AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTRIBUIÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: ESTUDO DE CASO NAS MPE’s DE JUINA-MT EM 2009. Autor: Leandro Rodrigues dos Santos Orientadora: Ms. Cleiva Schaurich Mativi JUINA/2009 AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTRIBUIÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: ESTUDO DE CASO NAS MPE’s DE JUINA-MT EM 2009. Autora: Leandro Rodrigues dos Santos Orientadora: Ms. Cleiva Schaurich Mativi Monografia apresentada ao curso de graduação em Ciências Contábeis, da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena como requisito parcial para obtenção do título Bacharel em Ciências Contábeis. JUINA/2009 AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Claudio Luiz Lima ______________________________________ Márcio Gonçalves dos Santos ______________________________________ ORIENTADORA Ms. Cleiva Schaurich Mativi Dedico este trabalho aos meus Pais Daniel e Analice, ao meu irmão Leomar, a minha namorada Jéssica, a todos os meus amigos da minha sala aos professores e a todos que me ajudaram na concretização desse deste trabalho.. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus o único digno de honra e glória por ter me concedido esta oportunidade da realização de mais um objetivo na minha vida, aos meus pais (Analice e Daniel), por terem me apoiado e me ajudado a superar os momentos difíceis no decorrer desses anos A minha namorada Jéssica pela paciência e compreensão. Aos meus familiares que sempre me motivaram a continuar esse desafio mesmo diante das adversidades. Aos meus amigos pelo companheirismo, amizade e apoio nessa jornada. Também aos meus colegas de classe que estiveram juntos comigo, lutando, se esforçando para vencer os desafios. Criamos ao longo desses anos um bom relacionamento que ficará sempre guardado em meu coração. Não poderia esquecer-me de agradecer a minha orientadora a professora Mestre Cleiva Schaurich Mativi, que muito contribuiu para o desenvolvimento desse trabalho me dando o suporte necessário para a elaboração e a conclusão de mais esse desafio em minha vida, pela paciência e motivação. Também aos professores que ao longo desses anos contribuíram direta e indiretamente para o meu aprendizado e execução dessa monografia. A todos vocês expresso o meu sincero agradecimento e dizer que de tudo isso fica a certeza de que além do aprendizado, fica a satisfação de saber que vocês fizeram e fazem parte da minha vida, que o amor e a graça de Deus sejam com todos. Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis". Bertolt Brecht RESUMO O mundo atual encontra-se cada vez mais globalizado, cenários econômicos estão se tornando cada vez mais concorridos e incertos, e as empresas que melhor estiverem preparadas diante da situação aqui exposta é que permaneceram no mercado. Nesse contexto mais uma vez torna-se evidente quão grande é a importância da Contabilidade para tais entidades. As informações oriundas desta Ciência, ou técnica como muitos a conceituam, tornam-se grandes aliadas para que seus gestores possam conduzir seus negócios com mais segurança e além de tudo maximizar a operacionalização da empresa, garantindo assim maior liquidez e estabilidade para a mesma. Através das demonstrações geradas pela Contabilidade bem como, por seus relatórios, podem ser utilizadas diversas ferramentas que muito contribuem para que os gestores tomem decisões mais acertadas. Tais demonstrações e relatórios tornam-se matéria prima para o desenvolvimento de estratégias, políticas internas, a previsão de cenários futuros entre outros fatores. Infelizmente nem todas as empresas conseguem disponibilizar dessas informações, principalmente as micro e pequenas empresas, seja devido à falta de interesse, seja por desconhecimento das mesmas. Este trabalho tem como objetivo, destacar a importância das informações contábeis como instrumento de gestão das micro e pequenas empresas, bem como, para a tomada de decisão dentro das mesmas. Mostrar a relevância dos indicadores de atividade como parâmetros para o controle das contas a pagar e a receber da organização, atuando com fonte de dados para a tomada de decisões, contribuindo para a sobrevivência das organizações independentemente do seu porte. Palavras-chave. Contabilidade, Empresa, Informações, Relatórios, Análise. LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS ME Microempresa EPP Empresa de Pequeno Porte BNDS Banco Nacional de Desenvolvimento CFC Conselho Federal de Contabilidade SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ASCOM Associação comercial de Juina PIB Produto interno bruto LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1. SEXO DOS GESTORES...................................................................... 62 GRÁFICO 2 FAIXA ETÁRIA DOS GESTORES ........................................................ 63 GRÁFICO 3 CIDADE DE ORIGEM .......................................................................... 63 GRÁFICO 4 GRAU DE ESCOLARIDADE ................................................................. 64 GRÁFICO 5 TEMPO DE ATUAÇÃO NO MERCADO ................................................ 65 GRÁFICO 6 CONHECIMENTO DO QUE VEM A SER CONTABILIDADE ............... 65 GRÁFICO 7 UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELA CANTABILIDADE ..................................................................................................... 66 GRÁFICO 8 FREQÜÊNCIA DO FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES .............. 67 GRÁFICO 9 NÍVEL DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS FORNECIDAS .................. 67 GRÁFICO 10 CANAIS UTILIZADOS PARA O FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES........................................................................................................ 68 GRÁFICO 11 QUAIS AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS .......................................... 69 GRÁFICO 12 A INFORMAÇÃO E A TOMADA DE DECISÃO ................................... 69 GRÁFICO 13 INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA A SAÚDE DA EMPRESA 70 GRÁFICO 14 DIFICULDADES ENFRENTADAS NA GESTÃO DA EMPRESA......... 71 GRÁFICO 15 ADMINISTRAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SEM A INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................................................................ 72 GRÁFICO 16 EXISTÊNCIA DE FERRAMENTA DE CONTROLE FINANCEIRO ...... 73 GRÁFICO 17 CONHECIMENTO DO QUE VEM A SER INDICADORES DE ATIVIDADE.................................................................................................................74 GRÁFICO 18 INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DOS RELATÓRIOS DE ATIVIDADE . 74 GRÁFICO 19 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER .......................... 75 GRÁFICO 20 DIFICULDADES NA GESTÃO DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER 76 GRÁFICO 21 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS ......................... 77 GRÁFICO 22 PRAZO MÉDIO DE CONTAS A PAGAR ............................................. 77 GRÁFICO 23 INDICADOR AGING ............................................................................ 78 GRÁFICO24 INDICADOR DURATION...................................................................... 79 GRÁFICO 25 SEXO DOS PROFISSIONAIS ............................................................ 79 GRÁFICO 26 FAIXA ETÁRIA ................................................................................... 80 GRÁFICO 27 CIDADE DE ORIGEM ........................................................................ 80 GRÁFICO 28 ESCOLARIDADE DOS PROFISSIONAIS .......................................... 81 GRÁFICO 29 TEMPO DE PROFISSÃO.................................................................... 82 GRÁFICO 30 INFORMAÇÕES GERADAS PARA CLIENTES ................................. 82 GRÁFICO 31 FREQÜÊNCIA DAS INFORMAÇÕES ................................................ 83 GRÁFICO 32 NÍVEL DAS INFORMAÇÕES .............................................................. 84 GRÁFICO 33 CANAIS DE COMUNICAÇÃO PARA O FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES ....................................................................................................... 85 GRÁFICO 34 INFORMAÇÕES FORNECIDAS ......................................................... 85 GRÁFICO 35 DADOS CONTÁBEIS E A TOMADA DE DECISÃO ........................... 86 GRÁFICO 36 INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS A SAÚDE DA EMPRESA .......... 86 GRÁFICO 37 DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA CONTROLE DOS CLIENTES87 GRÁFICO 38 ADMINISTRAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SEM A INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................................................................ 88 GRÁFICO 39 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER .......................... 88 GRÁFICO 40 INDICADORES DE ATIVIDADE .......................................................... 89 GRÁFICO 41 INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DOS RELATÓRIOS DE ATIVIDADE . 89 GRÁFICO 42 USO DOS INDICADORES DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER ... 90 GRÁFICO 43 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS ......................... 91 GRÁFICO 44 PRAZO MÉDIO DE CONTAS A PAGAR ............................................. 91 GRÁFICO 45 INDICADOR DURATION .................................................................... 92 GRÁFICO 46 INDICADOR AGING ............................................................................ 93 LISTA DE QUADROS QUADRO: 1 Classificação do enquadramento das MPE’s........................................26 Sumário 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................................. 12 1.2 OBJETO ............................................................................................................. 12 1.2.1 Tema ......................................................................................................... 12 1.2.2 Delimitação do tema .................................................................................. 13 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ..................................................................................... 13 1.4 HIPÓTESES ........................................................................................................ 14 1.5 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14 1.5.1 Objetivo geral ............................................................................................ 15 1.5.2 Objetivos específicos ................................................................................ 15 1.6 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 16 1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................. 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 19 2.1 CONTABILIDADE .................................................................................................. 19 2.1.2 Objetivo da contabilidade .......................................................................... 21 2.1.3 Finalidade de a contabilidade .................................................................... 22 2.1.4 Os usuários de a contabilidade ................................................................. 22 2.1.5 Campo de aplicação da contabilidade....................................................... 23 2.1.6 Objeto da contabilidade............................................................................. 24 2.3 AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS .............................................................................. 26 2.4 CONTABILIDADE FINANCEIRA ................................................................................ 28 2.5 CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................................................. 28 2.6 RELATÓRIOS CONTÁBEIS ..................................................................................... 32 2.6.1 Balanço patrimonial ................................................................................... 32 2.6.2 Demonstração do resultado do exercicio .................................................. 33 2.7 ANÁLISE FINANCEIRA ........................................................................................... 34 2.7.1 Análise de índces ...................................................................................... 35 2.7.2 Indicadores de Atividade ........................................................................... 36 2.7.2.1 Prazo médio de recebimento das vendas ........................................... 36 2.7.2.2 Prazo médio de pagamento das compras .......................................... 38 2.7.2.3 Prazo médio de rotação dos estoques ............................................... 39 2.7.2.4 Duration .............................................................................................. 40 2.7.2.5 Aging................................................................................................... 41 2.7.2.6 Saldo em tesouraria............................................................................ 43 2.7.3 Ciclos da administração financeira ............................................................ 43 2.7.3.2 Ciclo financeiro ................................................................................... 44 2.8.1.2 Ponto de equilíbrio .............................................................................. 45 2.8.1.3 Formação do preço de venda ............................................................. 46 2.8.1.4 Fluxo de caixa..................................................................................... 46 2.8.1.5 Margem de lucro ................................................................................. 46 2.8.2 Determinação da necessidade de capital de giro ...................................... 47 2.9 GESTÃO DE CONTAS A RECEBER E CONTAS A PAGAR ............................................... 48 2.9.1 Politicas de credito .................................................................................... 51 2.9.2 Adminstração do risco de credito .............................................................. 51 2.10 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ......................................................................... 52 2.10.1 Definição de micro e pequena empresa .................................................. 53 2.10.2 Legislação de ME e EPP......................................................................... 54 2.10 3 A importância dos indicadores de atividade para as micro e pequenas empresas ........................................................................................................... 55 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 57 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................................... 57 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...................................................................................... 58 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................................... 59 3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................... 60 4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS ............................................................... 62 4.1 RESULTADOS...................................................................................................... 62 6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 97 ANEXOS ................................................................................................................. 102 APÊNDICE .............................................................................................................. 103 12 1 INTRODUÇÃO 1. 1 Contextualização No mundo atual tudo evolui muito rápido nos negócios, e as empresas geralmente são as que mais sofrem com essas mudanças. Elas são atingidas por diversos motivos: globalização, concorrência e avanços tecnológicos. Nesse contexto as empresas precisam ter ao seu dispor uma gama de informações confiáveis e em tempo hábil para não comprometer a gestão dos negócios e a tomada de decisão que conseqüentemente poderá determinar a continuidade ou não da empresa. Evidencia-se ai a missão da contabilidade que é a responsável por gerar os fatos contábeis, através de relatórios e de demonstrações que se registrados devidamente constituem um rico banco de dados que geram informações importantes aos usuários internos e externos. Percebe-se assim a importância da informação como fator fundamental no processo decisório das empresas, ou seja, um relevante instrumento de gestão. Não obstante a isso, faz-se necessário então, que os fatos evidenciados sejam explicados de forma clara, segura e confiável. As informações contábeis devem dar a sustentação adequada para os gestores. Com as micro empresas não deveria ser diferente, as mesmas constituem no cenário atual a grande parcela de geração de riqueza na qual o nível empregatício vem crescendo constantemente. No entanto vizualiza-se que para esse porte de empresa não vem sendo oferecida uma assessoria no que tange a utilização de informações para um melhor gerenciamento das mesmas. 1.2 Objeto 1.2.1 Tema 13 As informações contábeis como instrumento de gestão das micro e pequenas empresas. 1.2.2 Delimitação do tema As informações contábeis como instrumento de gestão das micro e pequenas empresas na cidade de Juína - MT. 1.3 Problema de pesquisa Silva (2003, p. 51) comenta sobre o problema da pesquisa: Com a reflexão do autor a respeito do tema, surge o problema como indagação necessária em busca de soluções, pois é preciso ter idéia clara do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exigi-se consciência da problemática especifica relacionada com o tema a ser abordado, especificando o método e a reflexão a serem utilizadas no trabalho. Já Beuren (2006, p. 64): Delimitado e tematizado o assunto escolhido, em seguida deve-se proceder a sua problematização. Para aclarar o objeto de pesquisa que o estudante se propõe investigar é interessante fazer a descrição do problema, especulando sobre possíveis relacionamentos de algumas variáveis, até chegar à formulação do problema em si. Formular um problema significa identificar uma indagação na qual se busca resolução para que algo volte a funcionar corretamente. No entanto é preciso que o problema a ser resolvido necessita estar em relação com o tema. Para que as microempresas consigam sobreviver ao mercado extremamente competitivo da atualidade é preciso que os dados contábeis sejam utilizados para o controle gerencial dessas empresas, ainda mais em se tratando de informações que são oriundas da própria movimentação operacional dessas microempresas. É importante que estas informações sejam mais bem trabalhadas para o auxilio das 14 microempresas. Ante o que foi exposto propõe-se como problema a ser resolvido na pesquisa: Como as informações contábeis podem contribuir para uma melhor gestão das micro e pequenas empresas? 1.4 Hipóteses No que tange a formulação das hipóteses Silva (2003, p. 54) afirma que: A hipótese não é a certeza da resposta da pesquisa, pois se assim o fosse não seria necessário realizar pesquisa. Contudo, faz-se necessário ter uma relação estreita entre o problema e hipótese(s) de pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter diversas hipóteses, que são soluções possíveis para sua resolução. As hipóteses consistem nos elementos que são levantadas para que possam ser testadas e como conseqüência o pesquisador chegue à resolução do seu problema. Essas hipóteses podem ser afirmativas ou negativas. H1: Os microempresários da cidade de Juína recebem informações contábeis, mas não as utilizam para uma melhor gestão nessas empresas; H2: Os microempresários da cidade de Juína não se utilizam da informação contábil de maneira coerente contribuindo assim para o alto índice de falência das microempresas; H3: A capacidade gerencial e administrativa das microempresas de Juína são frágeis devido à falta de informações gerenciais. 1.5 Objetivos Segundo Roesch (1999, p. 95): O objetivo é definido como “alvo ou desígnio que se pretende atingir” (Novo Dicionário Aurélio, 1986). Essa definição tem duas implicações importantes. A primeira é que, ao formular objetivos, o autor do projeto está fixando padrões de sucesso pelos quais seu trabalho será avaliado; e a segunda é que a formulação de objetivos leva o autor do projeto a perceber as etapas 15 contidas em seu trabalho, isto é, os objetivos orientam a revisão de literatura e a metodologia do projeto. Os objetivos da pesquisa são o ponto foco do estudo, na qual o pesquisador determina qual o seu ponto central que deseja buscar. 1.5.1 Objetivo geral Silva (2003, p. 57), comenta sobre os objetivos gerais: Procuram dar uma visão geral do assunto da pesquisa. O pesquisador estabelece o que se espera conseguir com sua investigação e define aonde pretende chegar. Não deve preocupar-se com a delimitação do tema, que será mais bem detalhado nos objetivos específicos. O objetivo geral caracteriza-se por ter como finalidade o ponto foco da pesquisa, onde o pesquisador procura desenvolver qual a meta a ser atingida. Descrever a contribuição das informações contábeis como instrumento de gestão das micro e pequenas empresas, bem como, para a tomada de decisão dentro das mesmas. 1.5.2 Objetivos específicos Segundo Ribeiro (2005, p. 11): O objetivo específico apresenta caráter mais concreto. Tem funções intermediarias e instrumentais, permitindo atingir o objetivo geral, detalhando-o. Os objetivos específicos devem ser todos com o propósito de se alcançar o objetivo geral; devem sustentá-lo. Os objetivos específicos caracterizam-se por serem elementos capazes de auxiliar ao pesquisador a conseguir o seu objetivo geral da pesquisa. a) Estudar o conceito dos microempresários acerca das informações contábeis; b) Destacar a importância das informações contábeis para as micro e pequenas empresas; 16 c) Analisar a qualidade das informações contábeis fornecidas pelas organizações contábeis; d) demonstrar como os indicadores financeiros podem auxiliar na gestão das micro e pequenas empresas. 1.6 Justificativa Segundo Roesch (1999, p. 99): Justificar é apresentar razões para a própria existência do projeto! Esta seção é importante porque, por um lado, obriga o autor a refletir sobre sua proposta de maneira abrangente e, por outro, o faz situar-se na problemática. Em termos gerais, é possível justificar um projeto através de sua importância, oportunidade e viabilidade. Para se justificar uma pesquisa, é preciso dizer o porquê de se estar pesquisando sobre determinado tema. Significa a razão de pra que será realizada essa pesquisa, bem como, quais os benefícios da mesma. A cada dia que passa a qualidade das informações contábeis está se tornando uma questão prioritária. As organizações contábeis devem buscar cada vez mais proporcionar aos seus clientes, principalmente as microempresas, mecanismos que os aproximem a sua movimentação econômica, patrimonial e financeira com a realidade do mercado de trabalho, bem como suas inovações. Diante dessas qualidades, pretende-se conhecer a visão dos gestores e profissionais contábeis sobre a contabilidade gerencial e verificando assim, se está ocorrendo uma maior aproximação com o mercado – teoria e prática. A importância deste estudo vem justamente revelar a situação atual sobre o conhecimento dos gestores e contadores, a respeito da contabilidade gerencial, e tendo ainda como finalidade principal coletar, analisar e apresentar informações que permitam compreender se o conhecimento desse tema vem sendo realmente satisfatório. É evidente a necessidade de instrumentos que auxiliem os gestores das microempresas a conduzir seus negócios, neste contexto, as informações contábeis interpretadas são importantes ferramentas, não muito utilizadas na região de Juína, 17 além de existirem poucas obras que possibilitem um diagnóstico da percepção contábil atual. 1.7 Estrutura do trabalho O primeiro capítulo expõe a contextualização do estudo, delimita o tema, identifica à problemática e apresenta a questão central: Como as informações contábeis podem contribuir para uma melhor gestão das micro e pequenas empresas, trazendo benefícios e ajudando essas organizações a darem continuidade em seus negócios? Apresentam-se, também, os objetivos propostos para a realização da pesquisa e a sua justificativa, ressaltando-se a importância da mesma para o pesquisador, sua contribuição as organizações participantes e sua contribuição para a sociedade juinense. A pesquisa foi desenvolvida no período de agosto a dezembro de 2009, na qual buscou-se investigar, por intermédio de instrumentos específicos, junto ao ambiente empresarial, o entendimento dos gestores e profissionais contábeis da cidade de Juína acerca da concepção do que seja Contabilidade, bem como, a importância dos relatórios de atividades para a gestão das microempresas; estudouse como os índices de atividade podem contribuir no processo de gestão, através da análise teórica identificando fatores críticos pertinente ao tema exposto. O segundo capítulo trata da fundamentação teórica, abordando temas como: (a) contabilidade, no qual são apresentados aspectos conceituais, sua origem e evolução; (b) as microempresas, com o objetivo de apresentar e estudar questões relacionadas ao exercício da responsabilidade social dessas organizações, (c) os indicadores de atividade, bem como suas vantagens e desvantagens, resgatando a origem e evolução dessa temática, bem como seus aspectos conceituais e suas dimensões de aplicabilidade; e (d) contabilidade financeira e gerencial, com o objetivo de apresentar fundamentos teóricos relativos a esta temática, abordando aspectos relacionados à sua origem e evolução, conceitos, sua importância como uma ferramenta. No terceiro capítulo foram apresentados os procedimentos metodológicos utilizados na realização desta pesquisa. Descreve-se a forma de coleta e tratamento dos dados, além da identificação da organização que participará do estudo. 18 No quarto capítulo apresenta-se o desenvolvimento do estudo empírico realizado em organizações situadas no Estado do Mato Grosso, mais precisamente na cidade de Juína. A pesquisa empírica foi desenvolvida no período do mês de agosto a dezembro de 2009, na qual se busca investigar, por intermédio de instrumentos específicos, junto ao ambiente empresarial, o entendimento dos gestores e profissionais contábeis acerca da concepção do que seja Contabilidade. No quinto e último capítulo apresenta-se uma conclusão do estudo feito durante esse período. 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Contabilidade Marion (2004, p. 26) diz que “a contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa". Num cenário empresarial cada vez mais competitivo, a Contabilidade tornase uma ferramenta indispensável, no que tange ao levantamento de dados a respeito das entidades, que conseqüentemente serão utilizados por seus usuários internos e externos. Figueiredo e Caggiano (2008, p. 23) dizem que: A informação é o componente básico das decisões, e a Contabilidade é um sistema de informações especializado, de base financeira, que possibilita aos usuários alocações mais eficiente dos recursos sob sua responsabilidade. A contabilidade não é, pois um sistema que encontra finalidade em si mesmo, existente para que os tomadores de decisão a utilizem. O ponto fundamental que se destaca aqui é que as atividades contábeis (coleta, processamento e comunicação da informação) devem estar voltadas ao interesse do usuário e suas decisões. De acordo com Oliveira (2003, p. 2): Uma das ciências que tornam possível a existência das modernas empresas multi departamentais é a Contabilidade. Sua contribuição é de tal relevância que provavelmente sem ela a economia moderna não existiria. A Contabilidade chegou ao estágio de desenvolvimento atual buscando sempre satisfazer às necessidades de controle que as sociedades humanas têm em relação aos meios de subsistência Extremamente sofisticada hoje, com o forte apoio de métodos quantitativos e estatísticos, a Contabilidade evoluiu historicamente acompanhando de perto as modificações sociais e econômicas da humanidade, adequando-se às evoluções e revoluções do ambiente de produção e negócios bem como dos conhecimentos e tecnologias disponíveis. O surgimento da contabilidade partiu da necessidade do homem de ter o controle de seus bens por meio de registros, progressivamente a contabilidade transforma-se numa fonte de informações na medida em que pode facultar a qualquer momento o conhecimento da situação da empresa e o andamento dos seus negócios. Ela constitui um fator chave para a gestão das empresas, instituições filantrópicas, para o governo, e também para os acionistas e demais interessados. 20 Seu papel enquanto ciência sempre foi o de estar evidenciando os atos e fatos que se relacionam com o patrimônio das empresas, apresentando todas as modificações que ocorrer no mesmo, demonstrando uma nova realidade patrimonial que estará à disposição de todos os gestores e demais interessados, para a devida Análise. Segundo Ribeiro (2009, pg. 10) “a Contabilidade é uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas.” Já Marion (1998, p. 24): Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória para a maioria das empresas. Segundo Ribeiro (2009, pg. 10)'' A Contabilidade é uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas ''. Indiscutivelmente percebe-se que a contabilidade ao longo do processo histórico sempre foi uma ferramenta muito útil, tanto para as empresas, governo e pessoas administradores. Ela se desenvolveu e evoluiu com o intuito de facilitar a visualização do patrimônio das empresas bem como suas variações. Através de registros gerados pela contabilidade que formam um grande banco de dados os gestores podem tornar-se mais capacitados para gerir suas empresas e tomar decisões que por sua vez determinará o sucesso ou insucesso da empresa. Padoveze (2004, pg.30 grifo do autor) “portanto, podemos definir contabilidade como o sistema de informações que controla o patrimônio de uma entidade.” De acordo com Ferreira (2009, pg. 28) No que diz respeito ao conceito de contabilidade convém mencionar que a palavra contabilidade deriva do latim computare (contar, computar, calcular). A contabilidade se usa dos fundamentos básicos de matemática, porém não deve se confundir com a mesma, portanto quem não tem muita afinidade com a matemática tem plenas condições de estudar contabilidade. Para se conhecer de maneira mais aprofundada o conceito de contabilidade deve-se observa - lá sobre duas óticas: a teoria e a prática. Enquanto teoria ela se ocupa de se deter em princípios, possíveis aplicações, regras de conduta a serem seguidas pelos profissionais da área contábil, com o intuito de uniformizar e aprimorar os procedimentos 21 adotados pelos mesmos, contribuindo assim para a padronização dessa ciência. Enquanto prática se constitui do uso de técnicas e procedimentos com a finalidade de registrar as operações das entidades em livros exigidos pela legislação, a Contabilidade prática utiliza-se da teoria se desenvolver podendo assim controlar o patrimônio das organizações oferecendo informações adequadas para a tomada de decisões. Nesse contexto a contabilidade torna-se útil não somente por ser responsável pelo mapeamento e registros de informações resultadas das atividades das empresas, como também pela fonte de informações que podem fazer a diferença na gestão dos negócios empresariais. 2.1.2 Objetivo da contabilidade Para Padoveze (2004b, pg. 29) ''o objetivo da Contabilidade é o controle de um patrimônio”. O controle é feito através de coleta, armazenamento e processamento das informações oriundas dos fatos que alteram essa massa patrimonial. Segundo Suzuster et al (2008, p. 18): A Contabilidade é uma ciência fundamental utilitária. Seu grande produto é o provimento de informações para planejamento e controle patrimonial, econômica e financeira de uma empresa. O seu propósito básico é prover aos "tomadores de decisões" (diretores, gerentes, administradores da empresa e a todos os interessados) informações úteis para a tomada de decisões. Cada vez mais os gestores administradores devem tomar decisões acertadas para garantirem a continuidade de suas empresas num mundo cada vez mais competitivo, sendo assim necessitam de ter ao seu dispor uma gama de informações de qualidade que demonstre em tempo hábil a real situação interna de suas organizações. Iudicibus (2009, p. 33): O objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estrutura de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade. Como descreve Marion (2006, p.26): 22 O objetivo principal da contabilidade, Portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre tendências futuras. 2.1.3 Finalidade da contabilidade A finalidade da contabilidade sempre foi o fornecimento de informações essenciais para a gestão tanto das grandes, como das pequenas empresas, bem como para que seus usuários, tenham conhecimento do desempenho da empresa na qual tem investido dinheiro. Segundo Ribeiro (2009, p. 10) A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações sobre o Patrimônio, informações essas de ordem econômica e financeira que facilitam as tomadas de decisões, tanto por parte de administradores ou proprietários como também por parte daqueles que pretendem investir na empresa. Portanto a contabilidade através de suas funções tem a finalidade primordial de fornecer informações econômico-financeiras, tanto seja para administradores ou proprietários, como investidores e acionistas, para a tomada de decisões no controle e planejamento da entidade. Conforme relata Franco (2006, p. 22): A finalidade da contabilidade é, pois, controlar os fenômenos ocorridos no patrimônio de uma entidade, através do registro, da classificação, da demonstração expositiva, da análise e interpretação dos fatos nele ocorridos, objetivando fornecer informações e variações, - necessárias à tomada de decisões - sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. Ferreira (2009, p. 2) relata que: “A Contabilidade é mantida com a finalidade de fornecer às pessoas interessadas determinado”. 2.1.4 Os usuários de a contabilidade informações sobre um patrimônio 23 Enfatiza Szuster et al (2008, p. 18) referindo-se aos usuários da Contabilidade: [...] Por este motivo, podemos dividir os usuários da informação do seguinte modo: 1. Acionista controlador: retorno do capital comparado com o risco, valorização da empresa, lucro e dividendos; 2. administradores retorno do capital e do ativo, otimização dos gastos realizados, otimização das decisões futuras, lucratividade do mix de produtos, participação nos lucros; 3. financiadores: capacidade de pagamento, grau de endividamento; 4. governo: tributação e arrecadação de impostos, taxas e contribuições,além da formulação de diretrizes da política econômica e das atividades do Judiciário e de agências reguladoras; 5. acionista minoritário: fluxo regular de dividendo, valorização da empresa; 6. empregados: capacidade de pagamento dos salários, perspectivas de crescimento da empresa, participação nos lucros. Marion (1998, pg.25) comenta: Os usuários são pessoas que se utilizam da contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na contabilidade as suas respostas. Evidentemente, os gerentes (administradores) não são os únicos que se utilizam da contabilidade. Os investidores, ou seja, aqueles que aplicam dinheiro na empresa estão interessados basicamente em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável, os fornecedores mercadoria a prazo querem saber se a em presa tem condições de pagar suas dívidas; os bancos, por sua vez, emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi gerado para os cofres públicos: outros interessados desejam conhecer melhor a situação da empresa: os empregados, sindicatos, concorrentes etc. Conforme relata Ribeiro (2009, p. 12): Enfim os usuários da Contabilidade são todos aqueles que direta ou indiretamente utilizam as informações fornecidas por ela, seja para acompanhar o desenvolvimento da empresa, seja para tomar decisões administrativas, ou econômicas ou financeiras, para conhecer as garantias que as empresas oferecem para cumprir seus compromissos junto aos seus clientes, fornecedores e, principalmente, ao fisco. 2.1.5 Campo de aplicação da contabilidade De acordo com Ribeiro (2009, pg. 11), “o campo de aplicação da contabilidade abrange as entidades econômicos - administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.” 24 Já Suzuster et al (2008, p. 20): Assim como existem diferentes tipos de decisões econômicas. a Contabilidade também se estrutura para fornecer diferentes tipos de informações. A atuação segmentada da Contabilidade Gerencial, da Contabilidade Financeira, e da Contabilidade Fiscal retrata este processo que fornece, no conjunto, as informações mais utilizadas no mundo dos negócios. Já para Franco (1996, p. 20) “com relação ao campo de aplicação da Contabilidade diz: Seu campo de aplicação é o das entidades econômicoadministrativas, sejam de fins lucrativos ou não.” Berti (2001, p. 36) evidencia que: A Contabilidade fornece informações necessárias ao bom desempenho da entidade, para que esta alcance os seus objetivos econômicos ou sociais. As entômicas, com ou sem finalidade lucrativa, constituem, portanto, o seu campo de aplicação. Ferreira (2009, p. 4) descreve que: O principal campo de aplicação da contabilidade são as aziendas. Azienda é o patrimônio considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade. Seu conceito reúne o patrimônio e a pessoa que o administra. 2.1.6 Objeto da contabilidade Ferreira (2009, p. 3) afirma que: “o objeto ou o assunto do qual trata a Contabilidade é o patrimônio.” O patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade em quanto ciência, e através do balanço patrimonial podem ser extraídas diversas informações fundamentais para o bom andamento da empresa. Segundo Franco (2006, p. 21): O patrimônio é o objeto da contabilidade, isto é, sobre ele se exercem as funções as funções contábeis, para alcance de suas finalidades. O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômico-administrativa, e constitui um meio indispensável para que esta realize seus objetivos. Para alcançá-los, a administração da entidade pratica atos de natureza econômica e financeira, produzindo variações aumentativas e diminutivas na riqueza patrimonial ''. 25 Para Berti (2001, p. 35): Deriva de conceito ser o patrimônio o seu objeto de estudo, registrando-o e controlando-o, com a finalidade de fornecer informações ao administrador e a terceiros sobre a situação econômico-financeira de uma entidade ou agente econômico. O patrimônio de uma empresa é formado por todos os bens, direitos e obrigações da empresa. Através do patrimônio podem ser elaboradas diversas demonstrações, como por exemplo, a demonstração do resultado do exercício, balancete de verificação, balanço patrimonial, entre outros. Conforme Ribeiro (2005, p. 3): O objeto da contabilidade è o Patrimônio das entidades econômicoadministrativas. Seu objetivo é permitir o estudo, o controle e a apuração de Resultados diante dos fatos decorrentes da gestão do Patrimônio das entidades econômico-administrativas. 2.1.7 Ramos da contabilidade Conforme Ferreira (2009, p. 3): As áreas da Contabilidade podem ser estudadas de forma autônoma. No entanto, não são matérias independentes, pois têm o mesmo que a contabilidade, ou seja, tratam do mesmo assunto: o patrimônio. Assim, a Contabilidade pode ser dividida em Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, contabilidade Bancária, Contabilidade Pública, Contabilidade de Seguros, Análise das Demonstrações, Auditoria etc. Hoje no mundo globalizado com o implemento de novas tecnologias, novas áreas de negócios, a contabilidade teve que evoluir junto com as necessidades dos seus novos usuários surgindo assim novas ramificações como a contabilidade rural e a ambiental, a título de ilustração para demonstrar que essa Ciência não ficou parada no tempo, e tem acompanhado o mundo globalizado com novas áreas de atuação trazendo como sempre o que existe de melhor em termos de informações para esses novos usuários. Padoveze (2004, p. 101) acrescenta: Como ciência do controle do patrimônio empresarial, ela teve que fazer diversas ramificações, ou especializações, para poder entender melhor os diversos aspectos de controle patrimoniais que foram surgindo e que mereciam atendimento especial, em face das necessidades de informações dos diversos usuários internos e externos. 26 Através de suas ramificações a Contabilidade busca atender de maneira mais especifíca, as necessidades de informações demandadas por seus usuários internos e externos. 2.3 As informações contábeis As informações contábeis possuem características que possibilitam uma análise mais minuciosa e consistente,para que seus usuários possam compreendêlas de uma maneira mais fácil, e utilizá-las no dia-dia. Conforme o Conselho Federal de Contabilidade (2008, p. 99): 25. Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência. As informações precisam ser compreendidas para que alcance o seu objetivo de satisfazer as expectativas dos seus usuários. Devido à complexidade de algumas informações muitos não conseguem compreender de que maneira as mesmas poderiam ser útil para a gestão e a tomada de decisão dentro das empresas. Os usuários externos como, por exemplo, os acionistas, no caso das grandes empresas, necessitam, freqüentemente de informações que mostrem como andam os negócios na empresa na qual investiram dinheiro e aguardam o resultado das atividades desempenhada pela entidade com o intuito de obterem algum retorno sobre o capital investido. Nesse caso a fácil compreensibilidade das informações faz a diferença para quem necessita das mesmas. Quanto à relevância, as informações precisam ser disponibilizadas de maneira coerente com as necessidades dos usuários, conforme o ramo de atividade e o porte da empresa. O que pode ser relevante para um receptor dessa informação, pode não ser para outro, nesse caso percebe-se que para diferentes tipos de usuários se faz necessário diferentes tipos de informações que sejam adequadas a cada um conforme sua necessidade. Nesse sentido a o Conselho Federal de Contabilidade (2008, p. 99) evidência no item 26 que: 27 26. Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores. No que tange a confiabilidade das informações Conselho Federal de Contabilidade (2008, p. 100) diz que: 31. Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar. 32. Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação por danos em uma ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser inadequado reconhecer o valor total da reclamação no balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o valor e as circunstâncias da reclamação. A informação deve refletir adequadamente todos os dados pelo qual a mesma foi designada a demonstrar, não podendo ter omissões ou distorções de nenhuma espécie para que seja digna de confiança, e possa ser usada com segurança, alcançando assim o que se esperava com a sua utilização. Outro aspecto importante a cerca da informação é o que descreve o CFC (2008, p. 102): 39. Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira. Conseqüentemente, a mensuração e apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também por entidades diferentes. Faz-se necessário que as informações sejam passíveis de serem comparadas, ao longo do tempo, ou seja, o desempenho da empresa pode ser comparado a outros períodos, ou até mesmo á outras entidades, identificar tendências, fazer projeções futuras entre outros. Assim todos que necessitam das informações podem fazer escolhas optando pelo que melhor lhes agradam. 40. Uma importante implicação da característica qualitativa da comparabilidade é que os usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis, de quaisquer mudanças nessas práticas e também o efeito de tais mudanças. Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam identificar diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes, usadas pela mesma entidade de um período a outro 28 e por diferentes entidades. A observância das normas, inclusive a divulgação das práticas contábeis utilizadas pela entidade, ajudam a atingir a comparabilidade. 2.4 Contabilidade financeira A contabilidade financeira é a extensão da contabilidade que se identifica com a contabilidade utilizada nos escritórios contábeis, nesse sentido, entende-se que a mesma esta voltada aos principios fundamentais de contabilidade. Para muitos essa contabilidade é voltada a seguir normas que atendam a necessidade do fisco, mesmo que sejam dentro de padrões contábeis. No que concerne ao assunto Padoveze (1998, p. 9), enfatiza que: A contabilidade financeira, que podemos denominar de contabilidade tradicional, é entendida basicamente como o instrumental contábil essencial para a feitura dos relatórios para usuarios externos e necessidades regulamentadas. Mesmo que a contabilidade financeira siga a contabilidade tradicional, ou seja, cumprindo o que atenda os interesses somente da legislação fiscal, passa a ser considerada como desnecessária para os gestores. Partindo disso essa rejeitação da contabilidade financeira que é utilizada nos escritórios contábeis na atualidade, inicia-se uma busca por uma contabilidade capaz de mudar esse foco. Surge então a contabilidade gerencial, que esta considerada como aquela que atende as necessidades fiscais e gerenciais. 2.5 Contabilidade gerencial A Contabilidade Gerencial constitui um rico banco de dados, para as empresas não importando o seu porte, ela pode fornecer informações relevantes tanto para as grandes quanto para as pequenas empresas. Percebe-se que entre as pequenas empresas a Contabilidade Gerencial, tem sido pouco ou raramente utilizada em virtude do não conhecimento por parte dos gestores, empresários e até mesmo dos contadores, dos benefícios que podem obter com a utilização dessa ferramenta. Nesse sentindo, Iudicibus (2002, p. 15) comenta que: 29 A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analitico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. Apesar da contabilidade tradicional ser feita é preciso ser aproveitada não só para fins fiscais, a mesma precisa ser mais trabalhada a ponto de ser reutilizada pela contabilidade gerencial. A contabilidade gerencial será responsavel pela interpretação dos dados emanados da Contabilidade com o fim especifico de auxiliar na tomada de decisão e na sobrevivência das empresas. Já Padoveze (1998, p. 9): Contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. A contrariedade se dá em torno de que a empresa precisa seguir normas contábeis e padrões de contabilidade para manter devidamente a sua escrituração, ou seja, independentemente de atender ao fisco ou seguir os princípios contábeis a contabilidade financeira deverá ser feita, ainda mais que na atualidade até as instituições financeiras estão cobrando das organizações as demonstrações contábeis, para atualização de cadastro, ou até mesmo para financiamentos. Por outro lado a contabilidade gerencial que considera a contabilidade financeira inútil por não atender a necessidade dos gestores, levando a crer que a cada dia que passa deverá ser mantido nas organizações dois tipos de contabilidade a gerencial e a financeira. Consernete ao assunto Padovese ( 2004 , p. 31) destaca que: Apesar de a contabilidade Gerencial utilizar-se de temas de outras disciplinas, ela se por ser uma área contábil, autônoma, pelo tratamento dado á informação contábil,enfocando planejamento, controle e tomada de decisão, e por seu caráter integrativodentro de um sistema da informação contábil. 30 Robert N. Anthony, um dos precursores da Contabilidade Gerencial descreve a mesma como sendo uma ferramenta de grande apoio á administração das empresas uma vez que propicia através de suas técinicas uma melhor compreenção dos aspectos operacionais das mesmas[...] Padovese (2004 , p. 35). Como a Contabilidade Gerencial está voltada para á administração das empresas ela se ocupa de fornecer aos gerentes, ou gestores, informações relevantes para a tomada de decisão dentro das entidades, decisões que precisam estar tomada sobre uma base sólida de informações, garantindo assim um resultado operacional que atinja aos anseios e metas desejáveis pelos tomadores de decisões. Nesse sentido se faz necessário destacar o que relata Iudícibus ( 1998 , p. 22): [...] todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábeis feitos "sob medida" para que a administração os utilize na tomada de decisão entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial. Na citação descrita acima se percebe duas funções interessantes de serem destacadas com relação à Contabilidade Gerencial; A tomada de decisão entre alternativas conflitantes; é exatamente isso que a utilização dessa técnica oferece apoio diante da tomada de decisão mediante o uso de relatórios que ajudem a visualizar a situação presente, e planejar o futuro com mais segurança, garantindo assim a maximização dos lucros e a estabilidade da empresa mediante decisões tomadas com um bom índice de acerto. Avaliação de desempenho; outra importante contribuição dessa técnica, para os administradores e gestores, uma vez que através de relatórios da atividade operacional torna-se possível mediante a sua utilização a visualização do desempenho da entidade, mostrando assim se os objetivos traçados estão ou não sendo alcançados. Como a Contabilidade Gerencial está voltada para á administração das empresas ela se ocupa de fornecer aos gerentes, ou gestores, informações relevantes para a tomada de decisão dentro das entidades, decisões que precisam ser tomada sobre uma base sólida de informações, garantindo assim um resultado operacional decisões. que atinja aos anseios e metas desejáveis pelos tomadores de 31 Quanto aos relatórios fornecidos pela Contabilidade Gerencial convém mencionar o que Warren, Reeve & Fess (2003, p. 3) consideram: As informações da contabilidade Gerencial incluem dados Históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas variadas necessidades da administração. Primeiramente os relatórios de contabilidade gerencial fornecem medidas objetivas de operações passadas e estimativas subjetivas de futuras decisões. O uso de estimativas subjetivas nesses relatórios auxilia a administração a responder às oportunidades de negócios. Segundo, os relatórios gerenciais não precisam ser preparados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. Já que somente a administração usa as informações da contabilidade gerencial, o contador pode fornecê-las de acordo com as necessidades da administração. As informações fornecidas pela contabilidade Gerencial propiciam aos seus usuários a possibilidade de planejar estratégias para o bom andamento da entidade baseando–se em relatórios gerados no passado para formular ações futuras de planejamento de alcance dos objetivos traçado. No que tange as características desses relatórios, se faz necessário mencionar que os mesmos tornam possível a visualização clara, a distinção de função e finalidade dessas informações. Conforme Pompermaier ( 1999 , p. 92): Os relatórios gerenciais tem características próprias e são mencionadas, com pequenas variações, por muitos autores de matérias envolvendo a contabilidade gerencial, e são em síntese, as seguintes: Para quem fazê-los; Buscar as necessidades dos usuários; linguagem acessível; Moeda constante, Quadros comparativos: meses, anos,...; Posição fiscal, tributária, trabalhista; Periodicidade; Estoque a preço de reposição Avaliação dos usuários e; Boa apresentação - qualidade total. Cada vez mais para alcançar o resultado desejado no gerenciamento da empresa, os gestores precisam desenvolver planilhas, relatórios e diversas outras ferramentas para controlar suas atividades. Sendo assim, essas informações 32 precisam estar organizadas de maneira adequada, para uma melhor utilização das mesmas. 2.6 Relatórios contábeis Iudícibus e Marion (2009, p. 158) relatam: "Os Relatórios Contábeis significam os Produtos Finais da Contabilidade". Oliveira (2005, p. 30) comenta: A legislação comercial exige que todas as empresas elaborem anualmente o balanço patrimonial e a demonstração de resultado do exercicio. Para legislação do imposto de renda, só as empresas com seus resultados tributados baseados no lucro contábil ajustado (lucro real) é que deverão elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação comercial, seguindo parte dos dispositivos da Lei das sociedades por ações (arts.175 a 188 da Lei nº 6404/76), para atender às exigencias fiscais. Toda entidade inicia-se com o objetivo do lucro, sendo assim para saber se obteve lucro ou prejuízo é preciso apurar resultados, além desses resultados é indispensável apresentar sua movimentação financeira, nesse sentido entende-se que se a empresa registra seus atos e fatos, os mesmo deverão também originar uma demonstração conhecida como relatório contábil. Já Marion (2006, p. 43) comenta que “os dados coletados pela contabilidade são apresentados periodicamente aos interessados de maneira resumida e ordenada, formando, assim, os relatórios contabeis.” Apartir do registro dos fatos contábeis da empresa, os mesmo dão origens a dados através do levantamento das demonstrações contábeis. Esses dados podem ainda ser levantados para atender as exigências legais ou ainda as exigências gerenciais, basta que os mesmo sejam extraídos de forma adequada cada setor que necessita da informação. 2.6.1 Balanço patrimonial No concernente a balanço patrimonial Marion (2003, p. 15) afirma: 33 Por meio da comparação entre valores do balanço patrimonial ou com valores de outros demonstrativos, podemos avaliar a situação da empresa de vários aspectos: estrutura do capital aplicado, natureza das fontes desses capitais, produtividade e rentabilidade dos mesmos capitais, capacidade de pagamento. O balanço patrimonial apresenta-se como a ferramenta de origem estática que demonstra a empresa a sua situação patrimonial e financeira em determinado periodo. O balanço patrimonial é representado pelo ativo e passivo, ou seja, os bens e direitos e as obrigações. Ainda Marion (2006, p. 52): O balanço patrimonial é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é denominada ativo, a do lado direito, passivo. O ideal seria denominar a segunda coluna passivo e patrimônio liquido. Entretanto, a lei das sociedades por ações apresenta o termo passivo. O ativo da empresa é divido pelos bens que pertecem a empresa e estão em poder dela e os direitos que são os bens que pertecem a empresa mas estão em poder de terceiros. Já o passivo é representado pelas obrigações que são os itens que não pertecem a empresa mas estão em poder dela. 2.6.2 Demonstração do resultado do exercício No que tange ao assunto Marion (2006, p. 91): A demonstração de resultado do exercicio pode ser simples para micro ou pequenas empresas que nao requeiram dados pormenorizados para a tomada de decisão, como e o caso dos bares, farmacias, mercearias. Deve evidenciar o total de despesa deduzido da receita, apurando-se assim, o lucro sem destacar os principais grupos de despesas. A demonstração do resultado do exercício evidencia as mutações ocorridas no resultado da empresa, apresenta-se de forma dinamica capaz de revelar as diversas alterações ocorridas na situação economica da empresa. A demonstração de resultados determina ainda o saldo que irá para conta lucros ou prejuizos acumulados na qual essa conta consiste no elo de ligação entre a demonstração de resultado e o balanço patrimonial. A equipe de professores FEA/USP (1998, p. 145): 34 A demosntração de resultado do exercicio, elaborada simultaneamente com o balanço patrimonial, constitui-se no relatorio sucinto das operações realizadas pela empresa durante determinado periodo de tempo; nele sobressai um dos valores do periodo, Lucro ou prejuízo. Apesar das organizações serem instituidas com o objetivo de operar indefinidamente, as mesmas necessitam saber como anda o seu desempenho, para isso a demosntração de resultados apresenta-se como relatório capaz de confrontar as despesas e receitas do exercício e ainda demosntrar se a empresa teve lucro ou prejuizo. 2.7 Análise financeira No concernente a analise de balanços Matarazzo (1995, p. 17) afirma “as demonstrações financeiras fornecem uma serie de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.” Os relatórios contábeis são confecionados de acordo a movimentação operacional da empresa, ou seja, de acordo com os seus registros contábeis. Após essa confecção estes dados necessitam serem testados para que evidencia indicadores que possam influenciar no seguimento da empresa, e esse fato é conhecido como análise das demosntrações contábeis. Matarazzo (1995, p. 19) comenta ainda sobre a analise financeira: O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não credito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dividas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando. Neves (2005, p. 458) comenta sobre a importancia da analise das demosntrações financeiras: Fornecer informações numéricas de dois ou mais periodos, de modo a auxiliar ou instrumentar acionistas, administradores, fornecedores, clientes, governo, instituições financeiras, investidores e outras pessoas físicas ou 35 juridicas interessadas em conhecer a situação da empresa ou para tomar decisões. A análise de balanços consiste em decompor e interpretar os dados emanados das demonstrações contábeis, sendo assim esta análise poderá identificar diversas informações que condizem com o seguimento da empresa, dentre esses indices podemos destacar a capacidade de pagamento das dividas, na qual os credores serão os principais interessados nessa informação. 2.7.1 Análise de índices No concernente a analise de indices Matarazzo (1995, p. 25): Alguns dos indices que surgiram inicialmente permanecem em uso até hoje. Com o passar do tempo, porém, seguindo a tendência natural da sociedade moderna, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e tornaramse objeto de estudo das universidades; fazem parte delas, hoje, avançados conhecimentos de estatistica e matemática. A análise de índices consiste numa técnica antiga, na qual desde tempos antigos já se aplicava a analise de indicadores para medidas de desempenho. Com o passar do tempo a análise financeira se desenvolveu invando em termos de indices, surgiram novos indicadores, capazes de auxiliar as empresas na sua sobrevivência. Matarazzo (1995, p. 25) comenta ainda “assim, a técnica empírica de índices de balanços ganhou emabsamento cientifico e teve a sua utilidade comprovada. Hoje, no entanto, sabe-se muito mais sobre o que informa cada índice e quais são os indices mais importantes.” Já a Equipe de Professores FEA/USP (1998, p. 287) comenta: A comparação com indices padrão estabelecidos pela média dos indices das empresas do mesmo ramo ou do mesmo porte também é conveniente e esclarecedora a respeito da situação de determinada empresa. Nesse aspecto, o grande problema é o da obtenção de tais indices-padrão. A análise de índices é relevante, pois pode ser comparada com empresas do mesmo ramo de atividade para saber como andam o desempenho de ambas. Uma 36 perfeita análise contribui para a tomada de decisão nas organizações principalmente no que tange a composição de endividamento na qual a empresa pode estudar se esta tendo mais dividas de curto ou longo prazo. 2.7.2 Indicadores de Atividade Matarazzo (1995, p. 317) comenta: A conjunção dos tres indices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. Os indicadores de atividade mede como anda a situação operacional e de caixa das empresas, e é representa por três índices de prazos médio, como o prazo de recebimento de vendas, o prazo de pagamento das compras e até o prazo de renovação de estoques. Neto (2002, p. 180) comenta “os indicadores da atividade operacional são mais dinâmicos e permitem que seja analisado o desempenho operacional da empresa e suas necessidades de investimento em giro.” Os prazos de recebimento e pagamento são importantissímos nas empresas, onde a análise destes, podem interferir de forma direta e indireta no fluxo de caixa, pois uma empresa possui um prazo de pagamento menor que o prazo de recebimento, fatalmente irá sofrer fracasso, pois não conseguirá honrar seus compromissos. 2.7.2.1 Prazo médio de recebimento das vendas O Prazo Médio de Recebimento, é uma ferramenta muito util, que proporciona aos gestores das empresas, a possibilidade de controle e gerenciamento da carteira de contas a receber, evidenciando entre outros, o tempo médio que seus clientes levam para quitar suas contas a prazo, mostrando possiveis variações, e 37 necessidade de capital de giro, contribuindo para que a entidade defina as estratégias que melhor se enquadrem com a situação da entidade. Neto (2002, p. 181) afirma: Também definido por prazo médio de estocagem dos produtos acabados. Esse quociente revela o tempo médio que o produto gasta desde sua elaboração até a venda, ou seja, o prazo que o produto acabado permanece em estoque à espera de ser vendido. Neves (2005, p. 471) ainda revela que “este quociente indica o prazo médio de cobrança dos créditos. É chamado, também, de dias de vendas a receber (DVR).” Já Matarazzo (1998, p. 320) afirma: Assim, o prazo médio de recebimento de vendas não afeta o fluxo de caixa, mas apenas o volume de investimentos. Como, porém, o prazo médio de recebimento não é fixo, as suas alterações provocam modificações no fluxo de entradas em caixa. O prazo médio de recebimento afeta diretamente o fluxo das entradas de caixa, pois se a venda é concretizada e não recebida no prazo determinado, se a empresa não detiver de capital de giro com certeza sofrerá danos financeiros pois não terá a disposição caixa para pagamento. Em relação ao Prazo Médio de Recebimento (PMR), Padoveze (1994, p.138 apud WERKEN, 2009, p. 22) descreve que: este indicador proporciona um "parâmetro de quanto tempo em média à empresa demora em receber suas vendas diárias". É recomendado que esse indicador seja calculado mensalmente, e que também estejam livres de efeitos inflacionários. Porém se os dados obtidos estiverem sob influência direta da inflação sugere-se que seja feito o cálculo mensal, levando-se em consideração as vendas médias dos últimos três meses. A fórmula do cálculo do PMR (Prazo Médio de Recebimento), pode ser expressa da seguinte maneira: PMR = ( Duplicatas a receber X 360 dias) / Receita Operacional Bruta Temos como exemplo os dados abaixo: PMR = ( 120.000 x 360 dias) / $ 2.300,00 PMR = 18, 78 dias. 38 Quanto a interpretação do cálculo acima, constata-se que a empresa leva em média 18, 78 dias para o recebimento das contas a receber de clientes. . (WERNKE 2009, PG. 22). Com o resultado obtido com cálculo desse indicador, ou seja, quanto tempo a empresa leva em média para receber suas contas a prazo, o gestor deve comparar esses dados com o padrão do setor em que a empresa atua,e também com os seus concorrentes, para que assim possa fazer uma análise se a sua carteira de contas a receber e desenvolver suas estratégias para otimizar o desempenho operacional de sua entidade e fortalecer a saúde finaceira da mesma. Nesse sentido quanto menor for o prazo resultante desse indicador, melhor será para a empresa. O prazo médio de recebimento afeta diretamente o fluxo das entradas de caixa, pois se a venda é concretizada e não recebida no prazo determinado, se a empresa não detiver de capital de giro com certeza sofrerá danos financeiros pois não terá a disposição caixa para pagamento. Conforme já mencionado esse indicador torna-se uma ferramenta que muito pode contribuir para a gestão e controle da carteira de clientes. 2.7.2.2 Prazo médio de pagamento das compras No concernente ao assunto Neves (2005, p. 472) diz “indica o prazo médio necessário ao pagamento das obrigações com os fornecedores.” Esse índice consite no indicador que análise o prazo para pagamento das compras, é importante que as empresas tenham acordo financeiro para prorrogação de prazos, visando conseguir a venda e o seu recebimento para assim honrar os seus compromissos. Já Neto (2002, p. 181) sobre o prazo médio de pagamento a fornecedores afirma que “determine o tempo médio que a empresa demora para pagar suas compras.” Neves (2005, p. 472) acrescenta ainda no tangente ao assunto que “para se determinar as compras é necessário da formula: CMV = Ei + Compras – EF.” A importância de índice também demonstra que a empresa fica sabendo como anda o seu fluxo de pagamentos, bem como, quais as informações que 39 necessita para apresentar aos seus fornecedores novas proposições para aumento no prazo de pagamento das suas compras. A fórmula desse indicador é bem simples como pode ser observado abaixo: PMP = ( Duplicatas a pagar x 360 dias) / Compras do Período Por exemplo: PMP = ( $ 58.000 x 360 dias) / $ 150.000 PMP = 13,92 (dias) Com isso pode –se observar que a empresa obteve um prazo médio de 13,92 dias para o pagamento de suas contas aos fornecedores. . (WERNKE 2009, PG. 22). O resultado desse cálculo também está relacionado direta e indiretamente, com a necessidade de capital de giro, política de crédito, empréstimos, concorrentes, etre outros. O Prazo Médio de pagamento das contas também precisa ser comparado com as demais empresas do segmento, e quanto maior o prazo médio para a quitação dos débitos com terceiros melhor será para a entidade. O cálculo desses indicadores é originado da necessidade de avaliar possiveis desencontros dos prazos concedidos e recebidos para se ter um melhor controle e administrar melhor o capital de giro da entidade. 2.7.2.3 Prazo médio de rotação dos estoques Neto (2002, p. 180) afirma que o prazo médio de rotação dos estoques “indica o tempo médio verificado desde a aquisição do material até sua requisição na produção, ou seja, o tempo médio (em dias) que a matéria-prima permanece no estoque à espera de ser consumida no processo de produção.” Matarazzo (1998, p. 323) no que tange ao assunto, comenta ainda: Aparentemente, a formula do prazo médio de renovação de estoque é análoga às anteriores. Hjá, porém, uma diferença fundamental: enquanto as duplicatas a receber (ou a pagar) decorrem das vendas (ou das compras) passadas, os estoques relacionam-se com as vendas (a preço de custo) futuras. O índice de rotação dos estoque é considerado de muita relevância para as empresas, pois através dele podem ser definidos quando a empresa poderá efetuar 40 compras, ou mesmo, se deve aumentar ou diminuir o seu numero de pedido, para que nmão imobilize estoque e descapitalize a empresa. Já a Equipe de Professores FEA/USP (1998, p. 293) comentam que: O índice de rotação de estoques demonstra quantas vezes o estoque foi renovado durante o exercicio. Pode ser aplicado para todo o estoque de uma empresa ou separadamente para classes ou tipos de mercadorias. Neste ultimo caso, seu emprego é de grande interesse para descobrir itens de pequeno movimento, bem como para comparar perfomances passadas e presentes e, ainda, para detectar eventuais imperfeições de preços de venda. A rotação dos estoque fornece diversas informações relevantes as empresas, através dela são revelados quantas vezes os estoque giraram na empresa e ainda servem apra definir politicas de estoque, se comprar mais ou menos, se é necessário definir política de margem de segurança para estoques entre outros. 2.7.2.4 Duration Securato (1999, p. 241) relata que: "a fórmula do Duration inicialmente sugerida por Macaulay em 1938, depois generalizada por Fischer e Well em 1971, leva em conta o valor do dinheiro no tempo". Ainda segundo esse autor, "o Duration nada mais é do que a fórmula do prazo médio ponderado levando em conta o valor do dinheiro no tempo". Indicador utilizado pelos analistas de instituições financeiras para medir a sensibilidade de títulos à variação da taxa de juros. É calculado com base no fluxo de caixa do título, do pagamento de juros e principal, em cada prazo contratual, bem como no valor presente do título. Mellagi Filho e Ishikawa (2000) apud Wernke (2009, p.24) advogam que: Duration é uma medida de volatidade e representa o tempo médio que o detentor de um título deve esperar para receber seu pagamento em dinheiro. Esse parâmetro expressa o descompasso existente entre ativo e o passivo e de uma empresa, que refletirá negativamente em seu patrimônio líquido. Em outros termos, a Duration mede qual o prazo médio no qual o detentor do título terá recebido o pagamento total. Contudo, como existem constantes variações de taxa de juros no mercado, haverá conseqüentemente variações no valor presente do título e na sua Duration. 41 Quadro 7 – Duration de vendas e de compras a)Vendas: (R$ 100.000 x 30 dd) + ( R$ 100.000 x 60 dd) + ( R$ 250.000 x 90 dd (1 + 0,03317%)^30 (1 + 0,03317%)^60 + (1 + 0,03317%)^90 DV:....................................................................................................... R$ 100.000 + (1+ 0,03317%)^30 R$ 100.000 (1+ 0,03317%)^60 + .= 69,80 dias R$ 250.000 (1+ 0,03317%)^90 Fonte:Adaptado de: ( Wernke 2009, pg. 26) Mucillo Netto (1998) pugna que Duration é um indicador análogo ao do PML, com diferença de que todos os fluxos envolvidos na análise são corrigidos para uma data focal, segundo taxas de juros que reflitam o custo de oportunidade. Desse modo, o denominador da fórmula do Duration deve ser o valor dos fluxos de caixa na "data zero", ou seja, o valor presente. Quando ocorre um aumento de taxa de juros, o valor presente diminui e a Duration também diminui. A Duration de carteira é a média ponderada das Duration dos ativos e representa o prazo médio do pagamento total da carteira. 2.7.2.5 Aging Outra possibilidade de gerenciamento da carteira de clientes é a utilização do Aging que torna evidente a participação de cada componete da carteira em percentual com relação ao seu total, envolvendo valores por por intervalos de período. Por exemplo, quanto rapresenta em termos percentuais a participação das contas vencidas em um determinado mês em relação ao total da carteira? Qual o percentual dos títulos vincendos em 60 dias com relação ao total da carteira? Aplicável no controle de contas a receber e a pagar Wernke (2008, p. 173) comenta que: o Aging pode ser definido como um parâmetro que verifica "a idade" dos valores a receber (ou a pagar) que constam na carteira de clientes ( ou de fornecedores), independentemente se "vencidas" ou "vincendas". 42 Esse indicador permite a identificação o percentual total da carteira de contas a receber e a pagar, com vencimentos em 30 dias, 60 dias, ou em 90 dias. Mostrando assim o percentual de vencimentos conforme um tempo estipulado para a análise, bem como o percentual das contas que já venceram. Nesse sentido Wernke (2009, p. 25) enfatiza que esse indicador: "indica o percentual do valor total (em $) da carteira que tem vencimento em 30 dias, por exemplo, bem como o percentual de contas que já estão vencidas considerando os prazos determinados pelos gestores. O Aging permite aos gestores uma análise e controle de como administrar de forma mais adequada a carteira de títulos a receber, mostrando as mudanças ocorridas no comportamento desses valores , possiblitando uma comparação e acompanhamento mensal não obstantante Wernke (2009, p. 25) argumenta que "a informação mais importante oriunda do Aging conciste em evidenciar a participação percentual de cada grupo de vencimento de duplicatas no total da carteira". Assaf Neto (2003, p. 515) apud Wernke (2009, p. 25) enfatiiza que: "por trabalhar com proporções o Aging não fornece maiores explicações com relação a alterações no volume de vendas". Quadro 8 – Aging de contas a receber. Situação Valor (em $) % do Total Vincendas até 30 dias 50.000 50,00 Vincendas entre 31 e 60 dias 30.000 30,00 Vincendas entre 61 e 90 dias 10.000 10,00 - - 1) Total de Duplicatas vincendas 90.000 90,00 Vencidas até 30 dias 5.000 5,00 Vencidas entre 31 e 60 dias 2.000 2,00 Vencidas entre 61 e 90 dias 1.000 1,00 Vincendas após 90 dias Vencidas após 90 dias 2.000 2,00 2) Total de Duplicatas vencidas 10.000 10,00 3 = 1+ 2 Total da Carteira de Contas a receber 100.000 100,00 Fonte: Adaptado de Wernke (2009, pg. 25). Como pode ser observado através da elaboração do Aging, 10% das vendas a prazo estão vencidas conforme item (2) e que 90% das duplicatas a receber 43 vencem em até 90 dias, item (1). Através dessas informações, os gestores podem definir extratégias para melhor controlar a carteira de clientes bem como todos os fatores que se interligam a ela como po exemplo, a necessidade de capital de giro, e a política de crédito. 2.7.2.6 Saldo em tesouraria Silva (2001, p. 276) no concernente ao assunto: O saldo de tesouraria sobre vendas é um indicador da relação entre a posição financeira da empresa em determinado momento e o seu volume de vendas num período. Na realidade, o conceito de saldo de tesouraria está relacionado com as contas do balanço que de forma direta são administradas pelo tesoureiro. O saldo em tesouraria representa a diferença entre o CPL (Capital Permanente Liquido) e o IOG (Investimento Operacional em Giro), na qual o mesmo pode ser maior ou menor que zero, se for maior conforme visto no item anterior a empresa terá recursos financeiros superiores as suas dividas de curto prazo, se for menor terá as suas dividas de curto prazo superior aos seus recursos financeiros. A sua forma pode ser representada por duas maneiras: • T = CPL – IOG, ou • T = ACF – PCF. 2.7.3 Ciclos da administração financeira 2.7.3.1 Ciclo operacional No que tange ao assunto Neto (2002, p. 177): É no desenvolver de todo esse processo que se identifica de maneira normal e repetitiva o ciclo operacional da empresa, o qual pode ser definido como as fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a aquisição de materiais para a produção até o recebimento das vendas efetuadas. 44 O ciclo operacional da empresa é definido pela amplitude da operacionalização da empresa, ou seja, ele envolve toda operação da organização, pois inicia-se pela compra da matéria prima e vai até o recebimento da venda. Já Matarazzo (1998, p. 350) comenta: A rigor, o ciclo operacional não deveria ser graficamente representado por uma linha reta, mas por linhas em escala, à medida que os custos vão sendo acumulados, enquanto o PMPC pode perfeitamente ser representado por uma linha (partindo do mesmo nível que o PMRE), já que representa um financiamento constante. O ciclo operacional inicia-se pela compra da matéria prima, passa pela produção da mercadoria, depois pela venda do produto e vai até o recebimento da venda. Neto (2002, p. 179) afirma ainda que a fórmula para ciclo operacional é “ciclo operacional = PME + PMF + PMV + PMC.” Marion (2003, p. 62) afirma ainda “o período desde a aquisição da matéria prima (que entra no processo produtivo) até o recebimento das duplicatas é denominado ciclo operacional.” 2.7.3.2 Ciclo financeiro Neto (2002, p. 187) comenta sobre o ciclo financeiro: Enquanto o ciclo operacional se inicia no momento da aquisição dos materiais, o ciclo de caixa (ou ciclo financeiro) compreende o periodo de tempo entre o momento do desembolso inicial de caixa para pagamento dos materiais e a data do recebimento da venda do produto acabado. O ciclo financeiro diferentemente o operacional, inicia-se do desembolso para pagamento da mercadoria e vai até o recebimento do dinheiro referente a venda do periodo. 2.8 Instrumentos da análise financeira 2.8.1 Análise do capital de giro 45 Matarazzo (1998, p. 344) comenta: Necessidade de capital de giro, que designaremos NCG, é não só um conceito fundamental para a análise da empresa do ponto de vista financeiro,. Ou seja, análise de caixa, mas também de estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade. No entanto para que essa gestão financeira das empresas chegue a essa eficiência é necessário ainda que um sistema de informações contábeis seja acoplado a esta gestão para fornecer informações que possa medir os fluxos financeiros diários, lhe deixe aproximar as carências de apreensão de recursos ou a probabilidade de se realizar aplicações financeiras, quando do planejamento de suas atividades. Partindo disso, conceitua-se o Capital de Giro como importâncias que são aplicadas a variações repetitivas no curto prazo na qual seu direcionamento, termina num ciclo operacional e começa em outro, fazendo com que dê inicia ao giro. A interpretação das informações do Capital de Giro avalia apenas os custos e despesas que originam retiradas financeiras para a organização pelo desempenho de seu ciclo operacional e que, ainda não foram artifício de consumação financeira. 2.8.1.2 Ponto de equilíbrio Conforme Padovese (2004, pg. 381): Denominamos ponto de equilíbrio o ponto em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos custos e despesas fixas. Assim, ponto de equilíbrio calcula os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que ao custo de um lucro zero. O ponto de equilíbrio é também denominado de ponto de ruptura (break-even point). O ponto de equilíbrio demonstra quanto de receita uma empresa deve obter para saldar todos os seus custos, ou quanto a empresa deve produzir para que não venha a ter prejuízo, trazendo assim uma informação muito importante para os gestores. Conforme Padovese (2004, pg. 381): Denominamos ponto de equilíbrio o ponto em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos custos e despesas fixas. Assim, ponto de equilíbrio calcula os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter 46 prejuízo, mesmo que ao custo de um lucro zero. O ponto de equilíbrio é também denominado de ponto de ruptura (break-even point). Padovese(2004, pg 381) ainda enfatiza que: [...] “Assim a equação do ponto de equilíbrio é a seguinte: [...] Vendas = Custos variáveis + Custos Fixos”. 2.8.1.3 Formação do preço de venda A formação do preço de venda é algo fundamental dentro de uma empresa, para formular o mesmo os gestores tem que levar em conta todos os custos incorridos na empresa, para posteriormente formular preços que sejem compátiveis com os práticados no mercado, e além do mais que garantam a estábilidade financeira da entidade. Segundo Padovese (2004, pg. 418): O pressuposto básico para tal técnica é que o mercado está disposto a absorver os preços de venda determinados pela empresa, que, por sua vez, são calculados em cima de seus custos reais ou orçados. Sabemos que, na verdade, isso nem sempre pode acontecer, ficando, eventualmente, invalidado tal procedimento. Nesse sentido se faz necessário então na formação do preço de venda que se tenha a premissa de formular os preços acima dos custos mensurados na empresa, gerando assim um padrão inicial de formação de preços. 2.8.1.4 Fluxo de caixa Padovese (2004, pg. 82) enfatiza que: “ É importante lembrar que o fluxo de caixa pode ser elaborado por consulta e reacumulação das contas representativas das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras.[...]” Não obstante Padovese (2004, pg. 82) descreve que: Notamos que é muito comum pensar que o fluxo se caixa é de competência exclusiva do setor finaceiro de uma empresa, e que o contador não tem condições para sua elaboração. Raramente vemos o fluxo de caixa sendo elaborado pelo setor de contabilidade. É considerado, inclusive, peça-chave na administração financeira. 2.8.1.5 Margem de lucro 47 Conforme Padovese (2004,pg. 424) : “Um dos pontos mais polêmicos é a relação da margem de lucro que deve ser alocada ao mark-up. A margem de lucro desejada é bastante variável de empresa para empresa e depende de inúmeros fatores[...]” Nesse contexto Padovese (2004, pg. 424) ralata que: “em termos práticos, a base mais comum para calcular a margem de lucro mínima desejada é rentabilidade do capital própio, ou seja, a rentabilidade do patrimônio líquido, já deduzida dos impostos sobre o lucro”. 2.8.2 Determinação da necessidade de capital de giro Matarazzo (1995, p. 344): O ativo circulante operacional – ACO é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda, enquanto o passivo circulante operacional – PCO é o financiamento, também automatico, que decorre dessas atividades. A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é quanto a empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a NCG. O capital de giro na empresa é importantissimo, pois com ele a empresa poderá trabalhar mais tranquilamente, podendo fazer suas projeções sem medo de faltar caixa para pagar suas contas em dias. Não obstante a isso é preciso identificar também a necessidade do capital de giro, é preciso entender se para uma organização é bom ou não ter necessidade de capital. Essa interpretação e necessária devido ao fato da necessidade de capital giro não incorpora somente a gestão de caixa, e sim estratégias de financiamento e lucratividade. Para se determinar a necessidade de capital de giro é necessário é preciso o entendimento ou a concepção e identificação do que venha a ser ativo circulante operacional e passivo circulante operacional. A necessidade de capital de giro é determinado pela fórmula, onde ACO representa o ativo circulante operacional da empresa e PCO, representa o passivo circulante operacional. 48 2.9 Gestão de contas a receber e contas a pagar "Na economia moderna a utilização do crédito tanto como método de venda e pagamento quanto sob a forma de arma de concorrência entre empresas é um dos mecanismos mais corriqueiros". Sanvicente (1987, p. 151). A gestão de contas a pagar e contas a receber merecem um destaque maior principalmente nas pequenas empresas, devido ao fato de que o ambiente econômico mundial vem passando por mudanças. Como a globalização, a concorrência, as novas tecnologias, os empresários precisam se utilizar ao máximo dos recursos e instrumentos disponíveis em literaturas e outras fontes, para melhor conduzirem seus negócios. No sentido de melhor entendimento do assunto exposto, convém se fazer necessário a conceituação do título aqui mencionado. Santos (2001, p. 36) comenta: Um dos componentes mais expressivos do capital de giro de uma empresa são as contas a receber proveniente de suas vendas a prazo. A administração de contas a receber a ser tratada nesse capitulo aborda principalmente o crédito comercial concedido às pessoas jurídicas. "Portanto ao falarmos de contas a receber, estamo-nos referindo a contas correntes, crédito parcelado e contratos de venda a prazo e de venda condicional". Sanvicente (1987, p. 151). No concernente ao assunto Iudicibus (2003, p. 95)informa que: As contas a receber representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. São valores a receber decorrente de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações. Essas outras transações não representam o objeto principal da empresa, mas são normais e inerentes as suas atividades. O conceito de contas a receber, significa todos os haveres que a empresa tem a receber em termos monetários, mediante ao fornecimento de bens ou serviços á terceiros, ou seja, dinheiro que outros devem à empresa. Em contas a receber estão incluídos todos os valores que deverão ser recebidos pela empresa. Nesse sentido Assaf apud Wernke (2009, p.21) argumenta que contas a receber "são direitos que a empresa possui correspondente à venda de mercadorias, 49 prestação de serviços ou venda de bens do Ativo Permanente (imóveis, veículos, máquinas, etc.)". Santos apud Wernke (2009, p.21) defendem que: "uma boa administração de contas a receber deve incluir, além da execução, as funções de planejamento e controle, para que as vendas pelo crédito comercial concedido propiciem resultados efetivamente favoráveis". Já Junior (2002, p. 442) afirma que: O crédito como ferramenta utilizada para incrementar e faciliatar a realização de vendas de bens e serviços é responsavel por grande parte dos resultados.a s expectativas são de que quanto maiores forem as vendas, maiores serão os lucro obtidos pela empresa e, da mesma forma, menores vendas significam menores lucros. Do mesmo modo, contas a pagar tem o significado inverso, ou seja, é dinheiro que a empresa deve a terceiros, constituindo assim obrigações, para com fornecedores, dívidas com o fisco, demais despesas etc. No que tange as contas a pagar Junior (2002, p. 486) afirma: Os capitais de terceiros são representados pelo endividamento da empresa. Pertencem a terceiros e são utulizados por periodos de tempo definidos, justificando o pagamento de encargos financeiros que seriam uma especie de aluguel pela sua utilização. "Contas a pagar é uma conta figurante do passivo exigível, destinada ao registro de compromissos financeiros representados por títulos devidamente aceitos”. (WERNKE 2009, P. 20). Iudícibus et al.(2007, p. 231) apud Wernke (2009, p. 21) com relação a contas a pagar dissertam que, "são cabíveis nessa conta as obrigações decorrentes do fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia elétrica, água, telefone e outras contas a pagar, geralmente a fornecedores de insumos". A utilização de indicadores de desempenho torna-se algo interessante, e cabe ao gestor de finanças, implementá-los no intuito de buscar um melhor condicionamento para a gestão. Através desses indicadores pode-se fazer uma análise quanto à eficiência das políticas adotadas pela empresa no sentido de 50 averiguar se os procedimentos utilizados até então podem ser melhorados, ou modificados conforme as necessidades da entidade. Isso é especialmente importante na gestão de contas a receber e das contas a pagar da empresa, pois essas duas funções costumam representar a maior parte dos recursos financeiros movimentados pelas organizações empresariais. Para tanto, os profissionais do setor financeiro podem encontrar na literatura especializada diversos indicadores aplicáveis à gestão de contas a pagar e contas a receber, como Prazo Médio, Prazo médio Linear, Aging, Duration, etc. (WERKEN 2009 , P. 20). Assim como outras, essas ferramentas gerenciais não são usualmente utilizadas pelas micro e pequenas empresas, por diversos motivos, como por exemplo: a falta de conhecimento, por parte dos gestores, ineficiência, ou inexistência de controles internos, falta de capacitação, falta de interesse por parte dos pequenos empresários em utilizar essas ferramentas, resistência a mudanças. Nesse sentido Wernke (2009, p. 20) argumenta que: [...] referidas ferramentas gerenciais não costumam ser utilizadas no cotidiano gerencial de empresas de pequeno porte por díspares razões, que podem passar pelo desconhecimento de suas de suas existências, pela inadequação dos controles internos, pela capacitação insuficiente dos gestores, entre outros aspectos. (WERKEN 2009, P. 20). Á adoção de medidas que permitam identificar pontos falhos e posteriormente discutir alternativas para a solução dos mesmos, torna-se algo de grande valor para as empresas na gestão de contas a pagar e a receber. Com a utilização de indicadores torna-se possível a otimização da carteira de clientes e credores, uma vez que a mesma está envolvida direta e indiretamente com outros fatores como: fluxo de caixa, capital de giro, política de crédito, estratégias de mercado etc. Observando as literaturas vigentes percebe-se que a maioria dos autores tem dado um enfoque maior para as ferramentas gerenciais na área de custos, deixando em segundo plano, ou até mesmo pouco comentadas outras áreas, como por exemplo, a gestão de contas a pagar e a receber que é uma peça fundamental dentro de uma empresa. Essa gestão se relaciona com diversos fatores como, por exemplo, a política de crédito, financiamentos bancários, cobrança etc. 51 2.9.1 Politicas de crédito Santos (2001, p. 36) afirma que “o principal efeito de uma politica de crédito é seu impacto sobre a lucratividade da empresa. Esta será afetada pelo custo do financiamento do capital de giro, pela rentabilidade das vendas e pelo percentual de perda com devedores incobráveis.” Já Júnior (2002, p. 444) comenta: A definição das politicas de credito, embora nem sempre seja de responsabilidadeda área financeira das empresas, requer a sua participação. Há que haver equilibrio de influência das áreas de vendas e financeiras. A forte influencia da area financeira, voltada para redução de riscos, pode levar a condições de credito excessivamente severas que impedirão o incremento das vendas. 2.9.2 Adminstração do risco de crédito No que tange ao assunto Santos (2001, p. 49): Os principais instrumentos utilizados como garantia de credito são o aval, a fiança bancaria e a caução. Dos três instrumentos de garantia mencionados, a fiança bancaria é o unico que tem um custo explicito para a empresa compradora que a contrata. O risco de crédito é uma grande ameaça as empresas que não possuem um controle eficiente das contas a receber e a pagar, podem ter o bom andamento dessa carteira comprometidos gerando instabilidade para a empresa frente as suas obrigações. Já Júnior (2002, p. 448) afirma: A legislação brasileira permite às empresas reconhecer perdas com devedores incobráveis que não honrarão seus compromissos. São os denominados “devedores duvidosos”. O valor é deduzido do lucro, reduzindo-se os valores do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro a serem redolhidos pela empresa. Santos (2002, p. 50) comenta ainda sonbre as demonstrações contábeis: 52 Presumidamente, a validação das demonstrações contábeis por um auditor independente torna-as mais confiáveis. Entretanto, a maioria das empresas de pequeno porte não tem suas demonstrações financeiras auditadas. Apesar disso, essas demonstrações contábeis tem aceitação generalizada. 2.10 Micro e pequenas empresas Para a melhor compreensão do tópico aqui mencionado convém se fazer previamente a caracterização das micro e pequenas empresas. Elas representam cerca 20% do PIB brasileiro (produto interno bruto), mais do que isso constituem um conglomerado econômico espalhado por esse pais, gerando empregos a milhões de pessoas. Essas entidades enfrentam grandes desafios no mercado, um desses desafios é ter uma gestão empresarial adequada para dar continuidade à entidade e mais do que isso desbravar novos horizontes. As micro e pequenas empresas (MPEs) respondem por 98% das empresas, 67% das ocupações e 20% do PIB. Veja aqui os principais números do segmento e os desafios que essas empresas enfrentam. Segundo o SEBRAE-SP, no Brasil existem 5,1 milhões de empresas. Desse total, 98% são micro e pequenas empresas (MPEs). Os pequenos negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. A Constituição Federal de 1988 determinam em seus artigos 170 e 179 que as MPEs devem receber tratamento diferenciado diante das demais empresas, conforme expresso a seguir: Art. 170; A Ordem econômica fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, conforme os seguintes princípios: Soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego e tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte. Art. 179; A união, os estados, o distrito federal e os municípios dispensarão as microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 53 2.10.1 Definição de micro e pequena empresa Em se tratando da definição, não existe um critério único para a devida classificação dessas entidades uma vez que os mesmos podem variar de acordo, com o faturamento, número de empregados, receita operacional liquida entre outros. Conforme dados do (SEBRAE, 2009) O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no que diz respeito à classificação conforme o número de empregados tem-se: Microempresas na indústria até o limite de 19 empregados, no comércio e serviços o limite de 9 empregados. Empresas de Pequeno Porte no setor da indústria, de 20 a 99 empregados, no comércio e serviços de 10 até 49 empregados. De acordo com a Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 em seu Capítulo II Artigo 3º, parágrafo I e II, para efeito de classificação pelo critério de faturamento tem-se: o Art. 3 Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). Para a definição de MPEs por faturamento acrescentando a questão das exportações especifica-se da seguinte maneira o enquadramento: Microempresa exportadora faturamento Até US$ 200 mil para comércio e serviços e Até US$ 400 mil na indústria; e Empresa de Pequeno Porte exportadora acima de US$ 200 mil até US$ 1,5 milhão para comércio e serviços e acima de US$ 400 mil até US$ 3,5 milhões na indústria. (SEBRAE, 2009) Pelos critérios da lei, microempresa é aquela que fatura, anualmente, até 240 mil reais. Empresa de pequeno porte, por sua vez, é aquela que fatura de 240 mil reais a 2,4 milhões de reais. Esses são os dois grupos de negócios abrangidos pelo Simples. (PORTAL EXAME 2006). 54 Como já foi destacado existem várias formas de classificação e caracterização, da micro e pequenas empresas. A classificação de porte adotada pelo BNDS é aplicável a indústria, comércio e serviços está resumida no quadro abaixo: Classificação Receita operacional bruta anual Microempresa Menor ou igual a R$ 1,2 milhão Pequena empresa Maior que R$ 1,2 milhão e menor ou igual a R$ 10,5 milhões Média empresa Maior que R$ 10,5 milhões e menor ou igual a R$ 60 milhões Grande empresa Fonte: Adaptado de Maior que R$ 60 milhões (http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Navegacao_Suplementar/Perfil/porte.html) 2.10.2 Legislação de ME e EPP No estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte, estão contidas todas as normas referentes a essas entidades, que possuem muitas particularidades em relação às empresas de médio e grande porte. Este novo estatuto substitui, integralmente, a partir de 01.07.2007, as normas do Simples Federal (Lei 9.317/1996) - vigente desde 1996 - e do anterior Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei 9.841/1999), estabelecendo regras para tratamento diferenciado à micro e pequenas empresas, especialmente no que se refere: - À apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da união, dos Estados, do distrito federal e dos municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias. - Ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias. - Ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. (PORTAL EXAME 2006). O novo estatuto foi instituído pela Lei Complementar 123/2006, que trouxe novos conceitos a respeito da definição das MES e EPPS, vedações e o SIMPLES NACIONAL. Os legisladores procuraram melhorar o seguimento através de medidas previstas em lei que possam beneficiar mais os pequenos e microempresários. 55 2.10 3 A importância dos indicadores de atividade para as micro e pequenas empresas A utilização dos indicadores aqui mencionados pode contribuir muito para a gestão das micro e pquenas empresas, "[...] possibilitam conhecer os prazos de recebimento e pagamento, o lapso temporal existente entre eles, a evolução ao longo da série histórica estudada, bem como inferir se a tendência identificada era favorável ou não". Wernke (2009, p. 37). Iudicibus (1998, p. 282) comenta sobre o assunto: O problema surge nos casos, infelismente ainda frequentes, principalmente na média empresa nacional, nos quais a contabilidade, de saída, é considerada (e frenquentemente é) apenas um instrumento para apresentar certos dados para o governo, elaborar um balanço e DRE anual, e só. O problema na maioria das pequenas empresas é que a contabilidade não é utilizada, os gestores dessas empresa não consideram necessário registrar os fatos e atos que ocorrem nas operações da empresa. Partindo disso essa pequena empresa fica sem identidade, pois não controla nada que indica as suas variaçoes patrimoniais, muito menos as demonstrações para que possam ser analisados indicadores. Conforme Wernke (2009, p. 36). [...]No gerenciamento das contas a pagar e a receber da empresa podem ser utilizadas medidas de avaliação que propiciam informes sobre a evoluçao dos prazos obtidos de fornecedores e dos prazos concedidos à clientela. Já Matarazzo (1998, p. 317) comenta: Uma das descobertas mais interessantes da Análise de Balanços é a de que, através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados, por exemplo, quanto dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas. Este é o chamado indice de Prazo Médio de Recebimento de Vendas. 56 Com a análise de balanços as empresas estão cobertas de diversas informações que indentificam fatores que encaminham ao seu sucesso. Mas para isto ocorrer é preciso ter registro da contabilidade, sem ela não será possivel confeccionar demonstrações e nem tampouco identificar indices. "Em razão do exposto, concluiu-se que as empresas de pequeno porte que possuem controles internos básicos na área financeira tem amplas condições de utilizar os indicadores de avaliação". Wernke (2009, p. 37). Em ambientes econômicos turbulentos como os presenciados em 2008, a gestão financeira de uma empresa precisa estar mais preparada para o futuro, sendo assim a utilização dos indicadores permitem o monitoramento do desempenho das operações que envolve a carteira de contas a pagar e areceber, tornando assim possível a implementação de uma política que atenda aos anseios da entidade.Com isso os gestores estarão mais preparados para identificar tendências, e possíveis correções observadas atualmente.(WERNKE, 2009 P. 36). O connhecimento dos indicadores bem como dos prazos de recebimento e pagamento, significa um diferencial a mais para a empresa que por sua vez poderá desenvolver uma política de crédito e financiamento das vendas com muito mais segurança, bem como aproveitar eventuais benefícios oriundos da utilização desse indicadores. 57 3 METODOLOGIA 3.1 Caracterização da pesquisa Para Beuren (2006, p. 66): Esta seção, em alguns cursos de graduação e pós graduação, requer um detalhamento mais amplo e profundo, a ponto de lhe ser destinado um capitulo especifico, o qual usualmente vem logo após o capitulo da fundamentação teoria ou revisão bibliográfica. Para o melhor desenvolvimento dessa pesquisa, bem como o alcance de seus resultados e objetivos propostos foi-se utilizada em um primeiro momento a pesquisa bibliográfica referente ao tema, na conceituação do referencial teórico, bem como dos itens que o compõe Cervo e Bervian (2002, pág. 65) quanto à pesquisa bibliográfica afirmam que: procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. [...] é o meio de formação por excelência e constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema. Ainda se fez necessário num segundo momento a utilização da pesquisa de estudo de caso, que complementa a pesquisa bibliográfica garantindo assim um resultado mais satisfatório e aceito conforme os moldes científicos Marconi e Lakatos (2004, pág. 274) definem estudo de caso como: “ao levantamento com mais profundidade de determinado caso ou grupo humano sob todos os seus aspectos”. O método de abordagem que foi desenvolvido na pesquisa é o dedutivo. De acordo com Lakatos e Marconi (2002, p. 47) essa abordagem mostra os casos de aplicação da teoria do caos em estudos avaliativos, aplicando métodos estatísticos, componentes principais, ou análise fatorial e procurando indicadores comuns aos casos analisados. Marconi e Lakatos (2004, p. 45) definem método como: “Conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos validos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.” 58 Para atender a demanda dos objetivos propostos,foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente ao tema: Contabilidade Gerencial. Concomitante a isso foi feita uma pesquisa de estudo de caso através de questionários, envolvendo empresas e escritórios de contabilidades particulares da cidade de Juína - MT. A pesquisa teve como enfoque a utilização dos relatórios de atividade, de indicadores financeiros como ferramentas que auxiliem na gestão das microempresas, bem como, trouxe a realidade qual o entendimento dos gestores e contadores sobre esses relatórios como mecanismos de tomada de decisão. Após a escolha do tema e identificar o problema, foi possível escolher qual o método a ser seguido. 3.2 População e amostra Conforme Oliveira et al (2003, pg. 83): As técnicas de amostragem permitem tratar de maneira econômica e estatisticamente confiáveis determinados dados de um universo de pesquisa que, muitas vezes não está acessível em sua totalidade ao pesquisador, seja pelo custo que isso acarretaria, seja pelo prazo que seria necessário. No presente estudo, utilizou-se o método de coleta de dados através de questionário, que se caracteriza por um conjunto de perguntas ou questões definidas em um roteiro flexível montado como base no referencial teórico. A unidade de análise da pesquisa foram os indivíduos, representados por contadores, empresários e gestores da cidade de Juina Mato Grosso. Oliveira et al (2003, pg. 82) ainda disserta que: Essa prática, em estatística, incorpora o próprio conceito de estatística indutiva, por corresponder a um processo de indução, ou seja, um processo lógico de raciocínio em que, a partir do conhecimento de uma parte, procura-se tirar conclusões sobre a realidade, em seu total. A validação da amostra se deu pela aplicação dos questionários a de 30% dos empresários locais de forma aleatória e intencional de acordo com a acessibilidade e segundo a listagem fornecida pela Associação Comercial de Juína (ASCOM) onde constam 233 empresas associadas, vale ressaltar que nem todas essas empresas estão em plena atividade, porém não foi possível mensurar quantas dessas empresas, não estão mantendo mais suas atividades atualmente. Foram 59 aplicados 72 questionários aos gestores e empresários, sendo que desses 60 foram devidamente respondidos, e 12 retornaram se respostas. “Amostra, por sua vez, é uma porção ou parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”. Oliveira et al (2003, pg. 82): A pesquisa de campo, também foi direcionada a 12 dos 22 profissionais contábeis (contadores e técnicos) de Juína – MT, de acordo com a listagem fornecida pela Delegacia do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Mato Grosso, obtendo de retorno 7 questionários devidamente respondidos e 5 sem respostas. 3.3 Instrumento de coleta de dados A coleta de dados inicialmente foi através da pesquisa bibliográfica em livros, artigos, revistas e meios eletrônicos, possibilitando elaborar todo o referencial teórico. Cervo e Bervian (2002, pág. 45) descrevem: “Os instrumentos de coleta de dados, de largo uso, são a entrevista, o formulário e o questionário.” Como pode ser observado existem várias técnicas de coleta de dados, cada uma possui vantagens e desvantagens que precisam ser previamente diagnosticadas no intuito de se averiguar, qual instrumento de coleta se adéqua melhor aos objetivos almejados. (CERVO E BERVIAN, 2002, PAG. 45) De acordo com Gil (2002, p.116) Questionário é uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo como objetivo o conhecimento de suas opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas. Para um melhor desempenho e alcance dos resultados, foi-se preferível pela sua melhor adequação a técnica de questionário, como instrumento de coleta de dados, aplicados a vários gestores, empresários, contadores e contabilistas da cidade de Juina Mato Grosso. 60 Segundo Cervo e Bervian (2002, pág. 48) é definida como: “a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche. Assim qualquer pessoa que preencheu um pedido de trabalho teve a experiência de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central”. (itálico do autor) A utilização de questionários é uma técnica bem abrangente que possibilita a coleta de informações que posteriormente serão processadas para a obtenção dos resultados almejados, bem como para a análise de dados. Uma vez escolhida à técnica de coleta, se optou ainda pela utilização de perguntas fechadas nesse sentido convém mencionar o que Cervo e Bervian (2002, pág. 48) dissertam sobre o assunto: “As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, fáceis de codificar e analisar”. As perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas e detalhadas do que se pretende alcançar, pois nesse tipo de questionário já são disponibilizadas as opções de respostas. Com isso pode-se obter várias informações de maneira mais rápida e precisa. Os dados foram ainda apresentados na monografia através de gráficos e tabelas que foram devidamente relatados e comentados favorecendo a análise e compreensão da pesquisa. 3.4 Tratamento e análise dos dados O método de abordagem da pesquisa foi o indutivo. Segundo Lakatos e Marconi (2006, p.53) Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadoras. Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que as premissas nas quais se basearam. A pesquisa buscou evidenciar o conhecimento dos profissionais contábeis e dos empresários sobre algumas ferramentas disponibilizadas pela Contabilidade Gerencial, utilizando a técnica de questionário para a coleta de dados para o desenvolvimento do assunto abordado. Demonstrando que através de ferramentas 61 como os indicadores financeiros pode-se obter informações valiosas garantindo uma melhor gestão e controle da entidade, bem como tornar a mesma mais competitiva no mercado atual, cada vez mais competitivo. Os dados foram apresentados na monografia com o auxílio de gráficos, e seguidos de comentários analíticos sobre o resultado da pesquisa, conforme pode ser observado no presente trabalho 62 4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 4.1 Resultados Essa etapa consiste na elaboração das análises e resultados obtidos com a aplicação da pesquisa. A pesquisa de campo foi realizada com as respostas oferecidas nos questionários aplicados aos gestores,empresários e Contadores na cidade de Juína. Foram realizadas entrevistas divididas em um questionário para os gestores e outro para profissionais da contabilidade, na qual se concluiu qual o grau de importancia dos indicadores de atividade e do controle de contas a pagar e a receber para a sobrevivencia das empresas. A primeira parte do questionário foi delimitada a apresentação de cada gestor com informações referentes a identificação dos mesmos. Os resultados referente alcançados através da pesquisa seguem apresentados a seguir através de gráficos. GRÁFICO 01 - SEXO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Conforme figura 60% dos gestores são do sexo masculino e apenas 40% são do sexo feminino. . O que evidencia que o número de homens na gestão das empresas é maior do que o número de mulheres em um pequeno percentual na cidade de juina. 63 GRÁFICO 02 – FAIXA ETÁRIA DOS GESTORES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico 2, os gestores foram questionados sobre sua faixa etária, na qual 27% dos entrevistados possuem a faixa etária entre 22 e 30 anos, outros 40% possuem a faixa etária entre 31 e 40 anos. Outros 27% possuem faixa etária de 41 a 50 anos, e somente 7% dos gestores possuem faixa etária acima de 50 anos. GRÁFICO 03 – CIDADE DE ORIGEM Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre o a cidade de origem, os gestores responderam que 26,67% são da cidade de Juína e outros 73,33% uma grande maioria são de outras regiões conforme apresenta o gráfico acima. Isso se dá em virtude de que Juina é uma cidade com menos de 30 (trinta anos) de emancipação, não obstante, teve em 64 seu processo de colonização a vinda de muitas pessoas de outras regiões do pais, principalmente de imigrantes da região sul do Brasil. GRÁFICO 04 – GRAU DE ESCOLARIDADE DOS GESTORES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico 4, os gestores apresentaram o seu grau de escolaridade, na qual 16,67% possuem o ensino fundamental completo, já a grande maioria 56,67% possui o ensino médio, outros 16,67% já possuem o curso superior completo, 3,33% já estão com seu curso de especialização e 6,67% optaram por não responder sua escolaridade. O grau educacional dos gestores representa um fator muito significante, uma vez que quanto maior o grau de ensino dos mesmos, maior vai ser a capacidade de compreensão dos fatores que estão inseridos no processo de gestão de uma empresa. 65 GRÁFICO 05 – TEMPO DE ATUAÇÃO COMO EMPRESÁRIO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre o tempo de atuação como empresários, os entrevistados responderam que 50% já estão no ramo na faixa de 6 a 10 anos, outros 33,33% estão a mais de 11 anos e somente 16,67% já estão a mais de 20 anos, conforme expresso no grafico 5. O que denota que na sua maioria dos micro e pequenos empresários estão a mais de 10 anos no mercado, um bom sinal levando-se em conta as difículdades e adversidades enfrentadas pelos mesmos. GRÁFICO 06 – CONHECIMENTO DO QUE VENHA SER CONTABILIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. O gráfico da figura 6, representa a pergunta se o gestor conhece o que vem a ser a contabilidade, bem como a explicação da sua resposta. O gráfico mostra que 66 86,67% dos entrevistados se consideram com grau de conhecimento ideal sobre a contabilidade, o que num primeiro momento aparenta ser uma boa noticia. Já outros 13,33% disseram não saber o que vem a ser a ciência contábil, o que denota uma distância desses gestores quanto a compreensaõ da contabilidade bem como dos seu beneficios. GRÁFICO 07 – UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELA CONTABILIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico da figura 7, foi perguntado aos entrevistados se a empresa administrada por eles se utiliza das informações fornecidas pela organização contábil responsável pela sua escrituração na gestão da entidade,como pode-se observar na figura 6, uma enorme quantidade de entrevistados se dizem utilizar das informações num total de 93,33%. por outro lado 6,67% disseram não se utilizar das informações fornecidas pela contabilidade como ferramenta de apoio na gestão. 67 GRÁFICO 08 – FREQUÊNCIA DO FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No grafico da figura 8, os entrevistados oram questionados sobre qual a frequência em que saõ fornecidas as informações, 40% dos entrevistados disseram que as informações eram fornecidas sempre, já outros 60% disseram que essas informações só eram disponibilizadas periodicamente. GRÁFICO 09 – QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS RECEBIDAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre a qualidade das informações fornecidas pela contabilidade na gestão da empresa, 53,33% dos gestores responderam que estão 68 satisfeitos quanto à qualidade das informações bem como o tempo em que levam para obter esses dados como uma ferramenta gerencial capaz de auxiliar a empresa, ou seja, admitem que recebem informações úteis para o gerenciamento em tempo hábil. Já 13,33% dos entrevistados consideram as informações como insatisfatórias e intempestivas para auxiliar a empresa, evidenciando um descontentamento quanto à qualidade das informações recebidas bem como o tempo em que são disponibilizadas essas informações. Os outros 33,33% consideram as informações como de difícil compreensão e que não auxiliam no dia a dia da empresa. Esses por sua vez não conseguem visualizar a importância, dessas informações para empresa tanto quanto para o gerenciamento da mesma, não conseguem diagnosticar contribuição nenhuma desses dados no que tange a gestão empresarial. GRÁFICO 10 – CANAIS UTILIZADOS PARA FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Observou-se na figura 10 que 60% dos entrevistados recebem as informações através de contato direto do profissional contábil, 16,67% recebem essas informações através do sistema eletrônico (e-mail) e os outros 23,33% recebem essas informações por telefone. O denota que o que o contato direto com os profissionais ainda é o meio mais utilizado para obter informações acerca da empresa 69 GRÁFICO 11 – QUAIS AS INFORMAÇÕES FORNECIDAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre as informações recebidas, 66,67% disseram que so recebm informações fiscais e legais os outros 33,33% só recebem informações trabalhistas. Neste grafico existe um dado interessante pois evidencia-se que a maioria da informações fornecidas são referentes a parte tributária sendo deixadas de lado as informações que tangem aos fins gerenciais. GRÁFICO 12 – AS INFORMAÇÕES E A TOMADA DE DECISÃO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No grafico da figura 12 os entrevistados disseram que 78,33% não se utilizam da informação fornecida como auxilio a tomada de decisão na empresa e os outros 70 21,67% disseram se aconselhar as informações fornecidas pela contabilidade para tomar a decisão na sua empresa. Observa-se uma certa contradição ou erro de interpretação dos gestores questionados em relação as perguntas pois nos gráficos 9, na pg. 61, 53 % dos gestores se diziam estar satisfeitos quanto a qualidade e temporalidade das informações fornecidas pelos escritórios de contabilidade. Nos gráficos 10 e 11, também ficou evidenciado que os gestores recebem informações em um grau satisfatório. Porém agora questionados quanto a utilização dessas informações para a tomada de decisão, bem como na gestão dentro da entidade, se dizem na sua maioria não utilizar desses dados, mostrando uma disparidade e contradição dos gestores nas suas respostas. GRÁFICO 13 – INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA SAÚDE DA EMPRESA Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre quais as informações disponiveis para que a empresa possa operar com saúde,21% dos entrevistados disseram que consideram como importante a utilização do cálculo do ponto de equilíbrio, outros 13% consideram o planejamento tributário como ferramenta essencial para a saúde da empresa. 14% consideram a margem de lucro,19% consideram os indicadores financeiros de contas a pagar e contas a receber, como indispensáveis para a gestão da empresa, reafirmando a importãncia dessas ferramentas no auxílo aosgestores,e mostrando que os mesmos necessitam da utilização desses indicadores.17% consideram a análise financeira como sendo indispensável para o bom andamento da gestão,6% 71 visualizam a formação do preço de venda e o fluxo de caixa como sendo primordiais na administração da empresa, e apenas 4% consideram os cálculos de individamento como sendo fatores determinantes para a gestão. Cabe ressaltar mais uma vez que os indicadores, conforme demonstrado no gráfico acima, estão enquadrados como uma das mais importantes ferramentas de auxílio na gestão das micro e pequenas empresas, conforme as respostas obtidas dos gestores e empresários. GRÁFICO 14 – DIFICULDADES ENFRENTADAS NA GESTÃO DA EMPRESA Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No item 14 os gestores foram questionados sobre qual as maiores dificuldades para conseguir a ideal gestão das empresas.47,17% dos entrevistados consideram como dificuldade a alta carga tributária do pais, outros 7,55% não compreendem as informações que são fornecidas, 11,32% consideram a falta de conhecimento administrativo como uma das mairoes dificuldades enfrentadas na gestão de suas entidades Outros 11,32% consideram com grande dificuldade o custo da informação contábil,cosiderados pelos mesmos altos frente as informações recebidas. 7,55% consideram a presença da informalidade como fator que dificulta a 72 gestão da entidade. 3,77% afirmam que a informação contábil não reflete a real situação da empresa prejudicando a mensuração de informações no gerenciamento. E por fim 11,32% consideram a falta de informação relevantes para a gestão como um dos itens que apresentam mais dificuldades na gestão do negócio, necessitando de informações mais detalhadas e com um alcance melhor em termos de gerenciamento. GRÁFICO 15 – ADMINISTRAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SEM A INFORMAÇÃO CONTÁBIL Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. O gráfico da figura 15 considera que 10% dos entrevistados concordam que a gestão da empresa pode ser efetuada sem o uso da informação contábil, enquanto 90% consideram impossível gerenciar uma organização sem a utilização da informação contábil. Isso pode ser compreendido pois os gestores em sua maioria buscam no contador que precisa para gerir os seu negócio , o contador atua então como o médico da empresa ajudando os gestores no direcionamento da entidade, 73 uma vez que um percentual significativo dos gestores no gráfico 14 afirmaram não ter o conhecimento administrativo suficiente para o gerenciamento do negócio. GRÁFICO 16 – EXISTÊNCIA DE FERRAMENTA DE CONTROLE FINANCEIRO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre a existência na sua empresa de uma ferramenta que faça o controle do contas a pagar e a receber, 90% dos entrevistados disseram possuem um software operacional que controla o seu setor financeiro, já 10% não controlam suas contas a pagar e a receber, seja por não ter um software, ou por não ter um controle interno que possibilite a absorção dos dados necessários para a utilização de uma ferramenta de controle de contas a pagar e a receber. 74 GRÁFICO 17 – CONHECIMENTO DO VENHA SER INDICADORES DE ATIVIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico 17 os entrevistados foram questionados sobre o conhecimento dos indicadores de atividade que auxiliam na gestão de compras, vendas e renovação de estoques. 60% dos entrevistados disseram conhecer ou já ter ouvido falar dessas ferramentas 40% se dizem não conhecer os indicadores bem como os beneficios de sua utilização. GRÁFICO 18 – INFORMAÇÕES EXTRAIDAS DOS RELATÓRIOS DE ATIVIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre as informações extraidas da contabillidade, mais precisamente dos relatórios de atividade 63% disseram que são relevantes essas 75 informações gerenciamento,16,67% afirmaram que essas informações auxiliam, mas não são necessárias ou relevantes, 3,3% disseram que não são necessários para a gestão da empresa,e 16,67% não responderam, ao questionamento. A maioria dos questionados reconheceram que as informações extraidas dos relatórios de atividade contribuem para uma melhora no que tange ao gerenciamento da entidade. GRÁFICO 19 – CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Na figura 19 os gestores foram questionados sobre a utilização de algum índice que controle o contas a pagar e a receber, dos entrevistados 55% disseram que se utilizam de algum indicador para poder controlar as suas contas a pagar e a receber, já outros 45% disseram não utilizar de nenhum indicador no controle de contas a paar e a receber, o que demonstra que quase metade dos questionados desconhecem os indicadores financeiros ,ou não visualizam neles algo que possa trazer benefícios significativos para a empresa.. 76 GRÁFICO 20 - DIFICULDADES NA GESTÃO DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. O grafico 20 apresentou o resultado referente ao questionamento sobre as dificuldades enfrentadas para a gestão das contas a pagar e a receber, no entanto, foi indentificado que 60% dos entrevistados não encontram dificuldades para controlar as contas a pagar e a receber, enquanto outros 40% sentem dificuldades no controle. Nesse gráfico fica evidenciado um bom percentual dos gestores sentem dificuldades no controle de contas a pagar e a receber, o que contribui para a importãncia desse trabalho destacando alguns indicadores que podem serimplantados nessas pequenas entidades, garanindo assim uma melhor gestão da carteira de contas a receber e a pagar. 77 GRÁFICO 21 - PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Como mostra o gráfico anterior 76,67% dos gestores disseram conhecer ou já ter ouvido falar no indicador de prazo médio de recebimento, que pode muito bem ser aplicado nas micro e pequenas empresas devido ao fato de ser constituido por uma fórmula de fácil compreensão,porém com grandes benefícios, bastando apenas que a empresa possua um bom controle interno para a mensuração dos dados para o cálculo do prazo médio de recebimento de contas a receber. Porém 23,33% declararam não conhecer esse indicador bem como os benefícios que poderiam ser alcançados com a sua utilização. GRÁFICO 22 - PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Conforme evidencia o gráfico acima 73,33% declararam já ter ouvido falar ou conhecer, o indicador relatado acima, o que demonstra um dado positivo, uma vez 78 que quanto maior o número de ferramentas que venham auxíliar os gestores melhor será o controle e o gerenciamento da empresa. Por outro lado 26,67% dos afirmaram não conhecer, ou nunca ter ouvido falar nesse indicador. GRÁFICO 23 – INDICADOR AGING Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No tocante ao gráfico acima ficou mais do que claro que nenhum dos gestores, conhecem ou já ouviram falar desse indicador, isso pode ser explicado devido ao fato de que o indicador aqui mencionado ser de uma ferramenta de controle nova no que tange ao controle de contas a pagar e a receber, também por desconhecimento dos contadores. E também por ser uma ferramenta específica de controle é geralmente específicado em bibliográfias ralacionadas a Contabilidade Gerencial, porém hoje já existe muito conteúdo sobre o assunto na internet, o que favorece a sua divulgação, bem como sua compreensão e contribuição para todos os que se utilizam dessa ferramenta como instrumento de controle de contas a pagar e a receber. 79 GRÁFICO 24 – INDICADOR DURATION Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Assim como o Aging o Duration, é um indicador totalmente desconhecido por parte dos gestores juinenses, conforme o que foi comentado no gráfico essa ferramena também pode contribuir muito no que concerne ao controle e gestão de contas a pagar e contas a receber, porém devido ao fato de ser uma ferramenta nova, geralmente é desconhecida até mesmo pelos contadores e pouco comentadas nas obras blibliográficas de Contabilidade Gerencial. A segunda etapa é composta pela análise do resultado dos questionarios aplciados aos profissionais contábeis. A qual será comentada a asseguir: GRÁFICO 25 – SEXO DOS PROFISSIONAIS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Conforme o gráfico 25, 71,43% dos profissionais é do sexo masculino e apenas 28,57% são do sexo feminino, o que leva a crer que o mercado contábil está 80 sendo focado pelo sexo masculino, que ocupa uma parcela muito significativa no gráfico aqui representado. GRÁFICO 26 – FAIXA ETÁRIA Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico 26, os profissionais foram questionados sobre sua faixa etária, na qual 42,86% dos entrevistados possuem a faixa etária acima de 50 anos. Outros 42.86 % se enquadram na faixa etária dos 41a 50 anos e somente 14,29% possuem faixa etária de 31 a 40 anos, não existindo dentro dos profissionais consultados nenhum na faixa etária dos 20 aos 30 anos. O que denota que os profissionais contábeis ocupam na sua maioria idade de 41 anos acima. Vale lembrar que os profissionais são compostos por contadores e contabilistas, que possuem o curso técnico de contabilidade. GRÁFICO 27 – CIDADE DE ORIGEM Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre o a cidade de origem, os profissionais responderam que 100% são naturais de outras cidades conforme apresenta o gráfico 27. Isso pode ser 81 explicado pelo fato de Juina ser uma cidade nova com menos de trinta anos de emancipação. GRÁFICO 28 – ESCOLARIDADE DOS PROFISSIONAIS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico 28, os profissionais apresentaram o seu grau educacional, na qual 42,86% já concluíram seu curso de graduação e aprimoraram seus conhecimentos através de uma especialização, outros 28,57% o nível superior e os outros 28,57% restante possuem o nível médio. Diante disso fica evidente que a cada dia que passa a qualidade dos serviços oferecidos pela classe contábil esta se tornando uma questão prioritária, sendo que a maioria dos profissionais da atualidade está com seu curso superior na mão o que representa que seus conhecimentos científicos estão sendo aprimorados e ainda outros já se inserem direto numa especialização para aprimorar mais ainda os conhecimentos da graduação, tudo em virtude de melhorar o conhecimento bem como a qualidade dos serviços prestados. 82 GRÁFICO 29 – TEMPO DE PROFISSÃO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre o tempo de atuação como profissioanis, os entrevistados responderam que 57,14% já possuem mais de 20 anos na área, enquanto outros 28,57% posseum até 20 anos de experiência e os 14,29% restante possuem apenas 5 anos na área. Não obstante observa-se que o mercado contábil da cidade apesar se estar formando novos profissionais, esta com o nivel de profissionais experientes pois a maioria possui uma boa bagagem de conhecimento, devido ao fato do tempo de profissão. GRÁFICO 30 – INFORMAÇÕES GERADAS PARA CLIENTES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico da figura 30, foi perguntado aos entrevistados se eles oferem aos seus clientes informações contábeis adequadas as necessidades de seus clientes, como não poderia deixar de ser diferente no gráfico 29, 100% dos profissionais 83 entrevistados afirmaram fornecer dados que consideram necessários para a administração das empresas, o que levanta o questionamento quanto a qualidade das informações fornecidas, pois no gráfico 9 do questionário aplicado aos gestores ficou evidenciado que 53,33% dos gestores estão satisfeitos com as informações que recebe, porém 33,3% conceituaram essas informações como sendo de difícil compreensão, e ainda 13,33% afirmaram estar insatisfeitos com a qualidade das informações fornecidas, mostrando que os escritórios de contabilidade forncem informações aso seus clientes, porém as mesmas não estão satisfazendo aos anseio de quase metade dos gestores pesquisados. GRÁFICO 31 – FREQUENCIA DAS INFORMAÇÕES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No grafico da figura 31, os entrevistados foram questionados sobre qual a frequência em que são fornecidas as informações, onde 71,43% dos entrevistados disseram que as informações são fornecidas sempre, é da rotina contábil fornecer informações .As mesmas são disponibilizadas frequentemente, denotando uma aproximação e acompanhamento maior dos profissionais contábeis para com os seus clientes. Já outros 28,57% disseram que essas informações só eram disponibilizadas periodicamente, ou seja, sempre que surgisse a encessidade do cliente. 84 GRÁFICO 32 – QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES FORNECIDAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre as informações fornecidas pela contabilidade seja na gestão ou na tomada de decisão, 71,43% dos profissionais contábeis responderam que fornecem informações em tempo oportuno para que seus clientes possam utilizá-las, no gerenciamento da empresa. Outros 28,57% visualizam as informações como insatisfatórias, ou seja, segundo eles essas informações não chegam a tempo oportuno para que os empresários as utilizem no gerenciamento e na tomada de decisão bem como não possuem em sua composição um conteúdo que ajude muito os pequenos empresários no que tange ao gerenciamento. O mais interessante é ver esses profissionais reconhecerem isso, o que ajuda a compreender o fato de muitos gestores não considerarem as informações que recebem dos profissionais como sendo relevantes na gestão das empresas, buscando apenas informações que venham a atender ao fisco, deixando em segundo plano a utilização desses dados no processo de gestão. Nenhum dos entrevistados considerou as informações fornecidas, como sendo de difícil compreensão, porém como pode ser observado no gráfico 9 33,3% dos gestores afirmaram que as informações recebidas dos escritórios de contabilidade são de difícil compreensão, mostrando desencontro entre as respostas dos gestores e contadores. certo 85 GRÁFICO 33 – CANAIS DE COMUNICAÇÃO PARA O FORNECIMENTO DAS INFORMAÇÕES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Observou-se no gráfico acima que 42,86% dos entrevistados recebem as informações através de contato direto do profissional contábil. 28,57% recebem essas informações através do sistema eletronico (e-mail) e os outros 28,57% recebem essas informações por telefone. Demonstrando que a maioria dos clientes ainda utiliza o canal direto de comunicação com os profissionais contábeis. GRÁFICO 34 – INFORMAÇÕES FORNECIDAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre as informações fornecidas 57,14% disseram que fornecem na sua maioria informações fiscais e legais os outros 42,86% só fornecem informações trabalhistas. Neste grafico existe um dado preocupante pois leva-se que a crer que só são fornecidas informações para atender ao fisco, sendo deixadas de lado as informações que tangem aos fins gerenciais. 86 GRÁFICO 35 – DADOS CONTÁBEIS E A TOMADA DE DECISÃO Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Como se pode ver no gráfico acima 71,43% dos entrevistados disseram que os dados fornecidos aos clientes auxiliam na tomada de decisão. Já 28,57 dos profissionais afirmaram que os dados fornecidos não auxiliam na tomada de decisão. Isso pode ser compreendido pelo fato de que geralmente como foi visto em gráficos anteriores, os escritórios repassam aos seus clientes informações que simplismente atendam aos interesses do fisco, não fornecendo informações específicas para o gerenciamento das empresas, seja pelo fato dos clientes não estarem dispostos a pagar mais por essas informações, ou seja, pelo fato do despreparo e conhecimento dos profissionais a respeito da contabilidade Gerencial, bem como de suas ferramentas. GRÁFICO 36 – INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS A SAÚDE DA EMPRESA Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. 87 Questionados sobre quais as informações disponíveis para que a empresa possa operar com saudávelmente, 57,14% dos entrevistados disseram que consideram como importante a utilização do calculo do ponto de equilibrio, outros 28,57% consideram o planejamento tributário como ferramenta essencial para a saúde das empresas e somente 14,29% consideram a margem de lucro, as outras opções não tiveram votações, inclusive a análise financeira tema esclusivo de estudo e que os empresários não consideram como relevante para as organizações. GRÁFICO 37 – DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA CONTROLE DOS CLIENTES Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre as dificuldade encontradas para o controle dos seus clientes, os profissionais contábeis disseram que 42,86% levam em consideração a carga tributária, outros 28,57% disseram que é fator da falta de conhecimento administrativo e outros 14,29% citaram a falta de informações relevantes para gestão e a compreensão das informações contábeis. 88 GRÁFICO 38 – ADMINISTRAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SEM INFORMAÇÃO CONTÁBIL Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. O gráfico da figura 15 considera que 14,29% dos entrevistados concordam que a gestão da empresa pode ser efetuada sem o uso da informação contábil, enquanto 85,71% consideram impossível gerenciar uma organização sem a utilização da informação contábil. GRÁFICO 39 – CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Questionados sobre a existência na sua empresa de uma ferramenta que faça o controle do contas a pagar e a receber, 57,14% dos entrevistados disseram possuem um software operacional, ou qualquer outra ferramenta que controla o seu setor financeiro, já 42,86% não possuem ferramentas especifícas que auxíliem no 89 controle de suas contas a pagar e a receber. Mostrando assim que até mesmo boa parte dos profissionais contábeis não possuem ferramentas especifícas, como os indicadores para ocontrole e gestão da carteira de contas a pagar e a receber. GRÁFICO 40 – INDICADORES DE ATIVIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Como pode ser observados os entrevistados foram questionados sobre o conhecimento dos indicadores de atividade que auxiliam na gestão de contas a pagar e a receber 71,43% disseram não conhecer não conhecer nenhum indicador financeiro.dos.Já 28.57% afirmaram conhecer algum indicador especifíco para o controle e gestão de contas a pagar e a receber. Aqui pode-se perceber que a grande maoiria dos profissionais aboradados nessa pesquisa não conhecem os indicadores, pois não possuem conhecimento, ou não tem interesse em conhecer essas ferramentas disponibilizadas pela Contabilidade Gerencial.. GRÁFICO 41 – INFORMAÇÕES EXTRAIDAS DOS RELATORIOS DE ATIVIDADE Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. 90 Questionados sobre as informações extraidas da contabillidade, mais precisamente dos relatórios de atividade 100% dos profissionais contábeis disseram que essas informações são relevantes para a gestão das micoro e pequenas empresas. GRÁFICO 42 – USO DE INDICADORES PARA CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E A RECEBER Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico acima os gestores foram questionados sobre a utilização de algum índice que controle o contas a pagar e a receber, dos entrevistados 42,86% disseram que se utilizam de algum indicador para poder controlar as suas contas a pagar e a receber, já outros 57,14% disseram não utilizar de nenhum indicador. Pode-se perceber aqui um erro de interpretação por parte dos profissionais contábeis, pois quando questionados se conheciam algum indicador de atividade, 71,43% disseram não conhecer nenhum indicador. Hora se esse percentual não conhece nenhum indicador como 42,86% se dizem utilizar de alguma dessas ferramentas como auxílio na getão de sas empresas? Fica expresso aqui uma contradição por parte dos profissionais contábeis nessa resposta. 91 GRÁFICO 43 – PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Nesse gráfico os profisisonais foram questionados sobre o indice de prazo do recebimento das vendas, onde 57,14% afirmaram que conhecem o índice e outros 42,86% desconhecem a existência desse indice.Evidenciando mais uma vez contradição nas respostas dos profissionai de contabilidade, pois anteriormente 71,43% dos profissionais disseram não conhecer nenhum indicador e agora se dizem conhecer, a ferramenta citada aqui nesse gráfico. GRÁFICO 44 – PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. 92 Seguindo o raciociocínio do gráfico anterior, os entrivistados foram indagados sobre a o indice de prazo médio de pagamento das compras, e como não poderia deixar de ser diferente 71,43% disseram que conhecem o indice e o restante que formam 28,57% desconhecem o indice de pagamento das compras.Mais uma vez se obteve uma resposta contraditória. GRÁFICO 45 – INDICADOR DURATION Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. No gráfico acima, os profissionais contábeis foram questionados sobre o conhecimento do indicador duration, onde os mesmos respoderam que 100% desconhecem a existência deste indicador ou indice financeiro bem como a sua utilidade e beneficíos que podem ser adquiridos com a sua utilização. O fato de nenhum proissional da área contábil conhecer esse indicador não é extranho pois, essa ferramenta é pouco conhecida até mesmo no meio acadêmico, e pouco relatada em livros de contabilidade.também pode ser justificado pelo fato de ser uma ferramenta nova, e principalmente por ser utilizadas em grandes empresas, uma realidade diferente dá enfrentada pelos micro e pequenos empresários. Porém como já mencionado no referêncial teórico, pode ser perfeitamente implantada nessas pequenas organizações, dependendo óbviamente que as mesmas possuam um bom controle interno, para a mensuração dos dados e posteriormente a utilização dessa ferramenta. 93 GRÁFICO 46 – INDICADOR AGING Fonte: Elaborada pelo autor, 2009. Assim como no gráfico do duration, os profissionais contábeis também foram questionados sobre o conhecimento de um outro indicador o aging, onde 100% também desconhecem a existência destes indices e não conhecem a sua utilidade. A explicação para o resultado aqui demonstrado, é a mesma que foi utilizada no gráfico do duration, efatizando ainda que a utilização desses indicadores podem gerar beneficíos sgnificativos para as micro e pequenas empresas. No grafico da figura 46, os profissionais contábeis também foram questionados sobre o conhecimento de um outro indicador o aging, onde os mesmos respoderam que 100% desconhecem a existência destes indices e não conhecem a sua utilidade. 94 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Todas as empresas, independentemente de seu porte, posem se utilizar da Análise de índices para direcionar seus negócios, utilizando-a também com um instrumento de analise de desempenho e de monitoramento dos resultados auferidos, pois tal prática proporcionará segurança nas operações presente e futuras. A utilização de indicadores financeiros nas micro e pequenas empresas dependem primeiramente de um controle interno eficiente, que forneça informações precisas para posteriormente se tornarem matéria prima na formulação dos índices. Ficou evidenciado nesse trabalho que o contador ocupa uma posição privilegiada nesse contexto, pois os pequenos empresários recorrem freqüentemente aos contadores e contabilistas para buscar informações sobre suas empresas. Porém os próprios contadores e contabilistas em boa parte não conhecem e nem visualizam nesses indicadores algo significativo no que tange ao gerenciamento de um negócio. Quanto as hipóteses levantadas no referencial teórico: H1: Os microempresários da cidade de Juína recebem informações contábeis, mas não as utilizam para uma melhor gestão nessas empresas; Essa hipótese foi confirmada através da pesquisa realizada, como pode ser observado através das respostas dos gestores aos questionamentos que foram feitos. Ficou constatado que os gestores recebem informações, porém, basicamente para atender ao fisco, não obtendo dados mais relevantes por parte dos escritórios de contabilidade para o gerenciamento da entidade. Isso também pode ser comprovado pelo fato de muitos contadores não conhecerem algumas das ferramentas disponibilizadas pela Contabilidade Gerencial, ou pelo fato de que os mesmos não visualizam essas ferramentas como sendo algo significante para os seus clientes. H2: Os microempresários da cidade de Juína não se utilizam da informação contábil de maneira coerente contribuindo assim para o alto índice de falência das microempresas; Esta hipótese também se comprova, pois a finalidade da contabilidade não é meramente para atender ao fisco, os benefícios de todas as 95 informações disponibilizadas vão muito, além disso, porém pelo desconhecimento dos gestores quanto a esses benefícios, faz com que a contabilidade torne-se uma ferramenta de pouca utilidade dentro das micro e pequenas empresas. Ai entra mais uma vez o papel do contador como orientador dos empresários, que poderiam oferecer aos seus clientes mais informações a respeito de suas empresas bem como apresentar a eles os benefícios de se apropriar melhor desses dados disponibilizados pela Contabilidade, mesmo que isso representasse um adicional nos honorários cobrado dos clientes, o que poderia contribuir para uma redução dos riscos de mortalidade das micro e pequenas empresas. H3: A capacidade gerencial e administrativa das microempresas de Juína são frágeis devido à falta de informações. A terceira hipótese também ficou comprovada uma vez que se for observado os gráficos das respostas aos questionamentos feitos aos gestores, os mesmos demonstram conhecer muito pouco, as ferramentas que a Contabilidade fornece para a gestão das empresas, uma vez que as mesmas poderiam gerar vantagens competitivas a esses gestores. Quanto aos objetivos propostos inicialmente no referencial teórico, pode-se dizer que os mesmos foram alcançados nesse trabalho, uma vez ficou bem destacado a importância das informações contábeis como instrumento de gestão das micro e pequenas empresas, bem como, para a tomada de decisão dentro nas mesmas. Ficou evidente também que os empresários e gestores da cidade de juina têm pouco conhecimento dos benefícios que a contabilidade pode-lhes oferecer, bem como das diversas ferramentas de apoio a gestão que a mesma pode-lhes proporcionar na gestão dos negócios. E por fim através da realização desse trabalho ficou constatado que as informações que os micros e pequenos empresários recebem são de pouca qualidade, não proporcionando que os mesmos às utilizem instrumentos de auxílio no gerenciamento das suas entidades. A análise de índices deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da empresa. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento hierárquico da companhia. Como as informações contábeis podem contribuir para uma melhor gestão das micro e pequenas empresas? 96 Diante o exposto e como forma de responder ao problema da pesquisa evidenciou-se neste estudo que os indicadores de atividade são ferramentas disponibilizadas pela Contabilidade Gerencial, que muito podem contribuir no controle e gestão de contas a pagar e contas a receber, obviamente que também existem diversas outras ferramentas que podem auxiliar na gestão dos negócios. As informações contábeis bem como os indicadores conforme observado no desenvolver do trabalho pode contribuir significativamente na gestão das micro e pequenas empresas, especialmente no gerenciamento da carteira de contas a pagar e contas a receber, sem falar que podem gerar relatórios de controles de clientes, bem como, políticas administrativas de credito, garantindo por conseqüentes vantagens competitivas para as empresas, que se utilizarem dessas ferramentas como instrumentos de gestão. 97 6 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso Básico de contabilidade. - 5. ed. - são Paulo: Atlas, 2005. BERTI, Anélio. Contabilidade Geral São Paulo: Ícone, 2001. BEUREN, IISE Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios e normas brasileiras de contabilidade. 3. ed. Brasília: CFC,2008. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 5ª. Ed. 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Os principais aspectos da lei de pequenas empresas disponível em : <http://portalexame.abril.com.br/>. Acesso em 06/10/2009, as 16:30 hs. 102 ANEXOS 103 APÊNDICE Apêndice A Questionários aplicado aos gestores FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO VALE DO JURUENA PESQUISA PARA OBTENÇÃO DE DADOS PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO: Questionário – GESTORES Este questionário faz parte de uma Monografia do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis do Vale do Juruena. As informações aqui obtidas serão de uso apenas acadêmico, preservando o anonimato dos entrevistados._________________ Nome do Pesquisador: Leandro Rodrigues dos Santos Dados de Identificação 1. Sexo: Masculino Feminino 2. Faixa-Etária: 22 – 30 anos 31 – 40 anos 41 - 50 anos Outra : _________________________ 3. Cidade da Origem Juína Outra : ________________________ 104 4. Escolaridade: Ensino fundamental Ensino médio Graduação Pós graduação Sem resposta 5. A quanto tempo atua como empresário? 1 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 20 anos Mais de 20 anos 6- Você sabe o que venha ser contabilidade? Sim. Não. 7- Você se utiliza das informações fornecidas pela organização contábil responsável por sua escrita? Sim. Não. 8- Com que freqüência são fornecidas informações? Sempre. Às vezes. Nunca. 9- Em relação as informações contábeis recebidas, como você as considera? Satisfatórias e tempestivas. Insatisfatórias e intempestivas. De difícil compreensão para uso. 105 10- Quais os canais de comunicação utilizados para a apresentação das informações? Contato direto (visitas). E-mail (correio eletrônico). Telefone. 11- Quais as informações fornecidas? Fiscal e legal. Faturamento e cálculos. Trabalhista. Compras e cálculos. Tributárias. 12- Na sua opinião, esses dados contábeis fornecidos, auxiliam a tomada de decisão? Sim. Não. 13- Quais dessas informações você considera indispensável para a saúde da empresa: Ponto de equilíbrio. Endividamento. Planejamento tributário. Fluxo de caixa. Formação do preço de venda. Margem de lucro. Analise financeira. 14- Quais são as maiores dificuldades enfrentadas na gestão da empresa? Falta de conhecimento administrativo. Elevada carga tributaria. Compreensão das informações contábeis. Custo da informação contábil (honorário contador). Falta de informações relevantes para a gestão. A informação contábil não reflete a situação empresarial. Presença da informalidade na empresa. 106 15- É provável administrar uma organização sem a utilização da informação contábil? Sim. Não. 16- Na sua organização existe alguma ferramenta de controle de financeiro (contas a pagar e a receber)? Sim. Não. Outra ___________________________. 17- Você sabe o que venha a ser índices de atividade? Sim. Não. 18- Não sua opinião, as informações extraídas dos relatórios de atividades, é relevante para a gestão da empresa? Sim, auxiliam constantemente a gestão da empresa. Sim, no então, é possível gerenciar a empresa sem esses índices. Não, não são necessários para gestão da empresa. Sem resposta 19. Com relação a gestão de contas a pagar e contas a receber, utiliza algum indicador como auxilio ? Sim. Não. 20. Encontra dificuldades na gestão de contas a pagar e contas a receber? Sim. Não. 21. Com relação a gestão de contas a pagar e contas a receber, conhece, ou já ouviu falar de algum dos indicadores citados abaixo? a) Prazo Médio de Recebimento ; 107 Sim. Não. b) Prazo Médio de Pagamento ; Sim. Não. c) O indicador Duration ; Sim. Não. D) O indicador Aging ; Sim. Não. 108 Apêndice:B Questionário aos profissionais contábeis FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO VALE DO JURUENA PESQUISA PARA OBTENÇÃO DE DADOS PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO: Questionário – PROFISSIONAIS CONTÁBEIS Este questionário faz parte de uma Monografia do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis do Vale do Juruena. As informações aqui obtidas serão de uso apenas acadêmico, preservando o anonimato dos entrevistados._________________ Nome do Pesquisador: Leandro Rodrigues dos Santos Dados de Identificação 1. Sexo: Masculino Feminino 2. Faixa-Etária: 22 – 30 anos 31 – 40 anos 41 - 50 anos Outra : ____________________________ 3. Cidade da Origem Juína Outra : ___________________________ 109 4. Escolaridade: Ensino fundamental Ensino médio Graduação Pós graduação 5. A quanto tempo atua na profissão? 1 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 20 anos Mais de 20 anos 6- Na sua organização contábil são geradas informações contábeis para seus clientes? Sim. Não. 7- Com que freqüência são fornecidas essas informações? Sempre. Às vezes. Nunca. 8- Em relação às informações contábeis fornecidas, como você as qualifica? Satisfatórias e tempestivas. Insatisfatórias e intempestivas. De difícil compreensão para uso. 9- Quais os canais de comunicação utilizados para a apresentação das informações? Contato direto (visitas). E-mail (correio eletrônico). Telefone. Outra________________. 110 10- Quais as informações fornecidas? Fiscal e legal. Faturamento e cálculos. Trabalhista. Compras e cálculos. Tributárias. 11- Na sua opinião, esses dados contábeis fornecidos, auxiliam a tomada de decisão? Sim. Não. 12- Quais dessas informações você considera indispensável para a saúde da empresa: Ponto de equilíbrio. Endividamento. Planejamento tributário. Fluxo de caixa. Formação do preço de venda. Margem de lucro. Analise financeira. Indicadores de gestão de contas a pagar e contas a receber 13- Quais são as maiores dificuldades enfrentadas para o controle dos seus clientes? Falta de conhecimento administrativo. Elevada carga tributaria. Compreensão das informações contábeis. Custo da informação contábil (honorário contador). Falta de informações relevantes para a gestão. A informação contábil não reflete a situação empresarial. Presença da informalidade na empresa. 14- É provável administrar uma organização sem a utilização da informação contábil? Sim. Não. 111 15- Na sua organização contábil é feito algum controle do setor financeiro (contas a pagar e a receber) dos seus clientes? Sim. Não. Outra ___________________________. 16- Você sabe o que venha a ser índices de atividade? Sim. Não. 17- Não sua opinião, as informações extraídas dos relatórios de atividades, é relevante para a gestão da empresa? Sim, auxiliam constantemente a gestão da empresa. Sim, no então, é possível gerenciar a empresa sem esses índices. Não, não são necessários para gestão da empresa. 18. Com relação a gestão de contas a pagar e contas a receber, utiliza algum indicador como auxilio ? Sim. Não. Não conheço 19. Com relação a gestão de contas a pagar e contas a receber, conhece, ou já ouviu falar de algum dos indicadores citados abaixo? a) Prazo Médio de Recebimento ; Sim. Não. Não conheço b) Prazo Médio de Pagamento ; Sim. Não. Não conheço c) O indicador Duration ; Sim. Não. Não conheço 112 D) O indicador Aging ; Sim. Não. Não conheço