Ano XXIX • nº 330 • Setembro / 2012 Qualificação dos serviços dá sustentabilidade às organizações Cresce o número de estabelecimentos de saúde que estão buscando o selo da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e os internacionais Joint Commission International (JCI) e Acreditation Canada. O processo traz melhoria substancial do atendimento e aumento da rentabilidade das organizações. Páginas centrais Artigo questiona valores do SUS em psiquiatria. Página 4 Cai o número de leitos públicos no país. Página 11 Jornal SINDHOSP 330.indd 1 27/09/2012 18:01:40 Edi t o r i a l Anuário SINDHOSP 2012 fala de inovação Hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de serviços de saúde contribuintes do SINDHOSP devem começar a receber, a partir da segunda quinzena de outubro, a quarta edição do Anuário SINDHOSP, que tem como tema central “Inovação: Ideias, Tendências e Ações que Transformam o Mercado da Saúde”. A inovação pode estar mais próxima da empresa do que o empresário e o gestor imaginam. As mudanças nas relações que a internet e, mais recentemente, as mídias sociais estão proporcionando é algo que só poderemos dimensionar daqui alguns anos. Mas isso já está acontecendo hoje! O agendamento de consultas e exames pela rede mundial de computadores já é uma realidade. O acesso aos resultados, também. O doutor Google está minando a soberania dos médicos e o prontuário de saúde pessoal é uma tendência que visa maior conscientização do usuário como responsável pela sua própria saúde. Tudo isso impacta as relações no setor. O fator humano, aliás, é a mola propulsora do nosso segmento. Afinal, por mais refinadas que sejam as tecnologias empregadas, todas, sem exceção, passam pela mão dos profissionais da saúde. São eles que decidem, manipulam e, principalmente, mantêm contato direto com os pacientes. E como gerir dentro de organizações com tantos protocolos a serem obedecidos, como exige a saúde, a geração que começa a chegar às nossas empresas, conhecida como geração Y ou Z? Quais os conflitos que podem ocorrer no relacionamento entre os profissionais mais maduros com essa rapaziada que respira tecnologia? Como administrá-los? Essas questões se colocam atualmente como desafios e exigem criatividade dos gestores para superá-los. Criar e inovar são sinônimos que precisam fazer parte do nosso dia a dia. E a proposta do Anuário, que chega a ser um tanto provocativa, é mostrar tendências, apontar para onde o mundo (que hoje não tem fronteiras) caminha. Para inovar não é preciso grandes investimentos. Pelo Dicionário Houais, inovar é “fazer algo como não era feito antes”. Encontrar essa diferença exige não só raciocínio, mas principalmente sensibilidade, percepção. E esse mar de possibilidades está dentro de cada um de nós. Dante Montagnana presidente E xp ed i ente DELEGADOS REPRESENTANTES Efetivos: Dante Ancona Montagnana e Yussif Ali Mere Júnior - Suplentes: José Carlos Barbério e Luiz Fernando Ferrari Neto REGIONAIS SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS E ANÁLISES CLÍNICAS E DEMAIS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA EFETIVOS Dante Ancona Montagnana – presidente, Yussif Ali Mere Júnior – 1º vice-presidente, George Schahin – 2º vice-presidente, José Carlos Barbério – 1º tesoureiro, Luiz Fernando Ferrari Neto – 2º tesoureiro, Luiza Watanabe Dal Ben – 1ª secretária e Antonio Carlos de Carvalho – 2º secretário SUPLENTES Sérgio Paes de Melo, Carlos Henrique Assef, Danilo Ther Vieira das Neves, Simão Raskin, Ricardo Nascimento Teixeira Mendes, Marcelo Luis Gratão e Irineu Francisco Debastiani CONSELHO FISCAL Efetivos: Roberto Nascimento Teixeira Mendes, Gilberto Ulson Pizarro e Marina do Nascimento Teixeira Mendes - Suplentes: Maria Jandira Loconte Ferrari, Paulo Roberto Rogich e Lucinda do Rosário Trigo ABC Rua Porto Alegre, 257 - Vila Assunção CEP: 09030-610 - Santo André - SP Tel/Fax: (11) 4427-7047 e-mail: [email protected] BAURU Rua Bandeirantes, 7-20 - Centro - 17015-011 - Bauru - SP Tel: (14) 3223-4747 - Fax: (14) 3223-4718 e-mail: [email protected] CAMPINAS Rua Conceição, 233 - 15º andar - Sala 1510 - Centro CEP: 13010-050 - Campinas - SP Tel: (19) 3233-2655 - Fax: (19) 3233-2676 e-mail: [email protected] PRESIDENTE PRUDENTE Rua Joaquim Nabuco, 150 - Centro Presidente Prudente - SP - CEP: 19010-070 - Tel: (18) 3916-2435 e-mail: [email protected] RIBEIRÃO PRETO Rua Álvares Cabral, 576 - 5º andar - Edifício Mercúrio CEP: 14010-080 - Ribeirão Preto - SP Tel/Fax: (16) 3610-6529 - e-mail: [email protected] SANTOS Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 238 - Cj. 44 - Centro CEP: 11070-000 - Santos - SP - Tel/Fax: (13) 3233-3218 e-mail: [email protected] SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Av. Dr. João Guilhermino, 251 - 12º andar - sala 122 CEP: 12210-131 - São José dos Campos - SP Tel: (12) 3922-5777 / 3922-5023 - Fax (12) 3946-2638 e-mail: [email protected] SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Rua Tiradentes, 2449 - Boa Vista CEP: 15025-050 - São José do Rio Preto - SP Tel: (17) 3232-3030 e-mail: [email protected] SOROCABA Rua Cônego Januário Barbosa, 145 - Vergueiro CEP: 18030-200 - Sorocaba - SP Tel: (15) 3211-6660 - Fax: (15) 3233-0822 e-mail: [email protected] JORNAL DO SINDHOSP EDITORA: Ana Paula Barbulho (Mtb 22.170) REPORTAGENS: Ana Paula Barbulho, Aline Moura e Fabiane de Sá PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO GRÁFICA: Ergon Art - (11) 2676-3211 PERIODICIDADE: Mensal TIRAGEM: 15.000 exemplares CIRCULAÇÃO: entre diretores e administradores hospitalares, estabelecimentos de saúde, órgãos de imprensa e autoridades. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. Correspondência para Assessoria de Imprensa SINDHOSP R. 24 de Maio, 208, 9º andar, São Paulo, Capital, CEP 01041-000 Fone (11) 3331-1555, ramais 245 e 255 www.sindhosp.com.br e-mail: [email protected] 2 Jornal SINDHOSP 330.indd 2 27/09/2012 18:01:42 N otícias Médicos de SP protestam até o momento, poucas empresas regularizaram os contratos já existentes”. Ele também afirmou que os reajustes aos médicos nos últimos dez anos estão muito abaixo da inflação. “Dessa maneira, cai a qualidade dos serviços prestados e do atendimento ao paciente.” De acordo com a ANS, São Paulo concentra quase a metade da população brasileira que paga planos e seguros saúde. São 18,4 milhões de usuários, de um total de 47,8 milhões no país. A ação pela valorização da profissão teve início no dia anterior à paralisação dos médicos, com uma passeata intitulada “Ato de Cidadania”, formada por lideranças das entidades médicas estaduais e profissionais da área de saúde, que seguiu da sede da APM até a Câmara Municipal de Vereadores. Vestindo aventais verdes e usando adesivos amarelos em favor da causa, médicos, enfermeiros e manifestantes que aderiram ao movimento, apoiado pelo SINDHOSP e pela Fehoesp, entregaram um documento com as reivindicações da categoria ao presidente do Legislativo Municipal, vereador José Police Neto (PSD), e pediram o apoio dos vereadores. Em meio aos desentendimentos entre operadoras e médicos, os usuários de planos de saúde também têm demonstrado insatisfação com os serviços. Antes da passeata, Florisval Meinão e representantes da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), da Academia de Medicina de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Cirurgiões Dentistas (SBCD) apresentaram um balanço das queixas recebidas nos primeiros 20 dias de funcionamento do serviço SOS Pacientes Planos de Saúde, criado pela APM em parceria com a ProTeste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Pelo telefone 0800 200 4200, a população usuária de plano de saúde pode registrar, gratuitamente, os problemas com as operadoras. No período de 14/8 a 4/9, foram 423 reclamações registradas pelo serviço, média de 28 por dia. A maioria das queixas foi pela demo- ra em agendar consulta (28%); seguida por negativa de cobertura (19%); rede credenciada insuficiente (17%); reajuste abusivo (15%); e demora em autorizações de exames e internações (13%). Paralisação nacional O movimento pela valorização da profissão dos médicos em São Paulo faz parte de uma mobilização nacional que prevê paralisar o atendimento em todo país no mês de outubro, caso não haja avanço nas negociações com as operadoras. A proposta foi deliberada pela Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu) das entidades, em reunião realizada no dia 31 de agosto, que contou com representantes da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Conselho Federal de Medicina (CFM) e AMB, além de sindicatos de médicos, conselhos e associações regionais. Os dirigentes optaram por um protesto mais amplo por não terem obtido os avanços esperados nas negociações com as operadoras. “Os Estados terão autonomia para escolher os planos a serem suspensos. As urgências e emergências continuarão funcionando normalmente”, explicou o secretário de Saúde Suplementar da Fenam, Márcio Bichara. O presidente do CFM, Roberto D’Ávila, apresentou uma proposta para que as entidades debatam a possibilidade de desvincular as consultas dos planos de saúde. “A ideia será levada para as entidades. Vamos amadurecer a lógica de no futuro o usuário comprar o plano desvinculado da consulta, já que o embate com as operadoras está cada vez pior. Com isso, preservaríamos a relação médico-paciente.” Fotos: Divulgação No dia 6 de setembro, os médicos do Estado de São Paulo que atendem planos de saúde suspenderam a realização de consultas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas, como mais um protesto e demonstração de insatisfação com as operadoras. Muitos planos ainda não negociaram com os médicos a reposição das perdas acumuladas nos honorários pagos e continuam interferindo na conduta médica. O atendimento de urgências e emergências foi mantido durante o dia de paralisação. Pelo menos 70% da categoria aderiu à greve, segundo a Associação Paulista de Medicina (APM). Os médicos reivindicam o aumento dos honorários para R$ 80 por consulta. Segundo a APM, a maioria dos médicos paulistas recebe das operadoras entre R$ 50 e R$ 60 por consulta, mas há quem ganhe apenas R$ 25. Eles reclamam também da interferência na relação entre médico e paciente, já que operadoras fazem pressão para reduzir exames e internações e para antecipar altas. Além disso, os profissionais querem a revisão da tabela com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), e o compromisso de reajuste anual, regularizado em contrato. Este item, inclusive, já está regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O presidente da APM, Florisval Meinão, disse que as resoluções da ANS não estão sendo cumpridas e que “a Instrução Normativa (IN) nº 49, que obriga constar claramente nos contratos com as operadoras os reajustes aos prestadores, entrará em vigor em novembro. No entanto, O SINDHOSP fez uma faixa de apoio aos médicos A passeata foi até a Câmara dos Vereadores edição 330 Jornal SINDHOSP 330.indd 3 3 27/09/2012 18:01:46 Ar t i g o O engraxate e o SUS conversávamos não pude deixar de traçar um paralelo em relação à assistência realizada pelos hospitais psiquiátricos brasileiros. A política nacional de saúde mental impinge um valor mínimo para que os prestadores atendam a pacientes que são caracterizados por serem portadores de uma doença complexa. O gestor público definiu que R$ 35 são suficientes para pagar o atendimento diário desses pacientes. Neste valor estão incluídos atendimento médico, serviços de hotelaria, alimentação e medicamentos. Refleti sobre a qualidade que pode ser oferecida a este preço. E automaticamente me lembrei do primeiro engraxate, que cobrava menos, mas realizava um trabalho infinitamente inferior em termos de qualidade. Todos sabem que a internação psiquiátrica pode ser necessária em algum momento da doença dos que sofrem mentalmente. Mas, por uma questão ideológica, o gestor não financia adequadamente os estabelecimentos de saúde que fazem parte de uma rede de atenção integrada em saúde mental. A partir daí, decorrem os problemas. Porque, por outro lado, o Ministério da Saúde não consegue dar resposta quantitativa e qualitativa à população na criação e implementação de serviços comunitários. Ao mesmo tempo, não se investe nos hospitais. E quem sofre com tudo isso são os pacientes e familiares, os usuários do sistema. É um beco sem saída, pelo menos em curto prazo. Outro ingrediente que agrava o problema é o avanço das drogas, que compromete a população dos grandes centros, revelando a falta de estrutura e de planejamento das autoridades. Equivocadamente, buscam a solução para a dependência química através da segurança pública. Estão errados. Para Hospital Samaritano de São Paulo - Espaço para Locação Anfiteatro (200 lugares): >> Buffet transformar essa dura realidade, há que se investir muito em educação e saúde. E não se sabe até quando os responsáveis pelos hospitais psiquiátricos vão suportar esse valor insignificante. O que é trabalhar de graça? Qual o limite aceitável para que se tenha um equilíbrio econômico-financeiro de um contrato espúrio? Qual o limite da qualidade? Qual o valor justo para remunerar uma série de exigências para que o paciente seja de fato bem tratado? Uma coisa para mim é certa: o valor justo, adequado e factível, está muito longe do que é oferecido indignamente. E que os hospitais acabam aceitando. Gostaria que cada dirigente de hospital psiquiátrico tivesse a mesma postura do velho engraxate, e dissesse ao gestor público, em alto e bom som: “Não trabalho de graça”. Foto: Arquivo SINDHOSP Observei que meu sapato precisava de uma graxa preta para restaurar um pouco das minhas idas e vindas. Havia engraxado o outro par na semana anterior numa cadeira debaixo de um guarda-sol, na Praça da República, ao preço de R$ 3. Como nesta semana havia fila, procurei outro engraxate na mesma praça a poucos metros de distância. Este cobrou R$ 5. Pensei que a inflação estava correndo solta. Perguntei se o engraxate poderia fazer um desconto, já que o colega ao lado cobrava 40% a menos. A resposta foi que infelizmente não dava, pois ele não trabalhava de graça. Pela resposta, resolvi ficar. Até para conversar um pouco mais com aquele senhor que me confidenciou ter 80 anos. Fiquei observando o empenho com que realizava seu ofício, e isto me intrigou. Uma demão caprichada de graxa e um lustro com um pano metodicamente dobrado. Outra demão e outro lustro. O sapato ia ficando cada vez mais bonito e quando achei que estava pronto, outra demão. O tempo passava e eu olhava para o relógio com a certeza de que não daria mais tempo para almoçar. Mas valeu a pena. Falávamos sobre a vida. Ele, sobre o seu particular mercado de trabalho. Tinha clientes cativos que pagavam bem mais do que o valor cobrado, pois não abria mão da qualidade. A esta altura, já tirava o chapéu para aquele senhor, que me cativou não só pelo empenho com que trabalhava, mas também por me dar mais uma lição de vida. À medida que conversávamos, seu semblante deixava transparecer que amava o que fazia. Mas uma coisa era certa: ele não trabalhava de graça. Quarenta e cinco minutos depois, deu seu toque final e o sapato parecia mais novo do que quando o comprei há anos. Enquanto Ricardo Mendes coordenador do departamento de Saúde Mental do SINDHOSP Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa - ICEP-HS >> Segurança >> Higiene >> Suporte Audiovisual Tel.: +55 (11) 3821-5719 Fax.: +55 (11) 3821-5896 [email protected] >> Estacionamento com Manobrista >> Recepção >> Mestre de Cerimônias, Intérpretes, Gravação e Fotografia 4 www.samaritano.org.br Jornal SINDHOSP 330.indd 4 @samaritanohosp Samaritano Hospital /hospitalsamaritano 27/09/2012 18:01:49 N otícias SINDHOSP lança versão mobile de seu site No Brasil, o crescimento do acesso à internet por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets) é vertiginoso. Para se ter uma ideia, estudo recente realizado pela comScore, agência especializada em pesquisa de mercado no mundo digital, verificou aumento de 300% nos acessos à internet realizados por meios portáteis, no período de um ano (maio de 2011 a maio de 2012). Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de 2011, também revelam a tendência: em 2010 eram 20,6 milhões de terminais ativos com acesso à rede 3G no Brasil, já em 2011 este número dobrou, chegando a 41,1 milhões. Atento a estas convergências, o SINDHOSP desenvolveu uma versão mobile de seu site, arquitetada especialmente para suportar os formatos diferenciados de visualização e leitura utilizados pelos dispositivos móveis. As informações são as mesmas da versão tradicional, mas apresentadas de maneira compatível. O internauta, através de seu celular ou tablet, pode acessar as notícias de todos os departamentos do Sindicato, as áreas institucional e de cadastro, o painel de vagas, conferir a agenda de cursos e eventos, preencher formulários, entre outras funções. Portais nacionais, como UOL e Terra, já possuem suas versões mobile. Na área da saúde, o SINDHOSP é o primeiro a apresentar a novidade. Para o presidente do SINDHOSP, Dante Montagnana, este é mais um serviço ofertado ao público que acompanha o segmento da saúde. “De qualquer lugar, as pessoas poderão tirar suas dúvidas e ficar bem informadas, já que o site conta com atualizações diárias de notícias e demais conteúdos”. Para acessar o site do SINDHOSP por meio de celular ou tablet, basta digitar o endereço do portal, www.sindhosp.com.br, e o usuário é automaticamente direcionado à versão mobile. O acesso é compatível com as plataformas Android, iOS (utilizada em Iphone e Ipad), sistemas BlackBerry e Windows Phone. Outro produto desenvolvido pela entidade que já possui sua versão digital desde 2011 é o Anuário SINDHOSP. A publicação, que é referência no setor de saúde e foi eleita pelo Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo do ano passado como uma das cinco melhores no âmbito corporativo do país, também pode ser acessada por meio de celular e tablet. Em 2012, a versão digital prevê novos recursos interativos, como compartilhamento de informações de empresas e produtos anunciantes, vídeos e jogos. Médicos de SP suspendem atendimento a planos de saúde em outubro to, -HS 6 g.br Os médicos de São Paulo decidiram paralisar o atendimento eletivo aos planos de saúde de 10 a 18 de outubro como protesto contra práticas abusivas das empresas e a defasagem inaceitável dos procedimentos médicos. Reunidos na Associação Paulista de Medicina na noite de 17 de setembro, as lideranças do movimento aprovaram a suspensão do atendimento ao grupo de operadoras que sequer aceitaram negociar com a classe médica ou não enviaram propostas concretas até o fechamento desta edição. São elas: Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Notredame, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristóvão, Seisa, Trasmontano e Universal. Um novo grupo poderia ser anunciado até a data da paralisação. Enquanto isso, a comissão de negociação continua à disposição das empresas para receber propostas. “Estamos confiantes de que o diálogo estabelecido nos últimos meses com várias operadoras e seguradoras resultará em propostas consistentes. Caso contrário, se esses planos de saúde se omitirem ou deixarem de enviar valores e termos compatíveis com os pleitos da classe, serão incluídos neste segundo grupo-alvo”, explica o diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury. Segundo João Sobreira de Moura Neto, diretor de Defesa Profissional da APM, a insatisfação é geral tanto entre os usuários como entre os profissionais de medicina. “O movimento nacional deliberou períodos de paralisação mais prolongados em outubro, que é o Mês do Médico, e São Paulo entrará com toda a força, como não poderia deixar de ser”, afirma. A APM, o Cremesp, os Sindicatos dos Médicos, a Academia de Medicina de São Paulo e as Sociedades de Especialidade iniciam agora um grande trabalho de mobilização dos médicos no sentido de organizá-los para os protestos agendados. A pauta de reivindicações do movimento médico paulista inclui consulta a R$ 80, valores dos procedimentos atualizados conforme a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) e inserção nos contratos de critério de reajuste a cada 12 meses. edição 330 Jornal SINDHOSP 330.indd 5 5 27/09/2012 18:01:50 Capa Qualidade e crescimento andam jun Na prestação de serviços, oferecer qualidade superior é um diferencial competitivo fundamental para as empresas. Em nenhum outro setor como no da saúde essa característica é tão valorizada, já que está diretamente ligada à vida e ao bem-estar das pessoas. Pensando nos benefícios que uma gestão focada na satisfação dos pacientes pode trazer, cada vez mais os estabelecimentos de saúde têm se candidatado à acreditação – processo de certificação de qualidade de padrão internacional. É crescente o número de estabelecimentos de saúde que estão buscando certificações e acreditação, como o selo da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e os internacionais Joint Commission International (JCI) e Acreditation Canada. Com uma rede de mais de 246 mil estabelecimentos de saúde, entre públicos e privados, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o número de certificações ainda é incipiente no Brasil. De acordo com dados disponíveis no site das instituições acreditadoras, são pouco mais de 500 certificados emitidos a empresas de saúde no país, sendo 319 pela ONA. Embora este número seja considerado pequeno, a busca pela melhoria no desempenho pelas metodologias de acreditação é um fenômeno em ascensão que, para especialistas, deve se traduzir em práticas de gestão e de assistência mais transparentes, seguras e eficientes. Segundo o presidente pois o que você faz hoje do Instituto Qualisa de Gesdeseja sempre fazer melhor tão (IQG), Rubens Covello, a amanhã”, conta. acreditação na saúde é um A busca pela consolimovimento bem estruturadação da qualificação dos do em todas as regiões do serviços também possui Brasil. “No mundo inteiro a seus entraves. Para Rubens qualificação de serviços de Covello, do IQG, a grande saúde se dá baseada nos dificuldade que as empreprocessos de acreditação”, sas de saúde têm em relaexplicou. Para o presidenção à acreditação é a falta te do IQG, a acreditação de capacitação das pessoas O presidente do Hospital Santa Paula, George Schahin tem como foco principal para os processos de quaa quebra de paradigmas lidade e segurança. “Aí está em relação à melhoria da qualidade da de verdade o grande impacto em custos do assistência e gestão das instituições e deve processo. A escassez de profissionais qualiobrigatoriamente dar dois resultados: primei- ficados é um dos principais obstáculos para ro, a melhoria substancial do atendimento e, o crescimento do setor”, disse, lembrando depois, o aumento da rentabilidade das or- que as pessoas têm resistência às mudanças ganizações. “Exatamente aí está o ganho das ou inovação. instituições participantes desse processo, e Para fazer frente a essa necessidade, o não no marketing setorial. As ferramentas de laboratório SalomãoZoppi Diagnósticos, acreditação são implantadas principalmente que foi recertificado em nível 3 pela ONA para a sustentabilidade das organizações de em agosto passado, inaugurou um Centro de saúde”, afirmou. Treinamento, no bairro do Paraíso, na Capital A opinião de Rubens Covello é reiterada paulista, para capacitar seus 874 colaboradopelo presidente do Hospital Santa Paula, res e aprimorar os serviços e a qualidade dos George Schahin. Afinal, o hospital foi o pri- atendimentos aos clientes nas cinco unidameiro no Estado de São Paulo a ser acredita- des da empresa: Ibirapuera Divino Salvador, do pela Organização Nacional de Acreditação Moema Araguari, Morumbi Panamby, Portal – ONA em 2001. Recentemente, conquistou do Morumbi e Paraíso. a acreditação JCI – Joint Commission Inter“Internamente, a certificação serve como national, o que fez com que acumulasse três ferramenta para a melhoria contínua, pois acreditações: ONA nível 3, obtida em 2008, na empresa tratamos a certificação como Acreditação Canadense (2010) e a JCI (2012). complemento para a gestão diária de nossos Schahin ressalta que a conquista dos selos de processos. Para o mercado, a certificação qualidade se traduz no aperfeiçoamento da em nível 3 diferencia o Salomão Zoppi dos assistência médico-hospitalar e na segurança demais, pois é uma metodologia sistêmica, para a instituição, pacientes e colaboradores. que valida a organização como um todo, e “Qualidade garante a sustentabilidade do não apenas nos aspectos técnicos. A recertinegócio”, ressalta. ficação atesta nossa atenção e cuidado com O presidente do Santa Paula lembra que a melhoria contínua”, acredita um dos sócios quando resolveu investir em qualidade, no da empresa, Luis Salomão. ano 2000, muitos profissionais e empresas do O processo da certificação beneficia toda mercado chegaram a dizer que se tratava de a cadeia, os colaboradores inclusive, com uma estratégia de marketing. “Sempre acre- procedimentos internos mais claros, além ditei que a qualidade proporciona ao gestor do próprio aprendizado ao passarem por um uma avaliação fria de como estão os proces- processo como esse. No Hospital Santa Paula, sos internos e os resultados da organização. a cultura da JCI e todos os processos preciPor isso, qualidade é um caminho sem volta, saram ser assimilados por 900 colaboradores 6 Jornal SINDHOSP 330.indd 6 27/09/2012 18:01:55 e cerca “Quand passa p é neces de tod propós um dos para ad atentos foco de em qua do aten O result Schahin Mas caro, co pensam a comp mite a o qualida hospita podem Salomã real da q ao resu do IQG a variab melhor médico Cresci On no país hospita laborat lidade e 1970, q alguns naciona Clínica fundad neou es da qual ções de dos 16 país tem segund apenas auditor A Ag m juntos az hoje melhor onsolição dos possui Rubens grande empreem relaé a falta pessoas de qua“Aí está stos do s qualios para brando udanças dade, o ósticos, la ONA entro de Capital boradoade dos unidaalvador, y, Portal e como ua, pois o como nossos ficação ppi dos têmica, todo, e recertido com s sócios cia toda ve, com s, além por um a Paula, s preciradores e cerca de 350 terceiros. tar (ANS) criou recente“Quando uma instituição mente o Qualiss, programa passa por uma acreditação voluntário de qualificação é necessária a integração dos prestadores de serviços de todos para um único de saúde que irá permitir, propósito, e este ponto é inclusive, que operadoras um dos mais complicados de planos de saúde classifipara adequação. Estamos quem sua rede credenciada atentos e trabalhando com levando em conta suas cerfoco de melhoria contínua tificações. “É uma iniciativa em qualidade e segurança da Agência para que mais do atendimento prestado. prestadores invistam na Luis Salomão, do SalomãoZoppi O resultado está aí”, afirma qualidade dos serviços. Schahin. Até porque isso pode levar Mas, afinal, qualidade realmente custa a empresa à insolvência. Se o paciente, no caro, como tantos gestores da área da saúde momento da escolha, tiver que optar entre pensam? Para o presidente do Santa Paula, uma instituição acreditada e outra não, é a complexidade do setor saúde não per- claro que ele irá optar pela que tem qualimite a opção por outra direção, senão a da dade reconhecida”, acredita o presidente do qualidade. “Coisas baratas podem levar um SINDHOSP, Dante Montagnana. hospital a erros médicos e a processos que As empresas de saúde que resolveram podem inviabilizar o negócio”, destaca. Luis investir em qualidade há alguns anos hoje Salomão concorda: “É difícil mensurar o custo colhem os frutos da iniciativa. O Salomãoreal da qualidade, entretanto, é barato frente Zoppi chegou a anunciar, no início do ano, ao resultado obtido.” Para Rubens Covello, uma projeção de 30% de crescimento. Redo IQG, “instituições acreditadas diminuem centemente, superou as expectativas para a variabilidade de erros, resultando em uma o ano ao ter crescido, no primeiro semestre, melhoria substancial inclusive na relação 47%. Luis Salomão explica que o início das médico-paciente.” atividades das unidades do Ibirapuera e Portal do Morumbi, atrelado ao compromisso Crescimento do laboratório com a qualidade, explicam o O número de instituições acreditadas crescimento expressivo. no país ainda é pequeno. Apenas 5% dos A JCI também chega em um momento hospitais são acreditados pela ONA. No setor especial para o Hospital Santa Paula, que laboratorial, programas de controle de qua- está prestes a inaugurar um novo lidade existem no Brasil desde meados de prédio para abrir o Instituto de On1970, quando começaram a ser implantados cologia. “Detectamos que na zona alguns projetos baseados em critérios inter- Sul de São Paulo não existe servinacionais. A Sociedade Brasileira de Patologia ço de radioterapia, por exemplo, Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), por isso estamos infundada em 1944, foi uma das que capita- vestindo nesse nicho. neou esta iniciativa. Apesar de o movimento As novas instalações, da qualidade ser crescente entre as institui- que devem ções de saúde brasileiras, menos da metade ser inaudos 16 mil laboratórios de diagnóstico do guradas país tem controles internos de qualidade, em outusegundo a SBPC/ML. Uma parcela mínima, bro, vão triplicar a capaapenas 2%, possui certificação concedida por cidade do Santa Paula em auditorias externas (acreditadoras). atendimentos oncológicos e A Agência Nacional de Saúde Suplemen- quimioterapia”, adianta George Schahin. O novo prédio tem 4.500 metros quadrados de área construída e consumiu investimentos de R$ 22 milhões. No ano de 2011, o hospital registrou R$ 189 milhões de faturamento. Como a área da saúde é dependente de mão de obra qualificada para a execução dos serviços, o Santa Paula firmou contrato com o Hospital Sírio-Libanês para que este chefie o corpo clínico do novo Centro Oncológico. “Não adianta investir em prédio e equipamentos sem equipe qualificada. O treinamento dos recursos humanos e protocolos serão realizados pelo Sírio-Libanês, que tem know how na área de oncologia”, afirma George Schahin. Outra empresa que vem obtendo excelentes resultados após a recente obtenção da JCI é a Dal Ben Home Care, como mostrado em reportagem do Jornal do SINDHOSP, edição de julho de 2012. Entre eles destacam-se a diminuição da infecção domiciliar, melhora na qualidade da informação no prontuário domiciliar e aumento no índice de satisfação dos clientes. Os índices de crescimento da Dal Ben também são surpreendentes. Em junho a companhia já havia atingido o crescimento esperado para todo o ano de 2012. edição 330 Jornal SINDHOSP 330.indd 7 7 27/09/2012 18:01:59 Eve n t o s A importância da gestão estratégica O congresso reuniu 500 participantes manutenção do euro. A acredito que a saída para Europa, porém, deverá o momento atual virá amargar um grande pedos EUA, pelo valor de ríodo sem crescimento, na suas universidades, que previsão do economista. atraem cabeças de todo Os principais riscos o mundo”, aposta. Para para a economia brasileira, FHC, as universidades segundo Maílson da Nónorte-americanas são brega, estão justamente íntegras, renomadas e na desintegração do euro trabalham com liberdae na desaceleração da de, vinculando-se com economia chinesa. “O que frequência a empresas, O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso há de mais positivo para portanto à iniciativa prio Brasil é que temos um vada, e ao governo. “A sistema financeiro sólido e bem regulado. solução, hoje, está na capacidade de criar Nossa dívida é de apenas 35% do PIB, contra e transformar essa criatividade em algo 100% dos EUA e 160% da Grécia, e temos uma positivo para a sociedade. O mundo é do situação externa confortável, com reservas de conhecimento”, acredita. US$ 380 bilhões”. A economia nacional, porém, O futuro do Brasil depende, segundo vem perdendo dinamismo, pelos mais de dez Fernando Henrique, do fôlego do país anos sem reformas. “Nesse período nossa inem promover as mudanças necessárias e fraestrutura piorou e nosso sistema financeiro acompanhar os desafios. “A sociedade está também. Isso reduz a eficiência da economia e mais exigente. Não basta ter saúde. Que faz falta um sistema tributário mais decente”. saúde? Não basta ter escola. Que escola?”, O mercado de planos de saúde vem questionou, ressaltando que esta última é a sofrendo incremento com o crescimento da maior fragilidade nacional. Além disso, falta classe C, ou da“nova classe média”. Esse impaccapacidade e um pensamento organizado to foi abordado no evento pelo sócio-diretor para resolver questões fundamentais, como do Instituto de Pesquisa Data-Popular, Renato Previdência e saúde. “Me assusta a falta Meirelles. Ele lembrou que o plano de saúde é de discussões sérias sobre esses assuntos. o segundo “produto” mais desejado por essa Nossos políticos fogem de temas polêmicos”. população, depois da casa própria.“O mercado FHC defendeu ainda que os setores público de saúde suplementar ainda pode avançar a e privado devem atuar de forma complepatamares maiores. Falta os gestores conhementar. “Os dois sozinhos não fazem nada”. cerem mais as características e hábitos dessas A economia pessoas”. Meirelles lamentou o engessamento O ex-ministro da Fazenda e consultor, que a Lei 9656/98 impõe ao mercado, ao não Maílson da Nóbrega, apresentou o atual permitir que o consumidor exerça o seu direito cenário econômico-financeiro. Segunde “escolher pelo que pode pagar”. do ele, vivemos a mais longa crise do Já o diretor da Amil, Antônio Jorge Kropf, capitalismo desde o fim da Segunda ressaltou que os principais passos para o Guerra Mundial. “A Europa hoje é um bom funcionamento da cadeia produtiva do grande centro de risco e líderes intersetor dependem de três premissas. “É preciso nacionais estão se unindo para evitar se ater ao contato entre as partes, comparo pior. Preocupa o endividamento dos tilhamento de dados e, o mais importante, países e a fragilidade do sistema finanter informações de qualidade sobre os proceiro europeu”, alertou. A dúvida é se o blemas enfrentados pelos envolvidos, para euro irá sobreviver. “Os países voltarem poder elaborar um plano comum”. O evento às suas moedas antigas é o mesmo que reuniu cerca de 500 congressistas. Os diretoacreditar que é possível devolver a pasta res do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Júnior e José de dente ao tubo”, disse, apostando na Carlos Barbério, acompanharam os debates. Fotos: Divulgação As mudanças econômicas que acontecem no Brasil e no mundo, o que é necessário para o bom funcionamento da cadeia produtiva da saúde, o comportamento e hábitos das novas classes C e D, as práticas competitivas adotadas pelas operadoras de planos de saúde e o papel da tecnologia da informação para a sustentabilidade do negócio. Estes temas foram abordados nos dois dias de debates do 17º Congresso Abramge (Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo), que aconteceu em 23 e 24 de agosto, em São Paulo, com o tema central “Planejamento Estratégico na Saúde Suplementar”. O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), fez a palestra de abertura do evento, abordando aspectos históricos do Brasil e do mundo e traçando um panorama do cenário atual sob o ponto de vista econômico e social. A abertura do mercado nacional às importações, feita durante o governo de Fernando Collor, forçou uma mudança brusca no processo produtivo, para que o país pudesse ser competitivo globalmente. “No início da década de 90 a inflação era galopante e a dívida externa, outro grande problema brasileiro. O Plano Real criou o ambiente para um Estado de melhor condição social”, frisou FHC. A ascensão da economia chinesa à segunda maior do mundo, a crise de 2008, o crescente desemprego na União Europeia e a letargia da economia norte-americana também estiveram em discussão. “Há 20 anos ninguém imaginaria esse cenário. A Europa, hoje, não tem capacidade de se mobilizar para o investimento, por isso, 8 Jornal SINDHOSP 330.indd 8 27/09/2012 18:02:04 N otícias Nova pesquisa mostra interferência dos planos no trabalho dos médicos A Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp) apresentou, no dia 30 de agosto, durante o XVII Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, realizado na Capital paulista, os resultados da pesquisa que encomendou ao Instituto Datafolha. O trabalho tinha por objetivo dimensionar os problemas que os médicos dessas especialidades de São Paulo enfrentam no dia a dia da saúde suplementar e que revelou que 97% dos obstetras e ginecologistas sofrem pressões de planos de saúde no exercício da medicina. Para a pesquisa, foram realizadas 451 entrevistas distribuídas no Estado. A margem de erro máxima é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95% e um universo de aproximadamente 5.400 médicos. O estudo revela que seis em cada dez médicos denunciam alto grau de interferência. Entre os tipos de interferências avaliados, 88% dos ginecologistas destacam divergências quanto a procedimentos ou medidas terapêuticas; e 80% A pesquisa não abordou quais tipos de exames e procedimentos são os mais dificultados pelas operadoras, mas Fernandes supõe que isso aconteça com os mais caros. Outro problema apontado por 87% dos ginecologistas, segundo a pesquisa, é a ocorrência de glosas. 43% dos médicos se mostraram pessimistas e não acreditam no desenvolvimento e valorização da especialidade nos próximos anos. De acordo com o estudo, 24% deles não enxergam perspectiva de mudança no cenário atual. Para piorar o quadro, apenas 12% consideram a qualidade dos serviços oferecidos pelas ope radoras de saúde como ótima ou boa. Quase metade, 47%, avalia como ruim ou péssima e 41%, como regular. A pesquisa constatou ainda que 13% dos mé dicos disseram que já deixaram de exercer a obstetrícia, devido, em especial, aos baixos honorários e a obrigatoriedade de disponibilidade em período integral. reclamam de interferência em atos diagnósticos e terapêuticos mediante a designação de auditores. Para o presidente da Sogesp, César Eduardo Fernandes, “está se tornando inviável prestar serviço aos convênios, particularmente em virtude da interferência na prática médica”. Outro dado descrito por seis em cada dez profissionais que atendem planos refere-se a pressões que sofrem quando o procedimento indicado é a internação e também no período de pré-operatório, o que para a entidade representa um risco à prática segura da medicina. Na opinião da maioria dos médicos associados, 92% das operadoras de planos de saúde também dificultam a realização de exames e procedimento de alta complexidade. edição 330 Jornal SINDHOSP 330.indd 9 9 27/09/2012 18:02:09 Ar t i g o Administrador: o profissional que o Brasil precisa entre os países. Numa escala onde zero significa “muito corrupto” e dez “nada corrupto”, a nossa nota foi 3,8. Fomos reprovados. Além de prejuízos à moral, a corrupção empaca o desenvolvimento brasileiro: um estudo da Fiesp revelou que o prejuízo causado por essa praga chega a R$ 85 bilhões por ano! A corrupção não é apenas fruto da falta de ética, mas também de falhas na administração pública e nos seus mecanismos de controle (para lembrar uma das funções clássicas da Administração delineadas por Fayol). Que falta faz um administrador de fato por trás de nossas instituições, não é mesmo? O despertar para a necessidade de uma gestão realmente profissional tornou a Administração o curso superior com o maior número de faculdades (mais de 2.600) e o maior número de alunos (mais de 800 mil). Por ano, são formados mais de 114 mil administradores. Não só a oferta de profissionais da área aumentou, como também a demanda por eles. O Conselho Federal de Administração, em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração), realizou uma pesquisa que traça o raio X da profissão no Brasil. Uma das questões era dirigida aos empregadores. Em 2006, apenas 23% deles consideravam importante um cargo gerencial ser ocupado por um administrador. Em 2011, esse número saltou para 63%. São números que refletem o amadurecimento da sociedade brasileira, e também a transformação da mentalidade dos nossos jovens, que têm optado por essa profissão com muita de- terminação e com a consciência de que o administrador é o profissional que o Brasil mais precisa. Respondendo àqueles que ainda insistem em contar aquela piadinha surrada do início do artigo, quem opta por Administração tem a certeza exata do que quer fazer - muito diferente daqueles que escolhem outros caminhos profissionais e, lá pelas tantas, tentam atuar como administradores sem serem. Foto: Divulgação A piadinha é infame e batida e, com certeza, você já deve ter escutado: “quem não sabe o que quer, faz Administração”. A anedota faz parte da habitual rivalidade entre os cursos superiores, e data de muito, muito tempo. A realidade é que o curso de Administração e a profissão do administrador mudaram bastante. E nossa sociedade mudou também. Hoje já observamos uma crescente preocupação por parte de empresários e dirigentes de organizações públicas e privadas com relação ao gerenciamento das iniciativas pelas quais são responsáveis. No campo empresarial, ainda temos uma elevada taxa de mortalidade. Segundo o IBGE, praticamente a metade das empresas fecha as portas após o terceiro ano de atividade. Os motivos que explicam esse índice bizarro são diversos, afinal o Brasil amarga a 126ª posição entre 183 nações no ranking do Banco Mundial que elenca os países conforme a facilidade de se fazer negócios em seus territórios. Para se ter uma ideia, segundo esse estudo, é mais fácil abrir um negócio em Uganda do que por aqui. Entretanto, a principal razão da mortalidade das empresas é sempre a mesma: falta de preparo de seus gestores. Diante de tantas dificuldades, a figura do administrador desponta como essencial para driblar os obstáculos impostos por esse ambiente hostil à atividade empresarial. Outro estudo com o mesmo número de nações, realizado pela ONG Transparência Internacional, coloca o Brasil na 73ª posição no ranking que mede a percepção de corrupção Leandro Vieira mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Certificado em Empreendedorismo pela Harvard Business School Setor de produtos para a saúde cresceu 4,2% no primeiro semestre Em período no qual a produção industrial brasileira acumulou perdas, o mercado de produtos, materiais e equipamentos médico-hospitalares e para diagnóstico cresceu 4,2% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2011. No acumulado do ano, considerados os meses de julho de 2011 a junho deste ano, o crescimento do setor foi de 3,8%. Já as vendas, incluindo produtos farmacêuticos, cresceram 8,5% na comparação com o mesmo período de 2011, e 8,7% nos 12 meses analisados. Os dados fazem parte do balanço de desempenho do setor realizado pela consultoria econômica Websetorial para a Abimed - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Pro- dutos e Suprimentos Médico-Hospitalares. Segundo o presidente-executivo da entidade, Carlos Goulart, embora o desempenho tenha ficado aquém dos anos anteriores (o setor cresceu 11% no ano passado), o mercado de produtos para a saúde continua crescendo acima da média dos outros setores da economia e ainda tem potencial para se expandir. “Aumento da longevidade da população, estabilidade econômica, ascensão da classe C, maior conscientização em relação à prevenção e qualidade de vida e o fato de a maioria da população se enquadrar hoje na faixa economicamente ativa são fatores que criam maior demanda por serviços médicos e impulsionam o setor”, explica Goulart. O mercado de produtos para a saúde gerou 8,2 mil novos postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano – 8% a mais do que no segundo semestre de 2011 e 6,1% acima do total registrado no primeiro. A maior oferta de vagas ocorreu no comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odontológico, médico e hospitalar: 10,4% do total no primeiro semestre e 14,6% nos 12 meses analisados. Entre janeiro e junho deste ano, as importações de materiais, produtos e equipamentos para a saúde totalizaram U$ 4 bilhões e cresceram 12% na comparação com o mesmo período de 2011. Já as exportações acumularam um total de U$ 676 milhões – crescimento de 10%. 10 Jornal SINDHOSP 330.indd 10 27/09/2012 18:02:11 N otícias Estudo mostra queda de leitos públicos no país Levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que houve uma queda significativa no número de leitos públicos no país em várias especialidades. Segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, quase 42 Região mil leitos foram desativados na rede pública de saúde. Dentre Centro-Oeste Nordeste as especialidades mais atingidas Sudeste com o corte estão psiquiatria Nordeste (-9.297 leitos), pediatria (-8.979), Sudeste Sudeste obstetrícia (-5.862), cirurgia geral Sul (-5.033) e clínica geral (-4.912). Sul Para o presidente do CFM, Centro-Oeste Nordeste Roberto Luiz d’Ávila, a maioria Sul dos problemas do Sistema Único Centro-Oeste de Saúde (SUS) passa pelo subfi- Sudeste Nordeste nanciamento e pela falta de uma Nordeste política eficaz de presença do Es- Nordeste Nordeste tado. Segundo ele, em entrevista Norte ao boletim P & P (Política & Po- Nordeste der), a complexidade da assistên- Nordeste Centro-Oeste cia foi simplificada pelos gestores Norte pela ideia de que faltam médicos Norte no país, no entanto, aspectos Norte Norte como a falta de infraestrutura Norte física, de políticas de trabalho Norte eficientes para profissionais da profissionais registrados (1,95 médico por mil habitantes), o que, para o Conselho, é um número considerado suficiente para atender a população do país. O que faltam, no entanto, são políticas públicas que valorizem esses profissionais e Quantidade que os estimulem a se fixarem Unidade da Variação de Leitos SUS Variação Federação (%) em regiões desassistidas. Ou2005 2012 Mato Grosso do Sul 5.510 4.042 -1.468 -26,6% tra pesquisa recente do CFM Paraíba 10.366 8.380 -1.986 -19,2% apontou que 72% dos médicos Rio de Janeiro 38.940 31.924 -7.016 -18,0% brasileiros estão concentrados Maranhão 15.697 13.007 -2.690 -17,1% São Paulo 75.921 65.643 -10.278 -13,5% nas regiões Sul e Sudeste. Para Minas Gerais 39.690 34.513 -5.177 -13,0% garantir a fixação do médico em Paraná 25.331 22.274 -3.057 -12,1% regiões mais distantes, a entidaSanta Catarina 13.736 12.142 -1.594 -11,6% Goiás 14.399 12.814 -1.585 -11,0% de defende a criação de uma Sergipe 3.979 3.551 -428 -10,8% carreira de Estado aos moldes Rio Grande do Sul 25.249 22.715 -2.534 -10,0% Mato Grosso 5.945 5.356 -589 -9,9% da magistratura. Além disso, a Espírito Santo 6.513 5.886 -627 -9,6% distribuição igualitária de proPiauí 8.042 7.371 -671 -8,3% fissionais em todo o território Rio Grande do Norte 7.199 6.781 -418 -5,8% Bahia 28.152 26.521 -1.631 -5,8% brasileiro depende de fatores Pernambuco 19.571 18.498 -1.073 -5,5% como boas condições para Tocantins 2.395 2.279 -116 -4,8% oferecer assistência médica de Alagoas 6.050 5.783 -267 -4,4% Ceará 16.475 15.925 -550 -3,3% qualidade (materiais, equipaDistrito Federal 5.022 4.954 -68 -1,4% mentos e leitos suficientes, por Acre 1.366 1.393 27 2,0% exemplo), plano de cargos e Amazonas 5.365 5.725 360 6,7% Pará 10.787 11.580 793 7,4% salários e vínculo empregatício. Amapá 937 1.023 86 9,2% Confira ao lado queda de Rondônia 2.634 3.256 622 23,6% leitos disponíveis no SUS em Roraima 663 885 222 33,5% Total 395.934 354.221 -41.713 -10,5% cada Estado. Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS) saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do SUS, acabam não sendo levados em consideração. O Brasil é o quinto país do mundo em número de médicos, com mais de 371 mil Sindusfarma promove ciclo de simpósios, com apoio do SINDHOSP Ele atacou a alta carga tributária que incide sobre os medicamentos. Citou países como a França, onde a carga tributária geral é de 44%, mas a que incide sobre os remédios é de 2,8%. No Brasil, segundo dados apresentados por ele, a carga tributária geral é de 34%, a mesma que incide sobre os medicamentos. No quesito parcerias, os setores público e privado também encontram dificuldades em se acertar. Em especial devido ao preconceito, segundo Jorge Kalil. Na opinião do diretor, a união permite o desenvolvimento de tecnologias e a transferência das mesmas para o país. O Instituto Butantan, por exemplo, mantém diversos estudos em cooperação com a indústria farmacêutica mundial, para o desenvolvimento de vacinas e produtos biotecnológicos inovadores. Estas parcerias permitem que o Instituto concorra em paridade com grandes farmacêuticas internacionais, como é o caso do desenvolvimento da vacina contra a dengue. Segundo o secretário municipal de Saúde, Januario Montone, as parcerias com a iniciativa privada também foram as grandes responsáveis pela duplicação dos equipamentos públicos de saúde na cidade de São Paulo. As Organizações Sociais de Saúde hoje são responsáveis por 75% da prestação de serviços em saúde no município, gerindo cerca de R$ 1 bilhão do orçamento da pasta. Foto: Divulgação Até o fim do ano, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma) promove encontros mensais para debater um tema que atinge todos os segmentos que atuam na cadeia produtiva da saúde: as relações público-privadas. A proposta do ciclo de simpósios é levar ao público, a cada rodada, os desafios enfrentados pelos diferentes nichos, como o farmacêutico, o assistencial, o industrial, entre outros. O SINDHOSP apoia a iniciativa e acompanhou o lançamento do ciclo, em 30 de agosto, marcado por uma cerimônia na sede do Sindusfarma, na Capital paulista. O encontro, além de apresentar o objetivo do projeto, contou com as participações especiais de Jorge Kalil, presidente do Instituto Butantan (representando o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri) e de Januario Montone, secretário municipal de Saúde de São Paulo. Na visão de Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma, há um abismo entre o discurso e a prática nas políticas públicas praticadas na saúde. O primeiro seminário, em agosto edição 330 Jornal SINDHOSP 330.indd 11 11 27/09/2012 18:02:13 N o t í c i a s Revisão de súmulas pelo TST põe em alerta RH de empresas de saúde informou que o TST anunciou que a revisão das súmulas e orientações jurisprudenciais será feita duas vezes ao ano - nos meses de março e setembro – e que apesar do Tribunal se orientar pela aplicação dos princípios constitucionais, haverá ônus para as empresas. “O RH precisa estar mais preparado e à frente dos demais departamentos da empresa, porque não podemos ser a área que só reage. Temos que ser proativos e estar em alerta a todas as mudanças”, afirmou. Além desses entendimentos, os ministros do Tribunal decidiram, no último dia 14 de setembro, pela adoção de nova súmula que trata do regime de trabalho em 12x36 horas. Nos termos da proposta de redação aprovada, a jornada diferenciada será válida exclusivamente por acordo coletivo, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados e o empregado não fará jus a adicional de hora extra pelo trabalho das 11ª e 12ª horas. Insalubridade Outro tema importante discutido na reunião foi a proposta de revisão da Norma Regulamentadora (NR) nº15, que contempla a prevenção de riscos à saúde presentes nos ambientes de trabalho (atividades operacionais insalubres). A advogada do departamento Jurídico do SINDHOSP, Lucinéia Nucci, explicou que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) colocou em consulta pública, até o dia 29 de outubro, o texto básico de revisão da NR 15 com o objetivo de definir diretrizes e critérios para a caracterização e Foto: Divulgação Na reunião da Comissão de Recursos Humanos (RH) do SINDHOSP, realizada no dia 19 de setembro, no auditório do Sindicato, em São Paulo, profissionais de RH da área de saúde discutiram e trocaram informações principalmente sobre legislações trabalhistas e projetos que tramitam no Congresso Nacional e que afetam o setor. As revisões feitas recentemente pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nas súmulas e orientações para jurisprudência em 43 temas deixaram em estado de atenção as equipes de RH das empresas de saúde. Dos temas já discutidos pelo TST, em 38 houve algum tipo de alteração ou necessidade de criação de nova linha de debate. Uma das súmulas que sofreu alterações foi a nº 244, que definiu que mulheres que ficarem grávidas têm garantia de estabilidade mesmo em regime de contrato temporário. Para estas mulheres, o empregador terá de garantir a vaga de emprego até o fim da gestação e assegurar cincos meses de licença maternidade. Anteriormente, essa regra só valia para mulheres contratadas pelas empresas por tempo indeterminado – contratos fixos. A mesma situação beneficiará os trabalhadores que sofrerem acidente de trabalho, que terão direito a permanecer no emprego por pelo menos um ano após sua recuperação. A punição para o empregador que descumprir as determinações da Justiça do Trabalho será condenação de pagamento dos valores devidos, previstos em lei. Também foram definidas outras questões trabalhistas que são motivos de ações judiciais, como o direito a adicional de sobreaviso quando o funcionário precisa ficar à disposição da empresa após o expediente (súmula nº 428). Segundo o TST, para casos em que o empregado fica de plantão, longe da empresa, mas com o celular ligado e disponível para convocação a qualquer momento, ele está em sobreaviso e deve ser remunerado em um terço de seu salário convencional. O coordenador da Comissão de RH do SINDHOSP e consultor de Gestão Empresarial, Nelson Alvarez, O último encontro do Grupo, em setembro controle dos riscos para prevenir danos ou agravos à saúde dos trabalhadores, pois o texto atual foi regulamentado em 8/6/1978 e, praticamente, repete o que está expresso nos artigos 189 a 192 da CLT. A consulta pública abrange apenas o texto geral da NR 15. Posteriormente, haverá novas consultas para alterações dos anexos da norma, que definem os limites de tolerância aos diversos tipos de agentes nocivos. Após o término da consulta, será constituído um Grupo de Trabalho Tripartite, composto pelo governo, empregadores e trabalhadores, que irá analisar as sugestões recebidas e elaborar a proposta de regulamentação para posterior atualização da norma. A advogada Lucinéia informou que o SINDHOSP está levando ao conhecimento de seus grupos – Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional (CSSO), Grupo de Técnicos de Segurança (GTEC) do ABC, Grupo de Clínicas, além da Comissão de RH – a consulta para colher sugestões e formalizar o documento a ser remetido ao MTE, de modo a adequar a NR nº 15 à realidade dos estabelecimentos de serviços de saúde. Também foram discutidos no encontro a lei 12.513, que criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); a Instrução Normativa (IN) nº 98, que dispõe sobre a fiscalização do cumprimento das normas de contratação de pessoas com deficiência; o projeto de lei (PL) 751/11, que aumenta em 50% a aposentadoria ou pensão para o idoso que recebe até um salário mínimo e necessita de ajuda para se cuidar; o PL 663/11, que autoriza o saque do FGTS aos portadores de doenças graves ou incuráveis, listadas na lei previdenciária; a unificação dos dados do trabalhador pela Receita Federal; o PL 3.338/08, que estipula jornada semanal de 24h para psicólogos; e a lei 3.999/1961, que trata da jornada de trabalho e piso salarial dos profissionais auxiliares e técnicos de laboratório e laboratoristas. A próxima reunião da Comissão de RH será dia 17 de outubro. Mais informações no site www.sindhosp.com.br. 12 Jornal SINDHOSP 330.indd 12 27/09/2012 18:02:15