Curso para Capacitação de Mobilizadores Sociais do Comitê Camaquã O valor da água na busca pela sustentabilidade: o caso da Bacia do Rio Camaquã Dr. Antônio Libório Philomena [email protected] Pinheiro Machado 10/02/2015 • Água – recurso finito (ciclo fechado) média do ciclo da água – 8 dias • Rios e riachos • Atmosfera < 1% água “doce” 10 vezes • Manto terrestre 50 vezes (sem considerar a água subterrânea) Definição sistêmica de Bacia Hidrográfica: “Filtro e moderador do escoamento de água, sedimento, nutrientes e energia para rios e oceanos” (Freitag, Bolton, Westerlund & Clark, 2009) Pequenas Bacias Rios estreitos e modesta correnteza: os processos terrestres tendem a dominar (presença ou ausência de troncos e matacões). A maior parte da alimentação dos organismos aquáticos origina-se de folhas e resíduos do solo. Grandes Bacias Rios imensos com grandes zonas de inundação, o rio tende a dominar a terra. Correntezas fortes derrubam árvores para dentro do rio, causando a mudança no curso. Os organismos aquáticos se alimentam mais da produção do rio (plâncton, peixes, plantas). Características dos rios: Mudanças (dinamismo) Visão antropocêntrica (estabilidade e previsão) Diferença entre resiliência* ecológica e resiliência na engenharia Na Engenharia Ecológica Busca estabilidade Aceita mudanças Resiste a distúrbios Absorve distúrbios Um ponto de equilíbrio Múltiplos equilíbrios não estáveis Só um resultado Múltiplos resultados Previsível Imprevisível Tolerância baixa Tolerâncias altas Fronteiras rígidas Fronteiras flexíveis Eficiência da função Persistência da função Redundância da estrutura Redundância da função * Recuperar o estado inicial após o distúrbio ter cessado ou ser removido. (diferente de resistência) Modificado de Freitag et al., 2009 Rios como sistemas quadridimensionais: Ex.: Parque Nacional Yellowstone Modificado de Federal Interagency Stream Restoration Working Group, 1998 Estratégias de valoração das águas na Bacia: 1) Buscar soluções de restauração, conservação e melhora dos valores; 2) Exercitar políticas confirmadas pela ciência, e não ciência confirmada pela política; 3) Ter enfoques que busquem flexibilidade, pois a situação está sempre mudando; 4) Promover soluções que objetivem RESILIÊNCIA; 5) Evitar Megaprojetos estruturais, que frequentemente visam benefícios econômicos em curto espaço de tempo, mas representam um aumento de riscos a longo prazo.