança e do adolescente. Secretária Ludmila Pacheco. criança e do adolescente de terem políticas públicas de qualidade, que possa fazer que este adolescente seja incluído na sociedade e tem uma história de desigualdade muito intensa. Mas como tem que ser, eu não posso pensar em política para a criança e adolescente, sem ter educação, sem ter cultura, porque é preciso, porque o menino precisa ter espaço, para se identificar enquanto ser cultural, que é coisa de gente, qualquer ser humano faz cultura para deixar marca na própria natureza. É preciso criar plano que seja um feche no conjunto de políticas públicas para que eu possa construir uma sociedade diferente, e que eu possa fazer valer o estatuto da criança e do adolescente. Quais são essas políticas? A política de educação, a política de profissionalização, a política de esporte, cultura e 32 Imagem com a Assistente Social do NAI A assistente Social fala sobre a criação do NAI e o seu funcionamento. Assistente Social Cláudia Parise. Imagem da UNIRE. A pedagoga relata sobre a sua atuação na unidade. Pedagoga Luciana Dias. lazer, a política de saúde, a política de assistência social, então, todas essas políticas, elas tem uma inserção em nossas unidades. Nós hoje temos parceria através do PRONATEC, que é um programa federal, nós temos uma parceria com o sistema “S”, SESI, SENAI, SESC, para a profissionalização dos adolescentes... E a secretária de trabalho. Então o que é o NAI? Núcleo de Atendimento Integrado. Ele é um programa que tem por objetivo reunir no mesmo espaço físico órgãos do sistema de garantias de direito, então nós temos o judiciário, saúde, educação e assistência social. A política aqui na unidade, ela é oferecida em com junto com a secretária da educação e com a secretária da criança. Então cabe a secretária da criança ofertar o espaço físico, e todo corpo humano vem da 33 Imagem dos adolescentes. Conceito de ressocialização e ECA. Imagem da UNIRE. A assistente social relata sobre a sua atuação na unidade. Assistente Social Wanessa Reis. secretária da educação. No ano de 2012 cerca de 77 alunos fizeram a prova do Enem. O Enem tem como finalidade concluir o ensino médio, e para o ingresso no ensino superior, que no caso o SISU, que é instituições públicas e o PROUNI para instituições particulares. Nós tivemos cinco adolescentes que obtiveram pontuação para ingressarem no ensino superior. Narração de conceito de ressocialização: “a ressocialização é um mecanismo de integração social do individuo na sociedade ou de um grupo particular” Narração do art. 103 do ECA. O núcleo de profissionalização, ele atua no sentido de oferecer atividades ocupacionais para os jovens, que atualmente temos algumas atividades ocupacionais, que são a serigrafia, panificação, arte cerâmica, e temos outras. Essas 34 Imagem da UNIRE. Socioeducanda falando sobre sua internação. Interna. Imagem da UNIRE. A assistente social relata sobre a sua atuação na unidade. Assistente Social Isabella Fernandes. Imagem da UNIRE. Socioeducando falando sobre sua internação. Interno. quatro atividades atendem cerca de cem adolescentes por semana. Aqui eu pude concluir o ensino médio, atualmente faço oficina de maquiagem, e to com plano de fazer faculdade. Buscamos principalmente atender as necessidades e direitos estabelecidos na legislação e no trabalho na equipe técnica, efetuar atendimento familiar e um acompanhamento e uma ligação a rede externa, no sentido de vincular esse jovem à comunidade de origem, para que ele possa sair daqui mesmo que seja saída especial ou saída sistemática, ele tem acesso a essa comunidade em atendimento a esse direito. Sempre influenciaram a gente a fazer a coisa certa. Todos os psicólogos, todos os professores, em geral, a UNIRE influencia muito o jovem a buscar coisas novas, coisas boas na 35 Imagem da UNIRE. Imagens de adolescente em conflito com a lei. Imagem do Juiz de Direito. Socioeducanda falando sobre sua internação. Interna. vida. Os acompanhamentos das técnicas, psicólogos, ajudam bastante, mas a vontade vem da pessoa, de querer seguir novo caminho. Musica de Raul Seixas O Juiz discorre sobre a importância da família e a aplicação do ECA. Juiz de Direito José Roberto. Imagem do Advogado. O advogado fala sobre a importância da família. Advogado Denilson Fagundes. Imagem da UNIRE. Socioeducanda falando sobre sua internação. Interna. A família é a célula mater da sociedade, é primordial a participação da família. Infelizmente o que a gente verifica nas últimas décadas é simplesmente o falecimento desse instituto, hoje quase sempre, não existe o pai e nem a mãe cuidando dos filhos. Há um deles cuidando da respectiva prole.. Justamente a base familiar. A família não tem estrutura, o menor chega aqui com o pai separado ou o pai e mãe já estão envolvidos em crimes, aí o menor começa a entrar nesse ramo, cometendo atos infracionais. No inicio pra mim foi muito difícil, porque é muito ruim ficar longe da 36 Imagem do Conselheiro Tutelar. O representante do Antônio Roldino conselho tutelar fala sobre a importância da família e a autuação do mesmo. Imagem da UNIRE. Socioeducando falando sobre sua internação. Interno. família, de fazer as coisas que nós gostamos vontade de mudar de vida, procurar o melhor pra mim e para minha mãe, porque ela sofre muito com essa situação, e eu não quero que ela passe o resto da vida dela vindo me visitar, vendo a filha dela passando por essa humilhação, está vendo a filha dela nesse estado. A família é fundamental. A família é o ponto número 1, em toda situação que o adolescente se encontra e quando se trata de adolescente em conflito com a lei, a família tem que ta do lado para apoia-lo. Minha família mesmo com tudo que aconteceu, sempre esteve ao meu lado, sempre mesmo, sempre me apoiando, sempre me colocando pra cima, sempre me ajudando e querendo o melhor pra mim. Todo mundo precisa de amor, carinho, de cuidados. A gente fica muito sensível as coisas, e assim, 37 Imagens do Documentário Meninos de Rua Imagem da Deputada Federal. Fala das políticas básicas e dos direitos de toda criança e do adolescente Deputada Erika Kokay. a família ajudou mesmo no pessoal, nessa minha passagem por aqui. Trechos do Documentário Meninos de Rua. O CAJE seria simbólico para a luta e defesa dos direitos das pessoas humanas. Nós precisamos colocar o CAJE abaixo. A primeira vez que fui ao CAJE em 2013, tinha uma cela que não tinha ventilação natural, não tinha iluminação natural, onde devia ter dois adolescentes, tinha cinco adolescentes, e não tinha banheiro, e os adolescentes conviviam com sua própria urina, e os adolescentes defecavam nos restos de quentinha, porque tinha um buraco na porta que eram colocadas as quentinhas, e aí eles jogavam pelo o mesmo buraco e era um amontoado de quentinhas com fezes e resto de comida. Então fiquei pensando, isso é o que? É animalizar. Eu quero dizer com 38 Imagens do Documentário Meninos de Rua Imagem da Deputada Federal. Fala das políticas básicas e dos direitos de toda criança e do adolescente Deputada Erika Kokay. Imagem da Subsecretária da Criança e do Adolescente. A secretária fala sobre a legislação da criança e do adolescente. Secretária Ludmila Pacheco. Imagem da UNIRE. Socioeducanda falando sobre sua internação. Interna. isso, que a sociedade tem que entender que o adolescente vai voltar ao convívio social, como o detento também vai voltar. Ele vai voltar bem ou pior de acordo com que ele foi tratado Trechos do Documentário Meninos de Rua. O sistema socioeducativo, ele recupera mais com todas as dificuldades... É extremamente maior, muito maior. Nem sempre o adolescente que está vivendo na rua, é o adolescente que está em conflito com a lei. Normalmente o adolescente ou a criança que vai para rua, ele vai à busca de alguma... Desestrutura no Âmbito familiar, no âmbito da sociedade, enfim, ele vai para rua fugindo de algum sofrimento... Até se agredindo de consumir droga, mas não necessariamente ele está infracionando. Esses nove meses que estou aqui, teve seu lado 39 Imagem da UNIRE. Socioeducando falando sobre sua internação. Interno. Imagem do Juiz de Direito. O Juiz discorre sobre a importância da família e a aplicação do ECA. Juiz de Direito José Roberto. positivo, trouxe novas experiências, e Fizeram-me tirar conclusão, que eu não quero isso pra mim. Quero seguir outro caminho, quero outra vida pra mim, pretendo fazer faculdade, trabalhar, dar uma vida digna, mas acho que a vontade parte da pessoa, de querer mudar e bola pra frente, esquecer o passado e trilhar um novo caminho. Hoje eu já tenho os estudos concluídos, tenho alguns objetivos na minha vida, e um desses objetivos mais para frente, passar em uma universidade, e depois de tudo isso que aconteceu na minha vida, eu posso reconstruir uma nova trajetória na minha vida. O estatuto da criança e do adolescente tem caráter ressocializador, mas, não tira o caráter punitivo. Você tem inseridas as medidas de cunho administrativo em relação ao pai 40 Imagens referentes família, saúde, educação e lazer. Fala sobre a ressocialiazação. Psicólogo William Gualberto. Imagem de um Exinterno. O ex-interno discorre sobre a sua antiga vida e a sua reintegração na sociedade. Ex-interno Admilson José. responsável. Você tem infração administrativa praticado pelo Estado, pela sociedade, pela a própria família. Os crimes em espécie não quer dizer que a medida socioeducativa não seja ou não tenha o caráter te repreensão. O adolescente entende a medida como caráter repreensivo, mas não deve ser esse o caráter preponderante. Em algum momento da vida dele teve alguma coisa, que fizeram ele tomar esse direcionamento de se envolver em conflito com a lei... De que ele é um ser com possibilidades, de que tudo que ele viveu... Ele pode sim mudar, é um ser de possibilidades. Eu tenho uma frase que levo comigo sempre que é “o meu passado eu não posso mudar, mas o meu futuro eu posso alterar”. Entrevista: “vivendo o presente diferente, vivendo uma vida diferente, hoje eu 41 Imagem da Deputada Federal. Créditos Fala das políticas básicas e dos direitos de toda criança e do adolescente Deputada Erika Kokay. Música Legião Urbana. Música Legião Urbana. vivo de ideais, ideologias”. Porque o que eu passei no sistema, conheci o mundo do crime e não vale a pena. Você não ganha nada. Existe uma frase que eu carrego comigo, que o crime financia seus sonhos, mas ele te cobra um alto preço. Se não fosse Cristo, eu não estaria vivo. De vinte pessoas que existiam só sobraram eu e mais um amigo que está preso. Por muito tempo eu não sei, só espero que Deus tenha misericórdia de nós e que nos permita ficar um pouco mais de tempo aqui. Fala das políticas básicas e dos direitos de toda criança e do adolescente. Onde e preciso políticas de qualidades para que possamos ter uma sociedade, igualitária a todos. 42 6 – METODOLOGIA Os métodos usados para a realização do trabalho acadêmico foram pesquisa e dedução instrutiva. O grupo se baseou em outros trabalhos acadêmicos direcionados para o mesmo tema. Foram utilizados livros, doutrinas de lei, revistas, gravações, enquetes, reportagens da mídia escrita e da mídia visual. Para a realização do documentário o grupo utilizou-se de recursos audiovisuais, instrumentação em vídeo e áudio, além de pesquisa acadêmica em campo relacionada ao assunto envolvido no estudo. 43 7 – DIÁRIO DE BORDO 1º - Diário de Bordo: Visita a Defensoria Pública da Vara da Infância e da Juventude no Fórum de Samambaia No dia 17 de dezembro de 2012 às 14h, nos dirigimos à Defensoria Pública para tentarmos agendar uma entrevista com algum defensor da Vara da Infância e Juventude. No local falamos com a Assistente Administrativa a qual nos encaminhou para falarmos com o Dr. Fernando Henrique Lopes Honorato, que logo em seguida nos recebeu e marcou a entrevista para o dia 31 de janeiro de 2013 às 16h. E na oportunidade, encontramos com um Advogado, Dr. Denilson Fagundes de Souza, que trabalha no mesmo local e advoga para a defensoria e o mesmo aceitou a nos dar entrevista na mesma data do Dr. Fernando. No dia 31 de janeiro de 2013 às 16h, entrevistamos o Dr. Denilson Fagundes, que falou um pouco da importância da família, sobre o ato infracional e como os adolescentes chegam à defensoria. Após essa entrevista, entrevistamos o Dr. Fernando Henrique, o mesmo relatou a importância do ECA, o conceito de adolescente de acordo com o estatuto e as idades que o adolescente comete o delito. No mesmo dia tivemos a oportunidade de encontrar e entrevistar o Membro do Conselho Tutelar, o Senhor Antônio Roldino Pereira Neto, que falou sobre a família. 2º- Diário de Bordo: Visita à Delegacia da Criança e do Adolescente No dia 23 de agosto de 2012 às 13h, nos reunimos para a entrevista com a Delegada Monica Ferreira Moreira, mais uma de nossas entrevistas. Às16h começamos a montar o equipamento e nos dirigimos à recepção da delegacia para informações sobre a delegada para darmos início às gravações, fomos informados que a delegada estava em uma ligação que em alguns instantes poderias nos atender e por volta das 17h ela veio nos receber na recepção e nos identificamos como estudantes de Direito da Universidade Católica de Brasília. A Doutora pediu 44 para que nos encaminhássemos para sala e lá fizemos a entrevista. Na entrevista ela nos informou como acontecem as apreensões e para onde são encaminhados os adolescentes. Por volta das 17h30min finalizamos a entrevista e nos dirigimos para o SIA onde faríamos outra entrevista. Chegamos ao SIA ás 18h, onde fomos ao encontro do ex-interno, Admilson José Batista. Montamos os equipamentos para mais uma entrevista. Ele relatou como foi a adolescência, onde ele morava, quais foram os atos infracionais e demonstrou-se arrependido por tudo que fez. 3º - Diário de Bordo: Visita ao Fórum de Taguatinga Estávamos no intervalo da aula, quando encontramos o Juiz e Professor, Dr. José Roberto Moraes Marques, e conversamos sobre o nosso projeto de conclusão de curso e perguntamos se ele poderia nos conceder uma entrevista, para falar um pouco sobre a Vara da Infância e Juventude. O mesmo logo aceitou e pediu para que ligássemos para o Secretário e agendássemos a entrevista. No dia seguinte entramos em contato com o Secretário e agendamos a entrevista para o dia 13 de março de 2013 às 17h30min. No dia 13 de março de 2013 às 17h30min, chegamos ao Fórum de Taguatinga. Montamos o equipamento e logo em seguida começamos a entrevista. O Juiz e Professor foi muito gentil e falou sobre a importância da família, da sociedade e da ressocialização do adolescente. 4º - Diário de Bordo: Visita a Câmara dos Deputados Entramos em contato por telefone em janeiro de 2013 com o Assessor da deputada federal Érika Kokay, para tentarmos marcar uma entrevista com a mesma, mas fomos informados que ela estava de férias e não tinha previsão para sua volta. Em fevereiro de 2013, entramos em contato novamente e o mesmo Assessor nos comunicou que voltaria a entrar em contato. Esperamos ate o começo de março, mas o mesmo não ligou. Então nos lembramos do nosso amigo da Universidade Católica de Brasília, Renato Silva Araújo, que trabalha na Câmara dos Deputados e pedimos para que ele visse alguma possibilidade de conseguir uma entrevista com a 45 deputada Érika Kokay. No dia seguinte o Renato nos informou que tinha conseguido a entrevista com a deputada para o dia 21 de março às 18h. No dia 21 de março de 2013 às 18h, chegamos à Câmara dos Deputados Anexo IV, onde Renato nos encontrou e levou-nos até o gabinete da deputada. Na mesma sala, aguardamos por volta de 20 minutos pois a mesma já se encontrava em uma entrevista. Fomos para o “cafezinho” aguardar a deputada, onde rapidamente começamos a montar os equipamentos para começar a entrevista. Na entrevista, a deputada foi simpática e muito comunicativa, falando sobre tudo que queríamos saber sobre o tema do nosso trabalho, falou sobre os centros de internações na sua visão, e quais as mudanças que precisavam ser feitas. No final da entrevista tiramos fotos com ela e a mesma pediu um retorno do nosso trabalho. 5º - Diário de Bordo: Visita à Universidade Católica de Brasília e Promotoria da Infância e da Juventude Quando três componentes do grupo estavam estacionando o carro, encontraram o Professor José Maria de Abreu, e falaram do projeto de conclusão de curso e pediram uma entrevista. Imediatamente o Professor, aceitou e marcou para o dia 02 de abril de 2013 às 12h na Direção do Curso de Direito. No dia marcado, chegamos por volta de 11h30min e o Professor ainda estava dando aula, nesse tempo montamos o equipamento na Direção de Curso de Direito e aguardamos a chegada do professor. O Professor chegou por volta de 12h, e começamos a entrevista. O professor falou a respeito da aplicação do ECA, sobre a família e a diferença do criminoso para o adolescente infrator. No dia 20 de março de 2013 às 14h, nos dirigirmos à Promotoria da Infância e da Juventude, para tentarmos conseguir uma entrevista com algum Promotor. Dirigimo-nos a portaria e nos encaminharam para a sala do Promotor Renato Barão Varalda. Explicamos para ele sobre o nosso tema do trabalho e pedimos uma entrevista, onde o mesmo autorizou, marcando uma entrevista para o dia 02 de abril de 2013 às 15h. Nessa data e horário comparecemos. Montamos o equipamento e fizemos a filmagem. O Promotor foi muito atencioso e passou algumas bibliografias sobre o nosso tema. 46 6º- Diário de Bordo: Visita à Secretária da Criança e do Adolescente No dia 10 de abril de 2013 às 14h30min, nos dirigirmos à Secretaria da Criança e do Adolescente, para entregarmos a autorização da Juíza de Direito, Lavínia Tupy Vieira Fonseca e pegarmos uma autorização da Secretária para visita a UNIRE. Nessa mesma data, estávamos saindo quando encontramos a Subsecretária, Ludmila de Ávila Pacheco e conversamos sobre o nosso projeto de conclusão do curso e perguntamos se ela poderia nos dar uma entrevista. Em imediato ela respondeu que sim e marcamos a entrevista para o dia 15 de abril de 2013 ás 10h. 7º- Diário de Bordo: Visita ao Núcleo de Atendimento Integrado – NAI No dia 15 de abril de 2013 por volta de 11h, quando terminamos a entrevista com a Subsecretária Ludmila, resolvemos ir ao NAI para tentarmos conseguir uma entrevista. Fomos à recepção, aonde nos encaminharam pata que pudéssemos falar com a Cláudia H. B. Parise, só que quando chegamos à sua sala, fomos informados que a mesma estava em reunião e que iria demorar, então nos informaram o número de seu telefone para contato para ligarmos no dia seguinte. No dia seguinte ligamos e conseguimos falar com ela sobre o nosso tema e pedimos uma entrevista, logo a mesma pediu para que ligássemos um tempo depois para resposta. Ligamos mais tarde, com a respostas afirmativa, marcamos a entrevista para o dia 22 de abril às 10h30min. No dia 22 de abril de 2013 às 10h20min, montamos o equipamento na sala da Cláudia e logo começamos a entrevista. Na entrevista ela falou sobre a inauguração do NAI, o motivo de sua criação, levou-nos para conhecer as instalações e explicou como cada uma funcionava e em seguida nos deixou conversar com os adolescentes que se encontravam no locau, mas não permitiu a filmagem. 47 8º- Diário de Bordo: Visita à Unidade de Internação do Recanto das Emas (UNIRE) No dia 10 de abril de 2013, por volta das 17h, fizemos uma visita a Unidade de Internação do Recanto das Emas (UNIRE), onde fomos recebidos pela Senhora Danuta, para quem apresentamos nosso projeto de pesquisa. Em conversa com uma duração aproximada de uma hora, ela nos falou de sua função como pedagoga, sobre os internos, sobre o funcionamento da Unidade e a equipe de trabalho que é composta por: assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, profissionais da saúde, entre outros que auxiliam no processo de ressocialização dos internos. Por fim, nos pediu a autorização da juíza de direito Lavínia Tupy Viera Fonseca e a da Subsecretária do Sistema Socioeducativo, Ludmila de Ávila Pacheco, para que fossem agendadas algumas entrevistas no Centro de Internação da UNIRE. 9º- Diário de Bordo: Visita à Unidade de Internação do Recanto das Emas (UNIRE) No dia 16 de abril de 2013, às 14h, chegamos para as entrevistas que já tínhamos agendado no dia 10 de abril de 2013. Dirigimo-nos á portaria aonde pedimos para falar com a Senhora Danuta e em cerca de cinco minutos ela chegou. Na portaria pediu nossas identidades para podermos entrar. Quando entramos no local, já havia um espaço reservado para as nossas entrevistas com as pessoas específicas, entre essas pessoas havia dois adolescentes (menina e menino), que demonstraram arrependimento, contaram sobre o ato infracional e como a UNIRE os estavam ajudando na ressocialização. Depois das entrevistas, a Senhora Danuta nos conduziu para que conhecêssemos o local. 48 8 – CRONOGRAMA Cronograma 2012 / 2013 Mês/Ano/Etapa Pesquisa e Produção Elaboração de Roteiro Filmagem Decupação Editoração do Documentário Depósito do Trabalho Defesa / Exibição do Documentário Dez. 2012 Jan. 2013 Fev. 2013 Mar. 2013 Ab. 2013 Mai. 2013 Jun. 2013 49 9 – ECA: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – BREVE ABORDAGEM DO ADOLESCENTE VISTO PELO ESTATUTO O Estatuto visa proteger o adolescente, ilustrando os seus direitos e os seus deveres, alegando em seus artigos a proteção, o tratamento e a convivência. Mais o ECA é mais do que um mero conjunto de leis visando beneficiar o adolescente, é um instrumento de condutas e regulamentos destinado a eles, análogo ao código penal, ele serve de base para dirimir medidas de proteção e de correção ao jovem. O Estatuto, em diversos dispositivos, declara que a família natural é o ambiente ideal para o desenvolvimento completo do adolescente. A família é peça fundamental para o desenvolvimento correto do indivíduo como cidadão, como membro importante dentro do âmbito social. E é dentro da família que ocorrem a maioria dos casos envolvendo desacordos com as atribuições previstas no ECA a favor do adolescente, cerca de 70% da violência contra o adolescente acontece dentro do âmbito familiar, praticada tanto por parentes mais próximos quanto aqueles mais distantes. O Estatuto denota a condição do adolescente como pessoa não responsável pelos seus atos, sendo classificados como infratórios e não crimes, de acordo com a sua legislação. O ato infratório é aquele que segue em desacordo a lei, oriundo de marginalidade, visto como contravenção, e para o adolescente, passível de medida de correção chamada de socioeducativa. Se por um lado o Estatuto prevê os direitos de garantia fundamental ao adolescente, tais como, à vida, educação, convívio em família, segurança, saúde, alimentação, lazer, liberdade, dentre outros, por outro lado ele favorece o adolescente em relação á condutas contravencionais à lei, o adolescente acaba por ser poupado em muitas situações previstas no código de Lei do Estatuto. O ECA, de forma geral, vê o adolescente como um cidadão em fase de aprendizado, que deve ser tratado de maneira mais branda, pois está no meio do processo de desenvolvimento como cidadão, de forma tal, que deve aprender, por isso o Estatuto quer lhe garantir a existência de maneira plena e segura, vinculada a sociedade, em todos os contextos dignos de qualquer cidadão. O adolescente acaba que por ter certos privilégios perante a lei, existem muitas brechas e preâmbulos que ainda estão longe de terem o argumento 50 finalizado, muitos acreditam que o método atual de correção do jovem infrator ainda é falho, dando margem a recaídas e a novas contravenções. O fato é que o Estatuto garante as necessidades fundamentais ao adolescente, mas deve garantir principalmente métodos que sejam mais do que efetivos, mas funcionais, de recuperação social do adolescente em conflito com a lei. "O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu caráter." Sócrates Garantindo o ideal de formação ao adolescente, tanto em níveis culturais quanto biológicos, o indivíduo tem uma formação correta do seu caráter, evitando assim, ao invés de remediar, que jovens venham a cometer os atos infracionais. 51 10 – ATO INFRACIONAL: O PERFIL DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI. Ato infracional é o ato de contravenção cometido pela criança e o adolescente, é todo delito praticado pela pessoa com menos de 18 anos de idade. Conforme abrangentes ideias de diversos especialistas no assunto, existem fatores que desencadeiam a criminalidade e a marginalidade no âmbito juvenil, a pobreza é um dos mais relacionados, grande parte dos adolescentes infratores são filhos e filhas de famílias que vivem em suma pobreza, tendo estudos relevantes que alegam que a maior parte deles advém de favelas, o que significa que nem todo jovem que reside na favela se torna delinqüente, além do fator econômico, é possível agregar as causas o fator do desajuste e da desunião familiar. A falta de estrutura para a vida em sociedade como a pobreza, a falta de escola e de trabalho não são os principal fatores que descrevem o perfil do infrator juvenil, em muitos casos os adolescentes decidem seguir esse caminho tortuoso por vontade própria, visando os ganhos, falsas vantagens. De qualquer forma, muitos dizem que a grande parcela dos adolescentes que optam pela criminalidade é oriunda de famílias indefesas e extremamente pobres, são os obscuros, excluídos do cunho social, vistos como a ralé social. Em muitos dos casos o jovem delinqüente é vitimado pela sociedade e execrado por ela, o que faz com que ele acabe se sentindo desolado e totalmente solitário, tomando a criminalidade como um refúgio ou ato vingativo. A decisão de não seguir uma rotina pedagógica, isto é, o fato do abandono do adolescente à escola é outro fator evidente que possa vir a causar conflitos ao adolescente que o levem a praticar ato infracional. A criminalidade e a pobreza são grandezas que andam lado a lado. O jovem adere ao tráfico de substâncias ilícitas, devido à necessidade, ganho fácil e, por não requerer nenhuma qualificação, provando que o adolescente muitas vezes vê na criminalidade um degrau para subir na vida. A violência também é tida como grande fator estimulante para a vida criminosa, violência essa doméstica ou externa. Jovens tendem a sentirem-se protegidos, de maneira errônea, pelo mundo do crime. Às vezes aquilo que lhes é negado é suprido por condições vistas no mundo marginal. Jovens que vivem da 52 informalidade, sem nenhum vinculo que os possam conectar as suas atividades, decidem pelo trabalho de ganho fácil onde não é exigido preparo profissional, nem tão pouco alguma habilidade psíquica, e na maioria das vezes são atividades criminosas, como o tráfico de substâncias ilícitas, assaltos corriqueiros, golpes no sistema, prostituição infantil, dentre outras. O fato é que o jovem desprovido de condições satisfatórias para o seu bem estar, ou além, para a sua dignidade, tendem a buscar formas ilícitas de conseguir auto-suficiência, formas errôneas para adquirir um respeito que está longe de ser valorizado pelo restante da massa social. Crianças que não são criadas num ambiente próspero e harmonioso, onde imperam o diálogo e a compreensão mútua, tem maiores chances de se tornarem adolescentes infratores. Lares ricos, que contém algum tipo de desajuste emocional também portam jovens desajustados, com grandes probabilidades de cometerem algum tipo de delito ou ato infracional. Em suma, o perfil do adolescente praticante de ato infracional está relacionado mais a sua condição psicológica, ou de âmbito cultural, do que a um fator externo, como a pobreza ou a desigualdade social. 53 11 – AS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI Conforme artigo 112 previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I - advertência; II - obrigação de reparar o dano; III - prestação de serviços à comunidade; IV - liberdade assistida; (mínimo de seis meses); V - inserção em regime de semiliberdade; VI - internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. De acordo com o ECA, a correção é prevista em lei, e traz à tona a ideia de punição, embora o real objetivo do programa seja a reabilitação do adolescente em conflito, dando a ele uma estrutura onde possa se reestabelecer moral e fisicamente. Nos estabelecimentos voltados para a internação do infrator, o adolescente conta com acompanhamento para que possa entender a gravidade e a dimensão de seus atos, tendo como base políticas de reestruturação social para que então possa retornar para o seio social. 54 As políticas voltadas para a ressocialização compreendem-se em: POLÍTICA DE EDUCAÇÃO Os infratores tem acesso a educação dentro das instituições, tendo acompanhamento pedagógico institucional, voltado para área de socialização, aonde muitas vezes chegam a serem alfabetizados dentro desses estabelecimentos. POLÍTICA DE PROFISSIONALIZAÇÃO Os adolescentes em situação de socioeducandos tem oportunidade de ingressarem no mercado de trabalho, participando de cursos profissionais, iniciativas voluntariadas, dentro das próprias instituições utilizadas para a realização das medidas socioeducativas. POLÍTICA DE ESPORTE, CULTURA E LAZER Os estabelecimentos contam com uma estrutura para a prática de esportes e lazer, alguns tem quadra de esportes e até mesmo piscinas em suas dependências. Os adolescentes tem aula de dança, música, dentre outros trabalhos que influenciem a apreciação da cultura. POLÍTICA DE SAÚDE O jovem infrator dispõe de atendimento médico e odontológico. Algumas instituições dispõe de estoque de remédios, além de um encaminhamento breve em caso de alguma urgência médica. 55 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL É dado ao delinqüente juvenil apoio e acompanhamento psicológico a fim de lhe garantir preparo emocional, juntamente com o acompanhamento de familiares para que haja uma reconciliação das partes, uma vez que muitos adolescentes entram em conflito com a lei por não contarem com o apoio familiar. Assim como supracitado, as medidas socioeducativas não servem como ato punitivo, mas um ato corretivo, visando a reintegração do adolescente ao âmbito social. Os adolescentes têm apenas à sua liberdade violada, o que os faz pensar e agir de forma diferentes no início da ressocialização. Quando se acostumam percebem o quanto é importante agir de forma correta e adequada com a lei, tornando-se pessoas totalmente diferentes. 56 12 – A IMPORTÂNICA DA FAMÍLIA DURANTE O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO - SOCIEDADE E ESTADO: A VOLTA DO ADOLESCENTE REABILITADO PARA O MEIO SOCIAL. De acordo com a última parte do documentário, é possível perceber a influência que o programa de ressocialização tem na vida do jovem, a contar também da força de vontade do infrator juvenil a seguir uma nova trajetória, existe realmente a mudança no ideal humano do jovem submetido à internação nas instituições e estabelecimentos destinados a execução da medida socioeducativa. Abordando outros cunhos, a sociedade, que pode ser composta de escola e trabalho, e Estado, vinculado ao lado do amparo pós ressocialização, é possível enxergar outros prospectos da ressocialização. É evidente fazer menção de como o jovem infrator que aqui deve ser tratado como ex-infrator retorna ao âmbito social, regressa para a convivência em família e sociedade. O jovem que cometeu delito muitas vezes não possui a chance de se estabelecer, podendo até mesmo a voltar a cometer novos atos infracionais. O jovem infrator ressocializado, por assim descrever, deve contar com o apoio do Estado e da sociedade, mostrando um progresso e a vontade de alcançar suas metas e fazer a diferença, e o apoio incondicional da família. Muitas famílias não aceitam a criminalidade advinda de jovens, mesmo os seus próprios filhos; algumas nas muitas vezes acabam por abandoná-los a própria sorte dentro das instituições designadas a execução das medidas socioeducativas. O papel da família é crucial na vida do adolescente, ela influencia a sua vivencia e o seu agir, uma família onde haja equilíbrio tende a ter mais sucesso na criação de seus filhos. A prole da família estrutura segue o mesmo parâmetro, tendendo a agir de acordo com os exemplos tidos dentro de casa. Escola e trabalho são outros dois aspectos difíceis de conciliar no início do reconvívio social, uma vez que os adolescentes que cometeram atos infracionais e passaram pela ressocialização são vítimas de pré-conceitos, discriminação e marginalização pelos próprios colegas de classe ou mesmo no trabalho. O jovem infrator precisa de maneira incondicional saber que voltou a fazer parte da sociedade, e precisa de oportunidades, de chances igualitárias, mas 57 infelizmente essa realidade está longe de chegar a acontecer. O Estado não oferece muito amparo, somente no período de ressocialização, quando os infratores são submetidos ao internato como medida corretiva e reestrutural. Mas tanto trabalho deve ter realmente propósito, o jovem deve se integrar novamente ao âmbito social, deve ter as mesmas oportunidades e direitos que outro jovem que não cometeu qualquer ato infracional tenha. O jovem precisa de apoio, mas, mais do que isso, precisa de identidade, em diferentes aspectos, o jovem almeja por identidade física, identidade cultural, identidade psicológica e identidade social. O jovem precisa se identificar como membro de uma sociedade emergente, como engrenagem de uma peça em funcionamento constante e progressivo. "Aos jovens, tudo o que imaginam parecelhes realidades." Jacques Bossuet O jovem precisa acreditar que é alguém fundamental para o crescimento e o desenvolvimento de sua nação, e o papel de ensinar isso ao adolescente é incumbido à base mais forte, a célula mater do ser humano, a família. E cabe a sociedade transpassar este conceito, trazendo oportunidades ao jovem para mostrar o seu trabalho, seus conhecimentos, desenvolver a sua humanidade. O papel do Estado é simples, mas mais difícil de ser consolidado, é a abertura de portas ou passagens para que o jovem venha a desenvolver as habilidades aprendidas dentro do contexto familiar e aperfeiçoadas no âmbito social. O que consta de fato são o apoio e as oportunidades que devem vir de todos os lados envolvidos no real processo de ressocialização, onde realmente sociedade, Estado e família ajam de maneira congruente e unificada, seguindo apenas um objetivo, a reintegração do jovem à sociedade. 58 13 – CONCLUSÃO Através deste projeto o grupo adquiriu novos conceitos, expandiu os seus horizontes, de modo que passou a ver o mundo da criminalidade juvenil de maneira diferente. É possível observar através destes estudos a importância da presença na vida do adolescente, de todas as arestas vinculadas a ele, sociedade, Estado e família. Sem a participação evidente e adequada na vida do jovem, o mesmo vem a se sentir deslocado, propenso a cometer atos de caráter ilegais. O jovem é tão vítima quanto as suas ações são culpadas. Como alguém que não é doutrinado, ensinado a praticar o bem, pode adquirir conceitos e desenvolver uma mente consciente em praticar o bom, o justo, o correto? O adolescente precisa de amparo e cuidados, mas antes disso, a criança precisa ser educada no sentido literal da palavra, onde se empregam a correta alfabetização e o ato de dirimir o correto e o verdadeiro. O trabalho abordou tema inerente ao contexto da reestruturação social do adolescente em conflito com a lei, isto é, o adolescente delinqüente, remetendo uma ideia contrária aos que são leigos ao assunto vêem, a ideia de punição não é vista aqui, mas sim a ideia de uma repaginação, a construção de uma nova historia, a ressocialização em sua essência. O interessante observado é que os jovens submetidos às medidas socioeducativas realmente se vem modificados em sua ideologia, desenvolvendo e mantendo novas perspectivas de vida. O estudo também manteve foco na pós ressocialização, fazendo pesquisas de cunho investigativo, para relatar a influência que o processo do mecanismo de ressocialização tem na vida dos jovens infratores. Este trabalho é indicado para estudantes da área de direito, em todo os seus âmbitos, da área de sociologia, ciências sócias, política e outras disciplinas que tenham afinidade com o contexto abordado no tema do trabalho, uma vez que estudar os problemas que acometem os jovens da nação farão dos acadêmicos, profissionais mais instrutivos e, de fato, mais esclarecidos. Agradecemos a oportunidade de finalizar o curso com empenho em discorrer sobre um tema abrangente e de cunho tão polêmico, mas pouco compreendido. 59 É necessário fazer menção ainda a um novo prospecto, uma nova visão sobre o assunto, o adolescente precisa ser enxergado, precisa de espaço, pois está na fase das descobertas, das desventuras. O adolescente precisa ser observado de perto, para que o seu potencial seja explorado com saber e determinação. O grupo finaliza o contexto acreditando que o Estatuto da Criança e do Adolescente é apenas o início de uma instrumentação voltada para as mudanças que a sociedade necessita, pois as crianças são o futuro. 60 14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VALIM, Daniela de Oliveira. A ressocialização do menor infrator e a eficácia das medidas socioeducativas. Trabalho de conclusão de curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava. Ituverava, 2009. ISHIDA, V. K. Estatuto da criança e do adolescente: doutrina e jurisprudência. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2004. SANTANA, Regiane Maria. Adolescente Infrator: uma questão jurídica ou uma questão social? Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí. 2006. TRINDADE, Jorge. Delinqüência Juvenil: uma abordagem transdiciplinar. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1993. TAVARES, José de Farias. Comentários ao estatuto da Criança e do Adolescente. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999. GOIS, Violeta Paula Cirne de. O Estatuto da Criança e do Adolescente, as medidas sócio- educativas e a internação. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 2005. VERONESE, Josiane Rose Petry; SILVEIRA, Mayra. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. São Paulo: Conceito Editorial, 2011. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90. FREIRE, Marisa Aparecida da Silva de Luna, O Adolescente e o Ato Infracional: Menores infratores, justiça restaurativa. Trabalho apresentado para conclusão de curso. São Paulo, 2012. SILVA, José Luiz. Estatuto da criança e do adolescente: 852 perguntas e respostas. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2000. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm. DE 1990. Disponível em: TELMA. Menor Infrator e o Início da Delinqüência. Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas do Tocantins. Tocantins, 2011. OLIVEIRA, Raimundo Luiz Queiroga de. O Menor Infrator e a Eficácia das Medidas Sócio-Educativas. SPOSATO, Karina. O Jovem em Conflito com a Lei. A Lei: Conflitos com a Prática. RBCCRIM, nº. 30, São Paulo: RT, 2000. NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. São Paulo: Saraiva 1991. MUGGIATI, Ruy. Medidas Socioeducativas, Curitiba: s. ed, 2003. 61 LIBERATI, Wilson Donizeti. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 4. ed. São Paulo: Malheiros, 1997. ELIAS, Roberto João. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Saraiva, 2004. CURY, Munir (Coord.). Estatuto da criança e do adolescente comentado. São Paulo: Malheiros, 2005. FRASSETO, Flávio Américo. Infância e Juventude, RBCCRIM, nº. 26, São Paulo: RT, 1999. CARVALHO, Jéferson Moreira de. Estatuto da Criança e do adolescente Manual Funcional. São Paulo. Oliveira Mendes, 1997. PEREIRA, Deise Rodrigues, MORAIS Maria de Fátima Rodrigues de. Medida Socioeducativa, Sua Análise Jurídica e Efetividade da Proteção do Adolescente em Conflito com a Lei. Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, 2012. PAIVA, Vanilda e Trajano, João Sênto-sé, Juventude em Conflito com a lei. Rio de Janeiro: Editora Garamond Ltda., 2007. 62 15 – ANEXOS 15.1 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 1 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 31/01/2013. LOCAL: 2ª Vara da Infância e da Juventude. HORÁRIO: 16h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Defensor Fernando, Advogado Denilson Fagundes, e Membro do Conselho Tutelar Antônio. PROPOSTA: Identificar as Políticas Públicas no GDF e explicar seu funcionamento ouvindo todas as entidades públicas envolvidas. DESCRIÇÃO: Defensor Fernando: “O ESTATUTO EM SEUS ARTIGOS INAUGURAIS ESTABELECE E CONSIDERASE CRIANÇA PARA OS EFEITOS DESSA LEI, PESSOA ATÉ 12ANOS DE IDADE INCOMPLETOS E ADOLESCENTE, PESSOA DE 12 A 18 ANOS INCOMPLETO”. Advogado Denilson: “JUSTAMENTE A BASE FAMILIAR. A FAMÍLIA NÃO TEM ESTRUTURA, O MENOR CHEGA AQUI COM O PAI SEPARADO OU O PAI E MÃE JÁ ESTÃO ENVOLVIDOS EM CRIMES, AÍ O MENOR COMEÇA A ENTRAR NESSE RAMO, COMETENDO ATOS INFRACIONAIS”. Membro do Conselho Tutelar Antônio: “A FAMÍLIA É FUNDAMENTAL. A FAMÍLIA É O PONTO NÚMERO 1, EM TODA SITUAÇÃO QUE O ADOLESCENTE SE ENCONTRA E QUANDO SE TRATA DE ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI, A FAMÍLIA TEM QUE TA DO LADO PARA APOIA-LO. NA MAIORIA DOS ADOLESCENTES QUE ESTÃO EM CONFLITO COM A LEI, DESCOBRE-SE QUE A FAMÍLIA É OMISSA NESSE SENTIDO, ELA NÃO ESTÁ DO LADO DESSE ADOLESCENTE, ELA NÃO ESTÁ APOIANDO ELE, AÍ O ADOLESCENTE SE SENTE TÃO DESISTIMULADO QUE PASSA PARA UM LADO MAIS AGRESSIVO, PARA UM LADO DE CONFLITUOSO, ENTÃO A FAMÍLIA É FUNDAMENTAL, NÃO SÓ QUANDO O ADOLESCENTE ESTÁ EM CONFLITO COM A LEI, MAS EM TODOS OS MOMENTOS QUE O ADOLESCENTE PRECISAR, ELA TEM QUE ESTÁ PRESENTE”. PERGUNTAS: (Sugestões de perguntas para o entrevistado) 63 Defensor Fernando Qual o conceito de adolescente em conflito com a lei? A legislação que ampara os adolescentes é bem aplicada? A medida socioeducativa de internação é um meio eficaz de ressocialização? Qual o perfil do adolescente autor de ato infracional (escolaridade, situação econômica, residência, família e envolvimento com drogas)? Em qual idade ocorrem mais apreensões? Advogado Quais atos infracionais são cometidos com maior frequência? A que se atribuir o envolvimento cada vez maior de adolescentes no contexto criminal? Qual o índice de adolescentes reincidentes em crimes? É a favor de penas mais rigorosas para os adolescentes em conflito com a Lei? Qual a sua sugestão para que se diminua o número de adolescentes envolvidos em crimes? Conselheiro tutelar O que o Senhor pensa sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, é falho ou eficaz em relação aos adolescentes em conflito com a Lei? O acha da tão proclamada redução da maioridade penal? Quais os pontos positivos e negativos na atuação do conselho tutelar em relação aos adolescentes em conflito com a Lei? 15. 2 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 2 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 10/03/2013 LOCAL: SIA HORÁRIO: 18h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 64 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Ex-interno Admilson José PROPOSTA: Contar sua história de vida. DESCRIÇÃO: “O MEU PASSADO EU NÃO POSSO MUDAR, MAS O MEU FUTURO EU POSSO ALTERAR”. ENTREVISTA: “VIVENDO O PRESENTE DIFERENTE, VIVENDO UMA VIDA DIFERENTE, HOJE EU VIVO DE IDEAIS, IDEOLÓGIAS. PORQUE O QUE EU PASSEI NO SISTEMA, CONHECI O MUNDO DO CRIME E NÃO VALE A PENA. VOCÊ NÃO GANHA NADA. EXISTE UMA FRASE QUE EU CARREGO COMIGO, QUE O CRIME FINANCIA SEUS SONHOS, MAS ELE TE COBRA UM ALTO PREÇO. SE NÃO FOSSE CRISTO, EU NÃO ESTARIA VIVO. DE VINTE PESSOAS QUE EXISTIAM SÓ SOBRARAM EU E MAIS UM AMIGO QUE ESTÁ PRESO. POR MUITO TEMPO EU NÃO SEI, SÓ ESPERO QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS E QUE NOS PERMITA FICAR UM POUCO MAIS DE TEMPO AQUI”. PERGUNTAS: O ex-interno Admilson José Batista não foi questionado, foi lhe dada à opção de argumentação livre. 15. 3 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 3 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 13/03/2013 LOCAL: Fórum de Taguatinga HORÁRIO: 17h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Juiz e Professor José Roberto Moraes Marques PROPOSTA: Analisar o problema sobre a ótica do núcleo familiar do adolescente. DESCRIÇÃO: Juiz e Professor José Roberto Moraes Marques: “A FAMÍLIA É A CÉLULA MATER DA SOCIEDADE, É PRIMORDIAL A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA. INFELIZMENTE O QUE A GENTE VERIFICA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS É SIMPLISMENTE O FALECIMENTO DESSE INSTITUTO, HOJE QUASE SEMPRE, NÃO EXISTE O PAI E NEM A MÃE CUIDANDO DOS FILHOS. A UM DELES CUIDANDO DA RESPECTIVA PROLE”. “O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE TEM CARÁTER RESSOCIALIZADOR, MAS NÃO TIRA O CARÁTER PUNITIVO. VOCÊ TEM INSERIDAS AS MEDIDAS DE CUNHO ADMINISTRATIVO EM RELAÇÃO AO PAI RESPONSÁVEL. VOCÊ TEM INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA PRATICADA PELO ESTADO, PELA SOCIEDADE, PELA PRÓPRIA FAMÍLIA. 65 OS CRIMES EM ESPÉCIE NÃO QUER DIZER QUE A MEDIDA SOCIOEDUCATIVA NÃO SEJA OU NÃO TENHA O CARÁTER TE REPREENSÃO. O ADOLESCENTE ENTEDE A MEDIDA COMO CARÁTER REPREENSIVO, MAS NÃO DEVE SER ESSA O CARÁTER PREPODERANTE”. PERGUNTAS: Qual é sua opinião sobre as medidas socioeducativas que são aplicadas aos adolescentes que se encontram em conflito com a lei? O senhor é a favor de medidas mais rigorosas para os adolescentes em conflito com a Lei? Qual o seu pensamento sobre os homicídios dentro dos Centros de Internação? Faça um paralelo entre o adolescente em conflito com a Lei e a vulnerabilidade social? Qual importância da família na ressocialização desses adolescentes em conflito com a lei? 15.4 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 4 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 21/03/2013 LOCAL: Câmara dos Deputados HORÁRIO: 18h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Deputada Federal Érika Kokay PROPOSTA: Identificar as Políticas Públicas no GDF e explicar seu funcionamento ouvindo todas as entidades públicas envolvidas. DESCRIÇÃO: Deputada Érika Kokay: “QUE 85% DOS ADOLESCENTES ENTRAM NA VIDA INFRANCIONAL EM BUSCA DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO, SEJA ROUBO OU FURTO, SE ENTRA NA VIDA DO ATO INFRACIONAL EM BUSCA DO TÊNIS, DO CELULAR, ENFIM, EM BUSCA DO CASACO E SÃO INSTRUMENTOS DE CONSUMO E A SOCIEDADE IMPÕE COMO SE FOSSEM SUBSTITUTOS DA SUA FORMA DE SER”. “O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, ELE FALA DAS POLÍTICAS BASÍCAS E DOS DIREITOS DE TODA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE TEREM POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE, QUE POSSA FAZER QUE ESTE ADOLESCENTE SEJA INCLUIDO NA SOCIEDADE E TEM UMA HISTÓRIA DE DESIGUALDE MUITO INTENSA”. 66 “MAS COMO TEM QUE SER EU NÃO POSSO PENSAR EM POLÍTICA PARA A CRIANÇA E ADOLESCENTE, SEM TER EDUCAÇÃO, SEM TER CULTURA, PORQUE É PRECISO, PORQUE O MENINO PRECISA TER ESPAÇO, PARA SE IDENTIFICAR ENQUANTO SER CULTURAL, QUE É COISA DE GENTE, QUALQUER SER HUMANO FAZ CULTURA PARA DEIXAR MARCA NA PRÓPRIA NATUREZA. É PRECISO CRIAR PLANO QUE SEJA UM FEICHE NO CONJUNTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA QUE EU POSSA CONSTRUIR UMA SOCIEDADE DIFERENTE, E QUE EU POSSA FAZER VALER O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE”. “O CAJE SERIA SIMBÓLICO PARA A LUTA E DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS HUMANAS. NÓS PRECISAMOS COLOCAR O CAJE ABAIXO. A PRIMEIRA VEZ QUE FUI AO CAJE EM 2013, TINHA UMA CELA QUE NÃO TINHA VENTILAÇÃO NATURAL, NÃO TINHA ILUMINAÇÃO NATURAL, ONDE DEVIA TER 2 ADOLESCENTES, TINHA 5 ADOLESCENTES, E NÃO TINHA BANHEIRO, E OS ADOLESCENTES CONVIVIAM COM SUA PRÓPRIA URINA, E OS ADOLESCENTES DEFECAVAM NOS RESTOS DE QUENTINHA, PORQUE TINHA UM BURACO NA PORTA QUE ERAM COLOCADAS AS QUENTINHAS, E AÍ ELES JOGAVAM PELO O MESMO BURACO E ERA UM MONTUADO DE QUENTINHAS COM FEZES E RESTO DE COMIDA. ENTÃO FIQUEI PENSANDO, ISSO É O QUE? É ANIMALIZAR. EU QUERO DIZER COM ISSO, QUE A SOCIEDADE TEM QUE ENTENDER, QUE O ADOLESCENTE VAI VOLTAR AO CONVÍVEO SOCIAL, COMO O DETENTO TAMBÉM VAI VOLTAR. ELE VAI VOLTAR BEM OU PIOR DE ACORDO COM QUE ELE FOI TRATADO... O SISTEMA SOCIOEDUCATIVO, ELE RECUPERA MAIS COM TODAS AS DIFICULDADES... É EXTREMAMENTE MAIOR, MUITO MAIOR”. PERGUNTAS: Quais são as políticas existentes voltadas para os adolescentes? Qual é o grau de eficácia das políticas públicas voltadas para adolescentes com conflito com a Lei no DF? Como se da à aplicação da legislação que ampara os adolescentes no DF? Quais os meios de ressocialização utilizados pelo Estado (GDF) para a retirada dos adolescentes da rua, bem como, o tratamento recebido por eles? O Estado (GDF) possui que tipo de instituições de ressocialização e recuperação? A legislação que ampara os adolescentes é bem aplicada? É suficiente? 15.5 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 5 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 25/03/2013. LOCAL: Delegacia da Criança e do Adolescente. HORÁRIO: 17h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. 67 CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Delegada Mônica PROPOSTA: Identificar os índices de adolescentes apreendidos. DESCRIÇÃO: Delegada Mônica: “AS APREENSÕES OCORREM ENTRE SUA A MAIORIA DE 15 A 17 ANOS. EM MÉDIA APREENDEMOS 10 ADOLESCENTES POR DIA EM CADA UMA DAS DCAS, QUE SÃO DUAS”. PERGUNTAS: Qual a media de adolescente apreendidos por semana? Quais os procedimentos que a autoridade policial realiza após a denúncia ou apreensão do adolescente em flagrante? (trâmite desde a apreensão até a entrega para VIJ). Quais os critérios utilizados por V. Sra. para liberar os adolescentes na própria delegacia? Qual o perfil dos adolescentes que chegam à Delegacia da Criança e do Adolescente? Em qual idade ocorrem mais apreensões? 15.6 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 6 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 27/03/2013 LOCAL: Universidade Católica de Brasília HORÁRIO: 20h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Psicólogo William Gualberto Gonçalves de Souza PROPOSTA: Mostrar a visão do psicólogo em relação ao perfil dos adolescentes, as causas e as possíveis soluções para esse grave problema. DESCRIÇÃO: Psicólogo William Gualberto: “A ADOLESCÊNCIA É UMA FASE DESENVOLVIMENTO HUMANO, ELAS TEM UMAS CARACTERÍSTICAS, FATORES CULTURAIS E NÃO FATORES BIOLÓGICOS”. 68 “A TRAJETÓRIA DE DESENVOLVIMENTO DELE POR ALGUM MOTIVO TEVE ALGUMA ALTERAÇÃO. EM ALGUM MOMENTO DA VIDA DELE TEVE ALGUMA COISA, QUE FIZERAM ELETOMAR ESSE DIRECIONAMENTO DE SE ENVOLVER EM CONFLITO COM A LEI... DE QUE ELE É UM SER COM POSSIBILIDADES, DE QUE TUDO QUE ELE VIVEU. ELE PODE SIM MUDAR, É UM SER DE POSSIBILIDADES”. PERGUNTAS: O que é adolescente? O que pode ser feito para diminuir o alto índice de adolescentes envolvidos coma violência? Em sua visão, porque esses adolescentes conflitam com a Lei? Como lidar com esses tipos de adolescentes? 15.7 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 7 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei. DATA DA GRAVAÇÃO: 02/04/2013 LOCAL: 1ª Vara da Infância e da Juventude. HORÁRIO: 15h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Promotor Renato Varalda. PROPOSTA: Identificar as Políticas Públicas no GDF e explicar seu funcionamento ouvindo todas as entidades públicas envolvidas. DESCRIÇÃO: Promotor Renato Varalda: “O PERFIL DO ADOLESCENTE É ENVADIR DA ESCOLA, FIGURA PATERNA AUSENTE, E SUA MAIORIA QUE PRATICAVA E FAZ JUS DE SUBSTÂNCIAS INTORPECENTES, ELES VIVEM EM REGIÃO DE VIOLÊNCIA, ONDE BANALIZAÇÃO DA CRIMINILIDADE E SÃO PROVENIENTES DE FAMÍLIA DE BAIXO PODER AQUISITIVO”. PERGUNTAS: Quais são os critérios que são usados para liberação dos adolescentes na promotoria? A legislação que ampara os adolescentes é bem aplicada? Qual o índice de adolescentes reincidentes em crimes? É a favor de penas mais rigorosas para os adolescentes em conflito com a 69 Lei? 15.8 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 8 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei. DATA DA GRAVAÇÃO: 02/04/2013 LOCAL: Universidade Católica de Brasília HORÁRIO: 12h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Professor José Maria de Abreu. PROPOSTA: Demonstrar a visão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente em relação a sua eficácia. DESCRIÇÃO: Professor José Maria de Abreu: “PERCEBE-SE QUE HOJE, QUE APESAR DE UM ESTATUTO EXTREMAMENTE INOVADOR, EXTREMANTE MODERNO, NÃO É APLICÁVEL OU NÃO TOTALMENTE APLICADO. OBSERVA-SE POR EXEMPLO, QUE MUITAS VEZES, APLICAMOS O ESTATUTO, MUITAS VEZES, A VERSA”. PERGUNTAS: Demonstre a evolução histórica da ressocialização do adolescente em conflito com a lei. A legislação que ampara os adolescentes é bem aplicada? Qual o perfil do adolescente autor de ato infracional (escolaridade, situação econômica, residência, família e envolvimento com drogas)? É a favor de medidas mais rigorosas para os adolescentes em conflito com a Lei? O que o Senhor pensa sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, é falho ou eficaz em relação aos adolescentes em conflito com a Lei? Em sua visão, porque esses adolescentes conflitam com a Lei? Faça um paralelo entre o adolescente em conflito com a Lei e a vulnerabilidade social? Qual a diferença do adolescente em conflito com a lei para o criminoso comum? 70 O ECA tem caráter punitivo ou educativo? 15.9 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 9 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 15/04/2013 LOCAL: Secretária da Criança e do Adolescente HORÁRIO: 10h00min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Subsecretária Ludmila Pacheco PROPOSTA: Conhecer as políticas para os adolescentes em conflito com a lei. DESCRIÇÃO: Subsecretária Ludmila Pacheco. “AQUELES ADOLESCENTES QUE COMETERAM DELITOS MAIS GRAVES, A LEGISLAÇÃO DETERMINA, QUE ELES DEVEM SER PRIVADOS DE LIBERDADE, AI SÃO ESSES ADOLESCENTES QUE VÃO PARA ESSAS INSTITUIÇÕES E QUE GARATEM ESSA PRIVAÇÃO DE LIBERDADE. NÓS TEMOS 4 UNIDADES DE SEMI LIBERDADE E 4 UNIDADES DE INTERNAÇÃO”. “QUAIS SÃO ESSAS POLÍTICAS? A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO, A POLÍTICA DE PROFISSIONALIZAÇÃO, A POLÍTICA DE ESPORTE, CULTURA E LAZER, A POLÍTICA DE SAÚDE, A POLÍTICA DE ASSISTENTE SOCIAL, ENTÃO, TODAS ESSAS POLÍTICAS, ELAS TEM UMA INSERÇÃO EM NOSSAS UNIDADES. NÓS HOJE TEMOS PARCERIA ATRAVÉS DO PRONATEC, QUE É UM PROGRAMA FEDERAL, NÓS TEMOS UMA PARCERIA COM O SISTEMA “S”, SESI, SENAI, SESC, PARA A PROFISSIONALIZAÇÃO DOS ADOLESCENTES... E A SECRETÁRIA DE TRABALHO”. “NEM SEMPRE O ADOLESCENTE QUE ESTÁ VIVENDO NA RUA, É O ADOLESCENTE QUE ESTÁ EM CONFLITO COM A LEI. NORMALMENTE O ADOLESCENTE OU A CRIANÇA QUE VAI PARA RUA, ELA VAI A BUSCA DE ALGUMA DESISTRUTURA NO ÂMBITO FAMILIAR, NO ÂMBITO DA SOCIEDADE, ENFIM, ELE VAI PARA RUA FUGINDO DE ALGUM SOFRIMENTO... ATÉ SE AGREDINDO DE CONSUMIR DROGA, MAS NÃO NECESSARIAMENTE ELE ESTÁ INFRACIONANDO”. PERGUNTAS: A Subsecretária Ludmila Pacheco não foi questionada, foi lhe dada à opção de argumentação livre. 71 15.10 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 10 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 16/04/2013 LOCAL: UNIRE HORÁRIO: 17H00MIN EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Internos, Assistentes Sociais Luciana Dias e Isabella Fernandes e Pedagoga Wanessa Reis. PROPOSTA: Conhecer como funciona a UNIRE, de que forma eles ajudam os internos e conhecer a vida deles. DESCRIÇÃO: Interno: “SOU PC, TENHO 17ANOS, ESTOU CUMPRIMENTO MEDIDA SOCIOEDUCATIVA A 2 ANOS E 2 MESES AQUI NA UNIRE, FUI PRESO POR LATRÔCINIO, QUE É UM ROUBO SEGUIDO MORTE, E PEGUEI UMA SENTENÇA DE 6 MESES A 3 ANOS”. “A UNIRE SEMPRE INFLUENCIARAM A GENTE A FAZER A COISA CERTA. TODOS OS PSICÓLOGOS, TODOS OS PROFESSORES, EM GERAL, A UNIRE INFLUENCIA MUITO O JOVEM A BUSCAR COISAS NOVAS, COISAS BOAS NA VIDA”. MINHA FAMÍLIA MESMO DE TUDO QUE ACONTECEU, SEMPRE ESTEVE AO MEU LADO, SEMPRE MESMO, SEMPRE ME APOIANDO, SEMPRE ME COLOCANDO PRA CIMA, SEMPRE ME AJUDANDO E QUERENDO O MELHOR PRA MIM. TODO MUNDO PRECISA DE AMOR, CARINHO, DE CUIDADOS. “A GENTE FICA MUITO SENSÍVEL AS COISAS, E ASSIM, A FAMÍLIA AJUDOU MESMO NO PESSOAL, NESSA MINHA PASSAGEM POR AQUI”. “HOJE EU JÁ TENHO OS ESTUDOS CONCLUÍDOS, TENHO ALGUNS OBJETIVOS NA MINHA VIDA, E UM DESSES OBJETIVOS MAIS PARA FRENTE, PASSAR EM UMA UNIVERSIDADE, E DEPOIS DE TUDO ISSO QUE ACONTECEU NA MINHA VIDA, EU POSSO RECONSTRUIR UMA NOVA TRAJETÓRIA NA MINHA VIDA”. Interna: “O QUE ME LEVARAM A ENTRAR NO MUNDO DO CRIME FORAM AS AMIZADES QUE INFLUENCIARAM BASTANTE, E TAMBÉM TEM A VONTADE DE TER AS COISAS E NÃO PODER E TER TUDO DO BOM E DO MELHOR, AI FUI PARA O LADO ERRADO, AI FUI PELO O LADO DO ROUBO”. “AQUI EU PUDE CONCLUIR O ENSINO MÉDIO, ATUALMENTE FAÇO OFICINA DE MAQUIAGEM, E ESTOU COM PLANO DE FAZER FACULDADE”. “O ACOMPANHAMENTO DAS TÉCNICAS, PSICÓLOGOS, AJUDAM 72 BASTANTE, MAS A VONTADE VEM DA PESSOA, DE QUERER SEGUIR NOVO CAMINHO”. “NO INICIO PRA MIM FOI MUITO DIFÍCIL, PORQUE É MUITO RUIM FICAR LONGE DA FAMÍLIA, DE FAZER AS COISAS QUE NÓS GOSTAMOS VONTADE DE MUDAR DE VIDA, PROCURAR O MELHOR PRA MIM E PARA MINHA MÃE, PORQUE ELA SOFRE MUITO COM ESSA SITUAÇÃO, E EU NÃO QUERO QUE ELA PASSE O RESTO DA VIDA DELA VINDO ME VISITAR, VENDO A FILHA DELA PASSANDO POR ESSA HUMILHAÇÃO, ESTÁ VENDO A FILHA DELA NESSE ESTADO”. “ESSES NOVE MESES QUE ESTOU AQUI, DEVE SEU LADO POSITIVOS, TROUXE NOVAS EXPERIÊNCIAS, E FIZERAM-ME TIRAR CONCLUSÃO, QUE EU NÃO QUERO ISSO PRA MIM. QUERO SEGUIR OUTRO CAMINHO, QUERO OUTRA VIDA PRA MIM, PRETENDO FAZER FACULDADE, TRABALHAR, DAR UMA VIDA DIGNA, MAS ACHO QUE A VONTADE PARTE DA PESSOA, DE QUERER MUDAR E BOLA PRA FRENTE, ESQUECER O PASSADO E TRILHAR UM NOVO CAMINHO”. Assistente Social Luciana Dias: “A POLÍTICA AQUI NA UNIDADE ELA É OFERECIDA EM COM JUNTO COM A SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO E COM A SECRETÁRIA DA CRIANÇA. ENTÃO CABE A SECRETÁRIA DA CRIANÇA OFERTAR O ESPAÇO FISÍCO, E TODO CORPO HUMANO VEM DA SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO. NO ANO DE 2012 CERCA 77 ALUNOS FIZERAM A PROVA DO ENEM. O ENEM TEM COMO FINALIDADE CONCLUIR O ENSINO MÉDIO, E PARA O ENGRESSO NO ENSINO SUPERIOR, QUE NO CASO O SISU, QUE É INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E O PROUNI PARA INSTITUIÇÕES PARTICULARES. NÓS TIVEMOS 5 ADOLESCENTES QUE OBTIVERAM PONTUAÇÃO PARA ENGRESSAREM NO ENSINO SUPERIOR”. Assistente Social Isabella Fernandes: “BUSCAMOS PRINCIPALMENTE ATENDER AS NECESSIDADES E DIREITOS ESTABELECIDOS NA LEGISLAÇÃO E NO TRABALHO NA EQUIPE TÉCNICA, EFETUAR ATENDIMENTO FAMILIAR E UM ACOMPANHAMENTO E UMA LIGAÇÃO A REDE EXTERNA, NO SENTIDO DE VINCULAR ESSE JOVEM À COMUNIDADE DE ORIGEM, PARA QUE ELE POSSA SAIR DAQUI, MESMO QUE SEJA SAÍDA ESPECIAL OU SAÍDA SISTEMÁTICA, ELE TEM ACESSO A ESSA COMUNIDADE EM ATENDIMENTO A ESSE DIREITO”. Pedagoga Wanessa Reis: “O NÚCLEO DE PROFISSIONALIZAÇÃO, ELE ATUA NO SENTIDO DE OFERECER ATIVIDADES OCUPACIONAIS PARA OS JOVENS, QUE ATUALMENTE TEMOS ALGUMAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS, QUE SÃO A SERIGRAFIA, PANIFICAÇÃO, ARTE CERÂMICA, E TEMOS ORTAS. ESSAS 4 ATIVIDADES ATENDEM CERCA DE 100 ADOLESCENTES POR SEMANA”. PERGUNTAS: As Assistentes, Pedagoga e Internos não foram questionados, foi lhes dada a 73 opção de argumentação livre. 15.11 – PAUTA PARA GRAVAÇÃO 11 PAUTA ASSUNTO: A Ressocialização dos Adolescentes em Conflito com a Lei DATA DA GRAVAÇÃO: 22/04/2013 LOCAL: NAI HORÁRIO: 10h20min EQUIPE: Bárbara Ribeiro Popovidis, Daniel Mesquita Souto, Eliane Ferreira Lima, Rayane Costa Campos e Rodrigo da Silva Portella. CONTATO DA EQUIPE: 8225 4071 / 99758126 / 8408 0801 / 8528 7044 / 8599 3030 FONTE/ENTREVISTADO: Assistente Social Cláudia Parise PROPOSTA: Conhecer, Saber o porquê o NAI foi criado, o que este núcleo oferece. DESCRIÇÃO: Assistente Social Cláudia Parise: “ELE É APREENDIDO PELA A POLÍCIA MILITAR QUE É LEVADO ELE PARA A DCA. NO DISTRITO FEDERAL TEMOS DUAS DCA, A DCA 1 NA ASA NORTE E A DCA 2 NA CEILÂNDIA. ESSES ADOLESCENTES SÃO LEVADOS PARA A DCA E DE ACORDO COM AVALIAÇÃO DO DELEGADO SE FAZ O AUTO DE APREENSÃO E SÃO ENCAMINHADOS PARA O NÚCLEO”. “ENTÃO O QUE É O NAI? NÚCLEO DE ATENDIMENTO INTEGRADO. ELE É UM PROGRAMA QUE TEM POR OBJETIVO REUNIR NO MESMO ESPAÇO FÍSICO ORGÃOS DO SISTEMA DE GARANTIAS DE DIREITO, ENTÃO NÓS TEMOS O JUDICIÁRIO... SAÚDE, EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA”. PERGUNTAS: A Assistente Social, Cláudia Parise, não foi questionada, foi lhe dada à opção de argumentação livre. 74 15.12 – DEMAIS ANEXOS 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85