A Resiliência Frente ao Acompanhamento de um Filho em UTIS Thayse Lassance de Souza Flávia Martins Resumo Esse estudo objetivou verificar o panorama geral da produção cientifica sobre a resiliencia de um acompanhante que permanece internado com seu filho em uma Unidade de Terapia Intensiva. Realizou-se uma revisão bibliográfica visando analisar os impactos que essa internação traz tanto ao paciente quanto a família e qual o beneficio que um acompanhante com uma boa capacidade de resiliência aponta frente aos demais. Conclui-se que as pesquisas na área ainda são escassas, mas que a resiliência apresentase como um instrumento importante para acompanhamento de um filho em uma Unidade de Terapia Intensiva fazendo-se necessário portanto que os profissionais de saúde aprofundem seus conhecimentos sobre o termo resiliência para que possam empregá-lo na melhora do paciente e até para si mesmos em seu cotidiano hospitalar. Introdução Sabe-se atualmente que a hospitalização é algo traumático tanto para familiares quanto para o paciente. Em se tratando da área infantil esse trauma pode ser potencializado pela separação da criança com a família que se apresenta como uma fonte de segurança e carinho. Segundo Santa Roza in Reis (2005), a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática. A criança é afastada de suas atividades cotidianas assim como do ambiente familiar sendo submetida a diversos tratamentos invasivos por pessoas nunca antes vistas. De acordo com Darbyshire in Gorayeb (2001), o declínio de doenças infecciosas, a descoberta e introdução de antibióticos e outras tecnologias contribuíram para uma revisão do afastamento dos pais e familiares durante a hospitalização de seus filhos. Ainda de acordo com o autor a nova percepção da criança como um ser em crescimento e desenvolvimento, com necessidades não somente biológicas, mas também psicológicas e emocionais foi o mais efetivo e catalizador para uma mudança efetiva nesse quadro de tratamento hospitalar na área infantil. No ano de 1990 a implementação do estatuto da criança e do adolescente através da lei nº 8069 veio regulamentar a situação de acompanhantes em hospitais para crianças menores de idade. “Os hospitais devem proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável nos casos de internação de crianças e adolescentes” (ECA, artigo 12). Apesar de ser comprovadamente mais eficaz no tratamento e menos traumático para a criança ter um dos pais presente o tempo todo ao seu lado, Romano (1997) aponta que a hospitalização de um dos membros da família pode ser percebida como um evento estressor. Sendo assim, seria necessária uma reestruturação da dinâmica familiar e uma adaptação do acompanhante com o novo ambiente no qual está inserido. Em se tratando de UTI todos esses sintomas apontados são intensificados tendo em vista que é um ambiente ainda mais ameaçador e estressante devido à quantidade de ruídos, equipamentos e movimentação intensa da equipe. De acordo com Beck (1995), a Unidade de Terapia Intensiva surgiu na década de 60 e se destinava a um tratamento ininterrupto, especializado e individualizado a pacientes com risco de vida. Atualmente com a presença de familiares dentro da unidade os profissionais de saúde tem cada vez mais se especializado em atender não somente a criança internada, mas também o acompanhante que por muitas vezes sente-se desassistido. Devido a esses fatores estressantes tanto dentro quanto fora da unidade é importante que o acompanhante dessa criança tenha uma boa capacidade de ser resiliente para que se evitem traumas e estresses maiores que possa afetar outras áreas da vida dessa pessoa. Segundo Carmello (2008), o conceito de resiliência é utilizado para definir um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilitam ao individuo manifestar o máximo de inteligência, saúde e competência em ambientes de complexidade, instabilidade e pressão. Com o objetivo de verificar o panorama geral da produção cientifica sobre a resiliência de um acompanhante que permanece com seu filho internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica esse artigo visa pesquisar as manifestações psicoemocionais que as pessoas que não possuem uma boa capacidade de resiliência podem apresentar. Método Realizou-se o levantamento de dados a partir de pesquisas em base eletrônica: Scielo e Medline. Os trabalhos foram selecionados segundo critérios específicos, considerandose durante a busca de dados as palavras-chave: resiliência, acompanhamento familiar, UTI. Prosseguiu-se a seleção com revisão por pares dos artigos encontrados consultando-se o texto na íntegra. Salienta-se, ainda, que alguns trabalhos encontrados pelas bases de dados foram desconsiderados, pois a palavra resiliência referia-se a estudos em agronomia e física. Resultados e Discussão A Unidade de Terapia Intensiva se caracteriza por um ambiente ameaçador e invasivo sendo interpretado muitas vezes por familiares como sinônimo de óbito. De acordo com Morgon e Guirardello (2004), a unidade caracteriza-se como um ambiente altamente agressivo devido a eventos como a intensidade das situações, a necessidade da rotina acelerada no trabalho, falta de iluminação natural e presença de ruídos sonoros. Geralmente familiares que permanecem em uma Unidade de Terapia Intensiva estão despreparados para enfrentar situações adversas que se apresentam no decorrer da rotina. Urizzi et al (2008) apontam que a vivencia de famílias de pacientes internados em UTI é uma experiência que gera medo, ansiedade, insegurança e preocupação. A falta de preparo desses familiares gera uma ansiedade maior dificultando assim a tomada de decisões junto à equipe de saúde e principalmente o apoio e suporte esperado por parte da família aos pacientes internados, especialmente quando esses pacientes são crianças que demandam muito mais atenção e cuidado de seus parentes comparado a um paciente adulto. Segundo Lunardi et al (2004), não é incomum que a família do paciente internado em uma UTI sinta-se desassistida especialmente quando o estado de saúde do familiar é muito grave. A família se preocupa com os momentos de separação, apesar de em 2004 o HumanizaSUS através da Politica Nacional de Humanização ter criado a cartilha da PNH “ Visita aberta e direito a acompanhante” tal projeto ainda é raramente aplicado nas Unidades de Terapia Intensiva especialmente quando não há um psicólogo na unidade que possa acompanhar essas famílias e dialogar com a equipe de saúde, o que torna o momento da visita ao paciente um momento de muita ansiedade pois por muitas vezes é presenciado cenas de procedimentos invasivos e complexos que não são explicados ou até mesmo autorizados o que faz com que os familiares fantasiem coisas que possam estar acontecendo na unidade enquanto eles não estão presentes. Em se tratando de unidades que permitem o acompanhamento do familiar juntamente ao paciente as angústias e dúvidas permanecem, mesmo que presenciando procedimentos e acompanhando diariamente a evolução de seu ente o questionamento de quando irá para casa e se seu filho irá melhorar ainda permanece como um grande gerador de ansiedade podendo levar o individuo a um elevado nível de stress. Lazarus e Folkman (1984) relatam que o estresse psicológico é uma reação particular entre a pessoa e o ambiente. É avaliada por aquela como algo que a sobrecarrega ou excede seus recursos, colocando em risco seu bem estar. Segundo Bittencourt et al (2007), a resposta ao estresse é influenciada pela intensidade, duração e âmbito do agente estressor. Ainda segundo os autores, em pacientes internados em UTI e familiares que acompanham os mesmos, o desenvolvimento do estresse está relacionado à consequências psicológicas como ansiedade, depressão, raiva, negação e dependência. As consequências neuropsicológicas da internação na UTI para os pacientes pode gerar também alterações cognitivas como o delirium, conhecido também como psicose da UTI, na qual pode posteriormente afetar a qualidade de vida dos mesmos após sua saída da unidade. Essa realidade é ainda mais prejudicial quando se tratando de crianças levando em conta que seu entendimento da situação é diferenciado e normalmente pouco relevante para a equipe de saúde. O estresse visual, auditivo e emocional pelos quais os acompanhantes de uma UTI infantil presenciam também os afeta da mesma maneira pois esses acompanhantes permanecem em tempo integral na unidade acompanhando toda a rotina e sofrimento de outros acompanhantes assim como de seus filhos e de outras crianças. Por esses motivos tem-se cada vez mais utilizado o conceito de resiliência para ajudar e avaliar esses acompanhantes a lidarem de maneira menos estressante a permanência de seu familiar na Unidade de Terapia Intensiva. Apesar de extremamente importante para a área de psicologia, tem-se ainda uma escassa quantidade de artigos relacionados ao assunto. Foram encontrados 50 artigos relacionados ao tema de resiliência escritos entre o ano de 2000 e 2010 no site Scielo e 355 artigos no site Medline, sendo que a maior parte deles se referia a outras áreas do conhecimento como agronomia e física. Especificamente sobre acompanhamento hospitalar infantil e resiliência não foi encontrado nenhum artigo. A definição e uso de resiliência na área da psicologia é recente, o que dificulta a mensuração em uma pesquisa por não possuir nenhum instrumento validado, tendo em vista a dificuldade de definir quais os componentes que cercam o conceito. Algumas pesquisas psicológicas alegam que características pessoais precisam ser levadas em consideração como temperamento, traços de personalidade, genética, aspectos sociais e econômicos, interação com o ambiente e estilo de práticas parentais. Yunes (2002) afirma que a definição de resiliência não é clara e tampouco precisa e que essa definição na área de psicologia vem sendo estudada e apresentada em congressos há cerca de cinco anos somente. De acordo com Nunes (2007) devido à falta de clareza, o termo é facilmente confundido com outras definições como coping e até mesmo esperança. Por esse motivo vem crescendo a cada dia uma nova linha da psicologia que é chamada de psicologia positiva na qual a linha de raciocínio é baseada no conceito de resiliência. “A psicologia positiva tenta levar os psicólogos a adotarem uma postura mais apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades dos indivíduos, procurando transformar as antigas questões em novas oportunidades de compreender eventos psicológicos como otimismo, altruísmo, esperança, alegria, satisfação,e outros tão importantes para investigação quanto depressão, ansiedade, angústia e agressividade”. (Nunes, 2007. Pg.2) Usualmente, o indivíduo resiliente é aquele que se sobressai em momentos de pressão conseguindo assim tirar um melhor proveito de sua competência, inteligência e saúde. Podemos observar que tanto na medicina quanto na psicologia o termo resiliente é utilizado para tratar de assuntos referente a saúde dos indivíduos e suas capacidades de enfrentar situações desfavoráveis Espera-se com isso que o conceito de resiliência passe a fazer parte cada vez mais do cotidiano da psicologia enriquecendo assim o âmbito do atendimento hospitalar. O processo de resiliência assemelha-se segundo Carmelo (2008), ao processo de coping que foi descrito por Folkman e Lazarus em 1980. De acordo com o modelo, coping seria um conjunto de esforços cognitivos comportamentais utilizados pelos indivíduos com o objetivo de lidar com demandas específicas, internas ou externas que surgem em situações de estresse e são avaliados como responsáveis por sobrecarregar ou exceder seus recursos pessoais. Ainda de acordo com Carmelo (2008), o modelo de resiliência apresenta dois subtipos, que seguem como resiliência focada no problema onde o individuo atua diretamente na situação que origina o estresse e resiliência focada na emoção no qual o individuo regula o estado emocional que acompanha o estresse. No ambiente hospitalar dificilmente os acompanhantes podem interferir no adoecimento e no próprio tratamento sendo então a resiliência focada na emoção utilizada como método facilitador. Flach (1991) observou em seus pacientes resilientes que aqueles que melhor reagem emocionalmente depois de uma tragédia são os que habitualmente partilham suas experiências de forma verbal. Observou ainda que, a aceitação incondicional do indivíduo como pessoa permite o desenvolvimento de condutas resilientes. Em um estudo realizado no ano de 2009 por Costa et al 17 mães que acompanhavam seus filhos internados foram submetidas a uma técnica denominada desenho-estória de trinca aonde os autores puderam avaliar a vivência e os sentimentos que surgem da dificuldade de permanecer no hospital. “ Analisando a relação entre o sofrimento e a forma como as mães lidam com essa situação, observou-se que o sofrimento assume diferentes contornos, tornando-se mais ou menos intenso dependendo do significado atribuído a doença, a gravidade da doença, a experiência da internação e o que esta provoca em seu dia a dia” ( Costa ET AL, 2009) . O autor complementa, ainda, que o acompanhamento do filho pode tornar-se uma tarefa penosa principalmente quando não há a utilização de recursos internos por parte da mãe. Em um segundo estudo feito por Charepe e Figueiredo (2010) foram reunidos pais de crianças crônicas, hospitalizadas, com o intuito de dar suporte a esses pais e ao mesmo tempo abrir um espaço de discussão em que a partir da troca de experiências eles pudessem encontrar saídas para facilitar o momento de dificuldades e estresse pelo qual estavam passando. Como conclusão desses encontros teve-se o aumento de esperança frente à situação de hospitalização e o surgimento de algumas atividades recreativas para alivio do estresse que acabaram por aumentar a capacidade de resiliência, facilitando consequentemente a estadia e acompanhamento no hospital. Tem-se, portanto a importância da capacidade de resiliência em um contexto de hospitalização não somente por parte do acompanhante como também por parte da equipe para auxiliar tanto acompanhantes como pacientes a encontrar a melhor maneira de se adaptar a essa nova situação em suas vidas e não apresentar posteriormente conseqüências psicológicas,emocionais e cognitivas. Quanto mais o termo resiliência for conhecido mais pode ser utilizado como instrumento facilitador da hospitalização como um todo. Conclusão Embora a análise tenha sido um recorte de vários artigos existentes conclui-se que a hospitalização é um processo altamente estressante e que demanda um alto nível de readaptação tanto por parte da família quanto por parte da criança. Savoia (2000) argumenta que a compreensão dos processos de resiliência e seus significados é fundamental para o bem-estar psicossocial, uma vez que, visa o aumento do controle pessoal e depende do repertório individual. Tem-se ainda a importância de um profissional de saúde especializado que possa acompanhar tanto o paciente quanto o familiar e auxiliá-lo nesse processo de enfrentamento da situação de internação. Infelizmente, neste trabalho, não foi possível encontrar todas as informações desejadas sobre o assunto em questão devido a falta de pesquisa e artigos. Ainda sim, pode-se perceber, de acordo com o objetivo inicial, que a capacidade de resiliência em acompanhantes diferencia e muito a influência sobre o ambiente hospitalar e o paciente. Conclui-se então a partir dessas afirmações a necessidade de mais pesquisas sobre quais as conseqüências que o estresse pode vir a trazer para um acompanhante em Unidade de Terapia Intensiva e como a resiliência pode ajudar nesse processo de aceitação de doença e morte, assuntos nos quais são muito presentes no contexto hospitalar. Validar um instrumento para que se possa quantificar o grau de resiliência ou a capacidade adquirida já seria o primeiro passo para uma pesquisa mais detalhada, o que certamente facilitaria muito a intervenção de profissionais de saúde juntamente com pacientes e acompanhantes. Referências REIS, R.M.B. A atuação do terapeuta comportamental em instituições de saúde. Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e Saúde. Belo Horizonte. (Internet) 2005. [citado Jul-Dez 2005, Ano 1, Vol. 1, n.2. Disponível em: http://susanaalamy.sites.uol.com.br/psicopio_n2_44.pdf GORAYEB, R. A prática da psicologia hospitalar. Ed. UEL.Internet) 2001.[citado Psicologia Clínica e da Saúde – Organização: Maria Luiza Marinho e Vicente E. Caballo – Editora: UEL – Granada: APICSA, 2001 – Páginas: 263-278. Disponível em: http://www.nelydecastro.com.br/publicacao/artigos/pratica_psicologia_hospitalar.pdf BECK,C.L.C. 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Autoras: Thayse Lassance de Souza – Psicóloga Hospitalar do Hospital Regional de Santa Maria /DF E mail: [email protected] / tel: (61) 8115-7357 Flávia Martins - Professora Universidade Católica de Brasília , Psicóloga, Química e Neuropsicóloga, Me. Neurociências do Comportamento – UnB Doutoranda em Neurociências do Comportamento - UnB .